Anselmo 06/06/2020Espólios Essa é uma daquelas edições cíclica de TWD . Reconstruir, lamber as feridas até sarar, procurar novas esperanças, resolver pontas soltas e continuar sobrevivendo. Afinal essa é a natureza humana, desde os primórdios. E não é preciso estar num mundo fictício. Em TWD nada dura muito tempo, tudo é efêmero, tudo é sobrevivência dia após dia. A surpresa, o inesperado é uma constante, é talvez seja isso a fórmula do sucesso dessa Hq, os zumbis é apenas a força de transformação e a certeza que nada ficará estagnado. The Walking dead desde o início nunca foi totalmente justo, pois aqui a vida que lhe resta é realmente nua, crua, amarga. Como um inesperado tapa na cara , te mostra que essas situação não estão muito longe de uma realidade. Qual é o zumbi na sua vida que te faz correr para sobreviver?
Essa hq desde o início manteve seu alto nível de entretenimento. Eu quase cometi o erro de não ler, pois achei que a série , com aqueles atores horríveis, canastrões, nada carismáticos e xexelentos, estavam reproduzindo a Hq. Mas felizmente eu tive tempo de rever esse engano. A Hq, o original, é de muito longe superior. Aqui nao tem enrolação, é tudo muito dinâmico, muito bem feito, o autor tem domínio pleno da estória e te deixa a cada edição querendo mais. O Desenhista, com seu traço e narrativa consegue nos transportar para dentro da estória e nos envolver com todas as emoções dos personagens. Quantas vezes eu senti aquele vento frio da noite deserta do campo, o silêncio mórbido, o assustador barulho de uma folha seca sendo arrastada por algum pé ao longe, o cheiro da carne putrefata que desorientadamente vaga em alguma direção, afim... É uma dupla criativa das mais coisas e competentes. Já estamos perto do fim... de TWD.