Sombras de Reis Barbudos

Sombras de Reis Barbudos José J. Veiga




Resenhas - Sombras de Reis Barbudos


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poetishgoddess 20/10/2024

I was supposed to be sent away, but they forgot to come.
Céus, que livro angustiante. É como se eu estivesse assistindo ao clipe de fortnight em loop nas últimas trinta páginas. De fato, a alucinação coletiva deve ser o remédio.
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Carolina2054 26/01/2024

4 estrelas por acaso
Acho difícil dar nota para livros como este.
Por si só, é uma leitura sem erros. Uma escrita fluída, divertida, fácil de ler na forma mais bonita que posso dizer isso. Certeira em ter escolhido como narrador um adolescente, alguém inserido no seu mundo, mas ainda assim alheio, apenas sentindo as repercussões de um regime tirânico na sua cidade dentro de seu microuniverso familiar, complexo nas suas relações com a mãe, pais e tios.
Por isso é tão difícil dar essa nota: é um dos pouquissimos livros que recomendo a todo mundo, todos mesmo. Ele segue a linha do realismo fantástico de Tambores Silenciosos de Josué Guimarães e Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Maquez, obras de tirar o fôlego; e esse é seu problema, é muito difícil ler sem fazer a comparação.
Este livro tem como mérito a sua simplicidade, que acaba também sendo o "defeito" que me faz tirar essa uma estrela.
De novo, recomendo a absolutamente todo leitor, principalmente àqueles que estão iniciando a maravilha que é o realismo fantástico ou que querem mais um gostinho dele
*aviso amigo a quem servir, o livro contém relato de abuso
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Matheus656 17/01/2024

Alucinação Coletiva
Sinopse:

A obra é narrada pelo adolescente Lucas que relata a história de uma pequena cidade que recebe com entusiasmo a Companhia Melhoramentos de Taitara. Aos poucos, esta empresa impõe-se uma rotina tirânico aos moradores.

Opinião:

Esta obra, como a própria capa diz, é tido como uma alegoria do regime militar brasileiro.
O livro é curto, bem detalhado e (graças à Deus) possui uma narrativa simples, abordando a vida que se segue em um ambiente opressor.
Acho interessante a visão ingênua sobre os acontecimentos do protagonista, quando nos como leitores conseguimos ver a problemática, mesmo que subjetiva.
Vale ressaltar que o livro mostra a importância da liberdade e que apesar de ter sido escrito em 1972, ainda é muito atual.
Enfim, achei o final engraçado e divertido beirando o fantástico e ao mesmo tempo contrastando com o teor do livro.
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NataliaBolucha 08/01/2024

Obra-prima que transporta os leitores para um universo fantástico
"Sombras de Reis Barbudos" de José J. Veiga é uma obra-prima que transporta os leitores para um universo onde o fantástico e o real se entrelaçam de maneira única. A narrativa encantadora e poética revela um talento singular do autor em criar um cenário surreal, onde o extraordinário se torna parte do cotidiano.

No pequeno vilarejo descrito por Veiga, o leitor é imerso em uma trama repleta de personagens cativantes e situações surreais. A prosa fluida do autor e seu domínio da linguagem elevam a narrativa a um nível de excelência literária, enquanto a riqueza simbólica proporciona uma experiência enriquecedora.

Veiga explora temas complexos, como a natureza humana e a sociedade, através do elemento fantástico, o que revela uma profundidade significativa na trama. A crítica social sutil permeia cada página, oferecendo ao leitor uma reflexão profunda sobre a condição humana e as complexidades da existência.

"Sombras de Reis Barbudos" é uma obra que transcende gêneros e desafia as expectativas literárias. A originalidade do autor e sua capacidade de provocar pensamentos garantem que esta obra perdure na memória do leitor muito tempo após a leitura. Recomendado para aqueles que buscam uma jornada literária única e inesquecível.
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Paulo.Vitor 03/11/2023

Segundo livro que leio do José J. Veiga e continuo me perguntando porque este autor é tão pouco conhecido. Me pergunto também, qual o motivo dos livros do José J. Veiga não terem sido solicitados como leitura obrigatória de vestibular, visto que diversas reflexões acerca dos assuntos, dos personagens e do gênero literário poderiam ser suscitados.
Neste, que ainda hoje gera discussões, vemos a história de uma cidade, que após a chegada de uma empresa, que para além do nome, tinha a intenção de melhorar a vida desta. De começo, todos parecem ficar ansiosos e entusiasmados com esta empresa, porém, aos poucos, a medida que esta vai ficando maior, vemos que começa a cercear a vida de seus moradores, levando a imposições ridículas, e mais pra frente, até a construção de muros que além de dificultar locomoção, dificultava contato entre as pessoas. O fim da história acabou por me desprender um pouco, pois acabou indo bem longe na parte do fantástico, por mais que eu entenda que se trata de uma alegoria, como qualquer outro elemento que possa parecer confuso, como os Urubus, Reis Barbudos, os nomes, quase todos bíblicos, o aparecimento de dois cavaleiros misteriosos entre outros.
A história é contada por Lucas, adolescente, que primeiro também fica encantado pela companhia fundada por seu tio Baltazar, que além de rico era muito bondoso. Horácio, o pai de Lucas tinha uma rixa seu cunhado, quase que um ciúme. Porém após alguns acontecimentos vemos que ambos acabam por criar uma amizade. Horácio inclusive vira fiscal da companhia, impondo cada vez mais as limitações ridículas escolhidas pela companhia. Logo, todos começam a ficar enfezados com esta companhia, até Horácio. Muitos acabam por serem escolhidos para virarem fiscais, e ao contrário do que se imagina, o sonho destes oprimidos era ser o opressor, e acabam por impor essas leis com mais tirania do que os fiscais anteriores.
A relação de Lucas com sua mãe é bem interessante de se ver, e bem plausível também, a relação com sua Tia é bem esquisita, para dizer o mínimo.
Creio que estes acontecimentos não sejam spoilers de fato, pois em obras de realismo fantástico, por mais que o próprio José não estivesse 100% correto quanto a esse título, os acontecimentos sem o devido contexto não dizem muita coisa.
A escrita de Veiga é fluida, muito boa de se ler, recomendo demais a leitura.

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Julia 15/10/2023

No começo eu não entendi nada, e no final parecia que eu estava no começo kdkdksk, tô brincando, apenas não amei
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Duda 28/09/2023

Muito bom
Um livro fácil de ler e não fica cansativo. Com analogias a ditadura militar, fazendo você se perguntar o que elas querem dizer.

Você acompanha todos os acontecimentos pela visão do Lucas e, as vezes pega seus sentimentos para si.

Uma leitura muito boa.
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Leila 09/08/2023

Sombras de Reis Barbudos escrita pelo autor José J. Veiga, é claramente uma alegoria ao sistema da Ditadura no Brasil, aqui representada pela "Companhia" que chega À uma cidade não nomeada para trazer modernidade, mas aos poucos vai ditando regras e proibições que só coagem os moradores, chegando ao ponto de todos terem medo e se sentirem oprimidos e "aprisionados".

Temos a historia desenvolvida através dos olhos do Lucas, uma criança que narra toda a trama da sua familia e da cidade em seus pormenores, bem à lá "cidadezinha mesmo". A personagem de seu pai passa por grandes transformações no desenrolar da obra e isso traz ao leitor algumas reflexões que achei bem legais.

A prosa de José J. Veiga é cativante e evocativa, levando os leitores a mergulhar nos pensamentos e sentimentos dos personagens. A abordagem realista empregada ao longo da maior parte da obra cria uma sensação de familiaridade e conexão, permitindo que os leitores se identifiquem com as lutas, aspirações e dilemas enfrentados pelos protagonistas. A habilidade do autor em retratar a vida comum com detalhes vívidos, combinada com diálogos bem construídos, sustenta a sensação de autenticidade que permeia a narrativa.

Contudo, a virada surpreendente para o realismo mágico no desfecho do livro pode causar uma reação ambivalente nos leitores, como foi o seu caso. O realismo mágico, um estilo literário que combina elementos fantásticos com uma representação vívida da realidade, pode ser cativante e intrigante por si só. No entanto, a inclusão abrupta desse elemento no final de uma obra que anteriormente se manteve predominantemente ancorada no realismo pode gerar um sentimento de desconexão ou estranheza.

A escolha do autor de incorporar elementos de realismo mágico pode ser vista como uma tentativa de agregar uma dimensão extra à história, oferecendo uma perspectiva mais ampla e imaginativa. No entanto, é compreensível que essa mudança súbita de tom possa deixar alguns leitores desorientados ou insatisfeitos, especialmente se estavam apreciando a coesão e a solidez da narrativa realista prévia.

Enfim, era um livro com potencial para 4 estrelas, mas que com esse final que pra mim não foi muito coeso ao mudar de estilo literário tão abruptamente, levou só 3 estrelinhas, mas mesmo assim é um bom livro!
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Joao.Gabriel 15/06/2023

Li num congestionamento de trânsito. Parece que o ambiente favoreceu a leitura, especificamente dessa obra.

É um livro curto, não sei bem se novela ou conto.
José J. Veiga transmite o absurdo e sua magia de forma magistral. A escrita envolve, emerge do texto para o leitor e se afunda no próprio leitor. Somos transportados pra essa cidadezinha do interior, quase como a que eu vivo, cheio de neologismos e dialetos, muros e faces familiares aos que vemos por perto, com um quê de O Castelo e um "quêzão" de Rubião. E, da mesma forma de suas inspirações, Veiga nos dá a sensação de absurdo através da representação de nossa realidade, mas com suas próprias sutilezas esquisitas, que se tivesse (como já teve) uma Companhia tomando conta do país, não conseguiríamos distinguir realidade dessa ficção insólita de Veiga.
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Yuririn 28/02/2023

Gostei bastante da história, ela me lembrou um pouco do realismo fantástico do Murilo Rubião, mas no livro do José Veiga parece que ele foca mais nas ações realistas e a parte do fantástico aparece como "complemento" da trama enquanto que o Rubião faz a narrativa realista girar mais em torno do fantástico, então esta característica parece se sobressair mais. Porém adorei o livro, os personagens são marcantes e embora tenha partes narrativa que, pra mim, poderiam ter sido mais desenvolvidas, adorei ler "Sombras de reis barbudos", o mundo criado tem metáforas legais ---semelhante a George Orwell aliás----, a escrita foi bem fluida e prendeu minha atenção o tempo todo.
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Vitor Hugo 26/02/2023

Só não voa quem não quer ou não pode ou tem medo

O adolescente Lucas é nosso narrador e protagonista e desde o início da obra passa a relatar a sua visão dos acontecimentos surreais ocorridos nos últimos anos em sua pequena e, até então, pacata cidade.

Tudo mudou quando se instala na cidade, por obra do tio do narrador, Baltazar, a Companhia Melhoramentos de Taitara, inicialmente recebida com festa e júbilo pelos habitantes, os quais, contudo, no decorrer do tempo, passam a ser alvo dos mandos e desmandos autoritários e arbitrários da dita Companhia.

O livro é apontado como uma alegoria do momento histórico então vivenciado pelo Brasil, qual seja, o auge repressivo (e do "milagre econômico") da Ditadura Militar durante o governo Médici, já que publicado em 1972.

De todo modo, assim como queria o próprio autor, a obra vai muito além daquele contexto histórico e pode ser identificada como uma denúncia do conformismo ao absurdo injusto que se torna ordinário, banal, em contraponto à coragem daqueles que se rebelam, os quais podem ser vistos de forma tão fantástica tais como pessoas que literalmente voam.

Por fim, para quem não conhecia o autor, fica a obrigação de ler também o ótimo A Hora dos Ruminantes.
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Julio 09/01/2023

Vc prepara os olhos pra ver um dinossauro e vê uma lagatixa!
Uma excelente obra em termos de realismo, simbolismo, crítica a governos autoritários (ditadura militar).
Um livro que te ensina a não criar expectativas.

"Parece que o difícil mesmo é uma pessoa, entender a outra, seja homem ou mulher, quando a gente pensa que entendeu, a outra já mudou".

Amei essa leitura, super recomendo!
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luanadurante0 24/08/2022

Não pensamos que os urubus iam fazer tanta falta
A leitura me capturou desde o início, leitura fácil e personagem cativante. Muito interessante, recomendo demais.
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Gê Souza 07/04/2022

Cegos que enxergam
"eu enxergava até demais, de longe e de perto - a não ser que a doença fosse justamente, doença de ver além do normal."

A literatura tem o poder de falar sobre passado, presente e futuro. O texto literário mesmo quando lido décadas após a sua escrita, pode nos dizer algo sobre nosso presente. A obra de Veiga nos mostra isso. O autor fala sobre o crescimento e o poder e como ambos podem aprisionar os que não têm acesso a essas duas esferas. O autor nos leva para um mundo cercado por muros, em que os personagens não conseguem mais viver sem serem guiados por regras e opressões de quem os governa. Nosso mundo atual é tão de Veiga quanto seu próprio escrito. Vivemos em uma época de aprisionamento pelo conhecimento, o homem sendo caçado por expor suas opinião, bem como informado pelas falsas notícias que o circula.

O mundo de Veiga não está distante do nosso.
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