Filho Nativo

Filho Nativo Richard Wright




Resenhas - Filho nativo


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José Carlos 09/11/2024

Pesado!
Demorei uns 2 meses para finalizar a leitura, pois a temática é bastante pesada! O livro é muito bom, e poderia ter sido finalizado em bem menos tempo! Achei extremamente válida a explanação do advogado de defesa, mas o livro não poderia ter tido um final diferente, pois não seria condizente com a realidade da época (não que nos dias atuais um crime desta grandiosidade seria justificável)! Recomendo muito!
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@retratodaleitora 01/11/2024

Um soco doeria menos! | @retratodaleitora
Acho que nunca vou encontrar as palavras certas para descrever minha experiência de leitura com "Filho Nativo", de Richard Wright. Foi um dos livros mais intensos, provocantes e perturbadores que já li na vida, me lembrando de outro livro temido pelos leitores justamente pelo teor emocional: "Uma Vida Pequena". Mas as semelhanças terminam por aqui. São ambos livros extremamente fortes.

Mas Filho Nativo conseguiu ser ainda mais assustador, pois seu protagonista comete atos absurdamente pesados e parece não ter consciência de como esses atos vão acabar por derrubá-lo. Bigger, o protagonista, um jovem negro de 20 anos que nunca teve uma chance real na vida (o livro foi publicado em 1940), coloca tudo a perder de uma forma devastadora para ele e para outras pessoas. Um personagem que é movido pela raiva dos brancos, pelo rancor e 0dio, mas também pela pobreza, a falta de oportunidades por conta de sua cor e pela violência.

O ato que ele comete logo na primeira parte da obra (o livro não possui capítulos, mas é dividido em três partes), é muito, muito aterrador e totalmente inesperado. Eu sinceramente não esperei aquilo e fiquei em completo choque com o desenrolar de tal ação.

Um livro poderoso que fala muito sobre as questões de segregação racial. O racismo velado. O racismo estrutural. A violência contra negros nos EUA de 1930/1940. Fala sobre como jovens negros são moldados pelas circunstâncias, pelas falhas no sistema educacional, pela pobreza. Como são desprezados. É tudo muito triste e muito difícil de acompanhar, mas é sim necessário ter esse choque e tentar aprender com ele.

Que livro, meus amigos! Que livro! Se eu recomendo? Claro que sim. Mas tenham em mente de que se trata de uma trama pesadíssima e repleta de gatilhos.

A escrita do autor é belíssima! Toda página traz algo para se refletir, estudar, repensar. É incrível. São 500 páginas e você fica grudado do início ao fim.

Leiam!

@retratodaleitora
Klikucha 02/11/2024minha estante
Ansiosa pra ler esse


@retratodaleitora 02/11/2024minha estante
Bom demais!




Claudio.Berlin 06/09/2024

Uma grata surpresa. Uma obra de arte.
A obra gira em torno das consequências de um assassinato cometido por um jovem negro ( Bigger Thomas).
Não se trata apenas de mais um livro sobre o tema do  racismo.
Na verdade, na minha percepção, é um livro sobre ódio .
Escrito em 1940, não poderia ser mais  atual .

Todo o falso puritanismo da sociedade nos EUA,  em meados do século passado vem a tona .
Ódio racial , ódio político, ódio da religião alheia .
É muito mais do que um thriller que prende o leitor .
Não é apenas mais um crime.
Tem todo um viés  sociológico e psicológico em forma de romance .
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JosA225 30/12/2023

Filho Nativo
Livro muito triste de ler. A teoria defendida aqui, é que certos jovens negros não podem ter convívio social, só podem viver com os da sua raça em um lugar pobre e desprovido de condições aceitáveis para viver uma vida digna
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Luiz Pereira Júnior 26/09/2020

Sobre a empatia pelo protagonista
Um livro difícil, sem dúvida. Mas não pela linguagem, nem pelas ousadias narrativas, nem apenas e tão-somente pela temática abordada (um dos marcos na literatura norte-americana do século XX).
Um livro tenso, sem dúvida. Mas não apenas pela temática abordada (vale repetir), nem pelos conflitos exteriores (sim, você não leu errado) do protagonista.
Acredito que o maior conflito fique estabelecido na mente do leitor, que se vê dividido entre absolver um horrendo assassino apenas devido a sua cor.
Senão vejamos (não se preocupe: não é spoiler, pois destes fatos depende toda a narrativa subsequente do romance): Bigger é um negro pobre que vive em um ambiente de extrema miséria com sua família. Inconformado com a situação, acaba entrando (ou quase) entrando no mundo do crime (no caso, roubos e assaltos). Um emprego em uma casa de família branca lhe é oferecido e a família o trata muito bem. Bigger acaba matando acidentalmente a filha única do casal (mas o que ele faz em seguida é estarrecedoramente contado em detalhes por um narrador onisciente que tenta não tomar um ponto de vista, mas falha miseravelmente). Bigger foge e acaba matando sua própria namorada, mas desta vez de maneira premeditada e de forma terrivelmente cruel. Foge e é capturado (mas não estragarei a leitura contando o final).
O conflito se estabelece na mente do leitor: como perdoar um assassino tão feroz e que não se arrepende de nada, seja qual for a cor da pele? Por que o escritor não construiu um personagem um tanto mais humano, a ponto de nos sentirmos identificados com toda a sua revolta e sua angústia (perfeitamente justificadas, mas não a ponto de também justificar os terríveis assassinatos cometidos pelo protagonista)?
No final das contas, as palavras do advogado de defesa dos atos de Bigger Thomas parecem apenas um exercício de retórica, se comparados à monstruosidade explícita dos dois assassinatos. E antes que me acusem: sou negro e pobre, mas não me identifiquei com Bigger Thomas.
Antes de ser negro e antes de ser pobre, sou um ser humano.
E, antes que me critiquem, leiam o livro, não apenas assistam ao filme, que idealiza o personagem até o desfecho, destoando completamente da obra original.
Bem, pra falar a verdade, seria bem difícil transpor para um filme a crueza e a crueldade do romance (sem dúvida, uma obra excelente para nos fazer refletir) de Richard Wright.
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tiago damazo 08/10/2010

simplesmente fantastico , é incrivel como uma sociedade preconceituosa pode despertar os sentimentos de angustia injustiça e raiva num ser humano , o melhor livro que ja li do jenero , ganhador do premio nobel
Wander.Oliveira 26/11/2018minha estante
É o fim da picada eu ter que ler esse tipo de resenha de um sujeito que não sabe pontuar suas frases, escreve gênero sem acento circunflexo e com "j" e o pior de tudo: ninguém diz nada. Ridículo, analfabeto. Como é possível ler um livro e não aprender nada? Devia ter vergonha de escrever desse jeito. E burrice das burrices... Richard Wright jamais recebeu um Nobel...


Geovane 14/12/2018minha estante
Incrível mesmo é alguém querer humilhar outra pessoa e nem mesmo se dar ao trabalho de escrever de maneira decente. Wandão, seja menos infeliz!




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