O desejo de Kianda

O desejo de Kianda Pepetela




Resenhas - O desejo de Kianda


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liz 04/03/2023

A ruina do ser humano
é sobre o inexplicável, sem preocupação de ser desvendado. o valor ético, ou a falta dele, é a realidade. desvios de dinheiro, corrupção e privilégios são o cotidiano, mas numa realidade onde uma minoria se beneficia de verbas públicas ao seu lazer, a maioria fica a mercê da fome e miséria. o desejo de kianda, no entanto, pela força da natureza, pela luta política e pela justiça, é dar um fim nisso.
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Mutaba 11/01/2023

Confuso,mas bonito
A história do livro é boa e interessante. A edição do livro que eu adquiri veio incompleta...então não consegui entender muito da história...mas eu AMO literatura nacional
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Angelo.Miguel 26/02/2022

Ótimo livro
Me surpreendeu, mais um bom livro do Pepetela. Sempre com uma crítica social muito boa, vale a pena ler.
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Alexandre de Omena 06/01/2022

Realismo mágico urbano angolano?
O pequeno livro O desejo de Kianda nos leva a uma realidade mágica numa Luanda onde os prédios começam a desabar sem que haja mortos, mas numa realidade de destruição que discute a alienação do personagem principal frente à sua esposa (também alienada no desejo de fazer fortuna a qualquer custo) e aos riscos que se aproximam do seu próprio prédio, enquanto preocupa-se com jogos eletrônicos e uma realidade paralela. O livro é contagiante, de leitura ágil e tem um final ao mesmo tempo esperado e desejado. O nu é o ponto máximo do livro.
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ritita 25/11/2021

Verdade fantasiosa? Fantasia verdadeira?
Pepela, de quem já tinha ouvido falar, mas, preconceituosa que sou, não dei atenção achando que com este nome deveria ser livro de comédia. Burrinha!

... Era uma vez, numa cidadezinha perdida, na perdida Angola, havia um fio d'água fraquinho, fraquinho, mas a água que a tudo vence, ia derrubando prédios e mais prédios - todos monstros horrorosos e feitos de qualquer maneira, naquela cidade pobre de marré deci*.

João casou-se com Carmina - menina inteligente, arrojada, reacionária e militante contra a política vigente no país - até a página dois.

Pepetela teve a genialidade de relatar as agruras de um país sempre em guerra entre os seus, onde cada um queria ganhar um quinhão da pouca riqueza havida na população. Ou seja, a luta era a favor do "farinha pouca, meu pirão primeiro", dizendo verdades de forma fantasiosa.

Carmina, pobre, era militante. Carmina mudou de lado, corrompeu daqui, surrupiou dali e virou deputada. Agora deputada rica, Carmina se bate contra quem a elegeu - ou seja: a maioria do povo pobre.

"Como podemos andar vestidos se nos despojam de tudo e não ajudam? Todos os dias a moeda é desvalorizada, os preços dos produtos sobem, ninguém pode trabalhar porque os salários a única coisa que não sobe neste país..."

E o fio d'água foi derrubando prédios e mais prédios, até conseguir encontrar o caminho do mar.
Que delícia de leitura - poética, mística, engraçada, engajada e, infelizmente, real a quase todos os países colonizados pelos portugueses.
Recomendadíssimo para quem gosta do assunto.
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