6 mil em espécie

6 mil em espécie James Ellroy




Resenhas - 6 mil em espécie


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Amanda Alexandr 03/03/2012

800 páginas e nenhuma vírgula!
Não. Eu não menti. Este livro é um calhamaço daqueles, e NÃO TEM UMA VÍRGULA SEQUER.

É fulano faz isso. Fulano faz aquilo. Depois siclano faz isso. Siclano diz aquilo.

Pois é. É dureza.

Então, para gostar desse livro, basicamente você tem que sobreviver às primeiras 100 páginas, depois do que você se acostuma com o estilo (ou será falta dele?) do autor. Porque o livro tem história. E COMO TEM: Seria ótimo se fosse transformado em filme (ou melhor, numa série, seria uma nova Breaking Bad).

Saca só: Um policial tem sua esposa estuprada e estripada (!) por um meliante qualquer, e na "estrada" pela vingança, acaba se ferrando, decaindo e entrando no "submundo do crime" com sua expertise de leão-de-chácara e químico de drogas ilegais. Se mete com uma gangue daquelas, passa por experiências um pouco indigestas (leia-se violentas à la Tarantino). Isso sem mencionar as personagens secundárias bem trabalhadas e o clima de conspiração mundial level 99 rolando.

E o final, acredite, é estarrecedor. Me fez fechar o livro dizendo: Que foda! Sim, amigos, porque não há melhor palavra pra descrever esta história: É FODA, MESMO.

Pena que muitos não sabem ler além da falta de vírgulas, mas isso foi um risco que o autor sabe que correu: Eu, por minha vez, admiro o James Ellroy por ser macho pra escrever um livro assim. Ele tem o meu aplauso.
Leandro 26/02/2017minha estante
Hahaha... É isso que eu AMO nesse autor! Ainda não li esse mas está na minha meta de leitura. Até acho estranho quando leio um de seus livros mais antigos, quando o estilo dele ainda não estava totalmente estabelecido e ele construia frases e parágrafos de forma mais tradicional, embora ali já desse pra ter um vislumbre da narrativa frenética, neurótica e visceral (que tão bem reflete a personalidade de seus personagens) para a qual ele estava caminhando. O autor David Peace, da quadrilogia Red Riding, também consegue bons resultados imitando esse estilo! rsrs




Eduardo 19/01/2012

Concordo que a leitura deste livro é dureza!

Embora este seja o segundo livro de uma trilogia, e a leitura do primeiro tenha transcorrido normalmente, ele é muito difícil de ler, devido a minúcias e repetições demasiadas.

O autor, com certeza, não fez um bom trabalho neste volume.

Tive que abandonar no meio ou não ía ler mais livro algum em minha vida.



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Realtche 27/12/2016

Um livro que tinha tudo para ser muito bom, mas a forma que ele foi escrito acabou com o tesão de ler a história.
Foram mais de 800 páginas de puro sofrimento.
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Luiz Miranda 21/06/2017

Genial e difícil
Segunda parte da trilogia Underworld USA, onde Ellroy mistura ficção e realidade ao retratar um período decisivo na história americana (1958 - 1972). Desta vez o escritor escancarou o que já havia ensaiado em livros anteriores: 847 paginas em ritmo "telegráfico", absolutamente seco, direto e livre de vírgulas. Hard boiled até a medula, assim é 6 Mil em Espécie.

Claro que pra coisa funcionar nesta escala, só um escritor muito habilidoso. Ellroy é muito mais, considero um dos maiores escritores de crime e mistério da história.

Connelly, Deaver, Nesbo, Block, etc. A concorrência vira coisa de criança perto da densidade de Ellroy. Infelizmente, na mesma proporção em que é superior, é também mais difícil: trabalha com 3 protagonistas e dezenas de personagens secundários; confia até demais na inteligência do leitor e não explica, não facilita nada.

Ou você entra em sintonia com a loucura, ou cai fora. "6 Mil" é uma muralha a ser vencida: não existe uma linha coerente, uma trama a ser seguida, os acontecimentos são muitos e de difícil conexão. Você é que deve captar os esboços e montar o grande quebra cabeças. É duro, cansativo, exige concentração, mas vale o que pesa.

Só não dei nota máxima por um detalhe: Ellroy faz um uso exagerado de transcrições telefônicas e memorandos como impulso narrativo, muitas vezes quebrando o ritmo de uma narrativa já originalmente fragmentada.

Recomendo que se leia primeiro "Tablóide Americano" e só depois "6 Mil", como eu já disse antes, Ellroy não facilita em nada a vida do leitor. Agora devo partir para as mais de 900 páginas de "Sangue Errante", o desfecho desta impressionante experiência literária.
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Sergio21 27/07/2021

Passeio pela história americana e pelos fatos
No segundo livro Ellroy mantém alguns personagens no livro 1 e trás novos para continuar mostrando sua versão interessantíssima da América. Está tudo aí, tensão, conflitos, ação e uma maneira crua e real de documentar a vida de quem provavelmente fez a história mas não levou o crédito.
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Che 21/03/2024

Demorou mas aconteceu: depois de mais de um ano do início da leitura, com muitas idas e vindas, terminei 6 MIL EM ESPÉCIE do Ellroy.

O resultado é uma obra que tenta emular a fórmula esplendorosamente mostrada no excelente TABLOIDE AMERICANO, porém com um resultado mais diluído pela falta de fofocas divertidas sobre celebridades hollywoodianas via Hush Hush e também porque o personagem novo, Wayne, demora pra engrenar - muito embora, quando engrene, tenha muito a acrescentar.

O arco de Ward e o de Pete dão uma arrefecida na comparação com TABLOIDE e a guerra no Vietnã não causa tanta comoção em Ellroy quanto a questão cubana no livro anterior, nem a figura de Martin Luther King é tão impactante quando o espectro de Fidel Castro.

Enfim, é um livro com ótimos ingredientes e boas reviravoltas, principalmente envolvendo Wayne, porém pra quem vinha do TABLOIDE parece um resultado meio aguado.
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