Guerra e Paz - Vol. 1

Guerra e Paz - Vol. 1 Leon Tolstói




Resenhas - Guerra e Paz


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Izabella 19/05/2021

Escrevendo essa resenha 2 meses depois de ter finalizado o livro. Eu tinha(tenho?) certo receio de ler classicão (livros clássicos com grande número de páginas) que eu li. Nem me lembro bem porque comecei esse. Mas não me arrependo. Pelo contrário, foi uma experiência que me mudou como leitora. Até hoje me pego pensando na história e nos personagens. E sinto saudades. Nunca pensei que iria gostar tanto, porque não gosto muito de ler nada com a temática de guerra, mas esse é muito mais sobre as pessoas envolvidas e os seus desenvolvimentos, do que a guerra em si. Claro que a guerra é importante e é o cenário de fundo, mas foram as histórias pessoais que mais mexeram comigo.
Como foi meu primeiro livrão (de novo, número de páginas) e com nomes russos, anotei todos os nomes que iam aparecendo e ia deixando os mais importantes. Fui fazendo pequenos resumos conforme ia lendo também, para não me perder na história.
Foi uma ótima experiência, e pretendo relê-lo algum dia (não em breve, pois estou com projetos de ler outros livrões), e com toda certeza quero ler mais de Tolstoi.
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dialogonoslivros 17/05/2021

Se eu tivesse que ler apenas um livro em toda minha vida, seria esse!
Ah, Tolstói, que sorte tive eu em ler suas obras...
Em 2016 assisti a série da BBC e gostei muito, fiquei curiosa para saber mais sobre o livro. Porém ao descobrir que a obra facilmente passava das 1000 páginas, decidi que não o leria. Entretanto Guerra e Paz nunca saiu da minha cabeça, ficou guardado na minha memória e martelava minha mente de vez em quando. Ano passado resolvi procurar uma resenha sobre o livro, e encontrei a resenha da Isabella Lubrano do canal "Ler antes de morrer", na resenha a Isa comentou que se tivesse que ler apenas um único livro a vida toda, esse livro seria Guerra e Paz. Fiquei ainda mais fascinada por esse livro, porém não me considerava uma leitora madura o suficiente para encará-lo. Em Agosto de 2020 tive o primeiro contato com Tolstói em Anna Kariênina, depois li A morte de Ivan Ilich, então finalmente criei coragem para encarar o monumental Guerra e Paz.
Como explicar esse livro? É um livro histórico sim, não há dúvidas. Recheado de documentos e cartas oficiais escritas por Napoleão, pelo Czar Alexandre I, pelos generais da época. Retratando nos mínimos detalhes os períodos entre 1805 e 1812 das Guerras Napoleônicas. Mas Tolstói foi além, ele retratou a guerra mostrando seus absurdos, escancarando seus horrores e crimes (que até a época do livro, não eram vistas e consideradas).
"O que motiva milhares de pessoas a matarem seus semelhantes?" a pergunta ressoa o livro inteiro, e não faltam tentativas de explicá-la.
Mas além de tudo isso (que já poderia ser o suficiente), Tolstói costura em sua trama personagens fictícios que participam direta e indiretamente destes acontecimentos históricos. Cada personagem antagônico ao outro: Andrei, o jovem e belo herói de guerra, sempre tentando agir corretamente. Muito íntegro e sempre muito firme em suas escolhas; Natacha, sonhadora, obstinada, sedutora, cheia de vida, um raio de luz que ilumina a vida de todos ao seu redor; e em contrapartida Pierre, inseguro, temperamental, depressivo, com um enorme coração mas quem toma as piores decisões. Nikolai, Mária, Sonia, Deníssov, Petya, Dolokhov, Hélene, Anatole...
Acompanhamos os personagens tornando-se adultos, vivendo seus dilemas, suas dores, paixões, indecisões, lutos... tudo enquanto são atravessados pela guerra. É impossível não se identificar com algum elemento, alguma cena, algum sentimento.
Para finalizar, Guerra e Paz aborda TODOS os assuntos que permeiam a vida humana: vida, morte, luto, dor, doenças, nascimento, fé, religiosidade, aborto, família, a busca desenfreada pela felicidade, ambições, caridade, amor, ódio... Guerra e paz.
O nome não trata só dos períodos de guerra e paz em que a sociedade russa viveu no início do século XIX, trata também da guerra e da paz das nossas mentes, da incansável busca por respostas que movem a humanidade.
Meu conselho é: reserve um tempo da sua vida para ler essa obra. Você não irá se arrepender!
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Nivia.Oliveira 15/05/2021

Período do episódio (1805-1820)
Tolstoi, que se alimentava de Homero e Goethe, cria essa Ilíada moderna para nos contar sobre o povo Russo: das almas vazias da alta sociedade (em paz na véspera da guerra) e das almas pobres, desanimadas, inquietas mas resilientes e mais interessantes.
Os protagonistas André, Pedro e Kutuzov estão desconfortáveis nesse mundo corrompido, cada um à sua maneira, como a divisão da alma de Plantão: razão, coração e fúria.
Para mim foi surpresa personagens russos que só falavam francês. Mas descobri que eles amavam os franceses desde que emigrantes chegaram ao país e após a Revolução Francesa, a França ficou na moda. Paradoxalmente, o país teve que enfrentar o próprio ídolo: Napoleão Bonaparte, liderados por um Czar, Alexandre I, que era um Hamlet coroado.
Concordo com o romancista francês Flaubert que Tolstoi “repete-se” com seus insights filosóficos sobre a civilização humana, pouco convincentes (que deixam o livro denso) mas acredito que o autor queria, como um professor, garantir que entenderíamos seu motivo para escrever Guerra e Paz: que é essa força invisível que dirige as pessoas tanto para o bem quanto par ao mal?
Essa pergunta, que ronda todo o livro, me inquietou também. Afinal, o que movimenta homens e nações para transformar o mundo em guerra? Que é essa força imperceptível que faz o mais fraco virar o jogo? Qual é a força que faz líderes mover massas humanas por um ideal?
A triste cena do saque de Moscou demonstra como o interesse individual se sobrepõe ao coletivo, tão em voga ultimamente.
Gostei também das mulheres nesse livro. Numa época em que os homens encabeçavam a política e o governo, as mulheres (donzelas, princesas, esposas submissas e damas da corte), são elas, as subordinadas que são sábias: não fazem a guerra. Fiquei pensando em que pontos houve “pitacos” de Sofia, a esposa de Tolstoi já que era ela que datilografava os manuscritos do marido.
Em suma: queremos a guerra e a paz e ambas estão dentro de nós. Às custas do nosso livre arbítrio, escolhemos a dor ou a felicidade.
No meu insta @niviadeoliver fiz o resumo em 5 obras de arte. ;) Te espero lá.


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/?hl=pt-br
dialogonoslivros 17/05/2021minha estante
Oi Nívia, nossa concordo com vc e com Flaubert sobre as repetições. Especialmente no final do livro em que ele faz uma síntese de tudo. Eu lia e pensava: "mas ele já falou isso". Mas assim como você também tive a impressão que Tolstói queria ensinar, como se ele tivesse exposto tudo que tem no livro para depois dizer: entendem agora que há um problema com a sociedade?
Vou segui-la no instagram!


de Paula 18/05/2021minha estante
Obviamente ele se alimentava dos gigantes da literatura, por isso a obra de Tolstoi é tão incrível. Sei que a densidade dos comentários são cansativas, mas são essas análises que incomodam e fazem o leitor refletir, pensar sobre a dinâmica da guerra e da paz e porquê elas continuam a acontecer, embora nos tornemos cada vez mais evoluídos. Não tem como não ser tocado pela obra, nem deixar de perceber o que você analisou sobre o contexto platônico que rege os heróis da história, suas motivações representam a essência humana da forma mais pura possível. Parabéns pela resenha! Infelizmente não tenho ig para segui-la, mas tenho certeza que fez reflexões pontuais sobre a relação da obra literária com obras plásticas.




Elane.Correa 15/05/2021

Tolstói: o historiador
Romance misturado a fatos e personagens históricos, no qual o autor critica demasiadamente os historiadores por exaltarem alguns "heróis" que segundo ele são totalmente dispensáveis, uma vez que os fatos históricos ocorreriam com ou sem essas personalidades. Então, por não confiar no que é divulgado nos livros de história, ele busca fontes originais do período da invasão napoleônica à Rússia, e acaba por contar a história do seu ponto de vista. O autor faz uso de seus personagens para reflexões filosóficas acerca da vida e da morte, tais como: "a morte é um despertar".
Seus personagens principais fazem parte da aristocracia russa, muitos príncipes e princesas (bem diferentes dos contos de fadas), condes, etc. bem humanos, demonstram toda a hipocrisia, intrigas e baixezas das quais são capazes para manter as aparências e seus status perante a sociedade. Mas também há espaço para as paixões arrebatadoras, amores e finais felizes entre dois casais principais, os quais acabam por reunir em um único núcleo familiar as famílias que no início da história pertenciam à núcleo distintos.
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Tatiana.Junger 13/05/2021

Obra completa
À ocasião da primeira leitura, eu devorei os dois volumes - lembro ter finalizado em menos de 1 mês.
Dessa vez fui aos pouquinhos - em parte por hoje estar vivendo uma fase bem mais “ocupada“ da vida, em parte por sentir necessidade de ir com calma (afinal, dessa vez, eu já sabia o final mesmo, né).
E esse novo ritmo me ajudou a tirar mais das passagens sobre política, filosofia, história e natureza humana. Engraçado que, na memória, eu até lembrava que o Tolstoi entrelaçava o enredo fictício com ensaios, mas não me recordava dos conteúdos refletidos.
Embora ele passeie por assuntos diversos, nos seus ensaios a mensagem principal foi a crítica à historiografia tradicional, que costuma criar heróis e vilões, enaltecidos ou culpabilizados pelos acontecimentos históricos, quando na verdade a relação “causa-efeito” estudada pela História se revela, senão falsa, ao menos bem nebulosa. Afinal, não fosse Napoleão, será que a guerra não teria acontecido de qualquer forma, com outro protagonista, considerando que as variáveis político-econômicas seriam iguais? E se mesmo com Napoleão, fossem as circunstâncias diferentes, será que a guerra teria acontecido?
Eu achei uma sacada muito pertinente para o nosso Brasil. Adoramos um mocinho e um vilão, certo? Uma forma bem “novelesca” de entender o nosso entorno.
Só que equivocada, parcial, simplista. Se pararmos de atribuir a culpa e os méritos pra uma pessoa, pode ser que passemos a resolver nossos problemas de maneira mais eficiente - reformando normas, refletindo sobre a política pública, independentemente de quem está a aplicando.
Outras passagens ensaísticas que marcaram foram as temáticas da liberdade. Em tempos de guerra, liberdade é um valor elevadíssimo, já que normalmente é um objetivo futuro e uma objeção presente. Em trechos inspirados, Tolstoi relaciona exercício de liberdade com os contornos defluentes da necessidade, parecendo por vezes que estava lendo Lobo Torres.
Da narrativa ficcional, eu lembrava de muita coisa, e os sentimentos de hoje foram parecidos com os de antes.

Não consegui me conectar de pronto com o romance entre Andrei e Natascha, por acha-lo pernóstico e imodesto e acha-la uma chata intrometida; pouco a pouco essas características vão sendo minimizadas pelas experiências que eles vivem e pelo aprofundamento do personagem; é aquela lição de vida que todos nós devíamos ter aprendido na adolescência: as pessoas são muito mais do que apenas aquilo que elas transparecem com atos e decisões; o julgamento alheio, embora inevitável, é injusto. Identifiquei-me com Mária desde o início, pela sua dedicação familiar, e senti tanta pena da sua trajetória, que a conferência do seu destino digno foi um alívio no final; bom para a gente refletir que cada um tem uma história para viver, e que a vida costuma premiar quem assume ônus com responsabilidade e dedicação. Pierre no início para mim era intragável, com aquela sua necessidade de pertencimento, mas os perrengues subsequentes ao longo da guerra ensinaram a ele e à gente que o que há de mais valioso é pertencer à gente mesmo; o caminho que ele percorreu foi o mais doloroso e, para mim, é representativo do valor da liberdade: nada importa se ela nos é podada.

Falando em Pierre, um personagem secundário que talvez seja o meu favorito é Karataiev: um pobre coitado que parece lecionar o comodismo, mas para mim ensina a procurar a felicidade naquilo que temos no momento; a gente fala muito de carreira por aqui, e nesses assuntos é fácil acumular um tipo de ansiedade que esmaga o contentamento que deveríamos estar sentindo; é bacana ser ambicioso (se eu falasse algo diferente estaria sendo super hipócrita), mas sempre contente. O Napoleão de Tolstoi é caricatamente soberba e vaidoso; importante caracterização que mostra o quão importante é verificar a premissa ideológica dos locutores, a fim de compreender os viéses da locução!
Por fim, quero comentar a descrição da guerra feita por Tolstói, que produz um visual enjoativo, cansativo, confuso e depressivo. Tem o mérito de desromantizar a organização, a solidez e as estratégias militares. A guerra é violência e ponto. Por outro lado, a paz é hipócrita, exclusivista e elitista, como os salões de festas que nunca pararam em São Petersburgo.
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Brenner.Resende 12/05/2021

Guerra e Paz, é um livro de romance histórico escrito por Lev Nikolaevitch Tolstói, e trata das guerras napoleônicas na Rússia. Sem um protagonista definido, a narrativa acompanha um núcleo de famílias da aristocracia russa, do início do século XIX, e através de seus olhares percebemos como a guerra foi recebida pelo povo russo e as suas consequências. Com descrições psicológicas riquíssimas, o autor conseguiu conceber um livro extenso e volumoso, que não causa, porém, qualquer fatiga, sendo uma leitura muito agradável e fluída. A humanidade dos personagens, a riqueza de detalhes, as valiosas de lições de ciências militares e historiografia, faz com que ao ler Guerra e Paz, compreendamos o porquê Lev Tolstói é o pináculo da ficção realista.
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Janaskoobmania 11/05/2021

Um título? Amor Infinito? ?
Não serei breve para falar de um amor, lindo puro e verdadeiro que nasceu de uma leitora quando encontrou o seu autor preferido em outros livros, mas que nesse em especial compreendeu todo o amor e a razão da existência desse sentimento.
Adiei várias vezes a leitura desse livro (confesso), não por ser extenso, porque tenho um fascínio por livros longos, mas por ler nas resenhas e críticas à complexidade da obra. Tive medo de deixar de amá-lo, de não compreender sua obra, de não ir tão fundo na proposta do livro e, finalmente, de ler sobre a guerra (que muitos diziam ser maçante).
De repente, resolvi encarar meus temores e me joguei de cabeça, iniciei a obra lendo e relendo trechos, tentando gravar cada personagem e sua história, tentei entender sobre a guerra e sobre a paz. O que posso dizer? Que o livro, como todos dizem, é maravilhoso, amei a leitura.
Tolstói trás não só a história da Rússia, da guerra, de Napoleão, mas nos mostra as dúvidas e angústias vividas por um povo nos momentos de guerra; nos mostra as inquietações, as inconstâncias, as futilidades da alma humana.
A guerra não só se apresenta como um retrato político dos conflitos por poder, mas do vazio no qual vivemos, desconhecidos do que se passa nas decisões governamentais, da vida fútil, da despreocupação com os menos favorecidos (esses nem existem, para muitos).
Nos momentos de paz externa nos deparamos com as inquietações de uma vida sem sentido, das angústias do ser e suas inconstâncias, onde o luxo, a vida social é o retrato de uma sociedade doente.
Também nos deparamos, com as possibilidades, seja na guerra ou paz, de podermos sorrir, acreditar em si e no outro, de que podemos ter esperanças, podemos vencer a morte com vida. Enfim, de que o ser humano vive na busca incansável de ser melhor, de melhorar-se e melhorar o mundo a sua volta.
E o que dizer dos personagens? Em cada um deles, em vários momentos me via, chorei com eles, sofri, ri, me apaixonei, me encantei, tive esperança, fé.
Agora ao final, o que fica é a saudade do que vivi, as lições que aprendi, os amores que senti e, a alegria de saber que Tolstói mais uma vez me surpreendeu e meu amor por ele cresceu, se é que isso é possível. Rsrs
Opa! Mas essa aventura ainda não acabou. Ainda tenho o livro 2 para ver como tudo acaba.
E você? Ainda não leu? Leia. Não tem o livro? Compre. Com certeza, é um livro excepcional. ???
Robby 11/05/2021minha estante
Jana, arrasou na resenha do volume 1! ? Super te entendo. De vez em qdo ainda sonho com os personagens. E confesso que sou perdidamente apaixonada pelo Pierre ?? Se prepara para perder o fôlego no volume 2. Sem spoilers! Boa leitura! ??


Janaskoobmania 12/05/2021minha estante
Ainda não consegui ir para o próximo, ontem passei as horas livres pensando e me deliciando com o que li e, com o próximo livro na mão mas não consegui ler. Loucura, nunca me senti tão presa a um livro, como esse. Espero conseguir abrir e começar o próximo hoje. Rsrs
Obrigada Robby, feliz por não está sozinha nesse universo mágico, senão ia achar que estava sonhando. Hahaha


Robby 12/05/2021minha estante
É muito bom ter alguém com quem conversar ? Vc conhece a série da BBC? Só teve 1 temporada e não conta a história inteira, mas eu gostei muito. Na verdade, me empolguei em ler o livro por causa da série. Mas inicia o segundo volume, ainda vem muita coisa por aí... não fique perdida vendo o cometa passar... ??


Janaskoobmania 12/05/2021minha estante
Não conheço essa série não, mas já vou procurar pra ver. Rsrs
Estarei iniciando sim. Quero saber o final dessa história.
Grata pelas dicas. ?


dialogonoslivros 17/05/2021minha estante
Jana, você resumiu o meu sentimento ao ler esse livro. Sinto que poderia passar dias e dias falando sobre ele, talvez anos lendo e relendo que meu amor só aumentaria!




Juliana 07/05/2021

O Livro dos livros
Acabeeeei! O Livro dos livros! Ele, o inigualável Guerra e Paz! Nunca li e acho q nunca vou ler algo que se aproxime. A obra-prima da literatura! Como pode um livro conter tanta riqueza? Personagens sensacionais, romance, dor, amor, morte, superações... são muitas emoções com esses personagens! Mas não estou só o romance, não! Tem história! Uma aula de história! Sinto-me como se tivesse vivido o início do século XIX na Rússia! Tem filosofia, quantos pensamentos e reflexões! Eu simplesmente amei! Demorei uma eternidade para ler. Li sem pressa... como um grande livro deve ser lido: degustado com muito apreço!
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Jeni 05/05/2021

"clássico que indico de olhos fechados."
Escrito entre 1865 - 1869 pelo russo Liev Tolstoi, este tratado monumental nos convida a acompanhar um retrato da aristocracia russa à época das guerras napoleônicas, cobrindo um intervalo de tempo que vai desde a batalha de Austerlitz até a malfadada invasão francesa à Russia pelas lentes de Pierre, o jovem e entusiasmado pelas conquistas da Revolução Francesa conde de Bezukov, Vasili, o general Mikhail Kutuzov e até o imperador Alexandre I .
Só que não se deixe enganar: Longe de ser um mero romance de época, Tolstoi adota uma posição crítica, apresentando uma aristocracia cada vez mais alheia aos processos históricos da época. Além disto, ao longo da leitura, a sensação que reina é que todo este esforço hercúleo de escrita fora empreendido a fim de responder um questionamento aparentemente simples: quem faz a História? São os tais nobres, desconectados da realidade que os cerca? São os heróis que estampam o protagonismo histórico? Ou são as pessoas comuns, alheias muitas vezes ao papel que desempenham e que na maioria das vezes sequer são mencionadas nos registros históricos oficiais?
Toda essa discussão é bem apresentada, com uma escrita que consegue ser incrivelmente fluida e imersiva, intercalando ótimas descrições de batalhas com minuciosas narrativas da vida aristocrática russa. Com toda essas características, dá para dizer que ?Guerra e Paz? merece o seu lugar nos clássicos da literatura universal, mostrando retratos da natureza humana em meio ao caos da guerra e na harmonia da paz.
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Robby 30/04/2021

Não tenham medo dos clássicos
Ao primeiro olhar, os dois volumes de "Guerra e Paz", com mais de 700 páginas cada um, assusta terrivelmente. Mas, ao iniciar a leitura, me senti seduzida pela escrita de Tolstói. Ao mesmo tempo em que ele fala do macro, quando descreve as batalhas entre os exércitos russo e o de Napoleão, o autor consegue esmiuçar as profundezas da alma de cada personagem, seus medos, dúvidas e inquietações. Como se fosse um jogo macro x micro, muito bem alinhado e que prende o leitor.

E por falar nos personagens, como não se apaixonar por Pierre ou pelo Principe Andrei? Como não se encantar pela alegria de Natascha? Como não sofrer junto com a Princesa Maria?

Outro personagem incrível é o General Kutuzov, que embora parecesse um velho acomodado aos olhos de todos (ou quase todos), foi a única pessoa que entendeu realmente aquela guerra. Em uma de suas falas, Kutuzov diz "não existe ninguém mais forte que esses dois guerreiros: a paciência e o tempo".

Em vários momentos, me percebi nesses personagens.

Ao longo da narrativa, com o passar dos anos, vemos claramente a mudança e o amadurecimento desses personagens, sob vários aspectos. Tolstói consegue escrever com muita lucidez sobre o jeito de ser de cada um, e me fez refletir sobre várias questões.

O mais impressionante é pensar que o livro foi escrito no século XIX, mas as questões humanas são atemporais.

É isso!! "Guerra e Paz" é um livro atemporal e passou a ser o livro da minha vida.
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bobbie 30/04/2021

Um esforço artístico e historiográfico.
A edição que li deste livro tinha impressionantes 1415 páginas. Levei um mês para terminar a leitura. Não é uma leitura fácil. Talvez por não ser entusiástico de narrativas bélicas, eu tenha aproveitado pouco dos trechos que narram as guerras napoleônicas na Rússia no começo do século XIX. O começo do livro alterna momentos de batalha com momentos provincianos, mostrando as vidas das personagens que não estavam guerreando. Notei que eu ansiava por estes últimos momentos e, talvez, isso mostre que, entre guerra e paz, eu escolha a paz. Risos. Brincadeiras à parte, este é um trabalho fenomenal tanto de ficção como de registro histórico, visto que retrata personagens reais e descreve acontecimentos também reais. É uma obra com função dupla. Por fim, em seu epílogo, Tolstói ainda brinda o leitor com um breve tratado filosófico sobre história, religião, poder e política.
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Gabi 25/04/2021

Monumental
É uma das obras que precisa ser lida mais de uma vez na vida.
Foi uma experiência incrível, tanto literária quanto histórica. É um daqueles livros que se tornam uma honra, uma honra poder ler.
Queria sentar e escrever uma resenha incrível, mas acredito que nada do que eu fale possa sintetizar o quão enriquecendora foi a experiência.
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Gabi 23/04/2021

Cinco estrelas é pouco!
Teoricamente, acabei Guerra e Paz. Entretanto, apenas teoricamente. Levarei comigo os aprendizados, as filosofias, as revelações, as referências, as reflexões, e todas as indagações pelo resto de minha vida, sempre diligenciando possíveis respostas. Um dia perguntaram-me, se caso minha casa pegasse fogo, qual dos livros eu escolheria para salvar. E, eu, sinceramente, não fazia a menor ideia. Hoje, seguramente, responderia: Guerra e Paz- e a razão nem é o fato de eu ter lido na bela edição da Cosac Naify. Uma magnitude sem precedentes, uma visão profunda da guerra, que consegue, sutilmente, tocar no âmago do leitor, uma análise ferrenha da aristocracia russa, escrito por um autor, que sem dúvidas, possui seu nome entalhado na lista de melhores escritores de todos os tempos. Ao contrário de outras leituras, ao acabar, não me refestelei; simplesmente, quis começar tudo novamente, sinto que nunca acharei um livro tão completo quanto esse.
Robby 30/04/2021minha estante
Acabei de ler agora, escrevi minha resenha e fiquei parada me perguntando: e agora? Minha vida não será mais a mesma. Tolstói é absurdo! Queria compartilhar. Adorei a sua resenha! ?


Gabi 01/05/2021minha estante
Hahahahahah, sim. Foi a mesma situação comigo, mas, agora, o que me resta é ler outros livros de Tolstói, para tentar compensar a falta que Guerra Paz está fazendo. Beijos, adorei sua resenha também?




Irina.Alfonso 23/04/2021

Guerra e Paz
Uma obra absurda! O livro narra o fim das guerras napoleônicas. Esse livro possui três eixos: a análise história, a descrição estratégica da guerra e a narrativa pessoal dos personagens, fazendo um jogo de micro-macro, em reflexo. Um espetáculo!
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