spoiler visualizarOPHTHORN 14/05/2024
Pelo amor de Deus Ophélie....
Não sei porque comecei a escrever as resenhas dessa saga de baixo pra cima (do último livro pro primeiro), mas eu escrevi.
Logo nesse primeiro livro a gente é apresentado ao universo e aos personagens e suas questões.
De primeira você não vai gostar dos personagens, o que foi o caso de algumas pessoas.
Somos apresentados logo de cara, literalmente, a Ophélie, nossa querida protagonista que vai sofrer o pão que o diabo amassou durante a saga inteira.
Falar pra vcs, só entre a gente: a bixinha era muito abestalhada.
Ela não sabia se impor e deixava por isso msm.
A família dela passava por cima dela e ainda criticava a menina e ela só engolia tudo calada.
A função da querida, como toda mulher de Anima, é casar, construir sua família e ser uma matriarca e chefe de família porque Anima é uma Arca matriarcal regida pelas Decanas e pelo espírito familiar Ártemis.
Os Espíritos familiares são a visão suprema das Arcas, que são pedaços de terras suspensas no ar que não respeitam as leis da física. As arcas existem porque Deus, num dia não muito legal, decidiu partir o mundo em vários pedaços, mas a Ophélie não sabe disso, nem ela e nem ninguém (só o Thorn, mas já chego lá).
A questão é que a Ophélie rejeitou todas as propostas de casamento com seus primos, porque é assim os casamentos em Anima, com primos, e isso causa descontentamento na família e nas Decanas, que pra quem já leu minhas outras resenhas sabe que elas não gostam da Ophélie.
Já que a querida não quer casar com ninguém da sua Arca, ela é usada como peão político: vai casar com alguém de outra arca pra formar aliança diplomática.
Ela deu sorte de casar com alguém do Polo, porque o espírito familiar de lá é o irmão favorito da Artemis.
Temos os arranjos casamenteiros e nos é apresentado o noivo da Ophélie, o Thorn.
Falar aqui: Que homem chato. Logo no início ele se mostra ser um homem de 1,90 de altura, magricelo, chato, fumante, com TOC e que provavelmente tem Transtorno alimentar. O cara é intragável msm (hj em dia eu amo o divo).
Ele trata a noiva mal, a família da noiva, a madrinha da noiva, até o cachecol da Ophélie não escapou tadinho.
Com tudo pronto ela vai pro Polo. Acontece que essa arca é bem diferente da arca dela. É um lugar cuja economia é capitalista e a sociedade patriarcal.
Foi um choque de realidade pra ela viu.
Ela e a Roseline, sua madrinha, vão ficar com a Lady Berenilde, tia do Thorn (que diga-se de passagem é chata que nem o sobrinho, só que ela é bem vestida e cobiçada por geral por ser amante do espírito familiar).
O que você faz quando tá num lugar que você não conhece na casa de alguém que você não conhece? Vc fica na casa da pessoa e respeita ela, certo? ERRADO!
A Ophélie fez tudo ao contrário. Primeiro que ela foge da casa da Bere porque tava curiosa e não aguentava ficar presa (compreendo ela). Nessas andadas pelo Polo ela conhece o nosso gostoso embaixador, vulgo Archibald, e a cunhada dela, Freyja, que não gosta do Thorn e consequentemente não gosta da Ophélie. Nisso a Ophélie leva uns tapas dela pra ficar esperta.
Mas o pior de tudo foi que ela desrespeitou a Berenilde, que começa a fazer um inferno na vida dela. A coisa ficou tão feia que o Thorn precisou intervir, e nisso ele se mostrou menos intragável.
Sabe aquele ditado "mentira tem perna curta"? Pois é, as pernas até que foram longas pq a Ophélie contou uma mentira que quase que joga ela num buraco.
A querida mente pro embaixador e ao mesmo tempo mente pra cortesã mais famosa da Corte do Polo. O castigo dela, indiretamente, é ser pajem da Berenilde enquanto elas vão pro Luz da Lua, que é a embaixada, pq a Bere tá grávida e pq ninguém pode saber que o Thorn, intendente do Polo, tá noivo. O motivo? Vão descobrir já já.
Enfim, no geral, esse livro é só tiro pra cima e muito intriga, grávida fumando e bebendo, embaixador pegando mulher casada, intendente caçando briga, casos de família e criança maldita (INFERNO).
Agora falando dos personagens.
De primeira a Ophélie é toda abestalhada, aceita qualquer coisa e fica quieta. Porém, conforme ela ia passando raiva no livro, a querida fica sem paciência e dá altos lacres no fim desse livro e no início do outro. Acho que tudo o que ela passou ajudou no amadurecimento dela. A querida tira o sapo da boca, acha a língua e fala na lata e começa a se impor. Gosto que ela não aparenta ter medo de algumas coisas, mas no fundo ela sente medo sim e faz de tudo pra proteger quem ela ama.
Agora sobre o Thorn. O querido se mostra um grandíssimo 🤬 #$%!& e meio sem coração, nas palavras da própria tia que diz que é capaz dele ter gelo ao invés de coração. Ele se mostra um homem sem emoção, focado no trabalho, que parece não ligar muito pras pessoas. E ele é tudo isso msm, mas vc percebe que as decisões dele são baseadas na sobrevivência. Ele procurou uma noiva em Anima que tivesse o poder de leitura justamente pros interesses dele, pq pela cerimônia de casamento uma parte do poder da Ophélie passaria pra ele e ele seria um Leitor, e assim poderia ler o livro do Farouk, espirito familiar do Polo. A corte do Polo é um lugar terrível pra se viver, ainda mais se vc for bastardo, que é o caso dele. O pai dele pulou a cerca e o coitado paga o pato.
O que ele não esperava era que fosse se apaixonar pela Ophélie, o que eu achei meio triste pq de primeira ele não tratou ela bem, não se importava tanto com a segurança e a integridade dela e conforme foi percebendo a paixão, ele foi fazendo de tudo, de tudo msm, pra reparar os erros e proteger a Ophélie e a família dela. E ele se mostra apaixonado mesmo pela Ophélie, que demora um pouco (e com razão) a perceber seus próprios sentimentos em relação a ele.
Os dois são muito diferentes, são de lugares diferentes, tem famílias diferentes, mas eles têm muito potencial
Conforme os outros livros, os dois se entendem e se completam.