Apagando o Lampião

Apagando o Lampião Frederico Pernambucano de Mello




Resenhas - Apagando o Lampião


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João Paulo 25/04/2022

Este é um dos livros com maior número de informações sobre o rei do cangaço. Excelente para entremeter todo contexto histórico, político, cultural e geográfico e a jornada do Lampião. Mas o livro não possui uma escrita simples, é um livro mais denso e técnico. E já no fim encontrando diversas fotografias de todos que fez parte do cangaço e momentos históricos, fazendo assim um breve resumo dessa história.
Igor13 05/01/2024minha estante
Estou gostando do livro. O autor claramente sabe o que faz. Muito bom.




Ludmila 01/12/2022

Sempre ouvi falar do Lampião mas confesso que nao sabia nenhum detalhe da história dele. Foi muito legal conhecer a vida e a jornada desse cangaceiro que de bonzinho não tinha quase nada.
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Daniel432 22/12/2020

De Virgulino a Rei do Cangaço
Esse é o livro sobre Lampião mais completo que já li. O autor, além de demonstrar-se imparcial, característica essencial para uma boa biografia, também mostra-se um pesquisador minucioso e detalhista.

Minucioso, pois denota-se da leitura sua preocupação em confrontar as versões das diversas fontes a quem teve acesso, expondo quando as versões não convergem e chegando a citar, em alguns casos, fatos que nunca poderão ser comprovados devido a inexistência de provas. O autor teve o benefício de colher depoimentos de muitas fontes primárias, ou seja, pessoas que participaram ou foram testemunhas dos fatos narrados. Isso, para o historiador e biógrafo, é o nectar dos deuses.

Detalhista, pois além de expor o contexto cultural no qual Virgulino Ferreira tornou-se Lampião, o Rei do Cangaço, algo muito semelhante aos jovens palestinos de hoje, pelo menos do meu ponto de vista, mostra-nos também suas aventuras pelos sertões nordestinos com cenas de vingança pela simples vingança, de bandido sanguinário e opressor, de herói do governo na perseguição à Coluna Prestes e novamente bandido sanguinário e opressor, forma que encontrou de manter sob controle coronéis, coiteiros, fornecedores e população em geral. Para nos dar toda essa visão, o autor avança e retrocede no tempo dificultando um pouco a leitura, mas essa é uma prática normal em biografias que a gente acaba se acostumando.

O fecho do livro não poderia ser melhor!! Apresentam-se todas as ações preparatórias das volantes que culminaram com o cerco, em sigilo, à grota de Angicos e, indo além, o autor, com riqueza de detalhes, expõe todas as peças (macacos e cangaceiros) no teatro de guerra, inclusive um Lampião despreocupado com sua segurança (dormir de cuecas, foi a ordem dele) em vista da garantia do bom relacionamento com os coronéis da região e até com o governador de Alagoas. Um leitor com uma boa capacidade espacial será capaz de visualizar as cenas retratadas.

Quer conhecer Virgulino Ferreira e Lampião, o Rei do Cangaço?? Leia esse livro, com certeza valerá à pena!!
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Gabriela Leite 15/05/2021

Muito bom, mas com pecados
Sem dúvidas é uma Obra muito completa. O trabalho do Frederico é minucioso e fica muito claro que a intenção não é só contar a história, mas prova-lá. O último capítulo é um orgasmo literário pra quem ama o estudo do cangaço, sem dúvidas, a melhor parte do livro. O pecado do autor é a escrita extremamente rebuscada pra um assunto de interesse popular e principalmente por manter a linguagem pouca atrativa, mesmo ao falar das minúcias da história com a qual não estamos tão familiarizados. Também me incomodou as orações longas que quebram o raciocínio do leitor. Li diversas biografias do cangaço e até por ser nordestina, amo conhecer cada vez mais essas histórias, porém confesso que demorei mais pra concluir o livro pelo enfado da escrita. Sem esse exagero, não haveria defeitos na Obra. De toda forma, vale a pena pra quem já vem lendo sobre o assunto.
Coyote 25/06/2021minha estante
Você tem razão sobre as orações longas. Cada bloco de texto ininterrupto que vou te contar... vírgula, vírgula e mais vírgula. A vista pesa.


paolafeitosa 14/02/2022minha estante
Concordo totalmente e inclusive acabei de reclamar disso. A leitura rebuscada, pouco atrativa, e parágrafos de 10 linhas são o que interrompem a fluidez da leitura. Tem que realmente querer




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Marquinhos 10/10/2022

Lampião e o Cangaço
Em "Apagando Lampião - Vida e Morte do Rei do Cangaço" Frederico Pernambuco nos brinda com seu rico conhecimento sobre o cangaço. Conhecimento oriundo de rica pesquisa bibliográfica, jornalística e de diversos relatos orais colhidos em décadas de dedicação ao tema. O personagem principal do livro, contudo não é Lampião. E sim o fenômeno do Cangaço e seu contexto social, econômico e cultural. A obra é rica em informações e essa é sua grande contribuição para o tema. A crítica se faz necessária quanto a escrita do autor. A leitura não flui, o texto fica travado pela extensa quantidade de nomes, datas, palavras rebuscadas e longas e exaustivas citações bibliográficas que ficariam melhor assentadas em notas de rodapé. O autor também utiliza ricamente relatos orais em sua obra sem uma devida ou mesmo breve discussão teórica, explicando apenas que os relatos foram comprovados por outras fontes. Mas o grande problema está na falta de fluidez que faz o leitor querer abandonar a leitura.
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Bruno939 24/03/2023

Rico de detalhes, de fotografias, de cartas escritas por muitos dos personagens da época, inclusive na sua originalidade de linguajar. As cartas de Lampião aos coiteiros, aos que ele exigia dinheiro e aos amigos. Um baita trabalho no desenvolvimento da obra.

Virgulino Ferreira da Silva, desde muito novo adentra ao bando de Sinhô Pereira como forma de buscar uma melhora de vida, se é que da pra chamar assim, mas quando se leva em conta os padrões políticos, sociais e culturais da época é possível até admirar tal personagem. "Quando a fome aperta, tem que dá um jeito", o coronelismo aliado a todos os outros fatores supramencionados provam um dos motivos responsáveis pela história do cangaceiro mais conhecido do mundo.

Recomendo muito!!!!
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Paula 16/04/2022

Uma peleja! ... É sobre Lampião mesmo?
Tive a impressão de que esse é um livro escrito para ser estudado, analisado e referenciado em meio acadêmico. É um livro técnico. Muito dificilmente uma pessoa leiga, que vai lê-lo por mera curiosidade assim como eu, vai se deliciar com essa leitura, mas posso estar enganada.

Também tive a impressão de que Lampião não parece ser o foco desse livro. Se algum curioso for fazer o levantamento da quantidade de parágrafos que remetem diretamente ao cangaceiro (principalmente na primeira metade do livro), muito provavelmente vai chegar a uma porcentagem bem abaixo do comum. Isso me leva a crer que esse livro tem como foco o contexto histórico, político e social que circundava a figura de Lampião, mas não o Lampião em si, o que me deixou confusa e, de certa forma, frustrada, porque eu adquiri o livro principalmente por causa desse título: "Apagando o Lampião: vida e morte do rei do cangaço"... e por causa dessa sinopse que diz: "um rico retrato dessa figura emblemática da nossa história".
Se eu quisesse me aprofundar nos contextos supracitados ou no cangaço de uma maneira geral, eu teria buscado por outro título e consequentemente, adquirido outro livro. Busquei por Lampião, mas este não veio, pelo menos não do modo como o título e a sinopse elucidavam. Não vi coerência. Agora eu me pergunto: que critérios utilizar ao comprar um livro se não o título e a sinopse?

Além disso, elenco aqui mais alguns pontos que me causaram um certo incômodo. Foram quatro:
O primeiro é a quantidade infindável de nomes próprios, gente que não acabava mais, e eu sinceramente lia sem saber quem era quem, e depois de certo tempo, já nem me importava mais.
O segundo foi a quantidade de parágrafos com mais de 10 linhas, às vezes 15, e ouso dizer que tem alguns até com mais! Um exemplo básico é a página 214 do meu exemplar em que há um parágrafo com 21 linhas, cheio de nomes próprios destacados em negrito no meio do texto. Se isso não cansa o leitor, não sei mais o que pode cansá-lo.
O terceiro foi o uso recorrente de algumas palavras mais rebuscadas que acabaram por reduzir ainda mais a acessibilidade do leitor comum ao texto.
O quarto foi que, sinceramente, eu não entendi o porquê de a parte da iconografia estar posta exatamente no meio do livro e não ao final, escolha essa que ensejou na quebra de um parágrafo no meio de um capítulo, interrompendo a leitura e reduzindo ainda mais a sua fluidez.

Infelizmente lutei muito para ler esse livro inteiro, se não o abandonei foi por pouco, provavelmente porque me senti na obrigação, de como nordestina, não desistir de conhecer essa figura tão emblemática que é Lampião. Porém a leitura se tornou tão maçante PARA MIM que eu abri o livro sabendo pouco sobre Lampião e terminei essa experiência com muito pouco conhecimento acrescido, isso porque dado certo tempo, eu já estava saturada, não me sentia encorajada a me consumir por mais de 300 páginas penando para, ao menos, entender o que o autor estava querendo dizer. Ou seja, foi demasiado esforço tentando "traduzir" e compreender o texto quando eu poderia estar aplicando esse mesmo esforço numa reflexão crítica.

Contudo, apesar de achar o texto prolixo e de também achar a abordagem sobre Lampião bem rasa e incompatível com a apresentação dada pelo título e pela sinopse, esse é um livro que tem o seu lugar e o seu público específico, é baseado num vasto trabalho de pesquisa científica que passa segurança com relação às informações fornecidas. Mas ainda assim, eu prefiro a leitura de um texto mais simples, mais fluido, menos catedrático, que seja capaz de fazer uma leitora comum como eu compreendê-lo em sua quase totalidade sem grandes intercorrências, o que não foi o que aconteceu. Portanto, eu não pertenço ao público ao qual esse livro foi direcionado, desde já afirmo que tenho a plena consciência de que eu não sou o público-alvo aqui, mas se por um acaso houver alguém que esteja lendo esta resenha antes de adquirir esse material, recomendo uma autoanálise primeiro, para só depois ver se se enquadra no perfil de leitores para o qual esse livro é voltado.

"Para o brasileiro em geral, o do Nordeste com especialidade, Lampião é o emblema social de um tempo e de um chão em que o estado não conseguia andar montado no cangote do povo, a lhe sugar até o sangue. Não estranha que sua legenda reluza tanto, para o que há de contribuir também a condição de vencedor de desafios que ninguém lhe recusa, para além das vitórias à bala." (pg. 297)
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Maiara.Alves 24/02/2022

Muito mais do que uma biografia
Este é sem dúvidas um dos melhores livros sobre o contexto histórico, geográfico e cultural do cangaço, utilizando a biografia de Lampião como guia de uma saga extraordinária.

Excelente para entender todo o contexto que gerou o cangaço.
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Renata 29/07/2022

Uma ótima experiência!
Meu pai comprou esse livro durante uma viagem que fizemos para Piranhas
Eu reacendi a curiosidade que eu tinha pela história de Lampião e Maria Bonita enquanto faziamos uma trilha até a grota do Angico, isso tudo em setembro do ano passado..
Eu só li em julho desse ano, quase um ano depois, mas valeu a pena, o livro é bem detalhado e histórico, contendo nome de todas as pessoas que foram importantes ou mexeram com o bando do Rei do Cangaço
Contendo fotos e datas, acho que todos que gostam da trajetória do Cangaço deveriam ler esse livro
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Karinny 13/07/2020

O homem por trás do mito.
O autor, sumidade sem parelha no que diz respeito ao cangaço, aborda de forma crítica a história do célebre pernambucano. Por trás do fascínio que a figura exerce, um pano de fundo de arcaísmos e estrutura social feudal, onde a justiça oficial é um mero adorno. Num contexto de vinganças e alianças improváveis, num nordeste primordial, no catolicismo popular, reside a figura imortal de Lampião. Extenso em referências bibliográficas, o livro me deixou com vontade de enveredar por esse tema, nesse mês emblemático de julho.
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Yvan.Leite 22/08/2019

Lampião é uma figura intrigante. Pena que a escrita não fluiu pra mim deste livro.
Jessica 22/04/2020minha estante
A escrita é dificil ?


Yvan.Leite 22/04/2020minha estante
Nem tanto, o ruim, para mim, foi a composição do texto, não tive uma leitura fluida.


paolafeitosa 19/02/2022minha estante
Para mim foi difícil também. Tive que ler na marra para conseguir terminar. Uma pena, o livro tinha tudo para ser muito bom




Alberto27 21/10/2023

Obra completa
Frederico Pernambuco de Mello se debruça na caatinga nordestinapara entregar uma obra completa sobre o reinado de duas decadas de Lampião e a representatividade deste para o movimento do cangaço sem deixar de contextualizar cada passo dos acontecimentos.
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Rafael1906 16/08/2024

Assim era que cantavam os cabras de lampião...
Essa obra reúne tudo o que já foi produzido, falado e rememorado por pessoas que viveram na época do Cangaço, com pesquisa profunda em jornais, revistas, testemunhas e da própria história corrente. Lampião foi e é um dos maiores ícones culturais nordestinos, no vestir, no calçar, na música e no ambiente sertanejo em geral. Terror de prefeitos, da polícia, de governadores e da população em geral, foi admirado por muitos, odiado por outros e protegido por poderosos, também.
Todo o vai e vem dos cangaceiros é explicado, as ações, os crimes, desde os tempos em Pedra, com Delmiro Gouveia, os primeiros cangaceiros de séculos passados, até o início do século XX, em que os grupos se expandiram como filiais do grupo maior, liderado por Virgulino.
Um livro essencial para quem se interessa pela cultura nordestina e um dos seus maiores ícones.
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