Resenhas - Úrsula

Crixtina 20/10/2022

Romance histórico
Que escrita maravilhosa, parece que você está lendo poesia , o livro te permite criar cada cenário e imaginar cada personagem devido a riqueza da escrita ! Amei

CSK 12/10/2022

Achei o começo um pouco difícil oq me fez quase abandoná-lo, mas valeu a insistência.
Não sou fã de histórias românticas, amores idealizados, mas vale a pena ler pensando na época, na coragem da autora. Uma obra prima que nos traz muitas reflexões.

abibliotecadeumlei 08/10/2022

Romance Nacional necessário.
Úrsula é um marco na literatura brasileira - publicado em 1859 - por ser o primeiro livro escrito por uma mulher negra, Maria Firmina dos Reis, ou como ela se autodenomina no prólogo, uma maranhense. Maria se utiliza de uma narrativa a favor da abolição da escravidão, e como artifício de resistência, ela proporciona a consciência para os personagens negros.

A narrativa pode começar de maneira lenta, mas ao decorrer das páginas, nos deparamos com uma teia de intrigas familiares e um romance proibido que surge de maneira tímida. Úrsula, a protagonista, é descrita como pura e inocente, mas não só ela tem destaque, como também Tancredo e Túlio, que apesar de serem diferentes, possuem a mesma personalidade, como se fossem duplos um do outro.

Os capítulos se alternam entre os personagens, e desse jeito temos uma atenção dada também a preta Suzana, uma escrava que sente saudades de seu filho, e a autora traz uma ideia de maternidade para ela, algo que era visto somente para mulheres brancas. É verdade que a trama de Firmina se assemelha a uma novela, no qual várias histórias se conectam e consequentemente, reviravoltas surpreendentes ocorrem para prender a atenção do leitor.

Minha experiência com o livro foi excelente, e fico muito feliz de ter tido contato com uma obra tão importante para a história nacional e que trouxe lugar de fala para a população negra. Espero poder ter contato com mais obras da autora, que já ganhou muito o meu coração com sua escrita fenomenal e necessária.

OgaiT 08/10/2022

Uma tragédia abolicionista
Lembrado por sua intensa veia abolicionista, Maria Firmina dos Reis o escreve em 1859 o primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil. Narrativamente temos um triângulo amoroso entre Úrsula, Tancredo e Fernando que descamba para uma típica tragédia shakespeariana à la Otelo, aspecto que me prendeu e surpreendeu positivamente.
Elementos narrativos a parte, as discursões sociais de uma Brasil colonial também estão escancaradas na escrita da maranhense, sendo Mãe Susana e Túlio os personagens que suscitam tais questionamentos. A primeira, Criô, sempre transmite as lembranças e a cultura de seu povo antes da diáspora aos pretos mais jovens. Já Túlio, consegue a tão almejada abolição, mas a narradora faz questão de deixar clara a sua insatisfação com relação a necessidade de se comprar o direito à liberdade.
Por fim, o desfecho desse romance para mim supera qualquer coisa que eu tenha lido do romantismo brasileiro, não esperava pelo que ocorreu.

Ana 06/10/2022

Gente, que livro!
Fluiu muito bem, apesar de eu não ser muito fã de história com amores idealizados e tão puros, poéticos e etc., ela tem temas e personagens tão fortes, tão bem construídos. Fiz questão de marcar a parte do diálogo entre Túlio e Susana, onde eles falam sobre liberdade. Neste trecho eu tirei o chapéu e tive a certeza de que estava diante de um grande clássico. Gostei muito, lerei novamente um dia.
Este livro é um tesouro da nossa literatura, dá pra discutir bastante sobre ele. Recomendo muito.

Marcia 25/09/2022

Maria Firmina dos Reis, escritora negra, muito talentosa e corajosa. Esse livro me emocionou muito.
Escrito em 1859, um romance lindo, sofrido e o primeiro a abordar o abolicionismo na nossa literatura. Para quem gosta dos livros dessa época, período do Romantismo, recomendo a leitura.
Vejam só o que encontramos logo nas primeiras páginas:
"Senhor Deus! Quando calará no peito do homem a tua sublime máxima ? ama a teu próximo como a ti mesmo ?, e deixará de oprimir com tão repreensível injustiça ao seu semelhante!? Àquele que também era livre no seu país? Àquele que é seu irmão?!?
Um lindo romance, cheio de sentimentos e que aborda temas importantes como escravidão, injustiças, maldades dos senhores de escravos, tráfico dos negros, abolição e patriarcado. Ao iniciar a leitura é importante ter claro no pensamento a época em que foi publicado,ano de 1859 para perceber a força e a coragem dessa grande escritora.
Valeu!! Deixo aqui minha sugestão de leitura.

Pam 22/09/2022

Uma história triste com uma realidade crua. O começo estava confusa com a história mas esse clássico brasileiro da primeira autora negra do nosso país me arrancou algumas lágrimas.


Ursula sofreu demais do começo ao fim. Os acontecimentos das últimas páginas foi de tirar o fôlego.

Lari 20/09/2022

Um romance estarrecedor
Maria Firmina dos Reis teve a capacidade de criar uma história em que personagens brancos são planos e caricatos, enquanto os negros tem destaque, profundidade e personalidade. Acredito que são as sutilezas dessa escrita que faz com que esse seja o primeiro romance abolicionista do Brasil. De início, imaginei que a leitura fosse arrastada, pela experiência com outros romances da primeira geração, mas me surpreendi: o livro é fluido e desperta o interesse do leitor.

Maitê 20/09/2022

Uma bela leitura complexa, com muito a ser dito sobre. Quase Shakespeareano em seu momento de tragédia épica, mas tem algo ao redor que aparece com mais força. São esses personagens secundários, que tem potência e vivência mais ricas do que as do mocinho e mocinha da história. São histórias negras contadas, sentidas na pele.

caos 19/09/2022

Uma história digna das tragédias gregas
Uma tragédia profunda e reflexiva, digna das tragédias gregas, porém com muitas mais implicações sociais e raciais, onde figuras geralmente esquecidas e silenciadas pela História do nosso país ganham voz, como a preta Susana e o jovem Túlio. Um retrato triste e real da realidade imperial brasileira, onde os latifundiários estão acima da lei e não sofrem qualquer tipo de justiça. Mesmo tendo sido escrito no século XIX, esse livro continua extrema e tristemente atual.

Larissa 05/09/2022

Como era uma leitura obrigatória da aula de Português e como não costumo ler romances mais antigos, não criei tantas expectativas. Mas na verdade eu gostei. E que vontade me deu de matar certos personagens!!!
Recomendo a leitura

Ana Paula 02/09/2022

Úrsula
Esse livro é difícil de comentar, pois eu tenho pouco contato com livros do gênero, mas ao meu ver a história é uma experiência imersiva da vida de Maria Firmina dos Reis, por vezes visualizei os cenários e acontecimentos como possíveis no cotidiano da autora.
Vale a pena ler pela experiência, e pelo legado e toda representatividade que a obra e Maria Firmina trazem!

Caroline132 27/08/2022

Romantismo
Primeiro livro brasileiro escrito por uma mulher preta. Romantismo puro, com todos aqueles clichês. Porém, com denuncias contra a escravidão (corajoso).

Mas ô povinho pra sofrer!!! Não sou muito fã da produção do romantismo, mas vale a leitura.

Dandara 27/08/2022

Úrsula
O romance de Maria Firmino dos Reis é de uma importância dentro da ocupação do negro na literatura brasileira de forma inquestionável, ainda mais para a mulher negra. Dentro de um contexto de pessoas negras escravizadas, um romance escrito por uma mulher negra abolicionista já merece o seu lugar no pódio. Fora isso, a temática trazida pela autora coloca o negro como protagonista das histórias retratadas, dando a esse a sua real importância dentro de uma sociedade estruturalmente racista.

Sonally.Cecilia 27/08/2022

"A mente: essa ninguém pode escravizar"
Estou lendo obras clássicas por conta do vestibular, mas eu gostei da história sobre Ursula; não achei previsível e é cheia de plots twist. O que não gosto dessas obras é a quantidade de palavras rebuscadas, uma exacerbação de palavras expressivas como "oh...!", pra mim fica muitooooo cansativo, mas eu entendo que era a estilística da época.

Muito bom, vale a leitura porque trata de questões abolicionista, do sofrimento do negro naquela época e sobre a diáspora negra na perspectiva do escravo.