Úrsula

Úrsula Maria Firmina dos Reis...




Resenhas - Úrsula


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Daniel 22/03/2020

O romance de nossa primeira ficcionista negra
Resenha no link abaixo!

site: https://blogliteraturaeeu.blogspot.com/2020/03/ursula-de-maria-firmina-dos-reis.html


Karine.Campos 21/03/2020

Úrsula é considerado o primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil isso por si só já é motivo para todo mundo ler

Por o livro ter sido escrito em 1859 o linguajar da história é bem erudito e com termos raramente utilizados no nosso dia a dia, o que causa uma certa estranheza e dificuldade para a leitura da obra. Mas se você consegue passar por esse "problema" vai se deparar com uma bela e triste história de amor entre Úrsula e Tancredo.

Na história vemos também a forma que o escravo era tratado naquele período - há uma cena entre Túlio (meu personagem favorito) e a velha Suzana que é de cortar o coração - e a importância da religião na escrita da autora.

Ao iniciar a leitura de Úrsula para o projeto #lendoautorasnegras eu pensei que iria odiar o livro já que não curto a época do romance romântico da literatura brasileira uma vez que normalmente esses livros são exageradamente românticos, mas para minha surpresa eu consegui me apaixonar pela história de amor da Úrsula e do Tancredo.

E você já leu o Úrsula? O que achou?
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Ana Claudia 27/02/2020

Não gostei das narrativas.
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Jéssica 24/02/2020

Romantismo realista
Maria Firmina dos Reis foi romancista, contista e poetisa no século XIX.
Ao contrário dos outros escritores da época, não a conheci na escola, mas por meio de uma amiga num clube de leitura de autoras mulheres. Foi uma boa surpresa, mas acompanhada de certa tristeza, por lembrar que a sua falta de reconhecimento vem do fato de ela ter sido uma mulher negra em uma sociedade machista e escravocrata.
Muito embora sua escrita seja romântica, característica do período (Gonçalves Dias, José de Alencar), não é ingênua: transparece as injustiças da sociedade da época, especialmente o tratamento desumano dado aos negros escravizados.
Úrsula é o romance. Vale a pena ler também os contos (Gurupeva e A escrava) e os poemas (Cantos à beira mar).
Todos estão presentes na edição da editora da Câmara dos Deputados (aliás, vale a pena conferir essa editora!). A versão virtual é disponibilizada gratuitamente no site da editora (.pdf) e na loja do kindle. Já o livro físico é vendido (também pelo site da editora) a preço de custo. Não há desculpas para não conhecer a obra! Recomendo!
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Bookster Pedro Pacifico 21/02/2020

Úrsula, de Maria Firmina dos Reis – Nota 7,5/10
A importância histórica dessa obra já é, por si só, suficiente para que você a leia: publicado em 1859, “Úrsula” é considerar o primeiro romance de autoria negra e feminina publicado no Brasil. E para a felicidades de nós, leitores, a obra foi recentemente republicada por algumas editoras, trazendo o trabalho da autora maranhense para o público de fora do mundo das Letras. Na verdade, me causa espanto que essa obra não seja ensinada nas escolas como um marco da nossa literatura.

O enredo de “Úrsula” é bem característico de um “romance romântico”, já que envolve um triângulo amoroso e os sofrimentos causados por uma grande paixão. E confesso que, apesar de ser uma leitura agradável e envolvente, essa parte da narrativa não me encantou. A princípio, acabou me deixando com a sensação de ser uma história pouco original. E talvez se a gente só focar no enredo, a obra pode não agradar alguns leitores. Mas quando a gente para e pensa sobre o contexto histórico em que a obra foi escrita, a sua originalidade está no simples fato de ela ter sido publicada em um ambiente tão hostil para Maria Firmina.

Além disso, em paralelo a esse foco narrativo, também somos apresentados a três outros personagens: Túlio, Suzana e Antero. Três escravos, personagens criados por uma autora negra que vivia em uma época em que a escravidão ainda estava longe de ser proibida no Brasil. Esses aspecto do livro me impressionou bastante e revelou a coragem da autora em tratar – ainda que de forma sútil - uma temática muito complicada para a época. E isso também explica o motivo pelo qual o romance foi inicialmente publicado com um pseudônimo: “uma maranhense”. E no decorrer da leitura, há passagens que retratam os horrores da escravidão. Dentre elas, está a cena que mais me impressionou: a descrição da captura e viagem de uma escrava para o Brasil, brutalmente separada de sua família e seus filhos.

Ah, e se prepare para encontrar algumas palavras pouco conhecidas, reflexo da época em que a história foi construída. Mas fique tranquilo que isso não chega a prejudicar o ritmo da leitura.

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Biblioteca Álvaro Guerra 20/09/2019

Úrsula é romance da maranhense Maria Firmina dos Reis publicado em 1859. É considerado o primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil. O romance foi publicado com o pseudônimo "uma maranhense".

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788582850817
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Bruna.Patti 15/09/2019

Úrsula
Resenha
Livro: Úrsula
Autora: Maria Firmina dos Reis
Ano da publicação: 1859

Vocês já ouviram falar de Maria Firmina dos Reis? Começo essa resenha com esse questionamento, visto que na minha época de escola nunca havia ouvido falar dessa incrível autora, mulher, negra, abolicionista. Ela é autora do primeiro livro escrito por uma mulher, Úrsula, com temática abolicionista. Pensem o que era naquela época uma mulher negra escrever um romance que trazia a história de negros e negras como pessoas, dotadas de características positivas, não animalizadas e além de tudo, questionando o sistema , patriarcal e escravocrata. Como diz a escritora Chimamanda Ngozi Adichie, é necessário que escutemos outras histórias. A história não é única.
Em sua superfície, o romance possui um enredo simples e folhetinesco: a heroína que dá nome à história, Úrsula, uma mulher branca e pobre, que vive com a mãe, uma senhora paralitica, se apaixona por Tancredo, um jovem bacharel , que corresponde seu amor. Porém, a jovem é objeto da paixão de seu tio, irmão de sua mãe Luisa B., um comendador cruel, que jura que sua sobrinha será sua esposa , custe o que custa. Luisa B. e a filha vivem desamparadas, numa sociedade que tratava as mulheres como meros objetos de apreciação masculina(algo mudou?). Porém, esse é o enredo da superfície.
Logo no começo do livro somos apresentados à Tulio, um jovem negro escravizado, cuja senhoria é a Luisa B. que salva Tancredo, pois esse havia caído de seu cavalo e ficado desacordado. Nessa parte, já ficamos conhecendo as virtudes de Tulio, jovem lindo, negro, escravizado, gentil, bondoso e grato. Ele é colocada em pé de igualdade com o homem branco , Tancredo , e ainda por cima salva sua vida. Tancredo, muito agradecido, devota-lhe amizade, que é correspondida, além de comprar sua carta de alforria.
Também ficamos conhecendo dois outros negros escravizados: mãe Susana e Antero. Um dos capítulos mais comoventes do romance é a narrativa de mãe Susana de como era sua vida no continente africano, com marido, filha e mãe e do dia mais triste de sua vida, a sua captura pelos europeus. Ela narra a liberdade que tinha em sua terra natal e que nunca possuiria no Brasil, mesmo que um dia fosse alforriada, pois sua vida ficara lá. Aqui Maria Firmina inova trazendo uma historicidade ao negro. Na maior parte das histórias da época, os negros são simplesmente escravos, anistóricos, animalizados, sem família nem passado. Aqui, Firmina traz a perspectiva da mulher negra escravizada, e seu passado. Ponto muito ousado do romance naquela época.
A estratégia da autora é louvável: com um enredo na superfície simples e atrativo, acabaria por atrair aquela parcela da população que lia folhetins: burgueses, além da estrutura típica dos romances românticos. Com isso, esperava traduzir os horrores da escravidão para essas pessoas dotadas de privilegio. Firmina ainda usa os valores cristão para rechaçar a escravidão, numa época em que a própria igreja utilizada a Bíblia para justificar o sistema escravocrata.
Os marginalizados em uma sociedade patriarcal e escravocrata, as mulheres e os negros, tem voz e vez nesse romance. Contam sua histórias, são dotadas de sentimentos, de passado, de perspectivas, existem para além de fazer figuração ao homem branco, representado pela figura do Comendador. A mensagem é clara: enquanto existisse o sistema escravocrata e patriarcal, a felicidade de mulheres, negros e marginalizados da sociedade não seria possível. Pergunto a vocês por que um romance dessa magnitude e importância não tem destaque maior nas escolas? Por que, apesar de passados alguns anos do fim da escravidão, vivemos ainda num país racista, que possui em suas instituições a legitimação para suas práticas. Um país que mata seus jovens negros pelas mãos do Estado, que segrega, que magoa, que marginaliza. É necessário que façamos um esforço de sempre perseguir outras histórias, contadas pelo outro, pela mulher, pelo negro, pelo indígena, ou seja, pelo oprimido, a fim de mudar essa homogeneização, pois somos e sempre seremos plurais. Recomendo a leitura.


LINK DO MEU BLOG:

site: https://abiologaqueamavalivros.blogspot.com/2019/09/ursula.html
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Lethycia Dias 03/09/2019

Reparação histórica
Quando encontrei o e-book Úrsula e outras obras, editado pela Câmara dos Deputados, não pensei duas vezes antes de baixar. A obra de Maria Firmina dos Reis foi ignorada por mais de 100 anos e era considerada rara, e só recentemente é que ganhou novas edições, começando a ser reconhecida pela sua importância.
Isto porque Maria Firmina foi a primeira escritora negra brasileira, em pleno período escravocrata, e escreveu a primeira obra abolicionista no Brasil - embora esse crédito seja dado a Castro Alves. Essa obra é o romance Úrsula, e eu não sabia nada sobre seu enredo até que o li.
A heroína que dá nome à história é filha de uma viúva chamada Luísa B e as duas vivem numa pequena propriedade empobrecida, abandonadas pelo irmão de Luísa, que cortou relações com ela assim que ela se casou com Paulo B, o pai de Úrsula já falecido. A garota recebe e hospeda em casa Tancredo, um jovem de origem nobre que é encontrado caído na estrada por um escravo. Úrsula cuida dele assim como de sua mãe, que está doente e à beira da morte. Os dois se apaixonam. Quando Tancredo parte para resolver problemas prometendo voltar para que os dois se casem, um visitante chega à propriedade, e a vida de Úrsula passa a correr perigo.
A história se orienta pelo movimento romântico do século XIX, com o característico amor à primeira vida, a intensidade das emoções e as ações heroicas e nobres dos personagens. Mas o que achei interessante em ler uma história escrita por uma mulher nessa escola literária foi ver, em contraponto ao mocinho, a presença assustadora de um homem que não aceita ser rejeitado (coisa que até hoje aterroriza mulheres não só nos livros, mas na vida real). O final é trágico.
O e-book ainda inclui dois contos: Gupeva e A Escrava. O primeiro é uma narrativa de temática indígena, também bastante romântica, e o segundo tem um forte tema abolicionista apesar de não ser uma história tão desenvolvida ou interessante como as outras duas. Em Úrsula, o abolicionismo se faz evidente em certo trecho quando uma escrava chamada Susana conta de forma chocante como foi sequestrada e trazida ao Brasil em um navio negreiro.
A última parte do livro inclui vários poemas, de temáticas românticas, religiosas ou nacionalistas, exaltando o Brasil em relação à Guerra do Paraguai. Alguns fazem homenagens a personalidades da época, incluindo o poeta Gonçalves Dias, autor da Canção do Exílio.
A edição da Câmara dos Deputados é bem completa, com textos de apoio e notas de rodapé, e o melhor é que nos permite conhecer várias produções de uma só vez. Apesar de ter feito uma leitura lenta, gostei muito de conhecer essa autora apagada da nossa História, sobre a qual só ouvi falar quando cheguei ao ensino superior. Recomendo muito a leitura como a correção de uma injustiça histórica.

site: https://www.instagram.com/p/B17Q93rj354/
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Raquel 10/08/2019

Maria Firmina, literatura e ousadia
Antes de falar sobre o enredo, é importante dizer que Maria Firmina foi uma mulher ousada. Afrodescendente, livre, letrada, professora que fundou uma escola de classe mista. De origem pobre, podemos dizer que Maria Firmina fez a diferença em seu mundo. Escrever e publicar Úrsula foi um ato de ousadia, uma vez que o espaço literário era restrito para as mulheres. Hoje, com o resgate dessa obra, podemos reverter este injusto quadro de apagamento dela e de outras autoras do século XIX.
Úrsula se mostra uma obra tipicamente Romântica com todos os elementos, porém traz embutido a um enredo comum para a época, críticas ao catolicismo, à escravidão, à condição feminina. A preta Susana é minha personagem preferida, pois, através dela, a história é contada pela ótica de quem viveu e sofreu.
Não gostei muito do relacionamento entre Tancredo e Túlio, apesar de entender as escolhas da escritora e o contexto da época, acho, sim, que Túlio trocou um cativeiro por outro ao seguir Tancredo, numa dívida de gratidão.
É uma leitura extremamente necessária e proveitosa. Recomendo!
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THALES76 02/08/2019

Um amor genuíno.
Maria firmina dos Reis, até então para mim era uma autora desconhecida, portanto fico grato a Universidade (ufrgs, leitura obrigatória) por colocar-me em contato com esta obra.
Importante destacar que "Úrsula" é o primeiro romance da literatura afro-brasileira. Mesmo que trate-se de um romance de pessoas brancas, e que a autora é negra (descrevendo aspectos da escravidão com sublime detalhe) tem-se uma narrativa com a perspectiva interna quanto aos afro-brasileiros.
A historia gira em torno de Tancredo (mancebo) e Úrsula, que de acordo com as normas sociais de sua época não podem ficar juntos, mas como o amor é fortíssimo, tentam mesmo assim viver o seu genuíno amor, porém enfrentam alguns percalços no decorrer da história, como o tio de Úrsula, Fernando, que é um tirano insensível, e também pretende casar-se com ela.
Em termos gerais, tirando o desfecho (algo que gostei bastante), Úrsula pareceu-me um romance comum, onde duas pessoas tentam ficar juntas e que existe uma terceira (antagonista) que não permite que isto se concretize, então acaba se desenrolando tudo em torno desta dualidade.

***Livro da editora Pradense. Edição muito boa por sinal, pois manteve a grafia da época de sua publicação e portanto, sua autenticidade***.
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Laryssa Rosendo 02/08/2019

Maria Firmina dos Reis era filha de uma pobre negra escravizada, sendo a responsável pelo primeiro romance abolicionista publicado por uma negra no Brasil, em 1859. Apesar da trama principal centrar no protagonista branco tentando salvar a jovem moça do seu algoz (Tancredo, Úrsula e Comendador B., respectivamente), é o primeiro livro que dá voz aos negros ao ter capítulos específicos demonstrando a visão de Túlio e Mãe Suzana, dois escravos que refletem a existência de suas vidas, a injustiça do sistema escravista e os caminhos que podem percorrer, considerando as limitações impostas.
O livro é um clássico romance daqueles exagerados, dramáticos, com reviravoltas típicas do gênero. O enredo central fala do Comendador B., que se apaixona por sua sobrinha Úrsula e decide que ficará com ela de qualquer jeito, matando quem quer que entre em seu caminho. No entanto, Úrsula já está aguardando a volta de Tancredo, homem pelo qual está apaixonada, para casar.
As partes mais impactantes do livro são as descrições dos tratamentos desumanizado dado aos escravos, e a falta de respeito em relação aos que conseguiam deixar de sê-los, mostrando o quão vulnerável e desconsiderados eram. É chocante e dolorido ver a realidade tão crua, apesar disso ser feito em poucas passagens. Gostaria que o livro tivesse se aprofundado mais nessa parte, no entanto, entendo que esse contexto era apenas pano de fundo pra história principal e devemos considerar, também, que pra época escrita, sendo a escravidão uma realidade tão próxima Maria Firmina foi sem dúvida uma precursora muito corajosa.
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LuLacet 25/07/2019

úrsula
Maria Firmina, mulher negra e primeira no Brasil a escrever um romance, retrata no romance “Úrsula”, a difícil e conturbada época da escravidão, juntamente com uma relação de amor entre Tancredo e Úrsula, ambos de alma pura , mas que encontram diversas dificuldades para enfim concretizar a paixão ,de ambos ali existente.
A autora utiliza de uma descrição minuciosa e detalhada de todos os elementos da história, tanto no que se refere aos sentimentos, pensamentos, e visões dos personagens , quanto dos mais simples elementos do ambiente e da natureza, onde se encontravam os personagens da história, possibilitando assim que o leitor consiga perceber as personalidades de cada personagem e suas emoções , chegando a sentir as sensações que Maria Firmina tenta passar para todos que lêem aquelas palavras, através de cada indivíduo ali representado, além de viajar com eles por meio da linguagem um tanto poética, utilizada pela autora, naquela história tão tocante e intensa.
Tentando trazer o contexto da escravidão para história, Maria nos faz sentir a angústia e os penosos sentimentos daquela época, através da visão de diferentes realidades, como a da Luiza B. que vivenciou estes dolorosos momentos de tortura, mas ali ainda permanecia, para relatar as desgraças e dores sentidas naqueles difíceis momentos.Temos também a visão de escravos que no momento da história ainda viviam naquela realidade com a exclusão de uma liberdade tão grandemente desejada, como por exemplo com o personagem Túlio e em alguns momentos a Suzane.Outra visão daqueles acontecimentos é na pele e na mente do escravizador, onde Maria nos faz entender como e o que o levava a agir de tal forma para com os pobres escravos.
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Cris 16/07/2019

Surpreendente!
O estilo do livro é uma mescla da primeira e a segunda fase do Romantismo. Em termo de enredo me surpreendeu.
Tanto o livro como a história de Maria Firmina deveriam estar disponíveis em todas as bibliotecas brasileiras.
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