Bi Sagen 26/07/2020Os últimos dois anos de Sloan tem sido os piores de sua vida. O que é bem significativo se pensarmos que ela cresceu numa casa arruinada, com uma mãe nunca presente e um irmão com muitos problemas de saúde.
A faculdade, que teoricamente seria seu recomeço, só serviu para afundá-la ainda mais. Isso porque ela se envolve com Asa, que a princípio parecia seu príncipe encantado, mas se mostrou seu pior pesadelo, tornando-a vítima de vários tipos de violência (verbal, física, sexual e até financeira), além da constante tensão de morar numa casa em que se vende drogas.
Até que Carter aparece. Mas o cara divertido da aula de espanhol acaba sendo um dos novos parceiros do tráfico de Asa. E agora ela precisa descobrir se ele realmente é tão ruim ou se ela pode confiar que um novo futuro está a espreita. E mais: como sair do buraco que se enfiou.
Colleen é Colleen! E quem já leu um livro dela sabe o quão intensos eles são. Esse, conforme a própria autora, é seu livro mais mórbido e pesado.
Sloan sofre de maneiras inimagináveis e toda vez que um raio de esperança surge, ele é rápida e violentamente apagado. Apesar de ter ouvido várias críticas negativas. Eu me apaixonei pela história: pela garra de Sloan, pela empatia de Carter, por todo drama da história.
O único problema é Asa. Não sei se foi intencional, mas sua personalidade vulnerável acabou me fazendo torcer pra ele se regenerar. De certa forma me senti como uma daquelas vítimas que perdoam porque acha que vai mudar. A autora consegue criar uma narrativa que nos leva a entender porque algumas vítimas se sentem emocionalmente ligadas a seus agressores (assim como em "É assim que acaba").