Valfloripa 26/01/2014
Destino Imutável ?!
Que bela história escrita há tanto tempo, que o passar dos anos foi transformado em séculos, já os séculos tronaram milênios, mas o fascínio é que, através das mãos de um grande intelectual Sófocles da magnífica cidade de Atenas, na Grécia presenteou a humanidade com a obra “Édipo Rei”, transformando essa história, em um clássico da literatura mundial, de todos os tempos.
Ao decifra o enigma da Esfinge, como prêmio, os cidadãos de Tebas, receberam Édipo e tornaram o seu rei, casou-se com Jocasta que ao lado da Rainha e esposa, reina um verdadeiro soberano, e por anos viveram em perfeita felicidade e harmonia, tiveram dois filhos, Etéocles e Polínece, e duas filhas Antígona e Ismênia.
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(Esse pai, minhas filhas, que, sem nada ter visto, nada ter sabido, de repente se revelou como tendo vos engendrado no seio onde ele mesmo havia sido formado!)
Essa obra é carregada de tantas perguntas complexas, uma busca sem fim por resposta, o saber analisar e compreender o significado da própria vida, conhecer melhor o seu destino...
(Por toda a cidade há nuvens de incenso e cantos misturados de lamentos)
(Ah!Mulher, quem poderia doravante recorrer a Delfos, à morada profética? Ou a essas aves que gritam sobre nossas cabeças?)
Édipo Rei, passou a se exemplo e explicação de conduta do homem do século 19, através das citações cientifica de Sigmund Freud-1856, pela revolução no estudo da mente humana, buscou - se da tragédia para formular um conceito que mais tarde, passaria a se chamado de (Complexo de Édipo), a preferência velada do filho pela mãe, acompanhada de uma aversão clara pelo pai.
(Vosso pai matou seu pai; fecundou o ventre de onde ele próprio havia saído e vos teve mesmo do qual já se originara: eis as infâmias que vos imputarão!)
A história é tão rica, no seu desenvolvimento muitas questões são levantadas, que até hoje, procuramos compreender, trechos magníficos são descrito, Édipo na sua buscar particular para obter respostas em relação as suas próprias indagações, trava longos discursos, com outros personagens que só engrandece a obra com a sua presença: o Sacerdote, os Delfos, Creonte, Corinto, Tirésias, Corifeu, servidor e a própria Jocasta.
(Não teria sido o assassino de meu pai nem aos olhos de todos os mortais o esposo daquela que me deu à luz)
O home quando, encontra as respostas que durante tanto tempo o afligiu, estará preparado para saber a “verdade” agüentará a dor de se despido perante todos o, que isso, representa na sua vida, compreender o seu próprio destino, estamos preparados para quando esse momento chegar?!
(Arrancando os colchetes de ouro que ornavam as veste da rainha, ele os ergue no ar e os enterra nos próprios olhos. Assim eles não mais verão, disse ele, o mal que sofri, nem o que causei; assim as trevas doravante os impedirão de ver aqueles que eu não deveria ter visto, e de ignorar aqueles que, apesar de tudo, eu gostaria de ter conhecido!)
Esse livro é simplesmente maravilhoso, com o sofrimento da alma e a dor da carne, Édipo Rei descobriu a verdade,... Esta vendo a mundo, com um olhar mais profundo, é um novo recomeço, um novo destino imutável, será?!