O deserto dos tártaros

O deserto dos tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Diego Lima 04/09/2022

Série: Resenhas atrasadas 3/3.
Um livro sobre o tempo ou como estamos gastando-o.

Giovanni Drogo Tenente recém formado é designado para uma missão de servir no forte Bastiani, forte esse que protege o país de uma possível invasão inimiga pelo deserto dos Tártaros. Durante o caminho e, com o primeiro contato com o novo local de moradia e serviço, fazem Drogo cogitar uma possível transferência, a qual logo é apaziguada com uma promessa de que se em quatro meses o jovem Tenente não mudasse de ideia poderia ir para onde quisesse. Esses meses viraram dias, meses, anos, até que ...

O livro tem uma mensagem muito boa, nos levando a refletir sobre como estamos investimento cada minuto de nossa vida, se compensa mesmo apegar-se ao comodismo do qual estamos conduzindo nossas vidas; porém, ao mesmo tempo, você é empurrado contra parede sobre as escolhas feitas no passado e presente, e se vamos continuar tomando essas mesmas escolhas para o futuro.

Quanto tempo ainda temos?

Apesar das reflexões citadas aqui, a história pode ficar enfadonha, mesmo o livro sendo bem curto, pois, entramos no cotidiano do protagonista, da rotina rígida de um exército. É uma leitura bastante densa, e a cada momento de fadiga da leitura você é questionado sobre o que está fazendo com seu tempo. Mas torço para que todos cheguem ao final do livro.
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Allan 20/10/2021

Um verdadeiro wake up call!
Um livro sobre o tempo. Deserto dos Tártaros para mim é sobre a passagem do tempo, sobre comodidade. É um estudo sobre se acomodar esperando que algo vá magicamente tirar você do estupor.

Na vida as vezes ficamos esperando que esse Deus Ex Machina aconteça para saírmos daquela zona de conforto gostosa, esse livro me trouxe algumas reflexões bem importantes em relação à isso.
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Paiva 23/08/2024

É uma metáfora da vida, a passividade de que seu objetivo chegue até onde vc está. O medo de mudar os hábitos, de trilhar novos caminhos e fazer acontecer.
O tempo não para, os anos passam e quando chega a hora da ação seu corpo físico não é mais capaz de agir.
Leitura monótona, mas não poderia ser diferente já que deve transparecer o tédio da espera.
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Letuza 16/02/2020

Sobre o desperdício do tempo
O livro foi publicado originalmente em 1940, mas é um livro atemporal!
Conta a história de Giovanni Drogo e traz reflexões profundas e belas sobre o desperdício do nosso tempo, dos nossos anos, fazendo aquilo que não amamos. Sobre o desperdício de vida em cumprir obrigações só por cumprir. Fala sobre o vazio de vidas sem perspectivas, sem objetivos, sem sentido. Descreve a solidão de alguém que deixou-se levar pelas obrigações sem sentido e não viveu os momentos sublimes da amizade, do amor e da cumplicidade. Narra a falta de coragem de dizer o que quer, lutar pelos sonhos e assumir o controle de escolhas!
Recomendo a leitura e a reflexão, pois em muitos momentos de nossas vidas somos um pouco Giovanni Drogo e deixamos, como diz a música ?a vida me levar, vida leva eu..?
Carina Adriele 03/05/2020minha estante
É o livro da minha vida! ?




Lanny 15/10/2024

O Tempo é fugaz!
É um romance alegórico, que explora a profundidade psicológica de seus personagens. Um tanto pacato, melancólico e, por vezes, monótono. Mas nada disso diminui a grandeza dessa obra.

Acompanhar as angústias, indecisões, expectativas e frustrações de um personagem, fazendo com que nos aproximamos ainda mais da nossa própria realidade, é o que torna uma obra inesquecível.

Giovanni Drogo, no auge da juventude, com grandes expectativas em sua carreira militar, se vê, ao longos dos anos no mesmo lugar, num território inóspito, à espera dos tártaros. Indeciso, o tempo escorre entre os anos de esperança e consome ali a melhor parte de sua vida, a juventude.

Não é só um romance, mas uma dualidade, uma reflexão sobre a nossa própria vida, o que fazemos e o que deixamos de fazer, a espera de que dias melhores virão. Enquanto isso, o tempo nos rouba a jovialidade, o vigor e a disposição daquilo que não podemos recuperar jamais.

? O Tempo entretanto corria, marcando cada vez mais precipitadamente a vida com sua batida silenciosa, não se pode parar um segundo sequer, nem mesmo para olhar para trás. ?Pare, pare!?, se desejaria gritar, mas vê-se que é inútil. Tudo se esvai, os homens, as estações, as nuvens; e não adianta agarrar-se as pedras, resistir no topo de algum escolho, os dedos cansados se abrem, os braços se afrouxam, inertes, acaba-se arrastado pelo rio, que parece lento, mas não para nunca.?


Você não tem mais tempo, e nem o tempo que passou.
nelmitix 15/10/2024minha estante
eu quero lerrrrr


Lanny 15/10/2024minha estante
Já pode começar, vale a pena a leitura.


Flávia Menezes 15/10/2024minha estante
Que resenha, Lanny! Já quero ler!


Lanny 16/10/2024minha estante
Flávia, com certeza irá gostar!




Conça 23/04/2021

Minhas impressões, opniões e sentimentos:
Essa é uma obra para ler não como a história de Drogo. Mas a sua história. A minha história. É arrastado e cansativo assim como nosso dia a dia enquanto ansiamos por um amanhã diferente sem fazer nada para que a mudança aconteça.
Durante toda a leitura, senti angústia e apreensão para saber o que iria acontecer nas próximas páginas. Acho que a intenção de Buzzati era fazer essa alusão: cada página um dia de cada indivíduo:
Amanhã será diferente. Não. O amanhã será o mesmo dia de ontem. A rotina. O desejo de dias melhores sem alterar suas escolhas. Vivendo e sonhando com o que não é real. Uma ilusão. A sensação contínua do não pertencimento seja lá onde esteja.
Não reconhecermos a nós mesmos, como também já não reconhecermos as pessoas ao nosso redor.
Nascemos para morrer e passamos a vida inteira morrendo para viver e/ou sobreviver. Uma luta constante entre ficar ou ir, entre esperança e desesperança, frustração e vitórias. A vida tem seu regulamento, não importa o que aconteça, é preciso seguir o regulamento. O que faz a mudança são suas escolhas.

?A dúvida entre ficar ou ir embora. Abandonar as pequenas alegrias por um grande bem a longo e incerto prazo. Sempre existirá tempo para decidir.
Palavras de nossa vida, que se estava sempre prestes a entender, mas que na verdade nunca se entendia?.

Morrer como um grande soldado. A guerra é interna. Fazer carreira. Ter sucesso. Ser reconhecido por algo grandioso como um ato de coragem. Nada disso será possível se vivemos um dia igual ao outro achando que somos jovens e que sempre haverá tempo.
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emileysz 30/03/2024

O deserto dos tártaros
Demorei bastante pra ler esse livro relativamente curto e senti a leitura engrenar só depois da metade. me senti igual ao tenente drogo: esperando algo acontecer. a atmosfera desse livro é completamente melancólica e realmente faz refletir sobre como a passagem do tempo é implacável.
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Itapuan 25/12/2023

O tempo é implacável
O excelente livro que nos faz refletir sobre o tempo perdido à espera de batalhas a serem lutadas!
Nos faz lembrar que ?Cronos não perdoa seus filhos!?
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Luci 14/02/2023

Assim como Drogo, eu também mal vi o tempo passar enquanto lia este livro, tanto que o comecei e terminei no mesmo dia. Fazia tempo que um livro não me fazia ter essa empolgação, de conseguir enxergar os cenários descritos. Foi quase como ver um filme dentro da minha cabeça.

Não é dos mais fáceis de ler, toda a forma como o seu enredo é construído, apesar de ter momentos (atos?) distintos ao longo dele, parece ser feito de tensão, dessa angústia. O protagonista, vivendo em sua eterna vigília, e nós, cúmplices, acompanhando-o nesse destino que se cumpre.

É interessante pensar sob a perspectiva de que também podemos estar à espera de nosso momento glorioso, de colher as glórias de um destino heróico, de superar a vida mediana. Eu acho que esse livro também fala sobre a ânsia de fazer parte de algo, uma vez que ele é tomado pelo hábito do forte e logo não se encaixa mais na vida civil.

O final do livro é extremamente simbólico, mas só lendo para saber. O momento em que, mesmo na aparente derrota, ele encontra a honra nesse ponto final da estrada. Também me fez pensar muito sobre a solidão de todos nós. É um livro que desperta para as nossas próprias vidas.
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Ivandro Menezes 21/04/2024

O deserto dos tártaros, clássico do italiano Dino Buzzati, é um romance delicado e engenhoso.

É delicado por sua temática. Trata da ansiedade da espera, dessa expectativa de uma mudança imenente na paisagem vasta e árida. E essa também é a paisagem interior, essa vastidão desértica de quem deseja viver por um propósito maior e acaba por viver da expectativa, encastelado atrás dos muros de uma fortaleza.

O engenho de Buzatti é traduzir na paisagem, no forte, na fronteira inóspita as tramas, os nós, os desejos realizados e frustrados de cada um de nós. Giovani Drogo, que vê a juventude se esvair sem perceber a passagem dos anos, vivendo na expectativa de algo nobre, de um destino glorioso.

Sem que se dê conta, o leitor também vai página a página experimentando o marasmo, a expectativa, a angústia do protagonista, e sentindo o peso dos anos e da inércia, da erosão da esperança e do desencantamento diante da nobreza gloriosa de uma existência.

Viver encastelado pode custar caro. É vievr sem o contato, sem a beleza da decepção, sem a imensidão do toque, sem a partilha tão necessária para fazer de nosso deserto jardim.

Um livro memorável, daqueles para se retornar, revisitar e novamente se emocionar. Recomendadíssimo.
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Jana 16/11/2021

Um despertar para a vida
A história de vida de Drogo é contada de maneira bem reflexiva e filosófica. As descrições da natureza são belíssimas e compõem a história. O livro em geral tem um ritmo bem lento, mas acho que não poderia ser diferente?
Temos a chance de observar as escolhas de Drogo e onde elas o levaram. Não tem como não pensar na nossa própria vida, avaliar nossas próprias escolhas e pensar se estamos a desperdiçar tempo como Drogo fez.
Além de tudo tem um quê de mistério sobre o poder que o forte tem de fazer os soldados ficarem e nunca irem embora, uma coisa bem subjetiva.
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Ellen Rayane 28/04/2021

O tempo....
Esse livro é sobre passar toda a vida esperando um grande acontecimento...
A vida acontece e muitas vezes essa expectativa não é atendida.
Gostei do livro, não acontece muito coisa fora a expectativa e o final... O final me surpreendeu!
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Félix 16/01/2023

Estava só no mundo
Acho que o único clássico italiano que li foi A divina comedia, confesso que foi uma surpresa, literatura italiana mostrando ser excelente em diferentes séculos. O deserto dos tártaros é um livro que faz a gente mergulhar na nossa própria solidão, repensar escolhas que tomamos, como aproveitamos nosso tempo e principalmente sobre as coisas que dedicamos com tanto afinco sem perceber que as vezes isso nos esgota. Isso me lembra aquela frase famosa daquele pequeno livro, "Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que a fez tão importante", como nem tudo são flores, a reflexão de O deserto dos tártaros é que nem sempre vale a pena dedicar tanto tempo a uma única coisa que toma todo o resto do que se tem. Ver as escolhas, e a falta de algumas escolhas de Drogo é angustiante, é ver o personagem ruir e vários outros também, sem ele perceber que era seu próprio destino. Tem tantas passagens interessantes nesse livro, um livro para se reler futuramente, pretendo ver o filme de 1976 também.

Por uma orgulhosa aposta tudo fora perdido
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Lara 23/07/2024

Uma bela edição da TAG. Um livro que traz uma história simples, propositalmente monótona, e uma reflexão que foi muito importante para mim: o que tem sido o seu ?bastião?? O que está lhe impedindo de seguir em frente?
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