Dias na Birmânia

Dias na Birmânia George Orwell




Resenhas - Dias na Birmânia


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Marcos-1771 05/06/2020

George Orwell é atemporal
Um livro escrito em 1934 e tão contemporâneo. Um livro onde quase todos os personagens, exceto Flory, são extremamente racistas e xenófobos.

O livro se passa na colônia britânica. Um dos fatos mais interessantes que vi no livro é o fato do personagem principal, Flory, que é um colono, ser contra o império britânico e o seu amigo, um Doutor da Birmânia, é totalmente a favor do império. Há muitas discussões sobre império, supremacia branca, liberdade, corrupção dos membros do estado e por aí vai.

Flory tem uma paixão avassaladora por uma jovem inglesa que chega a Birmânia. Ela não é muito diferente dos outros ingleses e tem horror aos nativos. Essa paixão tem um fim não tão esperado.

Orwell foi policial da Birmânia, ou seja, ele tem total autoridade sobre o que ele escreveu.
Leitura e . 05/06/2020minha estante
Oii.. Boa noitee...Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... te espero lá...?
Obrigado.
@leituraeponto




Gabriela 11/12/2011

Uma Indicação
A melhor resenha desse livro está na sua própria capa. Mas se alguém tiver interesse em ler Dias na Birmânia, quero deixar minha indicação. É um livro que vale muito a pena. Todas as críticas são inteiramente atuais e eu mesma me identifiquei com várias delas, assim como identifiquei outras pessoas com quem convivo. Mas fora isso, a história é totalmente envolvente e dá muita vontade de saber o que vai acontecer. Faz a gente parar pra pensar, numa história que prende a atenção.
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V_______ 16/04/2023

Dias na Birmânia
Em Dias na Birmânia acompanhamos Flory, um funcionário britânico em um vilarejo na Birmânia (atual Mianmar), um homem próximo da meia idade, amargurado e frustrado, passa seus dias livres se embebedando e se relacionando com os nativos, o que é mal visto por seus conterrâneos. Em um lugar onde os britânicos são uma minoria a chegada da jovem conservadora Elizabeth mexe com Flory, um dos poucos homens ainda solteiros europeus, mas os ideais de Flory vistas como progressistas de mais pela pequena oligarquia local serão um entrave para sua felicidade. Ao mesmo tempo os planos do ambicioso e corrupto U Po Kyin, funcionário nativo, colocam a vida dos britânico em choque.
George Orwell usa esse romance como uma crítica ao imperialismo britânico, mostrando como os europeus são preconceituoso, arrogantes e violentos com os países que dominaram nos últimos séculos. Uma vez mais Orwell não decepcionado e entrega um livro que dá dezenas de pontos a serem refletidos em como a sociedade funciona em todos seus meandros.
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Thiago662 23/04/2021

"Quando um homem tem a cara preta, a menor suspeita já basta"
Não sei se gostei.
Dias na Birmânia é uma obra publica em 1934 e tem uma importância histórica imensa por retratar a face obscura do Império Britânico: preconceito, corrupção, prostituição. Nem consigo imaginar a recepção do livro em um momento em que o Império ainda tentava resistir e subjugar os povos da África e Ásia. Contudo, não achei o melhor de Orwell. A obra é arrastada, parece que nada acontece. Longas descrições.

Os personagens são ricamente construídos e é impossível gostar ou ter empatia por qualquer um deles, mesmo o Flory (o personagem principal, mas não um mocinho. Não tinha como existir mocinhos em tamanho horror). Por ser uma descrição real, muito provavelmente baseada nos anos que Orwell serviu a polícia imperial na Birmânia, causa muito mal estar ler cada preconceito, cada palavra dita contra os birmaneses. Quem conhece de História, sabe o horror que foi o imperialismo. Utilizarei trechos do livro nas aulas, para exemplificar o imperialismo e algumas formas de resistência a ele. Se sentir melhor só por conta da cor e do local de nascimento.

Os personagens - Elizabeth não tinha nenhuma perspectiva de vida, mas considera a todos os birmaneses inferiores a ela apenas por serem diferentes. Por terem uma cultura que não é a sua. O médico indiano é tão preconceituoso como os brancos e é um exemplo de como muitos nativos aceitaram o discurso do fardo do homem branco (os colégios e faculdades inculcavam essas ideias na elite local, que de certa forma também se beneficiava da exploração). Flory: uma alma revolucionária, em um corpo covarde. Que se adaptou aquele modelo, que o beneficiava. U Po Kyin que promove todas falcatruas possíveis com o único objetivo de sentir igual aos dominantes.

O final é melancólico.
Thales 23/04/2021minha estante
Dá pra dizer que o final é de explodir cabeças? ?


Thiago662 23/04/2021minha estante
?




Rafael 04/11/2015

Expressar-se livremente é impensável.
Orwell escreve de uma maneira bem interessante, altamente descritiva, a tal ponto que os primeiros capítulos do livro aparecem todos os personagens que irão ser desenvolvidos ao longo do mesmo. Pode até ficar um pouco bagunçado no início, gerando histórias paralelas que tendem a se cruzar depois das 20 ou 30 primeiras páginas e desanuviar as dúvidas que se acumulam nas cabeças dos leitores.
Mas quem quer alegria que não leia livros de George Orwell. Só malucos que nem esse que vos escreve que se tranquiliza com seus livros - com exceção de Winston, em 1984. Tudo muda e depois ganha uma reviravolta e mais outra até o final não ser feliz, e isso não tem nada de spoiler. KKK
Eu encaixo Dias na Birmânia acima de 1984 e abaixo Revolução dos Bichos.
Ele é um relato de primeira mão de como as coisas eram de verdade nas colônias britânicas, até o começo do século passado.
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Julio.Argibay 28/10/2020

Raj
Vamos começar nossa resenha do livro: Dias na Birmânia do escritor George Orwell. Ele é o mesmo autor de Revolução dos bichos, 1984, dentre outros obras importantes do escritor. De início noto nessas obras uma preocupação com o social, com a exploração, a evidência de uma luta de classes, da opressão as classes menos favorecidas e o desrespeito aos não europeus. Ou seja é um sacana de um comunista né (ironia)? Mas, fascistas a parte, vamos a nossa obra... Iniciamos pelo personagem U Po Kyin. Ele é um tipo bem singular, que apesar de ser um nativo, conseguiu emergir para um posto no serviço público, é um ser essencialmente corrupto. Ele está na varanda, pela manhã, abutres sobrevoam sob o sol. Ele é um sujeito gordo, mas não é flácido. A cara é arredondada e sem rugas, tem 50 anos e vive na Birmânia (na época era colônia inglesa, estamos no Raj Britânico). Depois de uma vida pobre, ele consegue acender na sociedade graças a algumas providências que o deixaram mais próximos dos ingleses. A partir daí foi progredindo e ficando cada vez mais rico e importante, até ser um magistrado corrupto. Ba Taik é um criado, que foi julgado ladrão e Ba Sein é um funcionário útil. Vamos incluir nesse núcleo, Ma Kin sua esposa, magra 45 anos, confidente das intrigas do marido a mais de vinte anos. Ela tenta mudar as atitudes do marido, dá conselhos, para não perseguir as pessoas e ter uma vida mais frugal. Pronto agora partimos para o núcleo inglês. Começamos por Macgregor, homem pesado de quase cinquenta anos, cujo apelido dos nativos é cágado. Ele é vice comissário e secretário do Clube Inglês (que é o centro da vida inglesa da localidade remota). Ele teve 9 filhos e não lhes dá assistência alguma (protótipo cavalheiro inglês. rsssss). Já Veraswami é um médico nativo, amigo de Flory, e adversário de U Po Kyin, na sua luta por sua maior ambição. Flory é mais um inglês, um dos protagonista da estória, que trabalha numa madeireira. Ele possui uma estatura mediana, cabelos crespos, com bigode e possui uma marca de nascença em meia lua no rosto, fato que o atormenta. No clube inglês Westfield com tom de voz melancólico se encontra com Lacersteam, gerente local de uma empresa madeireira, para tomarem um conhaque. O clube não está nas melhores condições é verdade, mas é o centro da vida inglesa local. Ellis gerente de outra companhia e Maxwel gerente do departamento de florestas, louro, cabelos vistosos, 25 anos, estão no clube. (Até agora lembra e muito o livro Passagem para a Índia, não sei quem plagiou quem). Eles debatem a necessidade de incluir os nativos como sócios do clube em Kyauktada, essa eh uma ordem da administração colonial inglesa. Lembrando que Veraswami, o médico, seria um dos candidatos a essa vaga e U Po Kyin é seu rival. Ellis é o inglês racista que tem aversão por orientais e não quer permitir a presença deles no clube. Macgregor tenta por a ideia em prática e Ellis está possesso com essa possibilidade. A sra Lacersteam, magra, sem curvas, com 35 ano faz parte desse grupo também. Ela é racista como a maioria dos membros apoia a servidão e acredita que os ingleses são uma raça superior. Flory vai visitar o médico, um sujeito preto, rechonchudo e possui cabelos espetados e se veste mal. Eles tem uma conversa e Flory diz o que pensa dos ingleses e o médico birmanês tenta contemporizar ( é subserviente ao extremo). Para o médico uma forma de conseguir se sai da perseguição de Po Kyin é se tornar sócio do clube Inglês, algo quase impossível, se não fosse a vontade dos burocratas ingleses. Ko S?la é um birmanês, baixo, de bigode, muito preto, bígamo, cheio de filhos, criado de Macgregor. Ele cuida de Flory, ele achava o jovem, ingênuo e fraco. Ma Hla May, 22 anos, 1,5m, é amante de Flory. Ele está na Birmânia desde a juventude, sofreu algum bowling na infância e adolescência devido a marca no rosto e viveu indolentemente na naquele pais até os dias atuais. Flory não parece muito disposto a defender o médico das intrigas de U Po Kyin. Chega a localidade o palmo da discórdia, Flory conhece a sobrinha dos Lacersteam. Seu nome é Elizabeth, ela já foi rica, estudou em colégio da nobreza, mas agora é pobre e órfã e foi professora para tentar se manter em Paris. A mãe era artista, vivia em Paris e o pai comerciante de chá. Sammy um dos criados de Flory fala sobre a expulsão da amante de Flory da casa dele Ma Hla e o futuro casamento do inglês com Elizabeth. A jovem já demonstra que não gosto dos birmaneses os acham uma raça inferior. Francis e o amigo são mestiços eurasianos e segregados pelos ingleses( aqui, pardo é pardo e a mulata não é a tal, meus amigos). Flory leva a amiga a uma visita a loja de Li Yeik merceeiro chinês, perto do bazar, ela é claro detestou, mesmo assim marcaram uma caçada para breve, ai sim um sucesso, a moral dele tá em alta. U Po Kyin, o inimigo do médico, finalmente, conta a verdade sobre os seus planos a sua esposa. O médico e Flory conversam sobre a intriga entre os dois birmaneses. Flory conversa com sua concubina, mais uma vez ele não cede, não quer conta com ela, devido a chegada de Elizabeth, ele está apaixonado. Chegou o dia da caçada e tudo ocorreu muito bem, obrigado. Achei que podia rolar um acidente, mas não houve. Chegou a hora dele pedir ela em casamento, será que vai? Antes disso, um pequeno terremoto que o impede de pedir a mão dela em casamento. Graças a um assédio do véi, ela já está disposta a dizer sim. Chega a localidade o jovem policial militar Verall. Logo que se veem já rola um lance com Elizabeth, a concorrência aumentou. Ele eh intragável com os demais ingleses, mas com ela saem para cavalgar e se encontram no clube. Flory, momentaneamente é descartado. O tempo passa e o pretendente Verral não faz a tão almejada proposta a Elizabeth e capa o gato, então as possibilidades de Flory aumentam. Depois de uma revoluçãozinha dos nativos a situação de Flory melhora bastante, pois ele foi o herói dos ingleses na solução do problema. Será que ele ainda tem chance? A situação do médico por tabela melhora bastante, devido a boa fase de seu amigo inglês, perante aos sócios do clube. Mas, logo ele derrapa, pois U Po Kyin já botou para funcionar seu novo plano sórdido. Depois de uma discursão com Elisabeth, Flory, tomou a pior das decisões possíveis, infelizmente. Elizabeth se arranja. Bem amigos, assim concluímos mais uma grande obra sobre o Raj Britânico nas Índias. Que povinho asqueroso viu? Só lendo para perceber o quanto esses serem humanos, pelo menos a maioria, naquela época, percebia o mundo e as culturas de outros povos. É muito vergonhoso. Vaaaleu. Que estória iremos nos deparar agora?
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Isa 23/03/2013

Surpreendente!
Sou muito suspeita para falar dos livros do George Orwell, já que sou completamente apaixonada pelas suas obras. Dias na Birmânia é o seu primeiro romance, e com certeza tem que ser lido pelos admiradores deste autor.

Mesmo se passando nos anos 1920, a história é extremamente atual. Não há como não se identificar em diversos momentos com o personagem principal, o inglês Flory. Da mesma forma, não há como não sentirmos pena, afeto e até raiva dele em certos momentos. E, como não podia faltar nas histórias de Orwell, é impossível não reconhecermos pessoas do nosso círculo social nos personagens envolvidos na trama.

Comovente, surpreendente, humano, de fácil leitura e compreensão, Dias na Birmânia não tem como não agradar! Recomendadíssimo!
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André 19/08/2019

Racismo e exploração dos nativos, reviravoltas na trama e muitas frases de efeito
Depois de ler a distopia 1984, não poderia deixar de ler outros títulos de George Orwell. Publicado em 1934, Dias na Birmânia foi escrito com base na vivência de seis anos que Orwell teve como policial do império na colônia inglesa de mesmo nome.

A estória tem como personagem principal John Flory, um inglês que vive na então Birmânia trabalhando como madeireiro e tem uma grande marca de nascença em seu rosto. Inseguro e solitário, Flory vive sua pacata vida em meio a alguns outros poucos ingleses que, diferentemente dele, têm uma visão de superioridade em relação aos nativos.

Do começo ao fim, o livro trata daquilo que é, na visão do autor, um selvagem sistema de exploração imperialista, e, com esse contexto histórico como pano de fundo, é-nos apresentado o dilema de Flory: apaixonar-se por Elizabeth.

Gostei do livro por ele mostrar a realidade da exploração colonizador x colonizado nas verdadeiras formas em que ela se dava. Admito, contudo, que tomei mais gosto pelo livro quando Elizabeth aparece na vida de Flory, embora este às vezes seja muito chato ao tentar fazê-la encarar os nativos como ele os encarava. Vejamos assim: Flory endeusava demais o povo natural da terra colonizada, e tenta a todo custo fazer Elizabeth pensar da mesma forma que ele.

Eu estava curioso para saber o que o autor teria para dizer num enredo totalmente diferente daquele do 1984, achando (temendo) que seria só mais um, como dito na música do saudoso Raul Seixas, "livro pra quem não sabe ler", mas afinal a leitura foi bem além das expectativas; pelas reviravoltas que acontecem em diferentes segmentos dentro da ficção, e também pela forma crua e direta como Orwell mostra-nos a visão que os europeus tinham dos birmaneses.

O livro tem uma leitura gostosa e rápida, bem ao estilo de George Orwell com suas frases de efeito. Nada esporadicamente, elas estão lá, geralmente no fim dos parágrafos.

Pelas reviravoltas, pelo contexto histórico e (principalmente) pelas frases marcantes que aparecem aos montes, gostei demais desse livro.
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Yuri.Bilk 06/02/2017

Sempre curti estudar o período dos impérios coloniais. Baita fenômeno interessante! A descoberta, a exploração, o contato com culturas exóticas, a expansão das fronteiras pra além-mar...

Algumas coisas, porém, os livros de história não conseguem nos transmitir. Como era a parte EMOCIONAL da coisa?

Como eram as sutilezas do relacionamento com os nativos? Como os eles se sentiam em relação aos europeus? E como os colonos se sentiam isolados longe de casa? Como era a vida lá, afinal?

Pra saber esse tipo de coisa só se você tivesse estado lá, ou se alguém muito eloquente tivesse estado e te contasse como foi. Alguém tipo... GEORGE FUCKING ORWELL?

Pra quem não sabe, Orwell foi policial na colônia britânica da Birmânia (hoje Miamar) lá pelo início do século XX, e isso o da embasamento pra descrever a vida por lá de forma bastante expressiva.

E ele faz isso contando as experiências e dramas do personagem John Flory, um inglês fracassado que trabalha extraindo madeira pra uma companhia comercial europeia.

Orwell era um crítico do colonialismo. Então coisas como a exploração econômica, a pobreza e o senso de superioridade étnica dos europeus permeiam a história inteira, como se fossem a coisa mais natural do mundo.

Ao mesmo tempo que o drama pessoal de John Flory se desenrola, Orwell sarcasticamente cutuca tanto alguns costumes britânicos quanto o império colonial.

O mais interessante, entretanto, é como ele retrata os sentimentos dos colonos. Especialmente a solidão, o patriotismo e a visão que tinham dos nativos. Orwell mostra como os colonos se relacionavam e subsistiam melhor que qualquer historiador, ele de fato mostra como era a viver na colônia.

Enfim, se tu gosta de Orwell, ou de colonialismo, vale muito a leitura.
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LER ETERNO PRAZER 07/07/2020

Publicado originalmente em 1934, "Dias na Birmânia", nas 360 páginas desse romance, George Orwell,se vale de sua experiência como funcionário do império britânico na Birmânia, hoje rebatizada Mianmar. O autor integrou a Polícia Imperial entre 1922 e 1927, quando o país estava rebaixado à condição de província da Índia.Num lugar tomado pela corrupção, pelos desafetos e pelas relações interesseiras, um grupo de ingleses apenas suportam-se atados a uma convivência forçada. Todos são membros de um clube restrito aos britânicos, se encontram diariamente embora não nutram amizades entre si e só não se matam uns aos outros graças ao gim e ao uísque. Por aqueles lados, é o álcool que mantém o império de pé.
Em "Dias na Birmânia" vamos acompnhar a saga de John Flory, empregado de uma madeireira inglesa que após 17 anos afastado de sua terra não vê mais aproximação possível com suas origens. Entre os funcionários do império, ele é constantemente massacrado por seus pensamentos igualdade e suas amizades com os negros. De fato, tomar partido em nome dos nativos exigia um preço bastante alto a ser pago. Mesmo assim, e a duras penas, Flory mantém-se fiel, na medida do possível, aos seus pensamentos. Alimenta o ódio de seus compatriotas, mas não sabe como se livrar da convivência com eles.Com a chegada de Elizabeth, uma jovem(órfã) inglesa em busca de um casamento promissor, é o ponto de virada da história. Flory se apaixona pela moça de hábitos finos e rapidamente idealiza nela a parceira ideal para suas aventuras em meio ao estranho, mas também admirável modo de vida da Birmânia. Já Elizabeth, criada e ducada com conceitos totalmente diferentes do Flory, está mais preocupada em não desfazer o penteado e garantir seu futuro com um marido rico e de posição social elevado.
Com um enredo instigante e uma narrativa rica em metáforas, passamos por vários pontos de vista. Com muito brilhantismo, George Orwell, nos faz acompanhar o enredo, ora pelo narrador onipresente, que tudo sabe, tudo vê, ora pelas reflexões do atormentado Flory, ora por um dos membros do clube de senhores britânico. Mostrando todo o domínio da técnica de narrar que Orwell tem desde muito cedo.
"Dias na Birmânia" é um ótimo livro, que traz nas sua páginas a dura realidade que as minorias desprivilegiadas sofrem com injustiças, abusos de poder por parte daqueles que estão no poder para trabalhar para o bem comum.
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Geovanna 16/11/2020

perfeito
Não gostava muito de livros que contém racismo, mas, esse me surpreendeu.
Me evoluiu mentalmente e acabou sendo um dos meus preferidos.
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Nats 04/01/2014

Essencial
Por ser uma das primeiras obras de Orwell, achei fantástica a forma como a voz do autor foi crescendo ao longo das páginas. Admito que no começo, achei o livro meio estranho por ter um relato simples, o que normalmente não acontece com outras obras dele.
Entretanto, a medida que a história vai se desenvolvendo, comentários sarcásticos e uma critica bem implantada sobre o imperialismo britânico vão transparecendo. O final me deixou um tanto frustrada, mas, não poderia ter sido de outra forma.
Orwell é sensacional, sou uma grande fã.
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