O que é o cinema?

O que é o cinema? Andre Bazin




Resenhas - O que é o cinema?


11 encontrados | exibindo 1 a 11


Olguinha 22/06/2020

Bazin, um ícone!
Ainda vou parar pra escrever de fato uma resenha para esse livro, mas o que posso dizer agora ao finalizar sua última página é: que homem! Por mais que você nem sempre concorde com o Bazin, não é difícil reconhecer sua importância para a teoria do cinema. Ele foi muito mais do que um simples crítico de filmes, ele foi um estudioso e teórico do cinema 4real! Tudo o que ele escreveu influenciou e muito a produção dos filmes e a crítica cinematográfica ao longo dos anos. Aliás, estou lendo outros dois livros sobre a história e teoria do cinema e há milhares de referências a Bazin e à Cahiers du Cinéma em quase todos os capítulos - o que me ajudou muito porque vários dos artigos compilados em "O que é o cinema?" foram citados nesses outros livros e foi muito legal reconhecer e pensar "putz, já li!".

Ele era tão bom naquilo que fazia que você, ao ler seus artigos, sente que ainda tem muito muito a aprender sobre cinema, mesmo que as palavras do autor datem de 1950. Seu olhar apurado e sua sagacidade são invejáveis. Suas críticas são profundas e dotadas de uma paixão quase palpável pela sétima arte.

Por fim, o que mais dizer de um homem que era apaixonado por "Cidadão Kane" e o neorrealismo italiano como eu??? Foi um prazer inestimável ler a crítica dele sobre "Ladrões de Bicicleta", que é o meu filme favorito da vida, e sua explicação detalhada sobre a profundidade de campo de Orson Welles em "Cidadão Kane" - assistir a esses dois filmes, aliás, é essencial para entender Bazin, como bem disse um amigo meu. Com certeza, ainda irei revisitar bastante seus artigos, eles decerto ainda têm muito a dizer.

Recomendadíssimo para cinéfilos amadores!

Nota: 10
comentários(0)comente



Vieira 26/05/2021

Traz de tudo um pouco do cinema antes dos anos 60
É perfeito pra quem quer entender o cinema na época de ouro de Hollywood, e de bônus aprender mais sobre o neorrealismo italiano e a Nouvelle Vague, sem contar uma visão mais detalhada sobre a relação do cinema com o teatro. Mas eu não recomendo muito ler quem, assim como eu, tá só começando a gostar de cinema por agora, é um livro mto difícil de ler pra quem não tá muito interado. Mas o Bazin é muito inteligente e os textos dele trazem muitas abordagens de vários temas, embora seja bem mais específico ao cinema mais antigo. Eu gostei, mas só quem se interessa msm por esse período vai ter uma boa experiência.
comentários(0)comente



Ricardo de Andrade 31/05/2020

Difícil de ler, mas proveitoso
Esse livro é realmente para quem já carrega uma certa bagagem em cinema. Até mesmo para os estudantes de cinema, pode ser um pouco complicado de ler. Mas o fato é que Andre Bazin foi um crítico e teórico de cinema notável e aprender sobre ele é algo indispensável para quem quer aprender sobre cinema. Neste livro, ele traz suas principais críticas a tona, indo desde cinema francês até o neorrealismo italiano. Penei bastante para entender algumas críticas, principalmente nas que diziam a respeito de filmes que eu ainda não conhecia. Para melhor compreender, passei a assistir os filmes que ele analisa e enfim passei a ter uma experiência mais proveitosa e até mesmo memorável. Se você quer ir bem a fundo em seus estudos e aprendizados sobre cinema, este livro "O Que É O Cinema" é de muita relevância para você. Recomendo.
comentários(0)comente



miguelogin 29/12/2020

O que é o cinema?
Esta será a pergunta que o leitor carregará por toda a leitura dos textos de Bazin, quiçá da vida. O presente livro é uma coletânea de alguns textos ensaísticos de Bazin na busca pela compressão da técnica cinematográfica. Em destaque creio que estejam suas análises sobre a ontologia da imagem e a evolução da estética cinematográfica, além das reflexões sobre o neorrealismo italiano, que em breve viria a influenciar o cinema mundial.
comentários(0)comente



lucasfrk 30/07/2022

O que é o cinema? ? Resenha
?Impossível ignorá-lo?, afirma Ismail Xavier no prefácio de ?O que é o cinema??, a coletânea de textos ensaísticos de André Bazin (1918-1958), organizada pela Ubu Editora. Criador da revista Cahiers du Cinéma e nome essencial para a formação da nouvelle vague no pós-guerra, André Bazin produziu a maior parte dos textos aqui reunidos no contexto dos cineclubes parisienses, entre 1945-58.

O livro reúne 36 textos de Bazin, apresentando ao leitor as relações do cinema com a fotografia, teatro e literatura, além de proporcionar uma verdadeira aula sobre o fazer crítico. A apresentação e o apêndice estão assinados pelo crítico e professor de cinema Ismail Xavier, que suscita a abordagem bazaniana na teoria e crítica de cinema em nosso país, em especial, personificada na figura de Paulo Emílio Sales Gomes.

A variedade de temas caros à história do cinema neste volume indica a versatilidade e a generosidade de um dos mais influentes críticos de cinema da história, cuja obra ultrapassou sua área inicial de atuação como teórico. Com um estilo claro e acessível, ele transita das escolas italiana e soviética ao universo do western e das pin-ups, o que fez com que, merecidamente, tenha se transformado num dos maiores críticos modernos. O fio condutor que perpassa os textos está na reflexão crítica sobre de que é fundamentado o cinema e sua linguagem. As discussões que permeiam o livro e os argumentos que Bazin utiliza revelam uma impressionante dimensão de relevância e originalidade do autor ? ainda que nem sempre possa-se concordar com ele, que porventura cai numa defesa do realismo quase dogmática, mas sobretudo sólida.

Apesar da morte precoce, Bazin foi um escritor muito prolífico, criador de cineclubes, organizador de festivais, colaborador de jornais, palestrante frequente e fundador daquela que continua sendo a maior revista de cinema do mundo, a Cahiers du Cinéma. Sua visão entra em ressonância com o trabalho de figuras artísticas e intelectuais como Truffaut, Rivette, Godard, Deleuze, Barthes, etc. Segundo seu biógrafo, Dudley Andrew, Bazin foi um agente exponencial ao elevar a crítica cinematográfica, elevando, assim, o próprio cinema à categoria de arte.

Bazin não chegou a formular um sistema ordenado e abrangente de análise fílmica. Sua obra, de toda fragmentada, só foi realmente sistematizada em livros póstumos. Ao lado de ?A evolução da linguagem cinematográfica?, ?O que é o cinema? é uma formidável porta de entrada ao pensamento baziniano, trazendo um rico embasamento teórico (ainda que o livro pudesse ser melhor sistematizado no que concerne aos blocos temáticos). As contribuições conceituais de Bazin foram essenciais para formar o cinema como o conhecemos no século XXI. Evidencia-se seu fascínio pelo plano-sequência e pela profundidade de campo como recursos de linguagem e pelos filmes semi-documentais do neorrealismo, no qual identifica a essência humanista do cinema.
comentários(0)comente



Bruna Martins 21/12/2021

Teórico obrigatório dos estudos sobre cinema, aqui estão reunidos alguns de seus textos, com destaque especial pra ?Evolução da Linguagem Cinematográfica?.. Vários dos outros textos são sobre filmes ou cineastas específicos, então é recomendável um conhecimento prévio das obras e artistas pra que se possa aproveitar as análises.
comentários(0)comente



Policaio 28/02/2023

O brilhante Bazin
André Bazin, francês, é um dos mais importantes crítico e teórico do cinema da História. Teve uma produção de textos muito extensa entre as décadas de 40 e 50. Foi fundador da revista Cahiers Du Cinema voltada para produção de críticas.

O autor é um grande defensor do realismo na construção de um filme, defensor do plano-sequência e teórico da "montagem proibida", onde acredita que a exposição de mais de um elemento numa cena só é realista se todos esses elementos forem colocados no mesmo plano, por exemplo um plano que mostra um humano e uma criatura ameaçadora no mesmo espaço.

Bazin, foi um grande admirador do neorrealismo italiano e da nouvelle vague francesa, movimentos cinematográficos pós Segunda Guerra, pois fogem da narrativa clássica e montagens ilusórias de Hollywood, mas foi um grande admirador do diretor estadunidense Orson Welles (responsável pelo Cidadão Kane de 1941) por executar filmes, mesmo com cenários montados, de maneira tão realista.
comentários(0)comente



Paulo 22/05/2021

Coleção de ensaios de um dos mais respeitados críticos e teóricos de cinema do mundo, André Bazin. Demorei mais ou menos três meses para ler esse livro, não só pelo tamanho, que tem uma menor parcela de “culpa”, mas pela escrita, que creio não poder chamar de academicista, apenas, talvez, de difícil; acabo de ler em algum lugar que esses textos de Bazin são acessíveis, mas de forma alguma. Cheguei a cogitar, e alguém na internet também sugeriu isso, que talvez a tradução para o português não seja muito boa, porque às vezes a escrita parece um pouco desconexa, talvez seja apenas a forma naturalmente elaborada de se expressar de mais um grande intelectual. E como Bazin em um dos seus vários artigos sugere que é necessário um conhecimento prévio para compreender determinados assuntos ou temas, da arte, se bem me lembro, me parece também que seu leitor necessita de certa “bagagem” intelectual, natural se considerarmos que isso é um livro de teoria, Bazin, por exemplo, se refere diversas vezes à ontologia.

Admito não saber como ou onde Bazin se instruiu, mais especificamente em relação ao cinema, claro, mas seu conhecimento em relação à história do cinema e suas reflexões críticas sobre os filmes mostram propriedade nessa linguagem, que por sua vez e naturalmente faz uso de outras linguagens e ciências humanas, como política, sociologia e filosofia, as quais ele usa para analisar e teorizar sobre essa arte.

Em seus vários artigos aqui reunidos, Bazin discorre sobre os gêneros, como o Western, também fazendo comparações e observações sobre os gêneros literários; sobre algumas escolas, como o cinema soviético, em que analisa seu histórico não apenas de forma cinematográfica, mas social, apontando, por exemplo, sua função propagandística não só de enaltecimento à URSS, mas mitificando Stálin, e aqui Bazin pontua outra coisa interessante, a mitificação de alguém ainda vivo; e talvez o maior, ou um dos maiores destaques desses seus ensaios, é o neorrealismo italiano, que encerra o livro com variados artigos sobre o movimento, filmes específicos e seus diretores.

Ismail Xavier abre esta edição com notas, uma apresentação e um prefácio, e o encerra com um interessante texto sobre o nome de Bazin no Brasil e sua influência sobre nossos críticos e até sobre o Cinema Novo, mencionando, por exemplo, que Glauber Rocha à princípio apenas respeitava o crítico, mas que depois passou a fazer sobre ele “críticas mais cáusticas”, e que apesar de seu renome, houve uma demora para que seu primeiro texto fosse publicado no Brasil.

Este livro está em muitas listas de obrigações para estudantes do cinema assim como seu autor, que mesmo tendo vivido apenas até o início dos anos 50, falecido aos 40 de leucemia, é um dos maiores nomes da crítica e teoria do cinema.
comentários(0)comente



Camilly 03/06/2021

Isso não vai necessariamente uma resenha
Eu não tenho muita para falar sobre, é um livro com linguagem bem acadêmica e por esse motivo foi uma leitura difícil e da qual eu não entendi nada.
Vou voltar a ele daqui uns anos quando eu for madura o suficiente para entender
comentários(0)comente



guizin 02/08/2023

Destrinchando a sétima arte
Funciona como uma coletânia de artigos publicados por André Bazin no seu tempo de vida. E, mesmo esses textos não tendo uma direta relação entre si, tudo leva a uma certa unidade de pensamento.

Me enriqueci com as análises desse grande teórico. Foi muito proveitoso!
comentários(0)comente



Caio Omena 20/04/2024

Toda ser que se dispõe a amar e realizar o cinema e toda a sua linguagem necessita ler essa grande obra-prima de André Bazin, onde o cinema JAMAIS FOI INVENTADO.
comentários(0)comente



11 encontrados | exibindo 1 a 11