Resenhas - Vox

Hayra.Oliveira 23/09/2020

Como a própria autora abordou em um ponto do livro “Os monstros não nascem assim, nunca. Eles são feitos, pedaço por pedaço e membro por membro, criações artificiais de loucos que, como o equivocado Dr. Frankenstein, sempre acham que sabem mais.”, porém não foi essa a sensação que eu tive no decorrer da leitura sobre a história apresentada. Boa parte das imposições criadas para conter a liberdade e direito das mulheres foram impostas do dia para a noite, sem a devida abordagem e explicação na narrativa e isso fez com que a minha leitura não fluísse como deveria.

No geral eu achei a história e a explicação sobre a importância da: voz, diálogo, luta pelos direitos, importância do voto no processo democrático, entre outros muito interessante e válida, o livro em si passa a impressão de que foi escrito e finalizado as pressas, apenas para aproveitar a onda gerada pelo O Conto de Aia, e isso acabou me incomodando.

Raphaa 14/10/2020

O silêncio pode ser ensurdecedor
No primeiro instante eu fiquei mt impactada cm tudo, cm a história, cm as coisas q faziam cm as mulheres, foi mt difícil pra mim ler td isso, demorei bastante. Depois que me acostumei cm isso, eu engoli o livro, pois é maravilhoso ver as mulheres lutando pelo seus direito, não se opondo as regras impostas por homem sujos, nojentos e doentes, que usa o nome de Deus pra fazer oq fazem cm elas, enfim.
É um pouco triste a história, porém é engrandecedor.

LihSininho 04/04/2020

Demais!!
Poderia dizer que estou sem palavras para descrever esse livro, mas não seria correto. O certo seria indicá-lo para cada pessoa que conhecemos, todos precisam conhecer essa história. Não, eu não creio que um dia possamos viver numa realidade assim, onde somos proibidas de trabalhar, de falar.. mas há tantos meios de cortarem a nossa voz, de não nos deixarem viver como queremos que acabo por temer.
Livro incrível, de fácil leitura, mas muito bem escrito. Vale a pena ler!! Vale a pena indicar.

Jack.x 22/03/2022

Decepção....
A premissa do livro é boa, sinceramente, essa história tinha tudo pra dar certo. Esperava muito, mas recebi personagens rasos, desenvolvimento corrido e foco em acontecimentos fúteis demais. A narrativa perdeu o total sentido quando passou a ser sobra uma mulher que trai o marido. Sério, nada me deixou mais decepcionada do que ler sobre o caso dela, que por sinal, a personagem passa o livro todo dando a entender que só trai o marido pq o considera fraco... O que cai por terra completamente no fim do livro. Achei patético dms. Teria sido muito mais interessante se tbm não tivessem matado o marido dela no final. Enfim, me decepcionou de muitas formas. No início, a autora apresenta uma boa escrita, a situação toda causa angústia e é preciso ler lentamente pra digerir. Pq, infelizmente, sabemos que os acontecimentos do livro não são tão difícies de acontecer na vida real né, então precisei parar pra refletir várias vezes, por isso as 3 estrelas

Claudia 11/08/2022

Sem/cem palavras
Que história é essa? Me senti mal só de imaginar se uma coisa desse tipo acontecesse aqui. Muito louca, mas ao mesmo tempo saber que do jeito que estão as coisas aqui nos faz pensar - tomara que nenhum desses loucos leiam isso e peguem a ideia pra eles. Imagina só uma lei em que todas as mulheres inclusive as crianças só podem dizer 100 palavras por dia. Não... Só de sentir o desespero da personagem já me senti em pânico. Muito boa. Gostei.

Denise.Marreiros 11/06/2020

Com uma linguagem clara e cativante a autora nos mostra um mundo possível, onde os homens estão no poder, aliás eles são o poder, até aí nada de novo, mas o problema é que não sobrou nada para as mulheres. Elas são tão insignificantes que não possuem seu papel mais básico, o de educar seus filhos. A elas sobrou apenas os deveres de dona de casa e o de satisfazer seus maridos. Elas tem uma quantidade limitada de palavras por dia e a cada palavra extra é punida com severidade e muita dor.

O livro me lembrou em muitos momentos dois clássicos distópicos, 1984 e O Conto da Aia, com uma visão mais moderna e uma escrita mais dinâmica.

Jean McCellan é uma mulher casada, mãe de quatro filhos, sendo três meninos e uma menininha de seis anos que teve que aprender muito cedo a se calar. Ela vê seus filhos mais velhos sendo engolidos pelas novas regras governamentais regidas pelo fundamentalismo religioso ditado na escola, enquanto sua pequena garotinha é cada vez mais diminuída em sua existência silenciosa.

Jean sabe que tudo isso está errado, ela lembra de como era antes, de como era ter voz. Mas lembra também do quanto foi omissa e de que não fez nada para mudar o futuro tenebroso que a esperava. Ela jamais acreditou que algo assim fosse de fato acontecer.

Mas o inesperado acontece e agora ela tem nas mãos a chave para mudar o destino de seu país, ela só precisa ser forte e aguentar

Somente com seu final rápido e cheio de reviravoltas óbvias demais é que o livro me perdeu um pouco. Ele foi bem construído e por isso merecia um final menos acelerado e mais digno. Ainda assim, valeu muito pela reflexão que trouxe. Uma leitura rápida e incomoda para nos lembrar que a apatia e o desinteresse na política de nosso país e nos rumos que ele está tomando, podem trazer consequências avassaladoras para todos nós.

maze 06/05/2021

Suficiente
Não vou dizer que é um dos meus favoritos, mas é um livro que merece a nossa atenção. Gosto dos pontos que a autora faz no livro, gosto do fato de que ela consegue fazer com que eu sinta raiva e medo da realidade que ela criou. É assustador.

Ainda assim, esperava um pouco mais do final.

Eve 31/08/2020

É bom, porém, depende...
Quero começar dizendo que o assunto abordado neste livro é sério e assustador, eu digo isso pq nós mulheres quando estamos lendo Vox, não podemos deixar de pensar se isso realmente fosse acatado... seria algo terrível, e isso me causou muito desconforto, pois sei que não é algo impossível de acontecer, do jeito que o ser humano esta cada vez menos humano, não é se duvidar que algo assim realmente aconteça, principalmente que o nosso atual "digníssimo presidente" e seus fiéis seguidores, que são a prova que ainda existem muitas pessoas com pensamentos bem primitivos por aí!
Passei muita raiva lendo esse livro, por ações dos personagens e o assunto em sí me causa repulsa!
Porém, é um bom livro que pode funcionar perfeitamente para outras pessoas!

Ester.Gabrielle 12/07/2022

Novo livro favorito
Uma história assustadora que se pensarmos bem pode se tornar algo real ou pelo menos parecido. Me fez pensar na importância de lutarmos por nossos direitos e dar mais importância a política.

Leitora estranha 02/09/2020

Ótimo livro.
Eu tive dificuldade em me concentrar nas partes sobre medicina.

Apesar disso, a leitura fluiu. Ela me prendeu muito. História é realmente boa.

Recomendo. Me ensinou a olhar de um novo ângulo para o feminismo e a importância dele.

Dani 20/05/2020

O livro é bom, porém demora muito para a história se desenrolar. Poderia ter um desfecho melhor, mas independente nos faz pensar muito sobre as questões pautadas.

anneliterando 08/03/2022

VOX
A leitura começa bem, fluida, dinâmica e instigante. O livro é narrado em primeira pessoa por Jean, uma protagonista forte, inteligente e dedicada aos filhos, e convive com Patrick, seu marido, que trabalha para o governo e resiste em se posicionar diante da situação do país.
Esse governo controla mulheres limitando suas palavras diárias à 100, não permitindo que trabalhem fora e deixando que voltem a ser submissas aos maridos. Tudo sob o comando de um padre e do presidente.
O que mais preocupa Jean agora é sua filha Sonia, sendo criada em um sistema violento e contra as mulheres.
Nessa configuração social as mulheres usam contadores nos pulsos, que quando ultrapassa as 100 palavras agride a mulher com choques.
A história desenvolve críticas importantes, o controle social através da educação, a influência da religião na política, questões raciais e homofobia. O principal foco é em Jean e em sua revolta, principalmente pelo fato do seu filho mais velho estar levando em consideração aceitar a ideia do "sistema puro", e sua filha que terá um destino trágico só por ser mulher.
As coisas mudam quando Jean recebe uma proposta do governo para fazer parte de uma equipe que tem por objetivo curar a afasia, que afetou o irmão do presidente. A Jean simplesmente é especialista nisso, sendo uma linguística que já fazia pesquisas nessa área.
Essa oportunidade permite que Jean consiga alguns privilégios e resolve fazer algo a respeito desse regime opressor.

Andressa S. 10/12/2020

Imagina viver em um mundo onde a sua voz não pode ser ouvida. ?Vox? é um dos livro mais incômodos e necessários que já li nos últimos tempos.

Com um enredo consistente, ?Vox? traz uma história utópica, onde o Governo decreta que as mulheres só podem falar cem palavras por dia. Narrado em primeira pessoa, conhecemos a história através da ótica da Dra Jean McClellan, uma cientista que vive sem acreditar nos fatos que estão acontecendo. Em pouco tempo, as mulheres são impedidas de trabalhar, escrever, se posicionar e se tornam completamente irrelevantes na sociedade, suas vozes não podem ser mais ouvidas. Inicia-se assim uma trama de luta e união, reivindicando o que temos de mais importante: nossa voz!

Para falar desse livro, precisamos em primeiro lugar nos fazer certos questionamentos: O que significa a sua voz? Seu poder de linguagem? Seu papel social?
Em ?Vox? todos esses questionamentos são relevantes para entendermos o caos e agonia que vive a Dra Jean McClellan. A história é incrível, atual, necessária e desconfortável.

Para quem leu ?O Conto da Aia? fica evidente a recriação do medo e da problemática do espaço da mulher no contexto social. O livro tem um alerta oportuno e bem vindo sem ser pedante e exagerado. Tratar de assuntos como machismo não precisa ser um tabu e uma guerra ideológica como bem nos mostra Christina Dalcher em ?VOX?.

Com uma edição bonita e minimalista, temos um livro carregado de significados e com momentos de reflexão bem colocados e sensíveis. A leitura é fluída, rápida e nos deixa com aquela vontade de continuação.
Esse Livro é de extrema importância e relevância nos dias atuais. Leitura obrigatória!

Taly 29/05/2020

Vox
Esse livro é impressionante e dá muito nervoso ao mesmo tempo.

Conta a história de uma sociedade onde mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A nossa protagonista precisa lidar com um marido que não se posiciona por trabalhar no governo, 3 filhos meninos que já estão entrando nessa lógica em que mulheres ouvem mais do que falam e são feitas para trabalhos domésticos e não intelectuais ou de qualquer outra especificidade que não a doméstica. Além disso, a protagonista tem uma filha mulher, muito nova e que já está se acostumando com o fato de poder falar 100 palavras por dia.

Sua missão, então, é conseguir ajudar essas mulheres da sua sociedade tirando esse movimento governamental que está reinando nesse contexto.