><'',º> 11/12/2017
"A personagem principal – Antônia - é um tipo popular cametauara, feirante e gestora de uma casa de encontros chamado de Vila Japiim, na periferia da cidade de Cametá na décadas de 50/60. Mulher livre, solteira, provocante sedução, alegre, feliz, amiga de todos e afilhada de um líder político da cidade que foi quem a batizou de _ Cudefacho - apelido com o qual Antônia ficou mais que conhecida ajudando quem precisasse, sobretudo se estivesse em situação de risco: perseguição política – na prisão - sem teto – famintos – desabrigados – doentes – injustiçados em geral.
Precursora dos movimentos sociais e mulher de ação é tida, para a repressão, como elemento perigoso e por isso era constantemente presa e torturada. Porém, blindada, jamais delatou alguém. Antônia e um padre se apaixonaram e viveram intensas emoções...
Neste romance transubstanciação o autor faz uso do dialeto cametaense.
A cametauara Antônia, afilhada dos Parijó, era dona da Vila Japiim, uma casa de tolerância em Cametá, era também feirante, líder de movimento social, e que teve um padre como o seu grande amor. Em cima da história verdadeira, da realidade cotidiana de Cametá dos anos 50 e 60, fiz a ficção.
Na verdade, o romance Antônia Cudefacho é uma encíclica social.
Encíclica é um gênero literário usual dos papas, como por exemplo a Populorum Progressio do papa Paulo VI ou a Mater et Magistra, do papa João XXIII ou a Rerum Novarum do papa Leão XIII.
Então, o romance Antônia Cudefacho é a primeira encíclica social brasileira, enquanto gênero literário. É um texto em transubstanciação.É encíclica porque trata de situações comuns do gênero humano e suas ações cotidianas.É uma encíclica social porque não envolve nada na área jurídica, canônica e nem teológica, não é dogmática e nem pastoral, não é escrita em latim, portanto, não tem nada a ver com as encíclicas editadas pela Santa Sé, no Vaticano, escritas pelos sumos pontífices.
O romance Antônia Cudefacho - o ardente amor de um padre é uma encíclica (gênero literário) social escrita em língua brasileira, em dialeto cametaense.É uma encíclica pontifícia porque proveniente das gentes das pontes, portanto, é também estivista, da estiva, gente das ilhas, gente pobre, gente excluída, indigente e gente, mesmo.
Na verdade, encíclica, entra aqui, como apelido."
SALOMÃO LARÊDO
site: http://slaredo.blogspot.com.br/2013/05/antonia-cudefacho.html