Elric: O Trono De Rubi

Elric: O Trono De Rubi



Resenhas - Elric - O Trono de Rubi


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Renan633 21/09/2024

Muito bom
Eu li essa HQ logo depois de ler o livro, eles deixaram bem mais pesado e apressado, no geral achei uma excelente adaptação para os quadrinhos.
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Guilherme Duarte 16/11/2023

Difícil elogiar um quadrinho depois de Alan Moore dedicar 2 páginas pra exaltar essa adaptação/criação de uma história de Elric.
É esplendoroso tanto a narrativa e argumentação quanto os desenhos.

Uma história que reúne o que há de melhor no gênero de fantasia e que te presenteia com algo ainda inventivo que se destaca diante de tantas obras ficcionais de ?dark fantasy?.

Essa metade do arco em 2 volumes termina tão bem quanto começou.
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Tuninho 28/01/2023

A quadrinizacão de Elric de Melniboné por vários autores não é uma grande novidade. Mas essa que acabei de ler foi a melhor delas e isso não foi dito por mim e sim pelo criador do personagem Michael Moorcok. Quem sou eu para discordar. Ansioso para ler o segundo volume.
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Bruno Henrique 13/10/2022

Foi meu primeiro contato com o universo de Elric e confesso que foi bem satisfatório. A arte do livro está incrível apesar do roteiro e textos não serem dos melhores, Mas me deu vontade de ir atras dos livros originais.
A mitologia do personagem pareceu extremamente interessante e achei desenvolvida as pressas demais nas poucas paginas deste livro.
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bardo 24/06/2022

Ainda que a hq seja graficamente muito bem feita para quem não tenha lido a obra original ela se mostra uma obra um tanto quanto confusa. O grande problema é que a obra original tem uma mitologia bastante complexa a qual essa adaptação não se preocupa em contextualizar. Dito isso para quem conhece a obra original é visualmente interessante revisitar esse universo, mas para quem nunca teve contato pode ser uma experiência frustrante.
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Lucas.Zanco 23/01/2022

Elric
Meu Deus, eu li o primeiro volume do livro do Elric a alguns anos, e minha paixão por essa obra maravilhosa apenas cresceu, escrito pelo escritor Michael Moorcock um inglês que se inspiro nas historias do bárbaro cimério mais famoso da cultura da fantasia dos últimos anos. Elric é um personagem inverso de Conan, Elric é um imperador feiticeiro de corpo fraco e albino, mas de grandes capacidades magicas enquanto que Conan é um barbaro com imenso poder fisico, e que tem como outros diferenciais além desses citados, um se aventura por fama e riquezas o outro por vingança. Elric não é uma fantasia fácil de dragar como Conan. As historias de Elric são repletas de obscuridades, poderes obscuros, canificinas, sangue, traição e politica, cheio de criaturas e deuses do caos, as historias de Elric são muito brutais e violentas, gráficas demais, uma excelente pedida para fãs do gênero. E as ilustrações são uma arte aparte, uma arte que mostra a beleza e o declínio de um poderoso mas agora decadente império, fale muito a pena ler esse quadrinho.
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Patcha 05/01/2022

Deu de 0 a 10 em The Witcher sem esforço!
É engraçado como descobrimos obras novas.
Estava lendo um livro de mistérios essa semana, quando um dos personagens começa a citar uma literatura pulp dos anos 60, dizendo que haviam mensagens subliminares a respeito de conspirações do governo no livro. De cara me interessei e, ao pesquisar sobre, encontrei uma história de fantasia diferente de tudo o que já havia lido.
Não tem como não se apaixonar por esse universo mágico, que consegue ser sombrio, erótico e pesado de se ler, ao mesmo tempo que carrega leveza em sua narrativa.
A trama toma rumos inesperados, mesmo sendo claramente um fruto de seu tempo. É inegável as influências que teve em cima de outras obras, como a criação do bruxo Geralt de The Witcher.
As discussões de viés anarquista trazem muita novidade para um gênero essencialmente monárquico, rendendo muitas discussões interessantes e que não deixam de ser atuais. No entanto, o que mais chama a atenção é a dualidade em cima do protagonista que, ao mesmo tempo que é o mais poderoso de sua linhagem, também é o mais fraco.
Recomendo a todos que gostem da mais alta fantasia e que queiram algo fora do escopo Tolkien.
Ah, e não posso deixar de falar da arte, que honra o gênero sendo exatamente o que deveria ser: fantástica.
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Danilo 02/05/2021

Horrível
Só presta a arte! A narrativa é chata e não vale o tempo gasto. Gostaria de não ter lido essa porcaria.
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Diogo Lago 02/08/2020

O HQ do primeiro livro
A mesma história do Livro 1, porém com algumas poucas modificações não muito importantes para o desfecho. A arte é linda, ao estilo gótico medieval.
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Larissa 19/07/2018

A idolatria ao caos e o Trono de Rubi, a realidade dos Melnibones.
A HQ conta a história de Elric o imperador do trono de Melnibone, uma grande potência milenar. Apesar de ser o imperador, ele padece por ser albino e fraco. Além disso Melnibone é conhecida por amar guerras e sangue, sendo conhecidos por idolatrarem o caos o que lá no fundo não é aceito por Elric. O antagonista é Yyrkoon o irmão de sua rainha e seu primo que vê nas fraquesas de Elric a chance de tomar o trono de rubi.

No desenrolar da historia visualizamos uma realidade sangrenta onde tudo gira em torno da feiticaria, do poder, da ganância, do orgulho e de todas as mazelas humanas. A nudez é abundante, pessoas que não tem poder são tratadas como meros "animais" ou são dadas a sacrifícios aos feiticeiros para fortalecer o imperador. Com claras inspirações sadomasoquistas e com certa complexibilidade visual.

A obra é super fantástica, trazendo a tona várias questões como poder autodestrutivo, rituais de feitiçaria que é bastante presente, a ganância, o orgulho e todos os legados da miséria do povo de Melnibone. Indico para os fãs de um bom quadrinho e de histórias e artes fantásticas.
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Paulo 24/04/2018

Elric é um personagem criado por Michael Moorcock e que representa um dos pilares do gênero capa e espada. Curiosamente o personagem não é muito conhecido no Brasil. Ele já foi adaptado várias vezes em quadrinhos pelos mais diversos autores. Chegou até mesmo a lutar contra o Conan em uma edição antiga publicada pela Marvel na década de 1980. Essa nova adaptação do personagem foi feito pela Glénat, uma editora europeia, que escalou um time de escritores e artistas para darem o devido tratamento ao personagem. A adaptação está tão boa que o próprio Moorcock deu o aval para ela e disse que escreveria dessa forma se tivesse pensado as coisas de forma diferenciada.

Vamos falar da edição? Elric - O Trono de Rubi é o quadrinho inaugural de um novo selo da Mythos chamado Gold Edition voltado para a publicação de quadrinhos europeus de alta qualidade. O tratamento feito pela editora é luxuoso com uma imagem grande de Elric sentado em seu trono, o título envernizado e o selo da edição em hot stamp dourado. O formato da edição é enorme, em 31x23cm, ou seja, padrão europeu que valoriza o traço dos artistas. O papel usado é couché. No começo temos um prólogo escrito por Moorcock e outro texto escrito por Alan Moore contando um pouco das várias versões dadas ao personagem e o que ele acredita que são as influências por trás do império de Melniboné. Ao final da edição, temos vários extras incríveis. Uma série de esboços dos artistas mostrando o processo de criação dos personagens. Vou comentar sobre isso um pouco mais abaixo.

Para quem está preocupado de isso ser uma série, fiquem tranquilos. Temos aqui uma história fechada. O Trono de Rubi é em dois capítulos, apesar de estar sendo produzidos novos volume para o Elric na Europa. Aqui dá para acompanhar a história numa boa e ver um pouco de como Elric adquiriu sua famosa espada devoradora de almas, Stormbringer. Vale mencionar a narração: a história é contada por alguém que se refere a Elric como meu amado, meu querido. No começo o leitor fica com uma impressão X de quem é o narrador, mas vai tomar uma bela rasteira do roteirista. Apesar de ter um aspecto bem literário e estoico em seus diálogos, não há enormes quantidades de texto. Muito pelo contrário... a fluidez da narrativa é incrível e a gente se demora mais apreciando a arte do que lendo o texto. A tradução da Mythos está excepcional e ficou nas mãos de dois mestres dessa arte. Texto tranquilo, sem quaisquer problemas de tradução e nem um pouco truncado.

A arte é um desbunde. Não tem como usar outro adjetivo. O leitor chora de alegria ao ver algo tão magnífico nas páginas da edição. Os artistas conseguiram capturar muito bem toda a decadência de Melniboné nas páginas. Vários detalhes estão presentes nas páginas como as gravuras de seres abissais, as localidades suntuosas e grandiosas, o imenso trono de rubi, as orgias incessantes e os sacrifícios mortíferos. A podridão infecta nossos sentidos e a gente é capaz de perceber que o reino está chegando ao fim. Em contraste os Reinos Jovens são belos e magníficos: longas extensões em verde repleta de águas e belezas naturais. Enquanto o primeiro é tomado pela magia e pelo contato com os demônios, o segundo é jovem e esbelto, com muitas belezas a serem exploradas. O design de personagens também é incrível. Os melniboneanos claramente tem inspiração nos elfos e nos elfos negros (no caso de Elric). São esbeltos, alguns fortes... a compleição deles é imperiosa. Como a gente pode ler nos extras, os artistas se inspiraram na obra de Clive Barker (no Hellraiser e nos cenobitas) para criar os trajes dos melniboneanos. Dá um efeito animal nas cenas; roupas de couro, algumas com pregos. O visual de Yrkkoon com aquela espécie de chapéu na cabeça é assustador.

Vale destacar o processo de produção do quadrinho que é bem diferente. Ele passou por três processos até chegar ao produto final: um artista é encarregado dos rascunhos iniciais, outro faz arte-final e outro é responsável pelas cores e por alguns retoques. Isso faz uma diferença incrível entre o que aparece em um primeiro momento e o resultado após o polimento. A captura também das ambientações tem uma diferença grande: por exemplo o que parecia um ambiente branco e simples de um porto se transforma em um lugar cruel e grandioso após a inserção das cores. Alguns cenários criados são deslumbrantes: Straasha, o deus dos mares, separando o mar em dois abismos, o salão do trono de rubi, a cidade dos condenados. Muitos são os detalhes presentes em cada cenário. Recomendo a todos que passem um tempo observando.

"Há tempos tenho sido paciente e complacente contigo. De agora em diante, serei o imperador cruel que tanto desejavas que eu fosse.

Estás banido de Imrryr! Eu te condeno ao exílio nos reinos jovens. Deixarás a ilha amanhã, desarmado, com o rosto marcado a ferro! Todo melniboneano receberá ordem para te caçar e me trazer tua cabeça! Esta noite, porém, convido-te à minha mesa para um último banquete, no qual sentirás o gosto amargo da tua traição.

Ajoelhado a meus pés como um escravo humano, comerás o coração de todos os que ousaram te seguir e levantaram espadas contra mim. Dize-me, primo... Agora pareço melniboneano suficiente para ti?"

Temos uma temática que une as duas narrativas: a ambição de Yrkkoon pelo trono. Ele é um homem apegado aos valores antigos de Melniboné e Elric representa a fraqueza do império. O lado mais filosófico do protagonista incomoda a ele e a toda uma camada de conservadores. A todo o momento o feiticeiro albino é testado pelos cortesãos e isso incomoda a Cymoril, a consorte de Elric e irmã de Yrkkoon. Para ela, o rei não deve ser questionado. As inquietações de Yrkkoon vão levar à sedição e causarão graves problemas para o reino. A relação de Elric e Cymoril tem um pouco de amor sim, mas o personagem depende da feiticeira para manter sua saúde. Quando acontece uma tragédia no reino, o protagonista acaba precisando tomar medidas drásticas. Ao final dos dois capítulos, a decisão dele vai parecer estranha, mas faz total sentido por conta dos portentos que lhe foram contados por Straasha.

Vale dizer também que os deuses tem um papel muito importante na história. Os melniboneanos são tratados como peões por eles. Temos três deuses participando diretamente aqui: Straasha, deus do mar, Grome, deus da terra e Arioch, o mestre das espadas. Cada um deles tem seu próprio interesse ao lidar com o mundo. Fazer pactos com os deuses é uma via de mão dupla. Nunca acredite que alguém vai sair ileso de um acordo com eles. Elric vai descobrir isso da pior maneira possível. Se ele seria capaz de realizar seus objetivos sem a ajuda de Arioch, acho pouco provável. Apesar de ele ser um excelente espadachim, a ajuda que Yrkkoon obteve era muito grande. E a gente vai ver o tom de ironia lá no final.

Melniboné é um reino decadente. Conseguimos ver isso na postura indolente dos seus habitantes. O abuso do luxo e da luxúria, os sacrifícios. Tudo transborda o que há de pior no ser humano. O próprio Elric é um anti-herói. Não tentem enxergá-lo como virtuoso. Sua postura em relação aos excessos é simplesmente porque ele não vê sentido nisso. Dá para ver o caráter do personagem quando eles precisam lidar com humanos em um vilarejo. Ele não se arroga de ameaçá-los. Para ele, os melniboneanos se situam em outro patamar em relação aos homens.

Elric - O Trono de Rubi é mais do que um quadrinho, uma obra de arte. Com um roteiro competente e uma apresentação grandiosa, isso se une a um traço polido e cenários exuberantes. A Mythos iniciou com tudo o seu novo selo e o tratamento que eles deram à edição brasileira ajudou e muito na qualidade final.
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Popeye 01/02/2018

Um dos quadrinhos mais bonitos que tenho em minha coleção. Desde a linda capa, passando pelo papel e impressão, um trabalho magnífico.
A história extremamente interessante, forte e cruel, ambientada neste mundo de fantasia extremamente rico, só funcionaria de fato com essa arte devastadora que encontramos aqui.
Valei cada centavo!!!

Os demônios dessa obra são aterradores, como tudo nesse mundo é. "Arioch", por exemplo, representa, no meu entendimento, o mal em pessoa.
Além de uma boa fantasia, acho que essa hq se enquadra MUITO no gênero terror.
Se um filme fosse feito disso, certamente seria extremamente perturbador e sombrio.
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Douglas MCT 24/01/2018

Elric em uma adaptação definitiva
Inaugurando o selo Gold Edition, a Mythos lança esta que é considerada a adaptação definitiva do grande ícone literário da fantasia e cria máxima de Michael Moorcock, Elric de Melniboné. Em meio a traições, feitiços, espadas mágicas, acontece uma luta acirrada pelo poder. Elric, o imperador albino criado por Moorcock deve enfrentar seu primo Yyrkoon pelo controle do reino de Melniboné. E além de todos os perigos e armadilhas, os dois vão ter que lidar com as manipulações de Arioch, Senhor do Caos e Duque dos Infernos Abissais.

Além da edição de ultraluxo que é lindíssima, contando com um prefácio apaixonado de Alan Moore e vários extras de concepção de personagens (a maior parte deles assumidamente inspirados no figurino dos Cenobitas de Clive Baker), temos ainda um inedetismo na produção de uma graphic novel, onde vários artistas se uniram pra realizar uma mesma página por vez, cada um assumindo um processo (esboço, lápis, arte-final e cores), onde um vai afetando o trabalho do outro e tornando 5 artistas em 1.

A narrativa, que adapta os livros de Moorcock com maestria, nos apresenta um mundo com regras singulares, cenários suntuosos, uma mitologia própria pra lá de interessante e personagens ambíguos, com um pé na crueldade (considerando que a raça do melniboneanos trata os humanos como gado... literalmente), mas sem perder o carisma.

Definitivamente uma história adulta, ela não tem grilhões nem princípios morais, se desvincilhando de qualquer hipocrisia social, para fornecer um enredo cativante, épico, aterrorizante e ao mesmo tempo muito surpreendente, considerando que tanto o autor do original, quanto os roteiristas magistrais aqui, sabem dosar o uso dos tropes do gênero, a medida que fornecem reviravoltas muito além do inesperado, incluindo aí um desfecho poderoso.

Elric, doente e viciado a sua maneira fantástica, e dependente de um relacionamento que ultrapassa o amor, encontra equilíbrio em suas decisões, sendo um exímio guerreiro e estrategista, somado ao ponto alto da obra, envolvendo entidades e demônios que manipulam a todos como peças num tabuleiro complexo, o que culmina principalmente num dos pontos mais incríveis da narrativa (incrivelmente ilustrada, com ângulos ousados e poderosos): as lâminas negras bebedoras de sangue, com personalidade própria. Mas falar mais do que isso, é entregar uma experiência maravilhosa com uma HQ que vale cada página, dos diálogos até a pausa para apreciar a bela arte -- cada uma poderia ser emoldurada.

A edição nacional conta com os dois primeiros volumes publicados na França, O Trono de Rubi e Stormbringer. No total, serão quatro edições, sendo que a terceira, The White Wolf, foi lançada este ano na Europa. A tradução ficou por conta do também autor Octavio Aragão.
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carlos.gomezbri 11/01/2018

Elric O Psicopata
Antes de comprar esta edição, assisti vários vídeos no youtube, na maioria deles as pessoas diziam que era a HQ mais fiel a história original e que as poucas mudanças tinham a aprovação do próprio Michael Moorcock. Comprei e a primeira coisa que percebi é que a arte realmente é belíssima, as representações dos personagens não poderiam ser melhores, mas meu elogio acaba ai. Na primeira parte toda, página sim e página não, há algum quadro com pessoas (99% dos casos mulheres nuas) sendo torturadas, todas acorrentadas e mutiladas. Entendo que os autores quiseram através disso passar o quando Melniboné estava decadente, mas a quantidade de quadros assim é tanta que fica extremamente desagradável e cansativo, tipo você vira a página e “ok, mais uma mulher sendo mutilada...” Chega a ser doentio. Acho que a decadência dessa sociedade poderia ser representada de diferentes formas. Mas o que mais me incomodou foi a personalidade de Elric, totalmente diferente do original, a HQ retrata um Elric totalmente psicopata, cruel, traiçoeiro e egoísta, a ponto de matar até mesmo crianças para agradar seus deuses do caos. Elric na HQ despreza totalmente seres humanos e os trata da pior forma possível durante toda a obra, até mesmo sua vida é mantida por sacrifícios de virgens humanas. Assim fica difícil torcer ou criar empatia por qualquer um dos personagens, é uma HQ com vilões e vítimas, com Elric sendo um dos personagens mais insuportáveis. Outro ponto extremamente negativo em minha opinião foi as grandes mudanças no roteiro, deixando de lado partes importantes e bem legais do original. Por exemplo, o modo que Elric encontra a Stormbringer e totalmente diferente (e em minha opinião, muito mais sem graça), o “arqueiro vermelho” não aparece na HQ, nem mesmo a cidade onde se encontra o arqueiro e as espadas. Achei que a HQ procura sempre a soluções de roteiro mais rápido e fácil para as situações de aventura e investe pesado na decadência e violência dos melniboneanos para chocar o leitor. Ou seja, o que eu mais gostava no original ficou meio que para escanteio... A única coisa que vale a pena é a arte estonteante, mas a sensação que fique após ler a obra é de nojo. Não sei como serão os próximos volumes, mas perdi o apetite de ler. Há um prefácio do Moorcock dizendo que só não colocou essas idéias na obra porque não pensou nelas antes, ainda bem! rsrsrsrs Vale ressaltar o cuidado e dedicação da Mythos, estão de parabéns!
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Joao Vitor 08/12/2017

Tema Elric de Melniboné...
Não espere encontrar aqui algum senso de ética ou moral, nem Elric nem seus compatriotas possuem qualquer empatia pelo que não for Melniboniano, mas espere encontrar uma história completamente épica que envolve, paixões, ambições e um espada nem um pouco simpática...
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