A Promessa & A Pane

A Promessa & A Pane Friedrich Dürrenmatt




Resenhas - A Promessa & A Pane


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Pati 02/10/2020

A promessa/A pane
Que livro! Eu não sou muito fã do gênero de suspense justamente pelo que Dürrenmatt se propõe a debater: histórias óbvias onde tudo se encaixa, chegando ao final esperado.
Adorei a escrita e os finais inesperados.
Excelente leitura!
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Sara 27/11/2020

Surpresa agradável
Nunca tinha me interessado por histórias policiais, a TAG chegou me mostrando novos gostos mais uma vez!
Comecei a ler sem muito interesse e logo nas primeiras páginas as 2 histórias me cativaram. Não é um romance policial comum, digamos, pq não segue o padrão de desenvolvimento.
A escrita é bem feita e com alguns termos mais difíceis, não muito comuns na língua mas vale a pena procurar saber pq têm razão de estarem ali - como simplificados nossas expressões!
É um livro p ser lido e relido!!
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Aline Maia 12/06/2021

Intrigante
Gostei muito da leitura e já vou atrás de saber mais sobre o autor. Estou desencalhando a pilha que fiz assinando a TAG Curadoria e já estava preparada para ler algum livro que fosse me fazer sentir que viver e existir é algo penoso... Mas fiquei chocadissima que vieram histórias policiais!


"A Promessa" me prendeu demais na história, achei muito, mas muito bom. A narrativa fluiu muito, a gente se sente conversando com o H. Dei 5 estrelas.

Já "A Pane"... Talvez eu devesse ter dado um espaço maior de uma história para outra, mas de qualquer forma foi divertido. Porém, senti muito sono com várias partes enquanto criavam o crime.
Aqui fica 3 estrelas.

Me incomodou demais a mudança da diagramação, a letra ficou bem pequena em "A Pane".

ps.: Ri demais com os "que Deus o tenha" falados como se fossem vírgulas hahahahaha
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Giancarlo.Paranhos 08/05/2020

Inesperado
No começo você espera um mistério semelhante a Agatha Christie, pura lógica e dedução. Porém o autor além de utilizar esse dois ele acrescenta o fator do acaso e da sorte. Personagens extremamente bem construídos e diálogos que fazem você refletir por um tempo.
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Margallyne 06/01/2022

Surpreendente. Você vai seguindo numa linha e o autor te mostra que ele ainda pode mudar tudo. Quero ler mais dele.
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Angélica 14/08/2020

2 em 1
São duas obras a Promessa e a Pane

A Promessa é um romance polícia que a princípio é bem interessante, mas do meio para o fim a história se torna massa te a cansativa.

A Pane é um novela e achei bem interessante, nesta obra o autor conseguiu prender minha atenção até o final da estória.

Vale a leitura mas confesso que gostei bem mais da segunda obra.
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Taciane 28/04/2020

Surpreendente
Não esperava dois contos tão bons, mas se surpreendi com as histórias e com a escrita do autor.
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Tereza 01/02/2022

A Promessa. A Pane
A promessa. Friedrich Durrenmatt.

O gênero policial é um dos que tratam do lado negro da mente humana, do crime e suas motivações às vezes obscuras. Trata também da racionalidade, do uso de métodos investigativos rigorosos para o desvendamento dos crimes.
O conto começa com um encontro entre um escritor de livros policiais e um delegado, após uma conferência proferida pelo primeiro e assistida pelo segundo. O delegado questiona o modelo dos romances policiais, que considera equivocado, por serem excessivamente racionalistas e não contemplarem o que realmente ocorre no mundo do crime, o papel do acaso, por exemplo.
Passa a relatar um caso que desfia o raciocínio linear presente em roteiros de livros policiais. Trata-se do assassinato de uma garota em uma pequena cidade suíça, encontrada na floresta por um caixeiro viajante. Este passa a ser acusado pelo crime e é considerado culpado pela população e pelos policiais que investigam o crime. O conto é inspirado ou dialoga com o conto infantil do Chapeuzinho Vermelho, com o qual tem algumas semelhanças: o vestido vermelho da garota, a ida a floresta para levar um bolo para a avó, o ataque na floresta.
Após o crime um dos policiais tido como exemplar e que estava de saída para outro país presencia os rituais investigativos de seus colegas e começa a se envolver no caso. Ele é instigado a agir no caso diante do sentimento de dor dos pais da menina, que pedem justiça, e do pedido de ajuda do caixeiro viajante que se disse inocente. Ele promete aos pais que o culpado será punido.
Este policial começa a agir movido pelo sentimento de justiça, que foi acionado pela demanda dos pais da garota morta e por não estar convencido da culpa do caixeiro viajante, considerando muito apressada a conclusão do caso, que foi encerrado com a confissão do caixeiro viajante, extraída por seus colegas mediante o uso de recursos intimidatórios e violentos. Ele questiona os métodos burocráticos que aparentemente “solucionavam” o crime e tranquilizavam a população e passa a investigar por conta própria.
O policial fica obcecada pelo desvendamento do crime e passa a rever as provas colhidas, a revisitar a família e a escola da menina, encontrando novos indícios do crime, que apontavam para outras direções. Usa também de sua intuição e de elementos simbólicos presentes na cena do crime e nos relatos, para chegar ao criminoso. Essa obsessão acaba por prejudicá-lo em sua carreira e no convívio com os colegas que passam a considerá-lo pessoa esquisita, até mesmo meio louca. Os novos indícios que encontra não são levados à sério, sendo às vezes ridicularizados pelos outros, mas o policial permanece em sua busca, fiel a promessa que fizera aos interessados e a si mesmo.
O caso só é desvendado tardiamente, mediante a confissão de uma idosa em seu leito de morte. Esta revelação demonstra o bom faro do policial que interpretara corretamente alguns dos indícios encontrados e que quase chega ao desvendamento do caso não fora um acontecimento fortuito, um acidente, que impossibilitou a presença do culpado, que morreu antes de outra tentativa de assassinato, desta vez planejada para atrair o assassino e capturá-lo. Assim, o policial não pode cumprir a promessa que fez à família da menina assassinada e a si mesmo, de capturar e punir o verdadeiro criminoso, ficando com sua vida destruída e sendo desacreditado pelos outros. Ao contrário do que acontece nos romances policiais, onde o crime é sempre desvendado por algum investigador habilidoso e cheio de qualidades e o acaso não comparece, neste caso, o crime não é desvendado, o assassino não é desmascarado nem preso.
Na literatura de Durrenmat os sujeitos são movidos por uma espécie de senso moral que em algum momento é despertado, mesmo diante da inconsciência que prevalece na maioria das pessoas ao redor. É o caso do investigador desse crime que afronta até mesmo as supostas evidências e rotinas do trabalho policial, e as próprias posições de poder já alcançadas, para seguir suas convicções e seu senso de dever com a verdade e com as pessoas afetadas.
O autor retrata ainda a hipocrisia e moralidade frouxa que famílias muito ricas às vezes adotam. Interesses mesquinhos e crimes são relativizados, mantidos em segredo e esquecidos em nome do “bom” nome da família.
A Pane:
Conto curto, mas muito bem elaborado, inicia-se discutindo literatura, o autor se pergunta o que cabe a ela falar, o que deve dizer; reflete sobre certa crise da literatura afirmando que “surge o pressentimento de que não há mais nada para narrar”; e, anunciando o desdobramento do conto, afirma que, diante de um mundo regido por máquinas resta a pane, o momento de suspensão do movimento, “quando é possível falar de justiça, julgamento e clemência mesmo captados pelo monóculo de um embriagado”; o conto de Durrenmatt se insere nessa temática, tratando dos acontecimentos em torno da pane de um automóvel moderno para a época, um Studbaker, e das ações e reflexões de seu condutor, um caixeiro viajante, que, devido a ela resolve pernoitar num pequeno vilarejo.
Ao procurar um alojamento, o representante comercial, Alfred Traps, toma conhecimento que todos os hotéis estão lotados, por conta de um evento na cidade, sendo orientado a procurar a casa de um morador que costuma receber hóspedes. Lá ele é acolhido pelo proprietário, que afirma não precisar pagar nada pela estadia e é convidado por ele para participar de um jantar que dará à noite para seus amigos.
Os convidados são anciãos aposentados, um juiz, um promotor, um advogado, um carrasco, que, para encontrar um sentido diante do tédio da aposentadoria resolvem encenar julgamentos e condenações com alguns de seus convidados, que desempenham o papel de réus. Os anciãos assumem os papeis que ocupavam antes da aposentadoria. Traps aceita participar, acha que vai ser uma brincadeira divertida, é afirma que não tem nenhum medo de ser condenado, pois é inocente.
O jantar é suntuoso, com comidas e bebidas fartas e deliciosas descritas com minúcia. Começa o julgamento e o advogado recomenda cautela ao réu. Este leva o julgamento inicialmente na brincadeira e fala sem pudor e sem entraves sobre sua vida, à medida que é interrogado pelo promotor. Ao longo do processo, o réu é levado a refletir com mais profundidade sobre seus atos, aparentemente inofensivos e vai se percebendo como culpado por ações graves, produzidas intencionalmente para tomar o lugar de seu ex-chefe e ascender socialmente, e tidas como naturais. Ele acaba por se sentir responsável pela morte de seu chefe que teve um infarto em consequência de suas ações. Todos vão paulatinamente se embriagando e o réu vai gradativamente assumindo suas culpas, saindo de um estado de inconsciência para assumir moralmente a responsabilidade por suas ações. Antes da pane e do julgamento não pensava muito sobre seus atos, vistos como normais no mundo competitivo em que vive. É essa visão apressada e superficial que é questionada no julgamento e o réu vai percebendo que ele é um ser moral e deve se responsabilizar pelo que faz.
A pausa propiciada pela pane, o julgamento encenado pelos anciãos se transforma em um momento de reflexão, de tomada de consciência, que acaba sendo insuportável para o suposto réu. A sentença proferida pelo juiz é pela pena de morte, que é aceita pelo representante comercial como justa, o que o leva a cometer suicídio.
Através desse conto o autor quer refletir sobre a inconsciência de nossos atos cotidianos, quando, imersos no mecanismo da vida, agimos sem nos dar conta do significado de nossos atos. O conto nos faz refletir sobre o sentido da vida que levamos e a necessidade de pausa para refletir sobre nossos atos, entender nossas motivações. A literatura é importante para iluminar questões com que nos deparamos na vida cotidiana: a competição e as maquinações para suplantar os concorrentes, as hipocrisias de todo dia, as traições, o agir inconsequente, a não percepção do significado de nossas ações, a incapacidade de responsabilizar-se por suas consequências.
Félix 19/04/2022minha estante
gostei da resenha, só devia ter marcado como spoiler já que conta os desfechos


Tereza 19/04/2022minha estante
Ok, vou ter mais cuidado.


Patty 28/06/2022minha estante
Excelente!




Tah_baddauy 20/10/2020

Leitura interessante e questionadora, gostei mais da "A promessa" achei mais fluído, porém "A pane" possui reflexões pertinentes, embora seja as vezes maçante. Um bom livro.
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Lilica 25/11/2020

2 historias muito interessantes, em um formato bem realista.
A Promessa fala de um policial que arriscou tudo para capturar um assassino, enquanto A Pane conta sobre um homem que descobriu ter cometido um crime em meio a um tribunal encenado.
Indico ambas as leituras.
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Srta.Jay 07/03/2021

Leitura interessante, achei alguns momentos um pouco monótono, porém as duas histórias são curtas, então a leitura foi rápida. A Promessa é um romance policial fora do comum, e A Pane uma novela com final surpreendente.
Gosto muito da TAG Curadoria por mandar livros que dificilmente eu compraria numa livraria.
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Josana.Baltazar 24/04/2022

Magnífico, primeiro livro do autor que leio, sem reparos, duas histórias excelentes, desde os personagens até o desfecho, inteligente e instigantes, diferente me prenderam do início ao fim. Super indico
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Robson 08/02/2023

Acaso: aquilo que acontece sem motivo aparente
Dürrenmatt é uma surpresa magnífica para mim. Que coisa incrível é a escrita dessas duas novelas, que riqueza. A gente fica atônito durante, ao fim e depois da leitura, tentando esmiuçar as intenções do autor com essas duas obras.

"A promessa" é uma história policial totalmente diferente do que estamos acostumados. Uma sátira às soluções "sem pontas soltas" dos crimes em que o bandido é apanhado depois de uma extensa investigação lógica. Não, aqui temos um crime hediondo, temos também um ótimo investigador, mas também temos o acaso e a força da realidade que tornam os acontecimentos quase que absurdos.

Matthäi, o investigador, para sair de uma situação embaraçosa, promete (pela sua salvação eterna) aos pais da vítima que vai capturar o responsável pelo crime. A partir dessa promessa a realidade de sua vida bem encaminhada lentamente se transforma.

Em "A pane" acompanhamos Alfredo Traps numa situação corriqueira: após um dia de trabalho enquanto voltava para casa seu carro pifou. O conserto vai demorar pelos menos até a manhã seguinte e, como já está um tanto tarde pra voltar pra casa pelo transporte público, o homem decide ficar pela cidadezinha próxima mesmo. Sua intenção era viver uma aventura, se divertir por aí, mas por fim acaba sendo convidado a ficar na casa de um idoso e participar do jantar que, curiosamente, o ancião dará para uns amigos (também idosos) de longa data nesta mesma noite.

Durante o jantar, um jogo de simular um tribunal é proposto pelo anfitrião e seus amigos ao nosso querido Alfredo. Aqui Dürrenmatt nos causa de novo o estranhamento sobre toda a situação, você começa a ter dúvidas da seriedade do que está acontecendo no jogo, pois, Alfredo é o réu. Há um ar cômico que normalmente não se vê num julgamento sério e o desabrochar de um crime que parecia não existir.

O desfecho das duas obras é inesperado. Não vou esquecer tão cedo esses personagens, tão assombrado positivamente fiquei com a escrita de Dürrenmatt.
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Bruno Bomfim 27/11/2022

Duas narrativas que prendem do início ao fim
Em A Promessa a atmosfera de tensão está na história, já em A Pane a atmosfera do tensão fica na cabeça do leitor.
A metaficção policial de A Promessa bem como o suspense de A Pane não nos apresentam personagens cativantes. A ausência de personagens que garantem uma identificação com o leitor poderia ser um problema para a trama, no entanto esta característica garante um distanciamento por parte do leitor que o coloca num papel de espectador, onde o interesse principal de quem lê a obra não é necessariamente no sucesso/insucesso de um determinado personagem, e sim saber, desesperadamente, como a história vai terminar.
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Rafael 29/04/2023

A genialidade de um suíço
Esta obra chegou até mim por ter sido indicada por Cristóvão Tezza para a TAG. Não fosse assim e, certamente, eu não teria a oportunidade de conhecer algo tão maravilhoso quanto este livro. Segundo o bordão atribuído ao autor da obra "uma história não está terminada até que algo tenha dado extremamente errado". Pois é exatamente essa uma das características dos contos que compõem o livro. Em ambos somos surpreendidos com as reviravoltas que ocorrem nas narrativas e nos levam para caminhos não imaginados ao iniciarmos a leitura. Mas não é só isso. Há um árduo trabalho do autor em descortinar a psiquê humana das personagens e somos convidados a refletir sobre as fragilidades inerentes à condição humana. Cristóvão Tezza admitiu que após ler o livro chegou à conclusão de que essa era a obra que ele gostaria de ter escrito dada a potência do texto, em todos os sentidos. Eu compartilho de tal sentimento, ainda que tenha pensado em um desfecho, a meu sentir, mais interessante para "A promessa". Mesmo assim, vale a pena ler cada linha dessa magnífica obra.
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