Claudinei 21/01/2022
Uma visão interessante sobre a humanidade criar seu próprio apocalipse
Super Deus – Mythos editora 2018.
Uma história sobre o fim do mundo contada em praticamente um monólogo de 5 capitulos, essa HQ já começa do fim, um mundo devastado, destruído e um cientista resolver contar por uma espécie de telefone celular o motivo de tudo ter chegado aquele ponto, e os responsáveis por esse apocalipse não foi nenhuma Deidade, nenhuma entidade divina, mas sim o próprio homem querendo criar seus próprios deuses.
Nessa obra de Warren Ellis, a corrida armamentista e guerra fria não aconteceu somente entre Estados Unidos e Rússia, outras nações ainda que nas sombras, planejavam e executavam seus projetos para se ter a “arma ideal”, uns com motivos militares de se aumentar seu poderio bélico mesmo, mas também a India com uma visão mais nobre de salvá-los de si mesmos, principalmente acabando com a poluição presente em excesso no país e como era de se esperar, “brincar de Deus” nunca acaba bem, e esses seres criados em laboratórios com as mais altas tecnologias que os humanos pudessem conceber, atendem sua programação primária de eliminar as maiores ameaças existentes, e o que mais nocivo ao Planeta Terra do que o próprio homem? E assim começa-se uma onda de destruição sem precedentes eu nem mesmo essas mentes mais brilhantes do planeta serão capazes de deter, pois criaram seus próprios deuses da destruição.
Nessa onda de publicações que saíram de “Super Heróis” menos pueris digamos assim, que agem por ego e vaidade pouco se importando com a vida do próximo, acredito que essa do Warren Ellis vai ainda mais além, pois não teria sociedade, economia ou mundo eu resistisse a atividade de pessoas super poderosas assim que agiriam a seu bel prazer sem ninguém capaz de para-las, e a arte de Garrie Gastonny retratou muito bem esse mundo devastado e apocalíptico prestes a ressurgir após a extinção humana. Reflexivo se pararmos para pensar não na criação de super seres, mas em como muitas nações almejam um poderio bélico tecnológico cada vez maior, onde vemos um esforço e gasto enorme de capital humano em busca desse poder ao invés de questões mais humanas como saúde, fome por exemplo.
@Leitor1986