Jamile.Almeida 01/09/2022Sobre a ira!Que experiência! Sempre procrastinei a leitura desse livro. E ao terminar minha sensação foi: por que não li antes? Por que não me permiti ser tocada e inspirada pelo canto da musa antes?
Entender o mundo dos deuses não cristãos, onde a inveja, paixão, raiva, amoralidade com doses de ambrosia e nectar é um revisitar a sua própria moralidade.
Esses deuses que tudo vêem, mas que não lêem as mentes? que instilam vigor, honra e ira nos mortais. Um mundo onde um vida curta e gloriosa vale mais do que uma longa e pacata!
E foi essa a escolha do mimado Aquiles! Filho da deusa Tetis com um mortal, o maior guerreiro birrão da Grécia. Faz birra, sim, senhores, birra! Em disputa por mulheres - atrevo-me a dizer que as mulheres que no fim das contas tinham o poder de fazer homens e deuses rebelarem-se, a final, a própria Helena foi a causadora de uma guerra de 10 anos e mais emblemática de toda mitologia -, Aquiles resolve não ajudar os gregos na guerra até que clamassem por ele, mas a morte do seu melhor ?amigo?, o Patroclo, faz ele acordar a sua ira!
E que ira meus senhores! O Aquiles desafia mares, montanhas, deuses, mortais!
O Heitor, de Troia, será meu personagem mais querido. Já Helena e Alexandre, odiarei até o Hades!
Impossível não refletir como, Homero, um homem cego, repetia em canto essa historia cheia de detalhes sempre! E como alguém a compilou, o que ficou, o que saiu? Como tantos detalhes podiam ser cantados? ? a única explicação é a inspiração da musa!