Jack, O Estripador

Jack, O Estripador Donald Rumbelow




Resenhas - Jack, O Estripador


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Israel145 01/11/2023

Jack, o estripador
TÍTULO: JACK, O ESTRIPADOR
AUTOR: DONALD RUMBELOW
EDITORA: RECORD
N° DE PÁGINAS: 378
ANO: 2018

A lenda de Jack, o estripador se mantém viva ao longo de mais de 100 anos mantendo uma chama sempre acesa no imaginário daqueles que consomem cultura pop. Uma prova inegável é esse livro escrito pelo Donald Rumbelow trazido pela editora Record.
São 378 páginas com uma varredura minuciosa dos monstruosos assassinatos ocorridos na região de Whitechapel, em que nos idos de 1888, era um paupérrimo distrito em que se aglomeravam de maneira sub-humana as massas populares esquecidas e ignoradas pela realeza e poder público londrino. Um cenário perfeito para as atrocidades cometidas pelo assassino em série mais famoso da história.
Donald Rumbelow preenche as páginas do livro com um estudo detalhado sobre os principais elementos dos crimes do estripador, analisando o cenário local, a época, as vítimas, os crimes, a investigação, os suspeitos e uma análise do legado de Jack, numa escrita leve e envolvente, com diversas curiosidades e menções a outros livros. O leitor é fisgado logo no início já que o autor disseca de maneira professoral como era a vida no local e época em que os crimes ocorreram.
O grande ponto positivo do livro é que está focado nos fatos e não em revelar a identidade do Jack, como a maioria dos livros sobre o tema insistem em teorizar. Rumbelow se furta apenas em analisar alguns suspeitos mais prováveis e dar uma opinião sensata e sóbria sobre as chances de tais suspeitos serem ou não o estripador.
Outro elemento diferenciado do livro são os últimos capítulos, onde o autor se debruça em analisar o impacto da lenda do Jack na cultura pop da atualidade, inclusive trazendo a biografia de dois assassinos em série imitadores: Peter Kurten (o estripador de Dusseldorf) e Peter Sutcliffe (o estripador de Yorkshire).
Um excelente livro que serve como ponto de partida para quem tem interesse na chamada literatura estripadorologista e aos leitores consumidores de true crime.
Nota: 5/5


site: https://www.instagram.com/reel/CzFApAEsJKO/?utm_source=ig_web_button_share_sheet&igshid=MzRlODBiNWFlZA==
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Marina Alves 11/01/2023

O livro tem um começo muito interessante, ambientando sobre a sociedade da época. Porém o capítulo sobre suspeitos acaba sendo extremamente cansativo por abordar "teorias e suposições" que dificilmente sejam reais. Muito interessante, mas de fato, muitas coisas poderiam ser mais objetivas.
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Selennie 12/06/2022

Pulei umas partes. A investigação de Donald Rumbelow é realmente exaustiva.
O livro é muito completo e muito bom nesse sentido, mas não curti a escrita e a arrogância que o autor demonstra como se dono do tema.
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Malu.Oréfice 21/04/2021

Muito detalhe, que foge do foco
Se você gosta de detalhes, de uma história de conta até o núcleo de cada detalhe, vá em frente.

Eu fui com muita sede ao pote, imaginando uma coisa mais dark, alguns relatos mais tensos, mas o livro não entrega isso.
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Thiago 14/01/2021

Baita investigação
A premissa é de que não é possível determinar quem realmente foi Jack, o estripador. O autor apresenta as evidências dos crimes, os suspeitos e analisa até a cultura pop em torno do famoso assassino.
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Fernanda 23/06/2020

Jack, o estripador
Resenha no blog:

http://modoliterario.blogspot.com/2018/09/resenha-jack-o-estripador-donald.html

site: http://modoliterario.blogspot.com/2018/09/resenha-jack-o-estripador-donald.html
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Tiago 29/06/2019

Ao canalizar as energias instintivas para o trabalho e para as artes tornou-se possível a existência das civilizações. No entanto esse método, baseado em repressões do inconsciente, pode ser apontado como o principal elemento desencadeador de paranoias e ações violentas. estabelece-se assim um contraponto: a civilização. que deveria domesticar o homem, torna-o cada vez mais primitivo e animalesco. Mesmo de forma inconsciente o homem busca voltar ao seu lugar de origem. Vivemos o que chamo de síndrome de Odisseu.
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Taci.Souza 17/04/2019

"Ele ficaria conhecido como Jack, o estripador!"
...

A investigação definitiva do serial killer mais famoso da história, inicialmente apresenta um perfil da vida no East End, na Inglaterra, ao final do século XIX. Temos uma descrição detalhada das condições precárias de moradia e pobreza extrema que dominavam a região de atividade do Estripador.

As limitações da época dificultaram muito o andamento das investigações. Em um período onde não era possível diferenciar sangue humano de sangue animal, e no qual impressões digitais ainda não figuravam no rol das evidencias, era praticamente impossível identificar um suspeito sem que este fosse pego em flagrante, ou o crime contasse com alguma testemunha.

A forma como a polícia conduziu as investigações não foi das mais eficientes. Suspeitos em potencial foram desacreditados, ao passo que relatos absurdos foram credibilizados. Vários nomes, entre homens e mulheres, foram apontados como sendo o estripador, sem que a culpa de ninguém fosse realmente comprovada. Entre os tropeços da força policial, a fama do assassino crescia, e mais assassinatos ocorriam.

Jack, o estripador, em sua passagem sombria pelo mundo, tornou-se o serial killer mais famoso da história. Seus atos despertaram interesse, curiosidade, admiração e medo nas pessoas. Seu apelido foi eternizado, e sua história assumiu proporções lendárias. Talvez ele possa ser considerado um criminoso perfeito, ou antes, alguém que viveu em uma época perfeita para cometer crimes e se manter no anonimato.

O livro não esclarece os mistérios do caso. A identidade do estripador permanece tão obscura quanto certamente continuará. Um assassino sem rosto, sem nome, do qual não se conhece nada além do modo operante, e cuja existência só é comprovada pelo rastro de sangue e vítimas que ele deixou para trás.
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Ana 09/11/2018

Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que meus gêneros literários preferidos são infanto-juvenil e jovem-adulto. Aí que vocês se perguntam: "uai Ana, então porque diabos você tá lendo um livro sobre investigação criminal?". Esse é um outro lado meu que poucas pessoas conhecem, eu amo esse tipo de coisa — não é atoa que minha série preferida e Criminal Minds. Eu já sabia que ia gostar de ler sobre Jack, o Estripador, o serial killer que intriga as pessoas até hoje.

A Londres retratada por Donald Rumbelow não chega nem perto da Londres glamourosa que hoje encanta por sua beleza e pontos turísticos: quem era pobre, geralmente não tinha lugar para morar e conseguir uns trocados para pagar o aluguel de uma cama era extremamente difícil. Grande parte das mulheres que viviam nesses cortiços se prostituíam em troca de muito pouco. A miséria era gigantesca. Foi nesse cenário que cinco mulheres foram assassinadas a facadas, com o mesmo modus operandi: o serial estrangulava as vítimas e fazia um corte no pescoço, que atingia a artéria carótida, e na sequência fazia cortes em diversas regiões do abdômen, dos genitais e face.

O que mais fascina nesses assassinatos é que nunca descobriram de fato quem era o assassino. Os investigadores ainda não desistiram de encontrar uma solução e a investigação de Donald Rumbelow é, no mínimo, intrigante. Esse disseca cada detalhe, mostra cada possibilidade e desmascara diversas teorias que já foram propostas por outros investigadores. Não existe, de fato, uma solução; ele nos mostra várias evidências e, no fim, cabe ao leitor "decidir" quem mais se encaixa como suspeito.

O único problema que eu tive com Jack, o Estripador, foi o início do livro, que foi bastante lento. Foi só quando Rumbelow começou a falar de fato sobre o perfil serial killer, as vítimas e os crimes que eu fiquei animada. A parte destinada à lista de suspeitos foi, de longe, a mais interessante de ler: dá para crer que chegaram suspeitar de Lewis Carroll, autor de Alice no País das Maravilhas?

Donald Rumbelow é ex-policial e especialista em história criminal, além de ser um perito super reconhecido no assunto Jack, o Estripador. Sendo assim, não restam dúvidas de que esse livro é uma obra prima sobre o serial killer mais conhecido de todos os tempos, e que irá agradar até mesmo aqueles leitores que querem sair da sua zona de conforto.

site: http://www.roendolivros.com.br/
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Cheiro de Livro 23/05/2018

Jack, o Estripador
Quando fui morar em Londres em 2000, tratei logo de tirar do caminho a parte histórica/turística obrigatória, pra poder entrar no ritmo de morador, e não só visitante da cidade. Um dos tours guiados que fiz foi pelos locais dos crimes de Jack, o Estripador. O assassino que no verão/outono de 1888 mutilou cinco prostitutas numa área pobre de Londres. Mas não fiz um tour aleatório: escolhi o passeio guiado por Donald Rumbelow. Minha mãe já havia feito o tour e tinha comprado o livro dele. Desde a primeira edição, nos anos 70, Rumbelow vem atualizando o livro para incorporar novas teorias e descobertas. Não se enganem pelo papel de guia turístico do autor: ele é uma das maiores autoridades no assunto. Rumbelow foi policial, curador do museu da polícia, fez extensas pesquisas e teve acesso aos arquivos e documentos da Scotland Yard, e juntou tudo num livro que é referência sobre o caso.
Os assassinatos intrigam e fascinam até hoje, em parte pelo fato de continuarem sem solução, em parte pelo mito da Londres Vitoriana, a Londres do fog popularizada pelos filmes de terror. Mas não há nada de romântico na Londres retratada por Rumbelow. Antes de narrar os crimes propriamente ditos, ele aborda a realidade cruel dos trabalhadores mais pobres da capital, das mulheres desempregadas que se prostituíam em troca de umas doses de gin e uns trocados para alugar uma cama nos vários dormitórios do East End. Era o lado sórdido da então maior potência do planeta.

Nesse clima de miséria e insatisfação com as autoridades, em pouco mais de dois meses, cinco mulheres foram assassinadas a facadas com características muito semelhantes. As mutilações levaram muita gente a especular que o assassino tivesse conhecimento médico. Testemunhos contraditórios, uma mensagem deixada na parede, e algumas cartas recebidas por jornais apontavam a polícia em direções diferentes. Depois do último e mais brutal, os assassinatos pararam. Teria o Estripador sido preso por outro crime? Alguns acreditavam que seria um marinheiro de passagem pelo movimentado porto de Londres. Teria deixado o país de vez?

Rumbelow é também um excelente historiador da evolução das técnicas de investigação. Ele deixa claro que na época a polícia não tinha muitos recursos. Conan Doyle havia publicado a primeira história de Sherlock Holmes um ano antes, mas a realidade da Scotland Yard estava muito distante das investigações científicas do detetive fictício. Pra se ter uma ideia, a identificação por impressões digitais só seria aceita em tribunais 14 anos depois. Exames podiam identificar manchas de sangue, mas mal podiam diferenciar entre sangue humano e de animais; a descoberta de que havia diferentes tipos sanguíneos também ainda estava distante. A solução dos crimes dependia basicamente de prisões em flagrante ou de relatos de testemunhas. E num bairro com uma população ignorante, que consumia grandes quantidades de gin, encontrar testemunhas confiáveis era quase impossível.

Ao longo desses 130 anos, os crimes produziram uma galeria de suspeitos, teorias conspiratórias, muitas fraudes e supostas soluções sensacionalistas por “ripperologistas”. Rumbelow disseca cada possibilidade cuidadosamente. Explica por quê descarta este ou aquele suspeito, desmonta conspirações (como a famigerada conspiração envolvendo a família real, que já rendeu vários filmes) e desmascara teorias estapafúrdidas como a proposta por Patricia Cornwell – que aliás me irrita profundamente… Não esperem no livro uma solução ou revelação bombástica. O que ele faz é examinar as evidências e possibilidades, desmentir erros e falsidades, e deixar as conclusões por conta do leitor.

Rumbelow é simpático e atencioso. Termina o tour no Ten Bells, um pub caindo aos pedaços, remanescente da época, onde provavelmente algumas das vítimas bebiam, e tira dúvidas. Pergunto se ele tem um suspeito favorito, e ele diz que acha que provavelmente foi alguém desconhecido que nunca apareceu nas investigações. Ele também é respeitoso: alguns desses tours caem no sensacionalismo, mas ele faz questão de lembrar as vítimas, mulheres que sofreram muito em vida e certamente não mereciam aquele fim brutal.
Em 2015, voltando a Londres de férias, fiz o tour de novo, mas não consegui pegar Donald Rumbelow. Depois dos 70 anos ele já não faz mais os passeios com tanta frequência. Achei até que o tour perdeu um pouco a razão de ser. Os locais originais já não existem mais. Um deu lugar a um edifício-garagem, outro a uma torre de escritórios. Já em 2000, a região do East End e de Whitechapel estava sendo renovada, com muita construção acontecendo. Hoje o bairro é chique, muitos artistas abriram ateliês e galerias, e a região se tornou um pólo gastronômico. O pub acabado que eu conheci foi vendido pra uma grande rede de bares e totalmente reformado, com millennials bebendo em pé na calçada de tão cheio que estava. Não me dei ao trabalho… O que resta está em livros como o de Rumbelow.

site: http://cheirodelivro.com/jack-o-estripador/
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