A Flecha de Fogo

A Flecha de Fogo Leonel Caldela




Resenhas - A Flecha de Fogo


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Catygeek 21/09/2024minha estante
Um dos livros que estou doida pra ler




Brenner 03/06/2022

Uma história muito bem escrita e pesada. Conseguiu me prender por uns dias, Caldela tá de parabéns mesmo.
DANILÃO1505 03/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro




Jefferson Frias 14/01/2019

A Flecha de Fogo
Excelente livro. Dos melhores que já li. É evidente a evolução do autor desde seu início com O Inimigo do Mundo. O livro surpreende e encanta a cada página. A descrição da cultura goblinoide cativa o leitor e nos faz ansiar pelo Mundo Como Deve Ser. Os elementos do cenário foram usados com maestria, amarrando todas as pontas que ficaram soltas ao longo dos anos de fora magistral. Enfim, um épico nacional que rivaliza com as grandes obras mundiais do gênero. Encanta, diverte, nos faz filosofar.
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@fernando.e89 14/01/2019

Ousado mas sem carisma.
Sem sombra de dúvidas uma história épica e madura para o cenário. O enredo trás grandes novidades mas esbarra em questões que não poderiam ser ignorada e foram. Os protagonistas são desinteressantes e sem carisma. Personagens clássicos que sempre estivaram ligados aos conflitos com a aliança negra foram totalmente ignorados fazendo a história perder um pouco da antiga "alma" das histórias ja narradas. Capitulos extensos com diálogos cansativos e monótonos e um final épico mas forçado demais manipulando "questões" para tentar fazer a história linear . A proposta foi muito boa e válida, mas se perdeu em sua trajetória final... A sensação foi a mesma de anos atrás quando assistia a serie Lost, muitas promessas mas um final totalmente forçado. Longe de ser melhor que qualquer um dos livros da épica trilogia.
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Airechu0 04/04/2019

"A vida é relativa. Mas a morte é absoluta."
Após um longo período longe do universo em que fez suas estreia como romancista, Leonel Caldela retorna ao mundo de Arton, casa do cenário de RPG nacional mais amado do País, para mais uma vez, e de maneira magistral, revirar tudo de cabeça para baixo!

Mesmo antes da oficialização de Tormenta como um cenário de RPG, reunindo boa parte do material de fantasia medieval publicado na mais icônica revista especializada neste hobbie do País, a Dragão Brasil, numa edição comemorativa em 1999, um dos seus maiores vilões já havia feito sua estreia. Poucos anos antes, numa matéria escrita por JM Trevisan, publicada em 1997.

Seu nome, “cantado por uns e amaldiçoados por outros”, é Thwor Ironfist, um general bugbear dotado duma inteligência estratégica fora do comum, o único ser capaz de reunir sob o mesmo estandarte sombrio as demais raças monstruosas, por séculos acostumadas a serem subjugadas por humanos, elfos e anões. Thwor é um líder nato, um monstro ardiloso e um combatente feroz, comandando um exército enorme composto por uma infindável miríade de criaturas, desde kobolds, goblins e gnolls até orcs, ogros e bugbears. Esse exército ficou conhecido como A Aliança Negra e todos ali querem vingança e anseiam retomar o território que outrora pertencia a eles, varrendo do mapa as demais civilizações.

Quando Arton e Tormenta surgiram como cenário de RPG essa conquista já havia dado cabo de todos os reinos humanos do continente de Lamnor, localizado ao sul, após uma verdadeira chacina no reino élfico de Lennórien, o primeiro a tombar depois de anos barrando com muita facilidade as investidas dos hobgoblins. Apenas a cidade fortaleza de Khalifor separava a civilização do continente ao norte da Aliança Negra e nem ela era garantia de segurança suficiente. Aos povos do norte a esperança residia numa antiga profecia, que previu o nascimento e a ascensão de Thwor Ironfist e também falava em sua derrocada por meio da Flecha de Fogo, que enfim romperia o coração das trevas. Mas o que ela é, ninguém sabe...

Essa incógnita em torno da real identidade da Flecha de Fogo perdurou por mais de vinte anos e foi alvo de muita especulação e grande expectativa por parte dos fãs que jogam e acompanham Tormenta desde o início. Coube a Leonel Caldela finalmente revelar o mistério, por meio da voz de seu narrador protagonista, Corben, um clérigo de Thyathis, o deus da Ressurreição e da Profecia, neste que é o seu quarto romance em Arton e o décimo primeiro de carreira.

Corben é também um acadêmico, um astrólogo que perscruta os céus munido de telescópios e outros instrumentos a fim de obter previsões sobre o futuro e compreensão sobre o passado com base nos movimentos e posições dos astros e estrelas no espaço. Existe no reino de Tyrondir uma cidade dedicada a esse tipo de pesquisa, chamada Sternachten. As previsões feitas lá são muito úteis para nobres e reis e isso movimenta a economia daquele lugar. Corben é pouco mais do que um aprendiz, é um jovem cheio dos típicos problemas para alguém da sua idade. Naqueles dias a cidade estava mais agitada do que o normal pois Lorde Niebling, um gnomo da Corte Imperial, o fundador e o maior patrono dos telescópios de Sternachten era aguardado para uma de suas raras visitas. Todos estavam se preparando para mostrar o melhor e impressionar aquela tão exótica e importante figura. Porém nem toda a ciência de Sternachten fora capaz de prever o horror que se seguiria a tudo aquilo, contudo Corben sobreviveria para nos contar. Então, de repente enredado por eventos muito maiores do que ele, nosso jovem clérigo e astrólogo passará por diversas mudanças ao longo desta história, tendo na busca da Flecha de Fogo a sua derradeira missão. Afinal, Thwor, a Aliança Negra e um conflito iminente em grande escala já são uma realidade no cotidiano de todos daquele reino...

Me aprofundar mais no enredo é estragar a experiência do pretenso leitor, então foquemos noutros aspectos da obra tão legais e tão impactantes quanto ao que a vida de Corben vai se tornar.

Primeiro é possível notar como o autor teve liberdade criativa para explorar em sua totalidade aspectos relevantes da cultura goblinóide e da própria Aliança Negra que até então nos eram completamente desconhecidos pela escassez de material. Lamnor era um lugar parcamente descrito, não tínhamos uma ideia mais clara de como viviam todas aquelas raças tão diversas sob o comando de Thwor e o estandarte do Círculo Negro. Como é e como vive uma sociedade formada por criaturas monstruosas? Qual o papel do culto a Ragnar, o Deus da Morte e dos Goblinóides nessa sociedade e no grande plano de conquista e dominação das demais raças? Para além da ideia de um exército sanguinolento, quem são e como convivem os generais, os conselheiros, os herdeiros e os súditos daquele que fez a guerra tomar a tudo e a todos? Caldela responde a tudo isso aqui, nos surpreendendo e fazendo questionar por várias vezes algumas de nossas suposições prévias uma a uma.

Outra característica marcante na narrativa durante toda leitura é a presença da dualidade. Se em “A Insustentável Leveza do Ser”, Milan Kundera se apropria da oposição paradoxal do peso e da leveza como uma metáfora do drama existencial vivenciado por seus personagens, aqui, Leonel Caldela vai além, flertando, senão com todos, ao menos com uma pluralidade enorme de abstrações conceituais antagônicas. Vida e morte, livre-arbítrio e destino, conhecimento e ignorância, passado e futuro, movimento e inércia, estagnação e criatividade, humano e goblinóide… o dual é sentido em tudo. De forma bastante marcada em Corben, naquilo que poderíamos interpretar como o seu self e também nos seus pensamentos transpostos no relato que faz. Assim, observando do interior do personagem narrador para o exterior, podemos enxergar a dualidade presente também nas ações de pano de fundo, nas aspirações individuais e coletivas das culturas e sociedades envolvidas no conflito, e até nas escolhas das divindades que elas cultuam. É como se nos puséssemos de fora daquela criação e pudéssemos contemplar os fios de causa e feito interligados a cada evento, a cada fato e personagem movendo-se simultaneamente. Soa complexo e realmente é, de modo que não saberia explicar o quanto disso foi intencional ou não e aqui é impossível não falar do genial conceito do Akzath que me valendo dum trocadilho dual: dá um pouco de ordem a este caldeirão de caos.

Dentre todos esses conceitos um se destaca e não por acaso, a Morte. Este é um livro sobre uma guerra de grandes proporções e vidas serão perdidas em ambos os lados, é um livro sobre a coisa que levará o líder dum destes lados à morte. É um livro sobre seres que cultuam Ragnar, um deus que é o deus daquilo que eles são enquanto espécie e também o deus encarregado de pôr fim a tudo o que começou com uma vida. É um livro sobre mortes e sobre a Morte e acho fascinante como ela sempre esteve tão presente e apenas agora, parando pra pensar melhor no que vivi naquelas mais de setecentas páginas me dou conta disto. Me senti extremamente tocado por uma curta cena dum típico funeral goblinóide, o poético bater de asas antecedendo o desaparecimento total me remeteu instantaneamente à de Morte de Neil Gaiman, uma das personagens que mais apreciei ver nas páginas de Sandman.

Para quem nunca se aventurou antes por Arton, ou conhece Caldela por outros livros, vale o lembrete de que este foi pensado para servir como introdução ao já vasto e multimídia mundo de Tormenta. Tudo o que é necessário para a plena compreensão das dinâmicas deste mundo e que afeta diretamente a história de Corben é detalhado e adequadamente explicado, de forma natural e sem perdas de ritmo.

Ler A Flecha de Fogo não é apenas embarcar numa jornada aventuresca, não é apenas percorrer um mundo de fantasia colorido e diverso, é também transpor fronteiras culturais, é se por praticamente numa experiência antropológica, da qual não se escapa incólume e se sai engrandecido, renascido, tal como Dante, “puro e disposto a salire a le stelle”, após atravessar tormentos inimagináveis no Inferno e no Purgatório. Resta, ao final da leitura, uma enorme curiosidade para saber como Arton vai lidar com o futuro que surgiu deste livro. A única certeza é a de que Arton, mais do que nunca, é um mundo de problemas, é um mundo como deve ser. E cabe a você resolvê-los!

site: https://www.multiversox.com.br/2019/03/a-flecha-de-fogo.html
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Diego Matos 22/04/2019

"Goblins também são gente"
Acabei de ler o livro "A Flecha de Fogo" Gostei bastante. Um livro que pode assustar devido ao seu volume porém com uma leitura divertida que realmente captura a atenção do leitor.
Suas paginas abordam uma faceta da raça goblinoide por uma ótica diferenciada, tentando demonstrar "nobreza" para tais monstros clássicos dos mundos de fantasia. Terminei o livro sem concordar com essa ótica, mas uma pequena fagulha de simpatia (muito pequena).
No mais, considero o livro bom, que vale a pena ser lido, com muitas cenas de ação e que traz reflexos sobre "o ciclo da existência" e como todas as criaturas possuem várias facetas ao longo de sua existência (sendo curta ou "eterna").
Recomendo a leitura , principalmente para os amantes de fantasia medieval, mas aviso: leiam com a mente aberta, pois segundo a ótica do autor goblinoides também são "gente".
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Leonel_VII 19/08/2019

Que livro espetacular
Eu acompanho o universo de Tormenta a muitos anos, praticamente desde que ele apareceu nas páginas da Dragão Brasil, sempre me pareceu um mundo extraordinário, cheio de elementos interessantes, raças, magia, guerra, heroísmo, divindades... tudo isso numa relação complexa e extremamente mutável, uma vez que a cada nova publicação algum elemento novo surgia para complementar ou explicar algo que tinha aparecido num vislumbre anterior. Com o tempo o mundo se tornou grandioso em muitos aspectos, ganhando livros próprios, usando sua própria versão de sistemas, personagens icônicos, elementos que traziam o mundo cada vez mais perto de se tornar algo real, intrincado, complicado e ao mesmo tempo, terrível e belo, como o mundo real, “Arton” era um mundo assolado por infinitos problemas, de modo que infinitos heróis precisavam surgir para resolvê-los.

“A Flecha de Fogo” é um desses muitos elementos misteriosos do cenário, segundo os criadores do cenário a ideia da profecia surgiu antes do ano 2000, mas só foi revelado o segredo de o que era a “A Flecha de Fogo” em 2018 no livro homônimo, escrito pelas habilidosas mãos de “Leonel Caldela” autor de outros (excelentes) livros no mesmo cenário (e também fora dele). A profecia da flecha é discutida e esmiuçada durante o livro, mas quando a flecha é de fato revelada (para mim) foi algo inesperado, foi surpreendente e acima de tudo era o que deveria ser algo que causaria uma grande mudança, uma das grandes e extravagantes mudanças no cenário.

Ao longo do livro conhecemos a história de Corben, suas agruras e estudos e de como ele é levado a conhecer toda um nova cultura, até então pouco explorada no cenário para então descobrir e revelar o que é “A Flecha de Fogo”. Durante o livro são apresentados muitos personagens interessantes, alguns deles já icônicos dentro do cenário. Outros totalmente novos, mas apaixonantes e odiosos, as vezes ambos as sensações são causadas pelo mesmo personagens. Outro ponto excelente do livro, os personagens sofrem grandes mudanças ao longo da história e o livro traz uma boa reflexão sobre a forma como certas raças são vistas no cenário, sua forma de pensar e seu “padrão de comportamento”. Certamente esse foi um dos melhores livros que li esse ano. É sempre muito bom voltar a visitar Arton.
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Luis 23/09/2019

Simplesmente Sensacional
Muito bom ver um Leonel mais maduro trabalhando numa editoria que (na minha opinião de fã) dá a ele mais liberdade para... ser ele!
Devorei o livro em um dia. Ri, chorei, me emocionei. Sem dúvidas o melhor livro do Leonel até agora.
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FlaviosParanhos 16/10/2019

Fabuloso
Então acabei A flecha de fogo! Último livro publicado pelo Leonel Cauldela, autor já com uma bela carreira nacional, esse livro se passa em Arton, um mundo de fantasia criado para o RPG Tormenta. A flecha de fogo é uma profecia criada a mais de 20 anos pelos autores, mas só agora eles deram uma resolução. Sobre o livro só tenho elogios a fazer, uma cultura marginalizada, mostrada como monstro pra abate e mais nada, esses são os globinoides até esse livro. Tendo a visão deles, dentro da cultura deles, sabendo seus sonhos e desejos, suas ânsias e medos, vc para de encaralos apenas como monstros, eles passam a ser "gente" e observando o mundo atual esse livro é extremamente interessante nesse aspecto humanizador. Bem defeitos, novamente um livro da jambo com muitos erros de edições, porém os erros se resumem a um só, frases escritas sem espaçamento, ao decorrer do livro isso acontece várias vezes, mas nada que comprometa. Li este livro em 3 dias, por uma pequena folga na faculdade. Recomendo fortemente a todos os fãs de fantasia e além.
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bolinja 28/10/2024

O Thwor é simplesmente o cara mais sabido de Arton; não tem jeito. Entender a linha de raciocínio dele é um desafio que me deixou desorientado; as reviravoltas do livro são incríveis. Nunca mais jogo Tormenta da mesma forma.
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Lucas 02/07/2020

Quem são os monstros afinal?
Para aqueles que estão acostumados à conviver com universos de fantasia, orcs, goblins, hobgoblins e ogros costumam ser a representação viva de tudo que é ruim: bárbaros incivilizados que só sabem destruir.

Com maestria e fluidez, Leonel Caldela, através dos olhos de um humano que passa a viver no meio dos globlinoides, nos mostra que aqueles que classificamos como monstros podem apenas possuir um conceito diferente de civilização, mas que também sofrem, choram, riem e são felizes tanto quanto nós. Tal qual os humanos, eles também merecem um lugar ao sol, um lugar para chamar de lar.

Flecha de Fogo não é só a resposta para um dos maiores mistérios que rodeiam o universo de Tormenta desde que este foi criado, mas também um convite à desbravar um belo mundo de fantasia e a conhecer meios de pensar totalmente novos.
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