Resenhas -

Dani.Alves 07/08/2020

Quando peguei o livro pra ler pensei que ele seria infantil, mas até que não, tem um plano de fundo bem interessante, vale muito a pena ler a história

ruelle 20/02/2023

Diferente
Li esse livro por recomendação da minha professora de Literaturas Africanas e achei ele bem divertido, com humor ácido e irônico. Só que, realmente você só vai entender as referências e a crítica da história se você souber o contexto em que ele foi escrito e como eu tô estudando esses autores, foi mais fácil. Eu gostei bastante, fiquei com dó do plano das crianças não ter dado certo, mas a crítica social foi bem necessária e contada de forma curta e até engraçada. Essa foi minha primeira leitura completa de um livro angolano, antes só tinha lido um conto. E assim, a leitura foi bem fluida, mesmo eu tendo que parar pra consultar algumas palavras na internet. Eu tinha medo de não conseguir entender nada, mas eu consegui lê-lo todo, me divertir e entender a mensagem dele.

Ceci02 20/11/2023

Quem me dera ser onda?!
Esse livro me trouxe uma perspectiva de leitura diferente! Apesar da história aparentemente boba de dois meninos que se apegam a um porco, que o pai resolve criar no apartamento para comer depois de engordá-lo, e resolvem não deixar que o pai mate o coitado do Carnaval da Vitória (esse é nome do porco kkkkkk), acredito que há um viés político que podemos perceber em alguns trechos e algumas lições que podemos tirar ao longo da história.

Confesso que ainda tenho algumas dúvidas que irei pesquisar mais sobre para saná-las, mas, gostei bastante da leitura, é rápida, fluida e as vezes bem divertida, mesmo que tenha algumas passagens mais cansativas.

Achei o final um pouco vago, esperava saber a reação das crianças com os últimos acontecimentos, algo mais concreto em relação a isso....

Ahh, e não poderia deixar de falar sobre o título, que passei leitura toda tentando desvendar e só foi aparecer uma referência no final, e que achei meio distante.

Enfim, apesar da linguagem de fácil entendimento (apesar de ter alguns termos próprio do ambiente que se passa a história, tem um vocabulário no final do livro) e de ter gostado da história, tenho que me aprofundar em algumas coisas para entender melhor, ainda mais que vou precisar desenvolver um trabalho com base nese livro.

Jeyza 08/03/2021

Não é infantil
Apesar da aparência, a história não é tão infantil. A situação da Angola pós-independência é retrada a partir dos personagens. A narrativa é de fácil leitura e envolvente.

Larissa.Guimaraes 29/12/2022

Uma leitura "leve" e interessante, além das nuances relevantes entre o PB e o PAng. que trazem momentos de reflexão até entender o que são determinados termos, temos uma grande reflexão acerca do momento histórico pelo qual o país passava, sob os olhos mais honestos e capazes de narrar.

a ignorância sobre a situação por parte dos que se julgam mais capazes também é denunciada de forma descontraída, por meio da correção do cartaz escrito pelo síndico.

Maria 04/04/2023

Conhecer Manuel Rui
Um livro muito bom para quem deseja conhecer da literatura angolana, sobretudo o grande Manuel Rui. É uma leitura bem rápida, mas não deixa de ser profunda, e é preciso compreender o contexto social em que se insere. Apesar disso, não se restringe a isso, mas vai além, como as boas obras universais.

Milton.Viegas 08/08/2023

Ótima leitura
História bem engraçada, criar um porco dentro de um apartamento, as crianças deram-lhe o nome de Carnaval da vitória, pena que foi parar no prato!

Micaela 13/01/2024

A convivência constante cria sentimentos.
Bem, este livro é um livro de autoria nacional (Angola) de Manuel Rui que conta a estória de uma família e um porco. A estória vai se desenrolando entorno das emoções, ideologia do pai e dos dois filhos à acerca do porco. Veremos também o desenvolvimento emocional que os dois filhos criam em relação ao porco e como passam a vê-lo como família, em contrapartida, há a perspectiva do pai que vê unicamente o porco como um animal de criação temporária que após um certo tempo será o prato principal, no qual ele irá se fartar com. Recomendo, tem uma narrativa leve e fácil.

diogost 27/06/2024

"Carnaval da vitória"
"Quem me dera ser onda", de Manuel Rui, faz uma alusão ao contexto histórico de Angola após a expulsão das tropas sul-africanas em apoio a grupos separatistas em 1978. Refletem-se esses festejos no nome do porquinho "carnaval da vitória", que representa a liberdade e a alegria do povo angolano em poder comemorar o carnaval daquele ano novamente após tempos de opressão. O carnaval, com sua inversão de normas e quebra de convenções sociais, simboliza um período de festa, irreverência e liberdade. As desobediências de Diogo ao ter um porco em um apartamento, algo proibido pelas leis do condomínio, transgridem às regras, assim como o carnaval. Do mesmo modo que o porquinho "carnaval da vitória", os ideais da revolução angolana não sobreviveram às alternâncias que se seguiram após a independência. O animal teve seus dias de glória com o bom tratamento e refeições, assim como Angola conviveu com poucos anos de estabilidade após a guerra colonial. Contudo, seus bons momentos foram curtos, assim como a paz em Angola, que logo entrou em guerra civil entre o MPLA e a UNITA. Manuel Rui consegue de forma magistral representar a história do seu povo utilizando uma narrativa leve e emocionante, demonstrando mesmo que em poucas páginas, personagens que carregam as contradições e esperanças de uma nação ainda em construção.