O dia de Julio

O dia de Julio Gilbert Hernandez




Resenhas - O dia de Julio


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Italo306 22/07/2021

Eu amo a arte da narrativa e adoro ver como diversos estilos literários surgem, se difundem e constroem a identidade daqueles por eles narrados. Dessa forma, tenho um carinho especial por como o Realismo Fantástico consegue captar a visão de mundo supersticiosa do povo latino Americano.

Diferente de outras obras do Gilbert Hernandez (como as cronicas de Palomar), 'O Dia De Julio' é uma HQ bem mais curta. 100 páginas são o bastante para contar a história de vida do personagem Júlio, desde seu nascimento até sua morte, tão bem como de todos os personagens que fazem parte do seu mundo.

Dois quadros pretos (ilustrando o fundo da boca do personagem) iniciam e finalizam a HQ. E isso fascinante em Gilbert Hernández, a maneira que ele utiliza as imagens para contar sua história. Não me esqueço de como era fascinante ver as paisagens nos quadrinhos da 'Turma da Mônica' e como aquilo me sugeria diversas aventuras nas entrelinhas, e o mesmo efeito acontece aqui: os planos de fundo de Gilbert Hernández, sugerem um reino mágico e isolado do resto do mundo, nos recônditos ermos da América Latina. Outra mérito é como ele retrata bem a passagem do tempo, desgastando os personagens que vão se erodindo através de traços e ranhuras.

O realismo Mágico faz um casamento perfeito com a arte sequencial, pois através das ilustrações todo o requinte fantástico imaginado em 'Cem Anos de Solidão' ganha uma forma própria.

Vale ressaltar a maneira tocante de como são abordados os problemas sociais, sem parecer panfletário, Hernández recheia seu mundo de personagens reais, e verdadeiramente humanos.

'O Dia de Julio' é uma maravilha e aconselho veementemente a leitura de toda a obra de Gilbert Hernández. Uma HQ extremamente bonita e dolorosamente triste, um fragmento da vida como ela é!
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Luciano 18/06/2020

Nossa... É pesado... Melancólico.
Um quadrinho bem triste, nunca tinha lido algum desse tipo. Me fez ter receio do futuro. Vale a reflexão.
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Mion 04/12/2022

Algumas paginas tem cenas bem legais, umas transições de um momento pro outro bem legal, detalhes de contextos historicos (militares) dos EUA vistos de dentro, em pessoas, nos colocando os pontos humanos em um contexto de guerra e uma pitada de "cem anos de solidao" com a questão dos nomes e das gerações mas nao sei, algo me perdeu ali no meio, que o resultado da minha leitura, da fruição tenha sido proporcional ao tanto de detalhes que ele apresenta.
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Gabriel Farias Martins 06/08/2024

Que dia
Mais uma leitura do Gilbert concluída.
Pra quem gosta dos "cem anos de solidão" é um prato cheio, toda atmosfera lembra muito Macondo/Palomar.
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Luluzico. 06/02/2023

Demorei... Enrolei... Mas termineiiiii.
"O dia de Julio" é uma agradável surpresa aos leitores de HQs.
Eu realmente não estava esperando muita coisa quando terminei este daqui. Apenas queria algo que me tirasse de minha profunda e angustiante ressaca literária. E acredito que possa ter conseguido.
Esta HQ é linda, desde os desenhos até a escrita bela, com uma história rápida e fácil de ser lida.
Só não dei 5 estrelas, porque a HQ não me pegou desde o início, fui fisgado a partir da página 43. Mas mesmo assim, foi um grande achado.
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Marcos Toledo 10/06/2022

Não tem como não lembra de ?Cem anos de solidão?, o autor podia deixar mais claro isso, que foi inspirado e tal. Pra não dar ruim e o povo achar que é plágio.

Na ideia da história, então, não tem nada de muito novo. Mas gostei muito das temáticas que o livro trouxe.

É bem levinho é uma leitura mega rápida.

Gostei de ver como as diversas guerras dos EUA está conectando as gerações e os acontecimentos. Me vem muito 1984 na cabeça, na questão da guerra eterna.

Gostei muito de ver que tem personagens gays (e também tem os reprimidos). Que diferente do GABO que tem 100 anos de solidão e nenhum gay na história toda.

Enfim, gostei. Leitura tão leve e tranquila que dá pra todos lerem.
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Cilmara Lopes 20/02/2023

Sempre maravilhoso ler algo do Gilbert Hernandez
Está aí um dos autores que nunca me decepciona. Qualquer material que leio dele, fico extremamente satisfeita.
Desde ?A sopa de lagrimas? vejo a velha Macondo (Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Márquez) em todas suas histórias. É tudo rico em detalhes e veracidade, sinto fortes semelhanças com o cotidiano aqui no Brasil, descrito por parentes mais velhos (especialmente meu avô materno).
Fico realmente envolvida no desenrolar da vida dos personagens, Júlio virou um parente ou amigo bem próximo que passei a presenciar suas vivências ao decorrer dos anos.
Ler esse quadrinho me marcou demais, foi um prazer.
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Iva Ulisses 23/09/2023

Cem anos em 100 páginas!
Indicação do "Fora do Plástico", HQ com bom preço e com inspiração em Cem anos de Solidão do Gabriel Garcia Marques, como não conferir? Inusitada a forma da narrativa, do como o autor consegue sintetizar a passagem do tempo e questões duras como guerra e pedofilia...Em busca de outros trabalhos do autor e das outras indicações de HQ que se inspiraram em Gabriel.
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Aline221 24/02/2024

Foi mais do que eu esperava.
Fui BEM despretensiosa para essa leitura, ainda mais que o começo é complicado, pouco estava entendendo e estava NADA envolvida, me senti em diversos momentos da leitura, mas quando eu fui ver estava gostando da hq.
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JanaAna 19/11/2021

A vida de Julio em 100 anos
Essa "Grafic Novel" vai narrar a história de vida de Julio, entre os anos de 1900 e 2000.
Quadrinhos que falam tão pouco, mas que narram tanta coisa.
Conteúdo forte. Boa história.
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@Marverosa 02/01/2020

Triste e deprimente
Não faz meu estilo. O que não tira o mérito da obra.

Carrega uma história pesada, com uma série de perdas. Morte, crime, assassinatos, abusos, preconceitos, racismo.
Não gostei.

Pulos astronômicos na narrativa.
Mérito da história de muito se ler nas entrelinhas - neste ponto, até surpreendente.
Mérito também de crítica social e seguir um contexto histórico.

Agora muito triste e deprimente.
Leia num dia que estiver de bom humor.
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Ana 15/12/2019

Provavelmente todos vocês já ouviram aquele antigo ditado que diz "para morrer basta estar vivo", né? Foi justamente nisso que pensei após finalizar a leitura de O Dia de Julio, um quadrinho pesado, verdadeiro, real de todas as formas possíveis. A história se inicia com o nascimento do protagonista, Julio, e a trama acompanha todos os passos dele durante seus 100 anos de vida.

O quadrinho tem exatamente 100 páginas, o que significa que há grandes avanços temporais na narrativa. Em vários pontos do livro há passagens que pulam anos, décadas, de uma página para outra. Esse estilo de narrativa se mostrou muito interessante, visto que a mensagem que o autor quer passar com sua obra é que a vida é realmente um sopro. Um detalhe é que os personagens, obviamente, acompanham as mudanças de tempo, mas é bem fácil acompanhar graças à página introdutória com todas as versões de cada um.

Nesse contexto, a única certeza que temos, além da morte, são as perdas — não só de pessoas importantes, amigos e familiares, mas também de todas as oportunidades que deixamos passar, coisas que deixamos de fazer... A vida de Julio é mais ou menos assim. Como viveu bastante, sucumbiu à crueldade do tempo: viu seu pai, sua irmã e seu melhor amigo de infância & único e verdadeiro amor morrerem, ao mesmo tempo em que percebia o quanto agiu covardemente diante dos seus sentimentos.

O Dia de Julio é, de todas as formas possíveis, extremamente triste. Porém, é um drama mais "frio", daqueles que nos fazem pensar ao invés de chorar. Pensem bem... Quantas vezes deixamos coisas de lado por medo? Quantos sonhos e desejos deixamos de alcançar porque não temos coragem? É possível fazer inúmeras interpretações de cada personagem contido nessa história, mas uma coisa é certa: a vida é curta demais para não aproveitá-la da forma correta. Arrisquem-se!

site: http://www.roendolivros.com.br
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Jéssica Spuzzillo @pintandoasletras 29/07/2019

A única certeza que temos na vida é a ...
Essa Graphic Novel conta a história do Julio, que nasceu em 1900 e morreu no ano 2000. Vamos acompanhar a sua jornada durante esses 100 anos, ao lado dos seus amigos e sua família na pequena cidade onde vivem.

Foi muito interessante acompanhar o crescimento de Julio em paralelo aos grandes eventos do século XX. O autor não cita datas, localizações, nem nada do tipo, mas algumas cenas são inseridas no contexto histórico, como por exemplo, a Primeira Guerra Mundial.

Esse é o tipo de livro que você termina em um dia. Um século em apenas um dia, uma vida toda contada em apenas um quadrinho, eu achei genial! O autor retratou muito bem as alegrias e os horrores da vida, foi uma leitura fascinante, profunda e complexa.

Essa história é um retrato íntimo de um homem que mesmo cercado de pessoas é solitário e aborda temas difíceis como a guerra, abuso infantil, preconceito, luto, amor, família, sonhos, pesadelos, vida e morte.

O enredo me manteve interessada da primeira até a última página, as ilustrações são simples, em preto e branco, mas as expressões dos personagens são impagáveis, eu absolutamente amei! Senti que o tema principal do livro é sobre a morte, afinal é a única certeza que temos não é mesmo?

“Um dia nascemos, um dia morremos, o mesmo dia, o mesmo segundo, será que isso não lhe basta?” Samuel Beckett

Uma verdadeira obra de arte, recomendo muitíssimo!
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Kirla 23/09/2021

Um quadrinho forte, triste, que mostra as mazelas de uma família ao mesmo tempo que o mundo muda. Acompanhamos desde o nascimento de Júlio até a quarta geração, ao memso tempo que vemos Julio, um homem que teve que se fechar para o mundo e viver para sua família.
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naeobliqa 09/03/2021

A história do Júlio é interessante, turbulenta e ao mesmo tempo misteriosa. Adoro conexões artísticas entre início e fim, como foi essa HQ.
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