Araruama

Araruama Ian Fraser




Resenhas - Araruama


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Cla 20/08/2020

Araruama
O livro foi uma grata surpresa. Achei a temática e a criança de mundo incríveis! No entanto, achei que o livro demora um pouco para desenvolver e pode ficar um pouco cansativo, entendo por ser uma obra com continuação. Mas vale a pena e com certeza lerei os outros.
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Dilaine 09/08/2020

Devia ter lido antes
Eu estava com esse livro no Kindle a muito tempo, e nunca tinha parado para ler, mas que livro maravilhoso! Adorei entrar em um universo indígena!
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gilvancoriolano 09/11/2024

Fiquei de cara
Nunca na vida pensei que fosse ler um livro de 'mitologia' com base nos povos indígenas brasileiros. Ainda mais algo tão bom, bem escrito com uma história original mas ao mesmo tempo que presta homenagem a toda essa cultura da qual se inspira. Sensacional!!!
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Anna Araújo 18/12/2021

Foi um pouco complicado a leitura com tantos nomes difíceis de entender e pronunciar, como tbm com tantas nomenclaturas indígenas.
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Vinícius 28/12/2021

Estou dividido
Nos 3 primeiros capítulos o autor abusa de termos e nomes da cultura indígena sem dar a devida explicação... existe um glossário no final do livro, mas ficar parando toda hora pra consultar quebra o ritmo da história.

Após o terceiro capítulo fica mais fácil de entender o que esta acontecendo. A história segue um ritmo diferente do que estou acostumado e as histórias paralelas parecem mais importantes do que a história principal.

O livro é rico em cultura e a narrativa segue uma pegada poética, fazendo eu me apegar aos personagens, mas sem acontecimentos muito relevantes. O livro todo parece uma grande apresentação ao universo onde a história deve passar e aos seus personagens. A grande aventura mesmo deve começar no próximo livro.
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Emanuel 09/03/2022

O que eu posso falar sobre a obra: genial. Meu livro favorito entre os autores brasileiros contemporâneos que li que escrevem fantasia.
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Ssauros 26/11/2022

Perfeito
1.Araruama é um livro de fantasia indígena. O que por si só já é algo único e diferente de tudo que eu já li. Ele traz para a ficção personagens do folclore nacional além de costumes e crenças indígenas e cria assim um mundo fantástico! A cultura indígena é extremamente rica e deveria ser mais explorada e valorizada na ficção como foi nesse livro. Nele temos várias divindades ligadas as forças da natureza e também existem várias tribos cada uma adora uma dessas divindades ( o que por vezes gera conflito) e as histórias de como tudo surgiu são muito interessantes. Existe um ritual feito no nascimento que determina quantos motirõ (anos) aquela pessoas vai viver. Se a quantidade for muito baixa a pessoa sofre enorme discriminação e é obrigada a trabalhar durante o pouco tempo que tem sem direito de participar de cerimônias e ser enterrado de forma digna. Se a quantidade for alta ela é paparicada e tem inúmeros benefícios como diversas homenagens, pretendentes, elogios diversos e enorme festival em sua morte. Isso nos leva a fazer uma ligação direta com a realidade em que vivemos onde não somos mais vistos pelo que somos mas pelo que temos e assim como no livro nosso ?final feliz? tem haver com o começo.
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Mayara Mendes 05/12/2022

Não consegui imergir muito no livro alguns personagens me cativou mas a história passou batida. Triste
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Jaaqx 20/01/2023

Que livro incrível! No início a quantidade de termos parece infinita e impossível de guardar, mas conforme você vai lendo, a história transforma as palavras em algo muito natural pra narrativa. Uma das coisas que mais gostei no livro é fato de muitos elementos receberem nomes diferentes que só depois você vai compreendendo exatamente o que são, uma névoa mágica que se abre como uma cortina conforme você se envolve na leitura. Muito bom!
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Helo 27/01/2023

Amei o universo criado pelo autor e os personagens, que são muito carismáticos, além da escrita, que é poética sem ser brega ou ininteligível. Foi minha primeira experiência com uma fantasia inspirada em culturas indígenas e a atmosfera foi maravilhosa, me senti como se estivesse vendo um anime shonen (inclusive acho que este livro poderia dar uma ótima série animada). O que me fez tirar uma estrela foi que a quantidade de termos e personagens deixou a história um pouco difícil de acompanhar, e também porque faltou um pouco de ímpeto narrativo ? creio que por percorrer vários anos e ter uma vibe quase episódica, mas acho que no segundo livro esses "incômodos" não existirão por já estar familiarizada com o mundo e também por conta de como a história parece que vai se desenrolar daqui pra frente.
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Ilmar 07/07/2023

Foi um livro diferente. Bem diferente dos que estava acostumado a ler. Demorou um pouco para me acostumar com os termos. Quando pega o ritmo fica melhor. Muito ansioso pra ler a continuação.
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Bruna 20/02/2024

Não é pra mim mas pode ser para você!
Não consegui me imergir muito nesse livro apesar de ter alguns personagens muito cativantes. Me liguei bastante ao personagem Obiru e por mim leria um livro inteirinho pelo ponto de vista desse menino que merecia algo melhor na vida (ele conseguiu até me tirar umas lágrimas). Fiquei triste e me mordendo de raiva pelo modo em que os capanemas eram tratados mas além disso? Para mim tanto faz.

No começo tem muitos termos indigenas sem explicação que me fez quase abandonar de tão confusa que eu estava, mas segui firme, forte e na vibe apenas (no final do livro tem um glossario mas nem ferrando vou ficar indo e voltando durante a leitura). Após uns 2 ou 3 capitulos já da de entender os termos pelo contexto.

O livro é basicamente uma montagem do pódio onde a peça ainda irá acontecer. Apresentação de personagens, contexto histórico e religião mas a ação e aventura acontecerá mesmo é na sequencia.

Esse livro tem uma proposta muito inovadora e BOA, achei incrivel a ideia de que cada criança já saiba desde cedo a duração de sua vida. Melhor ainda é que foi baseado nos povos indigenas da America Latina... Fiquei triste de verdade que não foi uma leitura pra mim.
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Julio.Jose 18/03/2024

Fantasia e mitologia indígena pré-colombiana
Para os amantes de livros de fantasia, Araruama apresenta uma proposta muito legal de um mundo mágico na América e um sistema de castas que está presente nas 7 tribos.

A mitologia indígena é muito rica, bela e poética e merece cada vez mais obras como essa. Recomendo!
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Marcio.Luiz 18/08/2024

Sementes...
Devo admitir que inicialmente a leitura foi complicada e até pensei em parar. São muitos detalhes, nomes e modos de vida diferentes que ficamos perdidos com tantas informações.

Mas a insistência valeu a pena! Quando consegui me familiarizar com os termos e palavras, a leitura fluiu maravilhosamente bem!

Acompanhamos a vida dos personagens em um mundo em que todos sabem quantos anos irão viver ao nascer, e a partir disso é traçado sua posição social e seus deveres.

É um mundo cruel em que as pessoas que têm menos tempo de vida, não têm um incentivo e são relegadas a trabalhos "menos importantes". Enquanto que os que têm muitos anos de vida são catapultados a cargos de grande prestígio, recebendo atenção e treinamento adequados. É como dizer que quanto maior o tempo de vida, mais essa sociedade investirá em você. Cruel!

O autor nos leva por uma narrativa fragmentada ao acompanharmos o desenvolvimento de múltiplos personagens de diferentes povos e costumes, e por isso a confusão inicial para nos acostumar a tantos "modus operandi" diferentes. Todos os personagens tem de superar suas barreiras e começam a perceber mudanças drásticas. É anunciado a todo o momento que tempos terríveis se aproximam e que eles devem ser preparados para isso.

É emocionante acompanhar o desenvolvimento desses personagens em um mundo caótico, cheio de criaturas gigantes e cruéis. O autor é feliz em sua criação ao se basear em diferentes culturas dos povos originários das Américas e podemos identificar essas inspirações.

É como ler uma história de milhões de anos atrás em que podemos ver as diferentes nações de nosso continente nascendo e se estabelecendo!

Vale a pena leitura e a transposição da leitura inicial que pode nos deixar perdidos com tantas características diferentes nesse mundo mágico, cruel e maravilhoso!
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Paulo 29/07/2018

Araruama foi um dos primeiros projetos que eu apoiei no Catarse. Quando vi a proposta apresentada pelo Ian Fraser imaginei ser uma jogada arriscada. A gente fica pensando: "ou vai dar algo muito bom ou vai dar algo muito ruim". Fico feliz de que tenha sido o primeiro caso. Já comentei algumas vezes o quanto os escritores nacionais precisam olhar com mais carinho a nossa própria cultura. Mas, não digo isso porque quero ver centenas de histórias baseadas no Brasil colônia ou em lendas indígenas. Por que não pegar essas lendas e histórias e criar algo novo? É isso o que Fraser faz. De uma forma muito inteligente.

Inicialmente eu tive um estranhamento na escrita de Araruama. Isso porque o livro é bem fora da curva e várias das opções criativas que o autor fez foram para favorecer sua forma de contar a história. Esta segue quase que um padrão mítico na sua apresentação. Se vocês tiverem a oportunidade, leiam histórias mitológicas; elas se parecem muito com a escrita do Fraser. Aquela sensação de algo além do normal, que ultrapassa os nossos sentidos. É como se os personagens fizessem parte de algo maior. Quando uma majé fala a um mitanguaríni somos capazes de perceber a sabedoria presente nas suas palavras. Que aquilo que está sendo passado não vai ser compreendido no exato momento por ele, mas que vai ser de alguma utilidade no futuro. Depois que eu me assentei na escrita, esta passou a fluir muito bem. Já havia me acostumado com as passagens, as falas e os momentos transcendentais quando a história se encerrou. E eu queria mais.

A narrativa emprega Pontos de Vista (os famosos POVs popularizados por George R.R. Martin). Estas alternam entre os cinco jovens: Kaluanã, Eçaí, Apoema, Obiru e Batarra Cotuba. Cada um deles tem sua própria jornada a ser completada neste princípio de série até chegar ao ponto onde o autor quer para realizar a virada para o segundo volume. A ideia é encaminhar a todos em direção ao Turunã, que é uma espécie de ritual de passagem rumo a vida adulta. Só vou chamar a atenção em relação a um aspecto narrativo que posteriormente o autor até ameniza: de vez em quando temos dois POVs coexistindo em um mesmo capítulo e não há uma transição clara entre eles. Principalmente nos capítulos onde Obiru e Kaluanã coabitam. Às vezes essa passagem ocorre de um parágrafo para o outro. Há de se ter atenção neste sentido para não causar alguma confusão no leitor.

"O mitanguariní fechou os olhos e concentrou-se no silêncio. O mundo começou a fechar-se, e a esfera do campo sonoro diminuiu ao tempo que as cigarras não cantavam mais e ele não escutava mais os cajus caindo ou o voo das garças. E quando o mundo se resumiu à mudez de sua concentração, o menino deixou-o crescer um punhado."

Outro ponto que alguns leitores podem se enrolar um pouco é a curva de aprendizado. São tantas coisas novas que o autor introduz na narrativa que é preciso um pouco de tempo e paciência. Essa é uma vulnerabilidade e um ponto de força da narrativa. Ao mesmo tempo em que eu me preocupo com o fato de haver muitos conceitos novos, me alegra ver que que o autor saiu do comum e buscou algo seu. Não há como aliviar nesse sentido porque de fato é algo a se perceber. Este primeiro volume também sofre com a síndrome do primeiro volume, mas também é natural. Sem as informações necessárias para compor o universo literário, não há como avançar na história. Só acho que a história poderia ser um pouquinho maior neste primeiro volume para que o autor pudesse apresentar seus conceitos de uma maneira mais amena. Mas, novamente: nesse ponto são mais escolhas do que necessidades.

Cada personagem tem sua jornada e esta se liga muito com a história maior por trás da série. Um dos temas que é muito legal de ver transparecer é a relação diferente que as comunidades tem para criar seu status social. Uma pessoa é importante de acordo com a quantidade de aman paba (tempo de vida) que ela possui. Pode ser um chefe, um caçador, um herbalista. Ou seja, o que diferencia e hierarquiza as pessoas não é a quantidade de terras que ela possui (já que estas são coletivas) ou de riqueza (não tem valor monetário específico aqui já que são realizadas trocas). Fica aquela reflexão de que o homem sempre vai buscar formas de criar classes sociais. Aqueles que possuem pouco aman paba são marginalizados, conhecidos como capanema. Um dos personagens da narrativa é justamente um capanema nascido como filho de um abaete, uma espécie de chefe de uma comunidade. O pai de Obiru sente vergonha de seu filho por ele ser um capanema. É nesse dilema de alguém tentando recuperar seu prestígio ao mesmo tempo em que descola sua imagem da de seu filho que vamos ver a angústia no coração de Obiru. No início ele vê aquilo como sendo o seu castigo e como algo natural dentro daquele universo onde ele vive. Aos poucos ele vai se questionando se não existe um algo mais para ele.

Por outro lado, Eçaí não se importa muito com as convenções sociais. Sua relação com a natureza é tão forte que estas convenções o incomodam. Ele gosta de viver sua vida livremente e à sua maneira. Claro que existe uma explicação sobrenatural para isso, mas é curioso perceber como uma pessoa que questiona o status quo enxerga o mundo como algo completamente alienígena. Não se sente capaz de se encaixar dentro dos padrões fechados.

Temos também o surgimento de um novo tipo de fazer a guerra com Apoema. O legal é perceber como uma pequena descoberta é capaz de mudar toda a dinâmica de uma tribo. Ian poderia ter explorado um pouco mais essa dissonância entre o fazer combate antes e o depois. O engraçado disso é que eu imaginei que seria uma tecnologia e na verdade foi outra (não vou comentar para ver se vocês também tomam uma rasteirinha básica). A própria maneira como Apoema passa a realizar seus combates é extremamente eficiente, mas mal vista entre seus companheiros que possuem um código de combate específico. Porém, quando esta tecnologia se faz necessária para a defesa da vila, os códigos acabam sendo jogados para o alto em prol de derrotar os adversários. Esse tipo de reação é muito semelhante à invenção da gatling gun (a metralhadora de repetição) na Primeira Guerra Mundial. Ela era considerada uma arma desonesta por outros povos. Mas, a necessidade de impor o seu poder diante dos seus adversários acabou por suplantar os receios dos antigos combatentes que passaram a adotá-la.

Tem vários assuntos a serem tratados nesta resenha, mas sinto que ela está ficando longa. Gostaria apenas que vocês dessem uma oportunidade a este livro que é de alta qualidade. Ian tem uma escrita muito acima da média e chegou com o pé na porta com o seu livro de estreia. A proposta toda por trás de Araruama é muito ousada e por isso que fez os meus olhos brilharem. Gosto quando o autor se arrisca e produz algo fora do comum. Por essa razão, eu aplaudo o esforço dele em produzir Araruama. E já apoiei o segundo volume porque eu quero continuar nessa aventura.

site: www.ficcoeshumanas.com
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