spoiler visualizarThaysGR 28/01/2024
Agatha Christie é sempre um ótimo passatempo
Eu costumava ler muito Agatha Christie quando mais jovem, com uns 18 anos mais ou menos, e é bem provável que já tenha lido esse, mas não lembrava da história (das vantagens do que o Covid fez com minha memória).
Eu gosto que nos livros dela a gente só sabe mesmo da solução do crime no fim, e que há toda uma análise psicológica por trás das conclusões de Hercule Poirot.
Esse livro não me prendeu como outros da autora costumam, mas foi uma leitura agradável.
Spoiler: é a história de um pintor Amyas casado que mora com a esposa Caroline, a cunhada adolescente e uma governanta, numa casa bem de rico ao lado de um amigo. Ele está pintando uma moça, e se apaixonada por ela, como em todos os quadros que já fez. A moça também se apaixona e supõe que eles vão viver juntos pra sempre, e ela vá se separar da esposa. Há uma discussão sobre isso quando a amante confronta a esposa, e o amigo/vizinho descobre que sumiu um dos venenos do laboratório dele. No dia seguinte o pintor é encontrado morto no estúdio dentro da propriedade depois de não ter ido almoçar com toda família e amigos.
A esposa é condenada. E 16 anos depois a filha do casal contrata o Poirot pra investigar o crime, já que tinha uma carta da mãe dizendo ser inocente.
Durante a investigação, o detetive conversa com as pessoas que julgaram o crime, e 5 testemunhas que estavam no local: o melhor amigo Philip, o vizinho e irmão de Philip, Meredith, a governanta Williams, a cunhada Angela e a amante Elsa - os cinco porquinhos.
Uma boa surpresa saber que a mãe era inocente e fez tudo por amor a irmã, e por remorso pelo que havia feito antes na vida dela, já que havia desfigurado ela num ataque de raiva quando era adolescente, jogando um peso de papel na cara dela. Caroline achou que a irmã havia envenenado o marido sem querer, em uma de suas brincadeiras e assumiu a culpa pra livrar a irmã e ficar em paz com o que havia feito no passado.
Também achei interessante relacionar que a morte do casal foi um reencontro em outra vida. Da um ar de romantismo ao livro. No fim a verdadeira culpada, que foi a amante jovem e inconsequente do pintor, não sofre pelos atos e não é condenada também, já que decide não confessar.
A versão que eu li tem um português bem antigo e rebuscado, mas é compreensível, já que é um livro de 1942. Mas talvez isso tenha arrastado um pouco a leitura pra mim.