Ressurreição

Ressurreição Machado de Assis...




Resenhas - Ressurreição


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Cris 24/03/2021

Ressurreição
Ressurreição foi o primeiro romance de Machado de Assis, publicado em 1872, encaixa-se na fase romântica do autor. No geral, este livro não tem nada de extraordinário.
O típico boêmio como personagem principal, aqui apresentado como Felix que trata seus amores como passageiras aventuras, apaixona-se pela recém-chegada à cidade Lívia, jovem viúva detentora de uma beleza estonteante; o que no decorrer da trama aflorará as inseguranças de Felix que passa a desconfiar da fidelidade de Lívia que é constantemente cortejada pelos homens de seu convívio, tendo em vista que seu romance com Felix é mantido em sigilo pelos dois.
Como de praxe, o casal passará por altos e baixos, desconfianças, idas e vindas, enfim... nada de novo sob o sol.
Não compreendo o que leva Machado de Assis a mostrar uma visão deturpada da mulher em suas personagens que sempre são postas como potenciais traidoras, fúteis e superficiais, enquanto os homens são heróis galanteadores que quanto mais machistas, mais "vitimizados" são. Não sei, pode ser uma tendência da época, mas observo muito isso nos livros de Machado de Assis e principalmente neste senti um grande incômodo quanto a essa questão.
Apesar do desagrado acima descrito, julgo válida a leitura, principalmente para balancear situações similares, afinal, Machado tem uma escrita única com um humor implícito, quase ácido, que instiga o leitor a apreciar suas obras e tirar delas os pontos que lhe interessarem.
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Flávia 14/03/2021

Mais um romance machadiano sobre o ciúme
Félix é um médico solteirão, que vive relacionamentos com prazo de validade. Lívia, uma bela e recatada viúva. Os dois se apaixonam, mas amam de formas diferentes: enquanto o amor de Lívia é devotado e maduro, Félix ama de um jeito inseguro e cheio de melindres. Ciumento até o último fio cabelo, até a mínima mudança na expressão da viúva é motivo pra Félix ter um achaque. O personagem, ao meu ver, é insuportavel. Uma gestação de Bentinho, cujo ciúme atinge proporções atmosféricas. Esse é o primeiro romance de Machado, pertencente a sua fase romântica (mas sempre com uma dose do pesado realismo). Ler Machado é sempre um prazer (por mais que eu tenha profunda antipatia pelo doutor Félix) e o final, na minha opinião, é a cereja do bolo.
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Taina 03/03/2021

Rascunho de Machado de Assis
O livro conta a história de um casal que precisa superar a desconfiança um no outro e como a auto estima reflete nas relações.
Esse livro é evidentemente o início da trajetória de Machado de Assis pois os personagens tem aquela personalidade complexa que marca os livros do autor, mas ainda não tão bem trabalhadas como se pode ver em Memórias Póstumas, por exemplo.
A história não é o forte do livro, mas sim os personagens e a análise da situação.
Varias frases e pensamentos marcantes. Um livro memorável.
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Lirieudo 24/02/2021

As narrativas da primeira fase da escrita de Machado de Assis não me agradam muito por terem um aspecto mais romântico (mesmo que com as peculiaridades que tem a forma como o autor retrata). Porém esse livro tem uma escrita mais envolvente do que seu segundo livro publicado (A mão e a luva). Ademais, as entradas do autor na narrativa pra conversar com o leitor são muito agradáveis para a experiência de leitura.
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Rodrigo 16/02/2021

O nascimento
Foi maravilhoso retornar à ler uma obra do Machadão. Com sua escrita peculiar, ele nos apresenta, nesse seu primeiro romance, características tão marcantes de dois dos seus personagens mais marcantes, Brás Cubas e Bentinho.
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Denise 15/02/2021

Relacionamento abusivo
Confesso que no geral não achei o livro uma super obra, mas tinha certeza que M de A não ia me decepcionar e por isso permaneci na leitura!
Gostei muito do final, da forma como ele concluiu a vida de cada personagem.
Apesar de não ser uma grande obra é muito atual ao relatar um relacionamento abusivo nos termos mais sutis de uma relação. Além disso, traz a força da mulher em se posicionar diante de relacionamentos assim. O que torna inesperado principalmente para a época.
M de A bastante assertivo! ??
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Heidi Gisele Borges 12/02/2021

Cousa interessante!
Esse é o primeiro romance de Machado de Assis, e foi publicado 1872.

Que história bem escrita! Que delícia de ler. Adoro essa "cousa" antiga e correta, palavras saborosas.

Aqui temos o romance, o amor correspondido e também não correspondido. Além das dúvidas e jogadas dos personagens.

As paixões de Félix são semestrais, não muito mais do que isso, segundo o próprio.

Mas quando conhece Lívia, a irmã de seu amigo, ele se vê abalado. Ela é inteligente e independente, viúva e mãe.

Ele a ama e passa a sentir ciúmes, mas, claro, não adimite logo, pois tem uma certa "reputação".

Para Félix, a doença de seu amigo está na cabeça, enquanto que para Lívia, a de seu enamorado está no coração. As sutilezas e diferenças entre homens e mulheres.

Um pequeno imenso livro com personagens interessantes e uma história que prende.

Esse livro faz parte do meu autodesafio de ler todos os romances de Machado de Assis na ordem em que foram publicados.

Machado de Assis é um dos maiores nomes da literatura mundial, e assim deve ser tratado e respeitado. Claro que nem todos gostam ou são obrigados a gostar, mas se deve respeitar tamanha qualidade e obra.
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EvaíOliveira 10/02/2021

Confesso que li rápido o final para saber o conteúdo da carta. É o primeiro romance de Machadinho, eu percebi uma semelhança entre Félix e Bentinho no quesito ciúmes.
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LuOli 09/02/2021

Redescobrindo Machado
Ler o primeiro romance de Machado de Assis nos dias de hoje é uma experiência bem interessante. Reforçamos a grandeza do escritor, mas sem deixar de lado a capacidade crítica hoje alcançada graças as conquistas sociais do último século.
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Grace @arteaoseuredor 31/01/2021

?Ressurreição, de Machado de Assis.

?Começando meu projeto de reler Machado em ordem cronológica.

?Ressurreição é seu primeiro romance, publicado em 1872, é da fase romântica do escritor, mas se diferencia um pouco do romantismo da época.
Nele, Felix um solteirão convicto de 36 anos, que vive uma boa vida depois de receber uma herança, acaba se interessando por Lívia uma viúva, que por ele se apaixona, mas os ciúmes doentios de Felix põe esse amor em dúvida. Ao redor do casal orbitam vários personagens também interessantes como Viana o ?parasita?, Batista, casado e quer todas as mulheres ao redor.
O Narrador na terceira pessoa fala com o leitor, bem ao estilo Machado e traça o perfil dos personagens, e da sociedade da Época. No livro está presente a ironia do escritor.

??...É verdade, já não aparece um escândalo. Vivemos em completa abstinência, e chegou o reinado da virtude. Olhe, eu sinto a nostalgia da imortalidade.?

??Era ele galanteador por índole e por sistema, tinha além disso (coisa importante) a plena convicção de que sua conversa era preferida pelas damas?.

?E não bastava ver uma mulher para a conhecer, é preciso ouvi-la também, ainda que muitas vezes ouvi-la para a não conhecer jamais.?

?Para mim a sementinha do que viria ser Bentinho e Capitu já está nesse livro.
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Gustavo.Romero 23/01/2021

Mestre Machado, como sempre
Ressureição surpreendeu-me pela semelhança construtiva com "Afinidades eletivas" de Goethe, ambas obras cuja linguagem e diálogos ditos fisiológicos, no mais das vezes "artificialescos", prestam-se justamente a destacar o caráter de tratado moral - numa feliz época em que se não distinguiam formalmente literatura de sociologia e o estudo da psique humana.
Porém, a intenção entre essas obras diverge claramente: enquanto Goethe utiliza os desencontros para descobrir afinidades, Machado, já herdeiro do espírito schopenhaueriano, utiliza as afinidades como mecanismo de afastamento entre pessoas, com enfoque especial em elementos que seriam caros à sua obra madura e mais conhecida: o orgulho, o ceticismo e o ciúme. Aliás, que se pese que mesmo Machado prenunciando a dúvida shakesperiana como mote à obra, foi o veículo do ciúme e do orgulho ferido que de fato pôs termo à narrativa, e constituiriam eles próprios, no futuro e em particular em "Dom Casmurro ", os motivos e o próprio desfecho das narrativas. Essa circularidade viciosa encontra sua melhor imagem n'"O túnel", tão bem elaborado por Ernesto Sabato.
Enfim, para aqueles que, como eu, consideram Dom Casmurro e Memórias Póstumas patrimônios da literatura universal, Ressureição é leitura obrigatória para explorar os meandros do ainda enigmáticos processo criativo e amargurado do nosso Mestre Machado.
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Lívia 18/01/2021

Ressureição
? Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez com que o homem confundisse fé com religião e amor com casamento.?

? A primeira glória é a reparação dos erros.?

Um dos meus livros preferidos de Machado até agora, a narrativa é extremamente envolvente e agradável, com ênfase na inconstância de sentimentos do personagem .
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Fat212 29/12/2020

Pra ler sem pausa
Pq nem fôlego sobra. Lindo, intenso, pra deixar a nossa bandeira mais vibrante ainda!
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