Ressurreição

Ressurreição Machado de Assis...




Resenhas - Ressurreição


265 encontrados | exibindo 226 a 241
1 | 2 | 3 | 4 | 16 | 17 | 18


Lê Tavares 25/02/2019

Ler Machado de Assis é mergulhar em um Brasil muito distante. É daquelas viagens das quais se retorna com hábitos novos, manias adquiridas pela convivência. É aprender o significado de "tílburi" e descobrir o quanto "cólera" é uma palavra forte.
O que quero dizer é que, na minha opinião, sempre vale a pena ler Machado. Confesso que Ressurreição me despertou um pouquinho de frustração. Não com a escrita do autor (jamais!), nem pela história em si, mas pela personalidade do protagonista Félix, um homem que só acredita nas pessoas erradas e deixa sua felicidade escapar por conta do eterno estado de "pé atrás" em que vive.
A vontade que dá, a cada nova decepção de Lívia, a amada de Félix, é dizer: "- Sai fora, mulher! Já deu o que tinha que dar". Mesmo assim, no fundinho, resta aquela esperança de que as coisas deem certo no final. Talvez por isso é que seja tão duro aceitar que as inseguranças de Félix sempre acabem bagunçando as coisas.
Ressurreição é uma leitura rápida e gostosa. Apesar da vontade de dar um chacoalhão nos personagens às vezes, recomendo demais.
comentários(0)comente



jonathanrausch 12/02/2019

Um romance psicológico
Machado de Assis é um gênio da literatura e eu o adoro veementemente, então não irei puxar sardinha para o seu lado, mas irei engrandecer essa, sua obra. Ele conseguiu fazer um romance psicólogo intenso, cheio de reviravoltas e com tensão atrás de tensão. O tema abordado é algo tão cotidiano nos nossos dias atuais que, se fosse uma distopia e, essa história, fosse uma história "b" dentro da principal, acabaria sendo um fato acertivo para com nossa época atual. Recomendo demais quem tem interesse em ler os romances dele que seja por esse. Leve, sem enrolação e não é nada tão grandioso e gritante para o português de hoje, não exigindo esforço do leitor para a compreensão.
comentários(0)comente



Renata 14/01/2019

Não era amor, era cilada!
A heroína tenta, sofre, se humilha, mesmo sem precisar passar por nada daquilo. Lívia, ou a viúva, não tinha grandes questões, bem posta na sociedade, tinha seu filho, família, era jovem, desejável e desejada, mas tinha também o dedo podre, quantos casos conhecemos assim?!

Acaba em um relacionamento abusivo com Félix, o típico cara que se orgulha de ser solteiro, pegador, de não se apegar à ninguém, o livro começa justamente assim, com ele dando o fora na namorada de então, visto ter uma regra de não se alongar nos relacionamentos.
Acontece que Félix acaba se envolvendo com Lívia mais do que previra e além de atrasar a vida da moça, tira sua paz, transforma o relacionamento em um inferno com supostos ciúmes, havendo ou não motivo. E a gente sabe que esse tipo de cara não precisa de motivo, só de ocasião.
Faltou à Lívia uma amiga pra chamar para a realidade, falar corre que é cilada Lívia.
comentários(0)comente



Daniel.Martins 19/11/2018

resenha do blog www.desinformadoss.blogspot.com
Ressurreição é o primeiro romance publicado pelo grande Machado de Assis e a publicação é de 1872, o que dá quase um século e meio de existência.
Mas a idade avançada não é sinônimo de notoriedade, pelo menos não do grande público. Eu mesmo não tinha conhecimento da obra até adquirir a coleção completa do autor e resolvi lê-la sem saber ao certo do que se tratava.

DO ROMANTISMO (SÓ QUE NÃO): Pela época em que foi lançado, Ressurreição deveria ser uma obra romântica (não amorosa, mas pertencente ao movimento), mas o próprio autor já faz questão de nos avisar que não faria isso em sua primeira, pasmem, tentativa, de escrever um romance.
Então não esperem por amores avassaladores, mas por uma trama que flerta muito mais com o realismo ao tentar analisar o caráter dos personagens ao invés de deixá-los serem movidos pelo amor.

TEM ROMANCE SIM: O parágrafo acima pode dar a impressão de que Ressurreição não é uma história de amor, mas é. O que muda é a forma como o autor coloca a lente sobre os personagens, analisando suas motivações e psicológicos.
Mas, basicamente, é sim um livro sobre relações amorosas.
A TRAMA: Félix é um homem que se orgulha de não ser controlado por seu coração. Ele se achava capaz de encerrar um relacionamento sem que isso o causasse danos. Isso mudará quando o médico conhece uma viúva chamada Cecília e se encanta por ela.

Só que Félix parece temer tanto a possibilidade de um relacionamento duradouro que irá se auto sabotar e colocar em risco essa união.

A situação fica ainda mais complicada quando tanto ele quanto Cecília têm outros pretendentes que podem ajudar ou atrapalhar tudo dependendo do ponto de vista.
PISTAS: Ressurreição é apenas o primeiro livro de Machado de Assis, mas já conta com uma qualidade bastante alta, seja na trama, seja na qualidade literária.
É bastante interessante já notar, embora em doses menores, alguns dos trações que marcaram o autor mais tarde, como falar diretamente com o leitor e usar certa ironia.
O personagem Félix e sua desconfiança em relação à fieldade da viúva também me fez pensar em um outro personagem mais famoso do mesmo autor. Bentinho, que parece um Félix mais exagerado.

ACHEI UM ERRINHO: A vida de um escritor é dura ao ler algo tão bom e que foi apenas um primeiro livro, mas eu confesso que fiquei com uma pitada de realização pessoal ao encontrar um pleonasmo na obra.
Numa determinada parte, a descrição indica que o personagem irá "entrar para dentro", o que, apesar de não estar errado gramaticalmente, é um vício de linguagem a ser evitado.

Se você, como eu, batalha nessa área das letras, saiba que até o grande Machado de Assis cometeu um deslize um dia. Foi de leve, mas conta rsrsrs.

CONCLUSÃO: Ressurreição é uma mostra bastante poderosa de tudo aquilo que o autor viria a se tornar. É uma história muito bem construída e com um final bastante surpreendente, principalmente para a época.
Claro que o português mais antigo dificulta um pouco a leitura, mas se você tem um Kindle como eu, com um dicionário integrado, fica bem mais fácil de checar aquelas palavrinhas que não foi possível matar pelo contexto.

site: www.desinformadoss.blogspot.com
comentários(0)comente



Jana.Paim 23/09/2018

Trilhas machadianas
Ressurreição é o primeiro romance em prosa de Machado de Assis. Para quem deseja mergulhar na escrita machadiana, esta leitura fornece pistas de um escritor em processo de amadurecimento. Temas que serão recorrentes em outros momentos já despontam neste primeiro romance: a sociedade, o ciúmes, a ironia. Se em Dom Casmurro as barreiras da verdade são nebulosas, aqui o autor escreve de maneira a entregar ao leitor algumas conclusões e fatos. É um Machado ainda descobrindo e aprimorando seu estilo.
Guilherme.Calvero 22/01/2020minha estante
Romance delicioso de ler.Como toda obra machadiana, a desconfiança e a dúvida irá permear todo o livro.




Keylla 06/09/2018

O primeiro romance de Machado de Assis também foi meu primeiro livro lido do autor. O narrador é onisciente, que permite certas intromissões e conversa com o leitor em muitos momentos. Adoro esse tipo de narrativa.

Félix, um médico solteirão nato, vive na boemia e não quer saber de relacionamentos. Em suas andanças conhece Lívia, uma viúva de 24 anos apegada ao filho, que desperta sentimentos até então desconhecidos ao protagonista desse romance. Félix é emocionalmente instável e seus ciúmes causam estremecimento em sua relação com Lívia.
Em uma situação de desconfiança e ciúmes o romance entre em conflito devido à dificuldade de Félix em confiar nas mulheres.

O livro debate a possibilidade de haver um relacionamento saudável entre duas pessoas onde os sentimentos que as une são tão perturbadores. Achei uma história incrível, nada clichê, já que o próprio Machado de Assis informa na introdução que não pretendia escrever um romance de costumes.
Airton 07/09/2018minha estante
Dele recomendo o Alienista.


Keylla 07/09/2018minha estante
É o próximo que vou ler ele então. Li críticas muito boas. Como eu não tinha lido nada do Machadão ainda?


Airton 07/09/2018minha estante
Eu creio que é por causa do Colégio. Onde eramos obrigados a ler... Agora temos outra visão de tudo.


Keylla 12/09/2018minha estante
Faz td sentido mesmo. Com Clarice Lispector foi assim tb ... como é bom mudar


Airton 12/09/2018minha estante
Nem fale. Constante evolução faz tao bem




Marcelly 02/09/2018

se tu não vês o que está a teus pés, por que indagas do que está acima da tua cabeça?
comentários(0)comente



Edson Camara 15/07/2018

Primeiro romance de Machado de Assis lançado em 1872
Este é o primeiro romance de Machado de Assis lançado em 1872 já mostra o que o grande escritor brasileiro traria daí para frente em sua espetacular carreira de escritor. Alguns temas machadianos já se faziam presente nesta primeira obra; o do ciúme, o da dúvida, o do relativismo e o da incomunicabilidade do coração.
Ressurreição é uma história curta, de leitura rápida, essa edição da L&PM deu uma muito pequena modernizada no português para melhorar a fluidez da história, apenas a substituição de algumas palavras como “dous” por “dois” por exemplo.
Machado conta a história de Félix e Lívia, o primeiro, médico, bem de vida, que não precisava trabalhar devido a uma herança ganha, o que parecia ser uma coisa normal na época, e a segunda viúva jovem, também rica, vivendo ambos uma vida normal e atribulada pelos compromissos sociais de seu tempo, jantares, teatro, festas e etc.
Ambos se apaixonam, declaram seu amor mutuamente, publicam suas intenções a sociedade e planejam seu casamento. A vida cor de rosa no entanto não é uma característica dos romances de Machado e a vida desses dois personagens entram em uma espiral de problemas causados pela fraqueza de personalidade e auto-estima de Félix. Sem querer estragar o final para quem ainda vai ler, a história não acaba bem. Mas só pela ótica do romance, pelo lado da vida prática, Lívia, a viúva e mão de um filho, tomou a decisão certa. Qual decisão? Você terá que ler o livro para saber.
comentários(0)comente



suellem 06/07/2018

Ressurreição
O livro vai nos contar a história de Félix, um homem que ganhou uma herança e ficou rico. Ele também tem um jeito fanfarrão, nunca se apega demais aos relacionamentos e termina e ilude as mulheres como bem quer.
Lívia é uma viúva linda, sempre cobiçada pelos rapazes. Tem um filho e um irmão que é amigo de Félix.
Como se pode esperar, Félix acaba se apaixonando por Lívia e esse sentimento mexe muito com ele. O romance é baseado em altos e baixos , devido ao grande ciúme e a desconfiança de Félix, sempre os afastando do altar.
Raquel amiga de Lívia também acaba se apaixonando por Félix o que causa certo desconforto na viúva .
O livro está longe de ser um romance água com açúcar , é um livro com final surpreendente, envolvente e com uma história bem elaborada.
Porém, eu não consegui me envolver com os personagens . Achei Félix bem água de salsicha , e tanto Lívia como Raquel também não atraíram minha atenção . Ao terminar o livro fiquei com uma sensação de que faltava algo.
Porém, não é um livro ruim, é um livro bom , principalmente pela época que foi escrito e por ser o primeiro romance do autor .
comentários(0)comente



Soliguetti 13/01/2018

A caminho da maestria
Neste primeiro romance de Machado de Assis, o autor já dá sinais claros que de está vindo para se tornar um mestre, talvez o mais importante escritor da literatura brasileira. Um romance ousado que não permite finais fáceis e óbvios, como era comum na época. Se essa obra contém pequenas falhas de estrutura, as mesmas são compensadas pela ousadia de Machado, que aqui introduz as características que viriam a torná-lo um célebre escritor.

Ressurreição trata do ciúme intenso sentido pelo Dr. Félix. Boêmio assumido, Félix acaba não resistindo aos encantos da viúva Lívia, por quem se apaixona perdidamente. Incapaz de confiar na amada, e talvez com receio de dar um passo sério em sua vida assumindo um relacionamento duradouro, sua mente esmiúça os mais pequenos acontecimentos procurando em qualquer lugar uma prova de que a viúva o estaria traindo.

É impossível não comparar a temática com Dom Casmurro, em que Bentinho sofre do mesmo ciúme mortal por Capitu. A diferença aqui é que o narrador não é o protagonista, então os fatos são muito mais confiáveis. Aqui percebemos sem contestação que Félix tem ciúmes sem motivo algum, criando ilusões para que sua própria felicidade seja sabotada. Talvez aqui, se pudermos estabelecer um paralelo direto com Dom Casmurro, haja mais uma evidência de que Capitu não foi infiel.

A narrativa encantadora de Machado de Assis já dá as primeiras mostras em Ressurreição. Neste primeiro romance, o narrador ainda não está tão afiado, mas já se usa de um delicioso sarcasmo, bem como divagações envolvendo o leitor. Assim, em menor grau, Ressurreição já traz o narrador pessimista e irônico, que se usa de uma linguagem riquíssima e deliciosa de se acompanhar.

Machado de Assis é um raro caso de escritor em que, já no romance de estreia, cria uma obra magnífica e passível de análise e estudo, embora apenas a chamada segunda fase do autor receba mais atenção. Ressurreição, dessa forma, não desaponta como pontapé inicial para os romances daquele que se firmaria como um verdadeiro mestre da literatura.
comentários(0)comente



Ges 04/12/2017

Muito bom e o final nenhum pouco comum para esse gênero.
comentários(0)comente



Edson.Ramos 19/11/2017

Ressurreição
Este romance é maravilhoso. O amor misericordioso de Livia, e o amor tempestivo de Félix são incompatíveis. Mas, a esperança na improvável felicidade deste casal é o que prende o leitor no que eu considero um dos melhores romances que já li.
comentários(0)comente



Leila de Carvalho e Gonçalves 23/10/2017

Primeiro Romance
?Ressurreição" é o primeiro romance de Machado de Assis. Publicado originalmente em 1872, sua boa receptividade entre os leitores pode ser avaliada pelo privilégio do escritor poder acompanhar o lançamento da segunda edição em 1905, fato raro na época.

Sua história apresenta um romantismo contido que não admite excessos nem final feliz. O autor chega a flertar com o Realismo, ao sondar o aspecto psicológico das personagens, aliás, assunto que só retomaria nove anos depois, em "Memórias Póstumas de Brás Cubas".

Esse hiato deve-se a audácia de seu espírito contrabalançada pelo temperamento moderado e conservador. Por essa razão, logo nas primeiras páginas, Machado desculpa-se pela ousadia da iniciativa e adverte: "Não quis fazer romance de costumes; tentei o esboço de uma situação e o contraste de dois caracteres; com esses simples elementos busquei o interesse do livro."

Segundo o crítico Afrânio Coutinho, "Ressurreição" é "o mais moderno dos romances da primeira fase do escritor". Nele, já estão presentes algumas das características mais marcantes de sua obra, como o pessimismo, o monólogo interior e o desenvolvimento alinear da intriga. Seu outro mérito é romper com o peculiar nacionalismo presente em nossa literatura durante o século XIX, apresentado sob a perspectiva histórica, regional ou indianista.

Como o próprio título indica, o romance aborda a ressurreição do amor no coração de um solteirão inconstante e namorador. Dr. Félix apaixona-se por Lívia, uma bela viúva, contudo, inseguro e desconfiado, acaba colocando em risco os planos de casamento. Por sinal, Lívia é um belo esboço das grandes personagens da galeria machadiana. Ainda não está perfeitamente esculpida, peca pela idealização excessiva, mas já apresenta o vigor e relevo que as demais virão apresentar.

Uma curiosidade é que o romance foi desenvolvido a partir de três versos da comédia "Medida por Medida", de Shakespeare: "Our doubts are traitors, and make us lose the good we oft might win, by fearing to attempt..." (Lúcio, Ato I, Cena IV). Numa tradução livre, a incerteza é capaz de fazer perder o bem que se pretende obter, pelo medo de tentar alcançá-lo.

Enfim, "Ressurreição" é um bom passaporte para que pretende conhecer os romances realistas do escritor. Também é uma interessante leitura para quem já os leu. É pena que, muitas vezes, acabe relegado ao ostracismo.
comentários(0)comente



Leila de Carvalho e Gonçalves 23/10/2017

Primeiro Romance
?Ressurreição" é o primeiro romance de Machado de Assis. Publicado originalmente em 1872, sua boa receptividade entre os leitores pode ser avaliada pelo privilégio do escritor poder acompanhar o lançamento da segunda edição em 1905, fato raro na época.

Sua história apresenta um romantismo contido que não admite excessos nem final feliz. O autor chega a flertar com o Realismo, ao sondar o aspecto psicológico das personagens, aliás, assunto que só retomaria nove anos depois, em "Memórias Póstumas de Brás Cubas".

Esse hiato deve-se a audácia de seu espírito contrabalançada pelo temperamento moderado e conservador. Por essa razão, logo nas primeiras páginas, Machado desculpa-se pela ousadia da iniciativa e adverte: "Não quis fazer romance de costumes; tentei o esboço de uma situação e o contraste de dois caracteres; com esses simples elementos busquei o interesse do livro."

Segundo o crítico Afrânio Coutinho, "Ressurreição" é "o mais moderno dos romances da primeira fase do escritor". Nele, já estão presentes algumas das características mais marcantes de sua obra, como o pessimismo, o monólogo interior e o desenvolvimento alinear da intriga. Seu outro mérito é romper com o peculiar nacionalismo presente em nossa literatura durante o século XIX, apresentado sob a perspectiva histórica, regional ou indianista.

Como o próprio título indica, o romance aborda a ressurreição do amor no coração de um solteirão inconstante e namorador. Dr. Félix apaixona-se por Lívia, uma bela viúva, contudo, inseguro e desconfiado, acaba colocando em risco os planos de casamento. Por sinal, Lívia é um belo esboço das grandes personagens da galeria machadiana. Ainda não está perfeitamente esculpida, peca pela idealização excessiva, mas já apresenta o vigor e relevo que as demais virão apresentar.

Uma curiosidade é que o romance foi desenvolvido a partir de três versos da comédia "Medida por Medida", de Shakespeare: "Our doubts are traitors, and make us lose the good we oft might win, by fearing to attempt..." (Lúcio, Ato I, Cena IV). Numa tradução livre, a incerteza é capaz de fazer perder o bem que se pretende obter, pelo medo de tentar alcançá-lo.

Enfim, "Ressurreição" é um bom passaporte para que pretende conhecer os romances realistas do escritor. Também é uma interessante leitura para quem já os leu. É pena que, muitas vezes, acabe relegado ao ostracismo.
comentários(0)comente



Matheus.Ferreira 07/07/2017

" - Onde acharei essa resolução?
- Aqui - disse Félix pondo-lhe o dedo na testa.
- Oh! Não! - suspirou Meneses. - A cabeça nada tem com isso; todo o mal está no coração.
- Recorre à cirurgia: corta o mal pela raiz.
- Como?
- Suprime o coração."

Acredito que o diálogo é emblemático ao mostrar a forma como o personagem principal, doutor Félix, enxerga o amor. No entanto, no decorrer da trama, o próprio irá ter experiências amorosas com a angélica viúva, Lívia, que o fará acreditar no amor novamente:

"Fizeste brotar dentre as ruínas uma flor solidária, mas bela; única neste árido terreno do meu coração."

Foi a primeira obra de Machado de Assis de sua fase romântica que li. Em Ressureição, já é possível entrever algumas características que acompanhariam o escritor por toda sua vida. Não foi o melhor romance que li, mas também não foi o pior. Gostei da desenvoltura da trama, mas o final não me agradou, muito embora tenha sido inesperado.
comentários(0)comente



265 encontrados | exibindo 226 a 241
1 | 2 | 3 | 4 | 16 | 17 | 18


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR