Jeh Diário dos Livros 07/05/2019
“ Cicatrizes eram coisas boas, ela pensou. Eram um excelente lembrete de um passado que não deveria se repetir.”
Enfim chegamos ao último livro da série A Queda dos Reinos, apesar dos altos e baixos me senti satisfeita em finalizar essa série que me deixou intrigada desde o primeiro livro.
Seguindo os acontecimentos de Tempestade de Cristal, Mítica está prestes a ser destruída pelo deuses elementares das esferas mágicas da Tétrade. Kyan que é o Deus do fogo está em busca de seu objetivo de reunir seus irmãos e destruírem aquele mundo para poderem reinar novamente. Lucia que antes havia ajudado Kyan viu o terrível erro que cometeu e agora após dar a luz a sua filha, ela quer encontrar uma forma de acabar com a maldade de Kyan, salvar Mítica e dar um lar a sua menina. Mas para isso ela terá que usar totalmente sua magia, justo no momento que ela está cada vez mais fraca de poder. Lucia precisará decidir e arriscar muitas coisas se quiser consertar seus erros e salvar seu lar. Ela contará com Jonas em sua jornada e ambos terão que lutar uma batalha quase perdida.
“ Talvez o passado não importasse mais. Apenas a magia importava. Apenas a sobrevivência importava. Apenas o poder importava, não interessava como ela o conseguiria.”
Jonas agora tem um papel fundamental. Cuidar de Lucia e fazer com que Mítica seja salva, desde que descobriu alguns dons dentro dele, seu destino e o de Lucia se entrelaçaram e ambos precisarão se aliar se quiserem derrotar o inimigo que tem um poder imensurável. Será que Jonas conseguirá por um fim a guerra? Será que encontrará paz e por fim cumprirá seu destino?
Amara é dona do império Kraeshiano e tem o poder onde mais queria: Nas mãos dela. Mas logo Amara descobrirá quem realmente esteve do seu lado desde o inicio e quem a apunhalou pelas costas. Ela terá que correr se quiser sobreviver em meio ao caos, pois se mítica for destruída, o próximo lugar será seu reino. Será que a personagem seguirá o caminho de poder ou buscará a redenção pelos crimes que cometeu?
“ Cicatrizes eram coisas boas, ela pensou. Eram um excelente lembrete de um passado que não deveria se repetir.”
Cléo agora tem um problema enorme para resolver, depois do meio sucesso de Kyan, ele e a deusa da terra foram despertados, mas a deusa da água e o deus do ar ficaram presos no corpo de Cléo e Taran. Cléo com o poder da água e Taran com o poder do ar. Ambos estão em luta constante para tentarem vencer os deuses que estão tentando de tudo assumir seus corpos.
E para piorar tudo Cléo ainda precisa lidar com outros problemas mais críticos e precisará de muita força para resistir aos poderes que estão tomando conta de seu corpo. Será que finalmente Cléo conseguirá paz para seu reino, ou sucumbirá no poder que tanto queria?
Magnus sobreviveu diversas situações e quase mortes que apareceram em seu caminho, mas agora ele não conseguiu evitar a morte que o tanto o cercava. Mas para sua surpresa ele descobriu algo que fez mudar o rumo de seu destino e agora ele terá uma segunda chance de mudar algumas coisas e tentar salvar mítica da destruição. Mas para isso ele terá que escolher o que mais deseja. O poder e a conquista ou a mulher que ele ama? Será que dá para ter ambos? Magnus e Cléo terão que lutar se quiserem sobreviver, mas acima de tudo terão que lutar para viver o amor que surgiu nos dois.
O destino de mítica está nas mãos de alguns jovens especiais, mas será que juntos eles conseguirão deter quatro deuses malignos? Será que conseguirão por um fim a destruição que nem mesmo os anciões conseguiram derrotar?
Reinado Imortal foi um livro aguardado por muitos, pois com o final do livro anterior todos queriam saber o destino desses personagens que sobreviveram tantas coisas ao longo desses 5 livros anteriores.
A história mantem um ritmo rápido, mas sem ser exagerado e aquela lentidão que encontrei em algumas partes das outras histórias ficou de lado com toda a resolução que Morgan tinha para escrever.
Os personagens também chegaram o auge de seus crescimentos, claro que com algumas ressalvas. Essa série para mim não foi perfeita do começo ao fim.. Teve seus momentos bons, quanto ruins, mas há algo nela que não nos deixa desgrudar e faz a gente ler cada vez mais e por isso fico feliz em finalizá-la. Talvez se eu não a pegasse do começo ao fim, ela teria se perdido com o tempo deixando-a de lado por outras histórias. Então fico feliz em ler quando ela já estava completa.
Falando da ambientação, gostei desde o início das descrições da Morgan. É fácil você se imaginar naquele mundo e imaginar a magia nele. Não tive dificuldade em me adaptar e isso foi excelente para compreender mais o fatos que a autora trazia.
Morgan trás uma história cruel, e você verá dezenas de mortes, personagens que você se apega, que quer que tenha um final feliz e de repente são mortos pela crueldade dos vilões.
Outro ponto chave foi a troca de vilões entre as histórias, fica claro para quem termina a série que o primeiro vilão não era nada comparado ao último e isso fez a história se enriquecer com um desenvolvimento muito bom.
Dos personagens posso dizer que fiquei feliz com o final de todos. E destaco que gostei muito do desenvolvimento de Jonas, que de inicio era um garoto imaturo, que só queria vingança de seu irmão, mas que com o tempo foi tendo uma visão melhor da vida e aprendendo melhor como lidar com as perdas e os problemas que surgiam.
Temos Lucia que foi uma personagem que desde o inicio e vocês já se cansaram de ler que não fui muito com ela. Apesar de seu crescimento, ainda consegui ver pequenos deslizes onde ela voltava a ser uma garota mimada e chata. Gostei da forma que ela lidou com algumas coisas, mas outras a vontade era dar uns tapas nela.
Temos Amara que se destacou também nesse livro e que foi uma personagem mediana na minha opinião, esperava mais dela nesse livro e ela ficou tão sem iniciativa que me cansei um pouco dela. Ela apareceu muito na história, mas não fez quase nada para mudar ou salvar as pessoas. Foi uma personagem difícil de entender, já que tinha horas que ela era fria e impiedosa, uma verdadeira vilã e em outras tentava mostrar seu lado bom.
Nic foi um personagem bem aproveitado no livro e por fim teve mais presença nessa história.
Ashur para mim continuou do mesmo jeito do livro anterior. Meio que enchendo linguiça, ajudou em algumas cenas e só. Não teve um desenrolar maior que eu esperava.
Temos Gaius que foi um personagem marcante nesses seis livros, gostei da forma que a aurora o moldou e o que nos mostrou agora no final sobre ele, isso me fez entender seus dois lados. O final da história com Gaius não foi do meu agrado confesso. Acho que foi a pior parte da leitura para mim. Achei tão sem sal que fiquei pensando “ ah com certeza tem mais coisas ai” mas no fim era aquilo mesmo. Isso me decepcionou um pouco, já que ele é um personagem tão marcante, mas enfim..
Temos Cléo e Magnus e vou falar dos dois juntos, ambos foram para mim os melhores personagens da autora, eles tem uma conexão e uma forma de interagir fascinante e confesso que jamais imaginava os dois juntos quando li o primeiro livro, o que foi um surpresa muito boa, já que a autora explora o relacionamento dos dois desde o segundo livro, o que fez com não fosse algo rápido e repentino. Ambos tiveram muito destaque no livro e cumpriram seus papeis com maestria.
Temos várias resoluções que me deixaram muito satisfeita, e por isso não tirei nota do livro. Pois a finalização para mim no geral foi muito boa. Tirando ressalvas que poderiam ser melhor trabalhadas, nada foi sem graça e isso me fez deixar a nota máxima no final.
Deixo minha tristeza para os personagens que morreram ao longo dos seis livros ( e olha que são muitos hahaha) uma pena eles não estarem mais nas leituras, mas eles tiveram pontos importantes para o desenrolar dos livros.
Para finalizar, a série A Queda dos Reinos deixa uma pequena saudade, mas ao mesmo tempo felicidade por terminar a história. Uma série com altos e baixos, mas que com certeza vale a pena se ler.
site: http://diarioelivros.blogspot.com/2018/12/resenha-reinado-imortal.html