@bibliotecadedramas 24/03/2020Superou as expectativasEste ?Se não Houver Amanhã? não é o de Sidney Sheldon e sim da escritora Jennifer L. Armentrout. Eu recebi esse livro no ano passado quando ainda assinava o Clube do Livro do Skoob (me segue lá!), eu nem me lembro qual tema era quando chegou esse pra mim, acabei colocando na prateleira e fui lendo outras coisas. Até que no outro dia arrumando meus livros, enquanto ainda lia a ?? Livraria dos Sonhos? aleatoriamente eu escolhi esse para ser o próximo e que boa escolha fiz ? eu devorei esse livro em menos de 6 dias.
Eu esperava encontrar uma história superficial com alguns adolescentes irritantes e no começo é bem isso mesmo, mas eu já imaginava que a história iria ter uma reviravolta (mesmo porque a sinopse já dá uma noção disso) e foi o que realmente aconteceu, porém mesmo assim eu não estava preparada pra tomar o soco no estômago que a autora me deu. Lena é uma menina com todos os seus dramas de 17 anos que mora em Virginia e como a grande maioria das pessoas da sua idade, Lena tem uma vida normal: muitos amigos, um amor (ainda não correspondido), festinhas, família, escola e os preparos para a faculdade. Até que um acontecimento muda completamente tudo. Não só a sua vida. Mas de todos a sua volta.
?A culpa não é sobre fazer alguém se sentir terrível por suas ações e não é sobre ferir os sentimentos das pessoas. Ações e falta de ações tem consequências. Se não aceitamos a responsabilidade ou a culpa por elas, estamos correndo o risco de repeti-las.?
Esse livro mexeu muito com meus sentimentos principalmente porque a autora conseguiu colocar toda a narrativa de uma maneira que foi escrita pra impactar mesmo o leitor, mas acima de tudo REFLETIR também. Eu não quero me aprofundar nos detalhes para não soltar spoilers, mas é uma história que emocionalmente envolve a culpa, o amor, o perdão e sobretudo, a necessidade de aceitarmos a ajuda de quem nos ama para assim conseguir passar por traumas na vida que muitas vezes nem esperamos. E que todo e qualquer ato tem sim suas consequências e cabe a nós aceitar a nossa parcela de responsabilidade, mesmo sabendo que isso não mudará as coisas, mas que deixará a vida mais leve para poder seguir em frente e fechar os ciclos.
É um livro adolescente, mas que não tem nada de superficial e que tratou de um tema bem impactante e me fez pensar em muitas coisas: nas decisões erradas que tomamos, a tal ?a culpa do sobrevivente? quando acontece algo brutal, em nos fecharmos nos nossos sentimentos a ponto de não enxergar que as outras pessoas também estão sofrendo pelo mesmo fato, o trauma, o luto, mas acima de tudo este livro também fala dos ?e se? que poderiam ter mudado toda essa triste tragédia que, inclusive, pode acontecer com qualquer um. Pensei muito nisso.
A única coisa que eu detestei nesse livro foi a revisão dessa edição que é da Universo dos Livros. Meu.Deus. Está péssima: tem tantos erros gramaticais que as vezes dava até uma desanimada de continuar e talvez eu até teria acabado desistindo se a história não fosse tão boa. Eu precisava mencionar esse meu descontentamento com isso porque essa revisão foi um descaso com esse livro.