spoiler visualizartaehoodliday 03/09/2023
Claramente esse livro foi escrito pra encher linguiça. Não que o quarto volume não tenha sido (essa segunda trilogia toda foi, na verdade), mas esse aqui a autora não tentou nem disfarçar.
Vi uma menina comentando que ao mesmo tempo que acontece umonte de coisa ao mesmo tempo não acontece nada, e isso é TÃO verdadeiro!! Os acontecimentos são escritos pra serem marcantes mas não passam de uma tentativa de tensão mal desenvolvida porque o tempo todo você consegue notar que tudo ali é raso.
Primeiro que, do nada, o Anderson reaparece. Todo o plot da primeira trilogia, todo o sofrimento, foi em vão. A gente descobre que ele tá vivo do pior jeito possível: ele aparece no Setor 45, faz um discursinho meia boca, aprisiona todo mundo no asylum (como ele sozinho fez toda aquela galera de refém? Não sabemos), e vai atrás do Warner.
Atrás do Warner porque ele foi sequestrado junto com a Juliette logo depois do simpósio. A gente descobre que ela é filha de dois comandantes, que o nome de verdade dela é Ella e que todo mundo (todos os filhos dos supremos comandantes) sofreu uma lavagem cerebral pra não lembrar dela nem da irmã (que são experimentos). Tá... Ok. E na real que isso poderia ser super interessante, mas não é, justamente porque é tudo muito raso.
Eu acho que esses pais comandantes delas ainda não são os pais delas de verdade, porque em alguns momentos do livro a gente acompanha memórias da Ella criança em que os pais são amorosos e carinhosos entre eles e com elas, não parecendo nada com os que a gente encontra aqui. Mas enfim, ela mata a mãe dela sem dó nem piedade, algo muito cruel pra personagem que a gente conhece, mesmo que a mãe dela seja uma filha da p*ta... Sei lá, achei de mais.
E nessa cena aí é a mesma cena onde ela encontra a Emmaline, que tem poderes de telecinesia e tá fazendo a Juliette/Ella não perder as memórias quando sofre a lavagem cerebral nesse novo lugar aí. Pro fim do livro a gente entende que quem tá fazendo todos recuperarem suas lembranças é ela também... Todos. Em todos os cantos do mundo. E como, se a habilidade dela é apenas a telecinesia? Não sei. Aparentemente com os experimentos pra ampliar os poderes dela, ela pode fazer de tudo e mais um pouco, um baita deus ex machina.
A Emmaline pede pra Ella acabar com a vida dela, e a Ella se recusa, fala que vai resgatar ela e mais umonte de coisa. Chega no final do livro, a Juliette fala que tem que matar a Emmaline pra acabar com os planos de Reestabelecimento. Cara!!!!! Vão ter que voltar pra onde tavam, pra fazer uma coisa que ela já sabia que teria que fazer, porque a irmã dela contou tudo pra ela por telepatia, todo o plano. Pra um lugar que eles já estavam!! A Juliette achava o que? Ai sabe...
E no meio disso tudo o Warner ganha uma festa de aniversário, ele fica noivo da Ella. O que eu mais gostava dessa série eram os personagens e as relações entre eles, mas esse livro me tirou até isso. Não curti nenhum momento, foi tudo confuso e muito corrido. Vou ler o próximo livro porque é o último, então pra acabar 100% é o que vou fazer, mas tô zero animada pra isso.
A interação dele e do Kenji no fim do livro é muito massa, mas eu tava tão irritada com o resto da história e não consegui aproveitar nada. E eu sei que eu teria adorado essa cena, a dele pedindo a Ella em casamento, mas simplesmente não tinha mais vontade de acompanhar nada da história e só queria acabar o livro logo.