Agonia do Eros

Agonia do Eros Han B.C.
Byung-Chul Han




Resenhas -


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giovanna iancoski 30/10/2024

Byung-chul han merece a indicação. esse é um daqueles essenciais pra quem gosta de filosofia moderna.

o ensaio fala sobre o amor e desejo em face a uma sociedade de positividade e consumo, critica a fetichização da saúde e o declínio do erotismo, principalmente com a pornografia, como um reflexo do neoliberalismo.

ele evidencia as crises dessa nossa sociedade narcisista, que se perdeu no mito da liberdade e do desempenho e virou mestre e escravo de si mesmo ? já que se você é responsável pelo próprio triunfo, baseado em produtividade capitalista, não há ninguém para recair a culpa senão o próprio indivíduo.
com o declínio e a escassez do eros, não foi difícil produzir uma crise de pensamento e vitalidade, que se reflete na depressão. quando a gente estabelece limites pro amor baseado em capital, que acima de tudo, somente iguala, não há interesse em amar a diferença essencial. ele chama de inferno do igual. tantos dados quantitativos e informação disponíveis fazem com que o sentimento seja sufocado em comparações e idealizações, numa avaliação constante dos relacionamentos. nada mais é genuíno.
é um passeio sobre como é difícil, nos tempos atuais, fazer com que o amor seja sobre o outro ? só podemos amar se encontramos a no outro aquilo que reforça nós mesmos. É o desaparecimento do outro e a contemplação de si mesmo, assim como Narciso e seu reflexo. nos falta tempo, mas principalmente vontade pra amar.

acho que esse ensaio conseguiu me trazer clareza sobre tudo que eu amo na literatura ? o sofrimento é tangível somente quando nós damos nome. é tradução de todo um sentimento e a afirmação que como humanidade, ainda somos coletivo, e que tudo, ou quase tudo, é sobre compartilhar.

fica minha resenha e indicação, com certeza é um 5 ?.
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Joao.Pedro 13/02/2018

Excelente livro
Resenha no blog

site: http://www.semprefamilia.com.br/prosopon/resenha-a-agonia-de-eros/
José Guilherme Skobar 04/02/2019minha estante
????


Joao.Pedro 02/01/2020minha estante
Oi José, a resenha completa ficou em outro lugar:
https://www.semprefamilia.com.br/blogs/prosopon/resenha-a-agonia-de-eros/




Lucas 04/07/2019

Reflexão necessária
É um livro muito curto, mas que tras uma reflexão profunda sobre nossa sociedade.
Recomendo que se pesquise sobre o conceito de Eros e, se possível, ler alguns textos previamente sobre o tema. Apesar de ser sucinto, o autor traz uma bagagem filosófica grande.
Recomendo muito a leitura!!!
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@alephbookworm 31/08/2019

A agonia do Eros
Segundo livro do autor que leio e só tenho a dizer que preciso/quero ler todos os outros desse autor sulcoreano.

Nesse livro, iremos refletir sobre como nossa sociedade 'neoliberal' narcisitica imediatista positivista e formadora de iguais reflete nas relações do Eros nas pessoas.


Simplesmente é um livro que explica e ajuda a entender o sexo casual a dificuldade em amor verdadeiro ou até mesmo a impossibilidade de se achar um parceiro porque queremos algo igual ou perfeitinho.
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eagorarenato 23/03/2020

Eu tenho pra mim que a satisfação do amor tá no ato de amar. Se amar alguém te traz satisfação, o amor já se completa ali. Receber amor do outro é um processo bem diferente, que independe do primeiro. Ter os dois processos em simultâneo é complexo e instável, isso explicaria a dificuldade de manter um relacionamento romântico. É preciso dominar e equilibrar a necessidade de amar com a necessidade de ser amado.
A agonia do Eros está em querer abandonar a negatividade deste processo, em troca do consumismo narcísico do eu. Reduzir o esforço é uma tendência das revoluções tecnológicas, retirar o esforço da convivência social e amorosa é uma tendência à desumanização.
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N.Barbosa 13/05/2020

É o fim do amor?
O modo estrutural como a sociedade se organiza acaba por interferir decisivamente na forma como nos relacionamos uns com os outros, na forma que que selecionamos o que iremos acompanhar e, sobretudo, na forma como desenvolvemos nossos sentimentos. Nesse caso, destaco especificamente o amor. E nisso há algo que sufoca o sentimento afetivo.

Em sua obra, ?Agonia do Eros?, o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han tenta compreender as raízes desse processo. Para ele, ?estamos constantemente comparando tudo com tudo, e com isso nivelamos tudo ao igual, porque perdemos de vista justamente a experiência da atopia [diferenças] do outro.? Assim, tudo e todos são iguais. Nossa visão transforma o outro, portanto, em um simples objeto de consumo.

Han desta ainda que estamos voltados constantemente para o nosso universo, no modelo narcísico. Mas, nós mesmos não somos suficientes as nossas próprias necessidades, que deveriam ser preenchidas pelo outro. Dessa maneira, surge um indivíduo depressivo-narcisista loucamente em busca de sucesso, para a alta produtividade no trabalho ou qualquer outra área que se dedique. Han afirma que ?não se pode amar o outro, a quem se privou de sua alteridade; só se poderá consumi-lo.?

Nesta linha, esses fatos contribuem para uma falta de contemplação do outro, da fase de enamorar aquilo que nos falta. O amor nega o trabalho e o mero viver. O amor pressupõe intensidade e imprevisibilidade. Assim, não há espaço para os ?novos escravos?. Han destaca que ?por isso, o escravo, que se apega ao mero viver e trabalho, não é capaz de experiência erótica, de cupidez erótica.?

Mesmo com tanta liberdade, mesmo diante de tantas opções de escolha, nossa sociedade fica centrada em si mesma e entra na crise da fantasia, do desaparecimento do outro, do sufocamento do amor e, por fim, da agonia do eros. O excesso de trabalho, de produtividade e informações impedem que possamos enxergar e gerar empatia e amor ao outro. Enfim, ficamos impossibilitados de amar.

Livro curto, mas de uma densidade impressionante. Vale a leitura, vale questionar os sentimentos e dar uma oportunidade ao amor.
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giovanna 10/01/2021

Esse livro é simplesmente incrível, a singularidade com que byung-chul han nos fala sobre o eros e a sua importância em nos lançar em direção ao outro. Como ele mesmo diz nesse inferno do igual que é a contemporaneidade o eros é uma revolução apocalíptica que nos escancara para o nosso modo de ser-com.
A cada página eu questionava todos os meus próprios atos que só me jogaram mais e mais para esse ?amor profanado?, que temos como grande possibilidade no contemporâneo em que o eu é sempre o protagonista.
Cada capítulo me deixava assim ?, vale muito a pena a leitura!!
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iguteixeira 04/03/2021

Indispensável
Esse livro é o segundo do Byung Chul Han que leio e continuou não me decepcionando. Acho bastante potente a perspectiva dele sobre nossa realidade, principalmente a ?ocidental?. As críticas ao pós-estruturalismo também é presente e se faz de uma forma bastante franca e sem rodeios. Precisamos mudar nossos paradigmas, e sem sombra de dúvidas, Byung em ?agonia do Eros? nos dá ferramentas para isso.
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Wellington 22/02/2022

Agonia do Eros – 8,0
Pode ser difícil se você não for habituado a filosofia ou discussões profundas. O livro pode ser curto, mas é profundo. Adoro o Byung-Chul Han, ele me dá umas bofetadas boas na cabeça que fazem sentido e sempre lhe agradeço.

Discute-se o lugar do Outro na vida humana. O viés pode ser pela sexualidade, mas, essencialmente, trata-se de uma leitura contemporânea sobre como o outro – enquanto outra pessoa, outra realidade, vivência, aspectos bons e ruins, possibilidades, enfim, um Ser – tem perdido sua alteridade, ou seja, as características essenciais que o tornam Outro. Hoje, ele é visto como um conjunto de aspectos desejáveis ou indesejáveis, compatíveis ou incompatíveis comigo; eu procuro um igual, não um diferente. Procuro monólogo, não diálogo; corpos, não relações. A frase “o Eros vence a depressão” traz a ideia de que, se a vivência erótica (e isso é diferente de sexual, pois não é fragmentada) inclui necessariamente o Outro enquanto alteridade, ela vence a depressão causada pelo excesso de positividade do mundo – o excesso de potencialidade, o sentimento de que sempre estou aquém de meus potenciais. A depressão por exaustão, o burnout, só existem num inferno de iguais. O reconhecimento total do outro enquanto Outro é sua salvação.

Se essas palavras te deram dor de cabeça, deixe a obra para outro momento. Mas, se algo nelas te chama, leia. É um autor fantástico e os temas são importantíssimos. Não é brincadeira intelectual; são leituras com o poder de impactar vidas. Só não dou nota máxima por alguns capítulos se destinarem à crítica literária; felizmente, num livro desse tamanho, passam em duas páginas.


site: https://www.instagram.com/escritosdeicaro/
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frsco 17/10/2022

🤬 #$%!& doidão...
Mano isso daq é fantástico, que ridículo, é uma experiêcia que todos precisam ter e os livros do Han são no mínimo necessários e incríveis; todos que eu leio eu me divirto em cada página que eu levo um "tapa na cara" de realidade e um fecho de vontade de ver o que acontece até no meu dia-a-dia. Leiam!!!
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Aila.Nossa 11/11/2022

O Eros arranca o sujeito de si mesmo?
? e direciona-o para o outro.

Essa frase retirada da análise de Melancolia , filme do Lars Von Trier, para mim foi o ponto alto do livro. Após ela, tudo se discorre. O primeiro capítulo traz a relação dessa obra com a depressão vivenciada pela personagem Justine como um evento narcísico onde a catástrofe representa a transmutação para uma pessoa amorosa e amante.

Nos demais capítulos , Byung traz uma análise sobre a sociedade do desempenho , autoexploração e liberalismo econômico e na dificuldade da inserção do sujeito atópico em uma experiência erótica em um contexto liberal. Discorre sobre a inabilidade da experiência erótica pelo positivismo e absolutização do mero viver quando na realidade o conceito de absoluto seria o sujeito que aceita a negatividade do outro. Sem negatividade , sem eros. Não há amor sem a capacidade do olhar negativo. Amor é a aceitação da vulnerabilidade, é a coragem de viver uma relação assimétrica.

A partir do quarto capítulo, o filósofo disserta sobre a pornografia como o exato contraposto de eros, fenômeno aniquilador da sexualidade. A morte do mistério: o não sexo. A falta de informação e excesso de devaneios estimulado pelo desemprenho. Livro finda concluindo que sem amor não há pensamento.
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Gois 04/04/2023

Bom mote, execução vaga
As pessoas estão mais narcísicas e o outro desapareceu. No entanto, amar e desejar é exatamente esquecer de si (morrer de si) e se entregar ao outro (viver no outro). Então, hoje em dia, só se ama o igual (por narcisismo e por padronização das pessoas - "o inferno do igual"). Assim, o amor e o eros estão em decadência. Some a isso o fato que na sociedade do desempenho, sexo também virou desempenho, então sexo virou produto e consumo. Sexo virou pornografia apenas. Sobre isso tudo que trata esse livro. Eu gosto desse filósofo contemporâneo que tenta explicar e entender questões de funcionamento da nossa sociedade. Esse é o quarto livro dele que leio, o tema é muito instigante e o mote muito legal. A execução um pouco vazia, com poucas explicações, linguagem formal, citações difíceis e muitas divagações. Achei legal apenas. Ler o resumo faz pensar mais que o livro. Hehe
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