Resenhas -

Flávia_SDutra 07/06/2021

Super gostoso de ler
Eu estava lendo Kant, mas achei a leitura dele muito complexa, então resolvi ler Voltaire. Achei a leitura leve, fácil de ler, um bom entendimento, apontam questões bem atuais, capítulos bem curtos (normalmente 4 pág)

Victor 18/04/2022

(In)Tolerância
Demorei tanto tempo para finalizar esse livro, que minha memória vagueia sobre os detalhes iniciais e o motivo principal de ele ser escrito.

Entretanto, em um livro de pouco menos de 200 páginas, podemos refletir sobre muitos pontos. Várias ramificações dessa máxima tão difícil de alcançar. A tolerância.

Através de vários exemplos, somos convidados a conhecer casos dos dois lados da in(tolerância).
Ora, desde julgamentos inflados e sem base até exemplos de Jesus, podemos pesar não só esses acontecimentos em si, mas também nossas ações/reações.

Antes de continuar, falarei brevemente sobre a parte física do livro.
A edição que tenho é da editora Lafonte (muito boa, por sinal). Único ponto negativo se refere ao tamanho da letra das notas de rodapé. Algumas notas são bem extensas, chegam não só a tomar praticamente uma página inteira, como também a continuar nas páginas seguintes.
É inegável que essas notas são de um valor único. Porém, pelo tamanho da letra e a extensão, por vezes me cansou a vista. Ocasionalmente, também fugia um pouco do tema central. Porém, nada disso retira a riqueza de conteúdo nelas contida.

O mundo em que vivemos nos faz agir como adversários. Nos transmite a ideia que somos guerreiros e que devemos matar um ou mais leão por dia. Por vezes, parece que esses leões são nossos próprios irmãos.

Como assim?

[...]

Que mundo eu quero criar, se para conseguir ascensão, eu preciso destruir meu irmão?!

Qual lição meus filhos aprenderão, vendo que as diferenças nos tornam cada vez mais indiferentes?!

Que valor tem o amor se amarmos apenas aqueles que nos amam também?!

[...]

Os ensinamentos contidos no livro (boa parte auxiliados pela bíblia), transmitem varias mensagens positivas. Dentre elas, exemplificações das consequências de ser ou não alguém indulgente.

Concordo com uma frase na introdução do livro, que de todas as intolerâncias, a maior delas é a religiosa.

O homem sempre perseguiu, censurou, prendeu, torturou e vitimou aqueles que ousaram pensar diferente. Aqueles que ousaram viver de acordo com seus pensamentos. E ainda mais, aqueles que se dispuseram a morrer em defesa deles.

A verdade é relativa. Subjetiva. Ainda que milhões sigam a mesma ideia e a definam como verdade. Será apenas uma opinião coletiva. Jamais uma sentença ou exclusão aos divergentes.

Cada individuo vê o mundo e a vida através de seu próprio prisma. Desta forma, havemos de ser tolerantes uns com os outros. Principalmente com aqueles que mais discordam de nós. Pois nestes moram a nossa excelência.

Considero necessário e essencial buscar a melhor versão de si mesmo. A melhor maneira de fazer isso, é por cultivar o conhecimento. Adquirindo conhecimento, ajudar o próximo da melhor forma possível. Para que o termo semelhante signifique na prática semelhante mesmo.

Obra indispensável.