E Se Eu Fosse Pura

E Se Eu Fosse Pura Amara Moira




Resenhas -


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Adonai 05/04/2021

E vai além
E se alguém se identificasse nas sensações, nas experiências e no relato de Amara? E se não, é certeza que sim. Tão mais real que muitos casamentos por aí, a autora vai traçando na sua narrativa as mais diversas pessoas que a procuravam e faziam o que queriam, muitas vezes sem algum cuidado com o outro corpo, e mais vezes ainda faziam o que talvez não tinham coragem de realizar em seus relacionamentos (talvez medíocres?).

É relato potente e tocante, com T maiúsculo de pu-Ta e com a qualidade literária e de escrita tão única de Amara Moira. É livro para ler, repensar e conversar sobre os variados pontos que toca e o quanto é necessário o seu olhar e os modos de ver esse mundo, um olhar de Amara.
lucianomdjr 06/04/2021minha estante
esse livro é incrível.


Adonai 07/04/2021minha estante
Eu adorei tbm! Queria até reler com mais pessoas juntos


lucianomdjr 07/04/2021minha estante
boa haha


Paulo Ricardo 29/07/2021minha estante
Está na minha lista, mas ainda não li. Gostei da sua resenha. Lerei em breve.


Beatriz 31/08/2022minha estante
Eu li e se eu fosse puta kkkkkk




becka 13/05/2020

LiBFem demais
É extremamente libfem, isso me incomodou em vários momentos. Só dei duas estrelas e não uma porque apesar disso, achei que a autora pontuou coisas interessantes e mostrou sua vivência, o que sempre me deixa mais interessada pelo livro. Mas de resto, a forma de se manifestar sobre, a romantização da prostituição e todo o resto me incomodou muito.

não gostei.
penaeglifo 13/05/2020minha estante
Sksksks amei


Melissa 30/11/2020minha estante
Libfem por... Querer condições de trabalho melhores para prostitutas não serem vítimas de violência?


becka 01/12/2020minha estante
não, libfem por tratar prostituição como uma opção muitas das vezes e falar a respeito como se pudesse ser bom pras mulheres, o que sistematicamente não é.


Melissa 01/12/2020minha estante
Realmente, mas pra mim ficou parecendo que ela quis dizer que pra ela é uma escolha, mas que pra maioria das mulheres na prostituição não é




shelukessonarry 25/10/2021

O livro mais difícil que já li, mas também mais importante
Com seus (autodenominados pela autora) ?Diários de uma travesti?, Amara Moira nos retrata como foi sua vida de mulher trans que se tornou profissional do sexo para obter sua renda.

Esse livro é surpreendente, li por recomendação de um amigo, e esperava algo completamente diferente, algo mais indireto, acadêmico, e fui completamente surrupiada. É uma porta para este mundo no qual muitas pessoas não convivem e nunca foram, e não guarda segredos nem faz cerimônia: é tudo cru, na cara e sem eufemismos, porque essa experiência de vida não tem eufemismos. É violenta, é brutal e é forte.

Preciso dizer que meu estômago torceu enquanto eu lia, e inclusive tomei a decisão de ler uma boa parte do livro de uma vez só para terminá-lo, pois eu não tinha mais cabeça para ler. Eu ainda tinha esse ponto de término, depois do qual eu passasse, as sensações ruins acabariam. Mas e pra quem vive disso?

Nem tenho muito o que avaliar, já que Amara foi revolucionária por não ter papas na língua, além de trazer essa visão desmaquiada e sincera para o leitor. Apesar de eu querer mais capítulos como o último com a Amara atual falando, a Amara pós-experiência e que discursa e argumenta, sua fala não teria o mesmo impacto se eu não tivesse lido seus relatos anteriormente.

Tudo isso prova que é uma experiência única de leitura, não só porque cada pessoa trans tem uma experiência diferente, como também porque é real, aconteceu - e essa consciência leva a leitura para outro patamar.

Fiquei extremamente irritada com certos leitores que acusaram Amara de romantizar o trabalho da profissional do sexo. A autora nos dá diversas facetas de seu relacionamento com a situação, além de deixar bem claro que era a única forma de se sentir desejada. Se um argumento como esse te desmotivou a ler esse livro, o ignore e vá ler! É uma experiência única e diferente das outras como em qualquer comunidade - quem a taxa de romantização, teve falta de interpretação.

Recomendadíssimo (+18)! Gostaria de ver mais coisas da autora daqui pra frente (:
Ana 25/10/2021minha estante
Sua resenha me convenceu a ler. ?


shelukessonarry 25/10/2021minha estante
Fico feliz, Ana! Acho que é um livro que vai te acrescentar muito! Só leia com cautela, conheça seu limite e boa leitura viu


Uri 25/10/2021minha estante
???????????? faço de suas palavras, as minhas!!!




Thamiris.Treigher 28/01/2022

Leitura extremamente necessária!!
Amara Moira, travesti e doutora em Letras, fala abertamente sobre sua experiência na prostituição em 'E se eu fosse pu(t)ra".

Esse livro fala de muitas coisas, mas traz, principalmente, aquelas verdades que ficam escondidas debaixo do tapete, aquela realidade que está na nossa cara mas que não enxergamos (ou melhor, não queremos enxergar).

Amara expõe como é a rotina na rua depois que se vê travesti e entra para a prostituição. Expõe como é ser (e ter) um corpo que não tem lugar, voz, espaço, afeto; um corpo que fica submetido à regras, normas, sombras, hipocrisias. Cutuca a ferida aberta da sociedade.

Uma verdade nua, crua e urgentemente necessária! Obrigada, Amara!!
@bibliotecagrimoria 25/05/2023minha estante
Eu fiquei curioso. Ela ainda é profesora?


Thamiris.Treigher 31/05/2023minha estante
É sim!! Recomendo muito




Alexsandro.Aleixo 21/04/2020

"As prostitutas vos procederão no Reino de Deus" - Mateus 21:31
Ri :) 22/04/2020minha estante
Amém!




Grailson 19/04/2022

Relatando o cotidiano de uma travesti, o livro narra suas vivências e angústias, cada vez mais aprofundando-se em sua jornada profissional e emocional ao longo da leitura, sem romantizações, o livro descreve um pouco de seu trabalho e o modo como Amara lida com suas angústias e sentimentos conflitantes.
A leitura desconstrói diversos estigmas sobre prostituição e sobre o T da nossa sigla, que por muitas vezes é tão apagado, com toda certeza, leitura necessária.
Livrendo 23/08/2022minha estante
Na expectativa já por essa leitura




Juliana (Ju/Jubs) 24/07/2022

Eu não esperava tanta sinceridade. Peguei esse livro pra ler por indicação de um amigo, não conhecia Amara, não sabia o que esperar, mas gostei muito do título; e li.

A primeira coisa que reparei foi: 3 revisores em um livro (trabalho na área), logo pensei que ou ia dar muito certo ou ia ser uma tragédia (Spoiler: deu certo, vou falar sobre isso mais pra frente).

A segunda coisa que reparei foi a linguagem, junto à sinceridade. Tão despojada, tão natural, isso muitas vezes faz um texto ser mal escrito, o que aumentou meu receio.

A questão é: o conteúdo é tão incrível que deixei de lado a parte chata de mim. Amara me fez sentir amiga dela, fez com que eu quisesse conhecer ainda mais dela e de seus pensamentos. Ela ganhou uma fã.

Ela fez eu perceber a transfobia no meu dia a dia, e eu tentei fazer algo a respeito, infelizmente, não deu resultado, é algo tão naturalizado. Na hora eu fiquei muito chateada e triste, mas fiquei feliz de ter feito algo a respeito, de ter tentado.

Acredito que esse é o caminho, não só (re)conhecer o preconceito, mas fazer algo a respeito. A questão é que quem não faz parte, não vê, não sente, e, assim, é só mais uma piada, mais uma campanha publicitária sobre/para mulheres/homens cis, mais um ditado popular. Mas não, é mais uma forma de fechar os olhos e fingir que uma parte da população não existe.

Enfim, voltando (antes que eu me esqueça). Sobre a revisão, está muito bem feita, quase bem feita demais. Acho que a revisão poderia ter acompanhado mais o tom despojado do livro, não exagerado, mal escrito, mas natural, como um livro de comum de literatura. A revisão seguiu à risca as regras gramaticais, fiquei com medo de ela atrapalhar a linguagem usada, no fim, foi uma mistura interessante.
Livrendo 23/08/2022minha estante
Amei a resenha e concordo com você sobre o ponto de vista da revisão .
As vezes a forma como ela é aplicada pode descaracterizar o estilo narrativo no texto .
Vou ler e focar na sua sugestão que achei mais completa em detalhes ?




BrubsEstevam 11/07/2021

Um livro autobiográfico, de Amara que é uma travesti, prostituta e doutora em Letras pela Unicamp, nesse livro encontra relatos da vida de Amara nas ruas, algumas passagens são fortes, mas tem algumas situações engraçadas e Amara escreve pelo dialetos que os travestis falam, bem legal e indico a leituras a todos
Bernardo 22/03/2022minha estante
*as travestis, seria o termo correto, as travesti usam pronomes femininos.




Jubs 18/01/2021

Minha experiência com E Se Eu Fosse Pur(t)a
Anamara conta sua história de vida, de como se entendeu como travesti e como foi parar na prostituição, e fala sobre minhas vivências profissionais nas ruas. Capítulos curtos, leitura fácil, tem a questão do palavreado, porque Anamara é bem direta e reta, usando um palavreado bem coloquial, palavreado de travestis e lgbts. Mostra a triste realidade da transfobia, do quanto seus corpos são desejados por muitos mas desde que seja em silêncio, em segredo, como são tratadas por objetos e mais nada.
Atrasdolivro 04/07/2021minha estante
Falou tudoooo




Livrendo 08/11/2024

Entregou muito...
Ler E Se Eu Fosse Pura é como adentrar em uma montanha-russa de reflexões intensas, com uma autora que fala sem rodeios sobre sua própria realidade e as complexidades da existência trans. O conteúdo, por si só, é um primor – com coragem, Amara Moira desnuda alma, corpo e coração em cada página. Mas quando a gente fala do livro físico, tem um "porém": a diagramação e a revisão, que parecem não ter recebido o mesmo capricho.

Vamos começar com o positivo: o conteúdo é poderoso. Amara usa as palavras como lâminas, com um texto afiado e sensível que nos faz sentir cada experiência como se fosse a nossa. Ela explora temas profundos como identidade, desejo e marginalização com uma honestidade que raramente se vê. Este livro não é uma leitura leve, mas é daquelas que deixa um impacto duradouro. Se o objetivo da autora era nos deixar com aquela sensação de “preciso reler porque ainda estou processando”, ponto para ela. Missão cumprida!

Agora, a parte divertida – ou nem tanto, dependendo do ponto de vista. A diagramação do livro parece ter sido feita na correria, tipo aquele trabalho que você entrega no último minuto. A experiência de leitura acaba ficando um pouco confusa por causa disso. Tem página que parece que vai “comer” a margem, linhas que ficam com espaçamento estranho… Se a intenção era criar um efeito de inquietação visual, até entendo, mas às vezes a gente só quer um espacinho para respirar entre uma reflexão e outra, né?

E a revisão? Ah, essa é uma questão à parte. Pequenos deslizes aqui e ali poderiam ser esquecidos, mas o número de erros tira um pouco da fluidez da leitura. A obra merecia um tratamento mais cuidadoso, com uma revisão que honrasse o peso e a qualidade do conteúdo. Nada que vá atrapalhar completamente a experiência, mas que definitivamente merecia atenção. Afinal, um texto tão forte e pungente merecia uma edição à altura.

No fim das contas, E Se Eu Fosse Pura é aquele livro que vale por cada palavra sincera e intensa de Amara Moira, que nos provoca e nos desafia a enxergar o mundo com outros olhos. A obra nos deixa maravilhados e pensativos, e é só por isso que a diagramação e a revisão passam um pouco batido, porque, no que realmente importa – conteúdo –, Amara entrega de sobra.
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kaydson 23/04/2020

E você, tá preparad@?
Ser pura.
Ser puta.
Prostituta.
Ser.
Gente.
Humana.
Decente.
Discente.
Docente.

Afogo-me nas primeiras páginas de Amara, velejo no seu barco de escritos e embarco em seu mundo louco e totalmente exposto aos bastidores da vida, as nossas fraquezas, desejos mais internos, intensos.

Habemus o mundo.
Não o mundo das novelas, não o mundo de prostitutas como Bebel, atuação da atriz Camila Pitanga. A única Bebel aqui é a torre, a queda. Mostrando as fraquezas e a demolição de formas, fôrmas e rótulos que tão facilmente colocamos. Na atuação de Camila Pitanga com finais felizes e champanhes em coberturas de luxo. Amara Moira expõe o mundo real, aquele que acontece quando a luz se apaga, quando o humano sai do casulo e mostra quem é, o que é, e como age.

Despe os homens, as mulheres. Estes expostos e nus.
De corpo, de alma, de sentimentos.
Seus relatos trazem tudo isso à tona, a masculinidade frágil e quebrável só com um vento forte ou fraco. Um sopro.

A escritora pariu ao mundo tudo aquilo que o mundo quer desesperadamente omitir, esconder e ofuscar.
Entre corpos, odores e aromas, objetificação de corpos, nudez e detalhes.
Ah, os detalhes, Moira como ninguém detalha tudo.
Traz peculiaridades, coisas que horrorizaria a família tradicional brasileira, mas só traria esse horror à tona quando visto em público, no claro e com platéia. Coitados! Coitadas! Mal sabem as esposas, as filhas, as irmãs, as mães o que seus entes queridos fazem quando a luz apaga, quando eles podem exibir o eu que habita escondido entre seus corpos e desejos mais peculiares e profundos.

Amara é pura, tão pura que torna cristalino suas palavras e a exata ideia do que quer dizer. Gritar.
Quando eu, convidado pela autora em uma dedicatória: A perder-me nas bagunças dessas páginas perigosas, fui questionado se estava preparado.
Apesar de achar que sim, não estava.
Agora, mais que preparado, releio sua obra.
Clássica.
Poesia.
Pura.
Puta.
Deleitar-se nessa obra é necessário.
Terminá-la fundamental.

E você, tá preparad@?
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Nadia 13/09/2020

Não conseguia parar de ler
se eu fosse puta (ou 'pura' dependendo da versão do livro e preferência do leitor)" foi um livro que caiu de paraquedas nas minhas recomendações da Amazon e sou grata por ter lido.
Relatos e reflexões de uma travesti prostituída (E doutora, vale lembrar) que me fez pensar em tanta coisa...
Sobre os níveis de carência que enfrentamos, sobre as diversas solidões que existem no mundo e principalmente sobre a hipocrisia de tantos homens que em público pagam de pai de família mas que no sigilo...xiiii...melhor nem pensar.
Muitos relatos difíceis, alguns engraçados e todos impactantes a seu modo.
Tbm me fez pensar muito sobre o mercado do sexo, porém não me ajudou a tirar conclusões (já fui a favor e contra...hj nem me atrevo a achar nada).
Enfim, uma leitura q exige empatia e desprendimento. Recomendo.
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Yara Prado 11/10/2020

Interessante
Com certeza me ofereceu uma perspectiva nova sobre o tema. Não concordo com tudo o que li, assim como não discordo de tudo. Foi uma leitura, no mínimo, interessante.
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entrenossoslivros 10/12/2020

E se eu fosse puta
Esse livro contemplou inicialmente o nome: E se eu fosse puta, mas graças à reclamações, em sua segunda edição nos vem como: E se eu fosse pura. Gentes e mais gentes que queriam conhecer o livro e não tinham coragem de comprá-lo. Até roubavam para não passar no caixa, houve até quem encadernasse para esconder a capa. Isso porque a palavra PUTA na capa não podia frequentar a família brasileira, as livrarias do país.
Mas ficou assim com a rasura mesmo para parecer mais pecaminoso pela sua escolha do título.

Amara Moira, travesti putafeminina, autora do livro E se eu fosse puta, Doutora em crítica literária, (também colunista do Mídia Ninja) escreve sobre como era tratada como puta bem antes de se assumir como tal. Bastou a verem como travesti e já começou o assédio, do qual nunca se teve notícia.

Podemos ouvir da própria Amara relatos do seu dia a dia, dos gostos, dos cheiros, do desejo, da dor. Começou por vontade, mas a cada novo cliente que aparecia, a experiência da rua se tornava mais parecida com uma experiência de abuso, assédio, estupro. Escrever sobre se tornou a razão de continuar.

?É necessário desconstruir-se para ser capaz de gostar de gente como nós, é necessário coragem para nos tratar como gente?, escreve Amara.

Um livro para deixar de lado o discurso impregnado de salvacionismo barato e sair da bolha.

Importante: no livro há poemas de Amara e ilustrações da incrível Laerte!

?Por um mundo onde não seja preciso coragem nem desconstrução para amar uma travesti.?
Pág. 176.



ATENÇÃO!!!! O livro está de graça pelo Kindle Unlimited!!!
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