Drácula

Drácula R. F. Lucchetti
Bram Stoker




Resenhas - Drácula


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LillyEvans 24/03/2024

VIVA O DRÁCULAAAA
Um dos melhores livros para se estudar vampirismo.Além da história contada através de páginas de diário, existem informações relevantes sobre filmes e livros, assim de contar a origem dos vampiros e destacar os nomes de vampiros mais famosos.
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Zvitor 24/03/2024

AMEI.
Fascinante do começo ao fim, principalmente nos últimos capítulos, cheios de tensão. No começo é bom e no final fica melhor ainda.
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Leiturascomlara 23/03/2024

Para mais resenhas siga @leiturascomlara no Instagram! ??
APESAR DA PUBLI ESTRANHA, VALE MUITO A PENA LER DRÁCULA!???? ?

Por meio de relatos em diários, trocas de cartas e narrativas ?ao vivo?, a história do vampiro mais famoso do mundo vai deixar você sem querer largar o livro!

Em um breve resumo, Jonathan Harker, advogado, vai, a trabalho, ficar hospedado na casa do Drácula, e, ao perceber que tem alguma coisa bem estranha acontecendo, decide fugir. Esse desenrolar demora meses e ele é posteriormente encontrado em um hospital de freiras, sem se lembrar direito dos acontecimentos, apesar de tudo registrado em seu diário. E é uma dessas freiras que entra em contato com Mina, noiva de Harker e daí as coisas começam a desenrolar e entra a figura do Dr. Van Helsing e a determinação de capturar o vampiro.

É uma leitura completamente eletrizante! Pois, sempre fica um gancho de um capítulo para o outro em que a curiosidade precisa ser sanada ?. E outro ponto que merece ser mencionado é que vamos ter o ponto de vista de diversos personagens, o que, particularmente, adoro em um livro e é um fator que me instiga a ler mais e mais.

Além disso, preciso confessar uma coisa: ?Drácula? me aparentava ser um livro de terror, contudo fui surpreendida de encontrar um bom suspense. Então, para quem tem medo de terror, que nem eu, pode ler sem problema!

Dei ???????????? e li pela edição da Antofágica.

Para quem quiser ler tem disponível edições no prime reading, Kindle unlimited e na audible.
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Rickelmy.Castro 22/03/2024

Drácula de Bram Stoker
O livro no começo me prendeu bastante, Jhonatan Harker narrando suas experiências com o famigerado Drácula me deixou bem interessado.
Mas como nem toda colherada do mel é doce, o livro tem certas partes que se arrastam, os diferentes pontos de vista são tão esclarecedores quanto confusos, confesso que me deu certa sensação de marasmo principalmente nos diálogos de Van Helsing.
Mas é uma obra prima, um livro com suspense e aventura. Sem dúvida um livro que merece ser relido.
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Carol|@livroqueabre 21/03/2024

Me surpreendeu
Drácula é um clássico não só dá literatura mas do cinema também e eu sempre tive curiosidade de ler a história de Bram Stoker.

Diferente do que eu esperava o livro não é contado do ponto de vista do Conde mas sim dos outros personagens através de diários.
Nunca tinha lido algum livro organizado dessa forma e achei muito interessante como os diários se conectam dando continuidade à trama.

Senti medo em vários momentos, principalmente quando Conde ronda as suas vítimas sem se mostrar exatamente. As formas como os personagens descrevem ele e como o temem, foram suficientes pra me deixar assustada também.

É uma leitura fluída, que te prende e te deixa curioso pra saber o final. Achei que o final foi muito corrido e não teve algo que eu esperava muito mas ainda assim é uma excelente leitura.

Valeu demais a experiência de ler um clássico tão aclamado.
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Veri 21/03/2024

Drácula, o clássico
Ler um clássico é sempre uma surpresa, porque a fama precede a experiência da leitura, e então a gente vem cheia de expectativas. Drácula talvez seja dos que mais sofre com isso: quem não viu 1000 filmes de vampiro e não tem uma imagem perfeita da história do Conde Drácula?

Pois o original derrubou tudo isso para mim. O livro foca muito mais nos 5 heróis, que na primeira metade do livro tentam entender o que está acontecendo e na segunda tentam eliminar o mal da terra. Isso tudo contado a través dos seus diários e cartas, organizados cronologicamente.

Valeu muito ir direto na fonte!
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Jeanpaia 20/03/2024

Um clássico atemporal.
é um livro muito bom, a história e os personagens são sensacionais e é impressionante como mesmo que todos saibam o que é um vampiro e suas características, a história ainda assim consegue surpreender e causar um mistério e suspense em relação ao tema de uma forma muito boa.
o fato do Drácula aparecer mais no início e no resto do livro ser uma figura que é ausente fisicamente (só fisicamente, pq a sensação é de que ele está a todo momento presente, mesmo que não seja visto frente a frente), torna tudo mais misterioso e a sensação que o leitor sente é de constante perigo.
acho que os fatores que me incomodaram foram os diálogos sem fim e repetitivos, que não cansam de contar o que já sabemos um milhão de vezes (isso mais na segunda metade do livro) juntamente com a falta de ações, que da metade pra frente quase não ocorrem, e a estrutura da narrativa, que é um romance epistolar, que eu não gosto.
em relação à estrutura do texto, o fato de ser por cartas é bastante legal pelo fato de que vemos tudo pela perspectiva dos personagens, sem ter uma visão de fora, o que faz com que possamos deduzir junto a eles os mistérios que acontecem. mas, em contrapartida, em certo momento fica bastante maçante e repetitivo, deixando um pouco mais chato de ler.
mas tirando esses fatores, é um bom livro, e me deixou muito viciado ksksks
BaronVonJohn 22/03/2024minha estante
Um dos maiores méritos do Stoker, pra mim, é conseguir segurar a trama sem perder o fio narrativo ou se perder no próprio enredo. Ele sabe construir um bom romance.




Dani Ferraz 20/03/2024

Drácula, história e personagem que exercem um fascínio sem tamanho!
Ao iniciar a leitura de "Drácula", criei expectativas que, em parte, foram atendidas, resultando em uma experiência literária muito positiva. A trama, é envolta em um estilo cativante, e desperta a vontade de acompanhar cada acontecimento e antever o desenrolar da história.

Surpreendentemente, apesar das inúmeras adaptações, revisitar essa obra na fase de vida em que me encontro me proporcionou uma experiência mais rica. As lembranças já esquecidas sobre a trama permitiram com que eu mergulhasse nas páginas, cativada pela curiosidade de redescobrir os destinos dos personagens. A narrativa, estruturada por relatos e cartas, afasta-se da expectativa de uma leitura cansativa, destacando-se pela facilidade de acompanhamento.

Este livro não se trata apenas de Drácula; seu nome é mencionado no título como um elemento significativo a ser temido, porém a trama centra-se na jornada dos Harker. Explora-se como a vida de Jonathan Harker é transformada após sua estadia no Castelo do Conde Drácula, onde ele confronta um mal indescritível. Ao se empenhar em sobreviver e combater essa ameaça, ele encontra aliados corajosos que se unem para enfrentar o mal que se interpôs em suas vidas. O desfecho incerto levanta questões sobre quem sairá vitorioso, se o bem ou o mal prevalecerá, e se os protagonistas conseguirão resistir ao poder de Drácula ou se tornarão suas vítimas.

Para concluir, apesar do término abrupto em relação às expectativas de um confronto épico com Drácula, o livro destaca-se pela riqueza dos personagens e a construção icônica do vilão. Em última análise, "Drácula" é uma obra clássica que explora a batalha entre o bem e o mal de maneira única. Vale e muito a leitura, afinal, um clássico não é um clássico à toa!
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Coffee.Kaka 20/03/2024

Gostei bastante, porém tem uns pontos de vista muito chatinhos e enrola muito como o da Mina, por exemplo. Tirando isso, amei lê-lo. Se você gosta de clássicos/góticos e tem interesse em ler os livros que influenciaram o gênero, recomendo muito.
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Aurelio.menezes 19/03/2024

O sangue da burguesia????
Esse romance maravilhoso não só retrata as características da Inglaterra na idade média como também um retrato social a da época!

O livro pode ter várias interpretações do autor, a mais aceita é o sangue como algo de burguesia, só a linhagem com sangue puro o vampiro pode pegar.

Uma leitura muito enrolada, recomendo versões mais reduzidas para o livro!
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Arieli6 19/03/2024

Um ótimo livro, só não o meu tipo de livro.
Quando eu iniciei essa leitura (por influência da minha amiga Anne) eu sabia que era um clássico então seu estilo de escrita também era, mas mesmo assim foi um pouco massivo.

Drácula é com certeza um bom livro, é muitíssimo bem escrito, boas cenas, personagens bem desenvolvidos e suas emoções do mesmo modo, sendo assim um clássico no gênero do terror, influenciando até hoje diversas histórias.

A leitura desse livro não foi exatamente fluída, o que me prendeu foi o fato de ser muito interessante, então me motivou a ler. (Juntamente com um personagem que insistia em não ver o perigo).

Durante a minha leitura, que como disse foi muito interessante eu notei que em um certo momento (provavelmente a segunda metade) eu me senti dispersa durante a leitura.

Recomendo a leitura ? Se for o seu gênero, recomendo muito, se não for (como no meu caso) saiba que é um livro, porém tem seus pontos negativos.
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carolduarte_b 19/03/2024

Romance epistolar o não tão novo homewrecker do século XIX
A história é maravilhosa e é sempre bom ter a oportunidade de ler clássicos. Contudo, o motivo de 3.5 na avaliação é pelo simples fato de a estrutura narrativa desse livro ser um romance epistolar (eu não fazia ideia que era) e eu ODEIO romance epistolar. Meu Deus que coisa odiosa.

Acho que se não fosse isso minha nota teria sido maior com certeza.

Um outro fato também que ajudo na avaliação foi: esperava terror, até que ganhei terror mas não TÃO terror assim.
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Alecio Miari 19/03/2024

Clássicos viram clássicos por causa de boas razões
Este não era um livro que estava na minha lista para algum dia ler, simplesmente foi o impulso de ver uma edição tão linda na prateleira com o fato de ser um clássico que atravessou gerações e que continua sendo vendido nas livrarias. "Deve ser bom então".

E não me arrependi nem um pouco com o andamento da história toda, mesmo que me tirou da minha zona de conforto e que acabei demorando três meses para ler. É muito válido e entra na minha lista de recomendações quando o assunto for "clássicos".

O mais interessante da obra toda é que em nenhum momento acompanhamos o conde drácula, não entramos em sua mente e não sabemos qual o próximo passo que ele dará. A gente acaba sentando ao lado dos personagens que estão tentando arrumar as ideias para desvendar o que ele fará em seguida.

Isso nos causa uma ansiedade enorme e nos faz entrar de vez em todo aquele ambiente, nos deixando preocupados com o que pode vir a acontecer e tentando entender todas as possibilidades futuras..

E este cenário só é mais amplificado por causa da maneira como tudo é narrado, já que você não tem a "full picture", somente diários e cartas dos personagens. Ou seja, as peças são espalhadas sobre a mesa e você vai tentando achar as conexões que vão fazê-las se encaixar e formar a imagem.

A sorte é que temos o Dr Van Helsing com uma mente afiada que vai concatenando estes fragmentos e criando hipóteses que em alguns casos vão se confirmando, porém em outros vão sendo negados. De maneira geral, ele acerta bastante e é graças à sua ágil inteligência que o Conde Drácula vai sendo pouco a pouco desmascarado.

O ponto alto do livro se dá quando os personagens que começam em extremidades opostas acabam se encontrando e chegam à mesma conclusão sobre o conde. A partir daí o plano de captura e extermínio é trabalhado em equipe e a narrativa sobe o tom de maneira muito intensa.

Porém o conde ainda tem suas artimanhas e as usa de maneira perpicaz para fugir de seus perseguidores. Estas complicações apimentam ainda mais a trama, fazendo com que cada um de nossos heróis tragam o que ele possui de melhor para contribuir com a perseguição. Aqui vale mencionar a grande lógica que Mina Harper consegue tecer em relação às possibilidades de transporte que o conde possui para voltar à Transylvania.

De maneira geral, o livro é MUITO BOM, quase 5 estrrelas na minha concepção e muito recomendável!
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BaronVonJohn 19/03/2024

Drácula, de Bram Stoker | crítica
Histórias de vampiro não são algo novo e tampouco encontram-se em escassez nas artes. Na verdade, se analisarmos com cuidado, desde que Drácula, de Bram Stoker, foi escrito já existira obras que abordam a criatura hematófaga. O Vampiro, de John Polidori, em 1819. A Família Vurdalak, de Alexei Tolstói, de 1847. E Carmilla, de Sheridan Le Fanu, de 1872. Inúmeras personagens, cenários, prosas, e, claro, vários vampiros. Então, fazemos uma pergunta, por que o romance de Stoker alcançou o status absoluto de dar consciência a forma do mito literário do vampiro que conhecemos hoje em dia? E como até hoje influencia no terror? Em verdade, não estou aqui para dar um veredito, porém, após a leitura do livro, reconheço não somente a importância de Drácula do modo como reflete o mundo da época, em especial a sociedade vitoriana, mas também do porque ele é tão aclamado. Enfim, vamos ao texto.

Publicado em 1897, 'Drácula' de Bram Stoker é um romance epistolar — a obra ora traz depoimentos dos personagens, ora recortes de jornais e outros gêneros textuais — de ficção gótica aonde acompanhamos o conde vampiro homônimo e sua ida a cidade-joia do império britânico, Londres, a fim de se banquetear com o pulsante sangue dos pescoços das nobres mulheres da metrópole, enquanto é perseguido por um grupo de nobres cavalheiros, vítimas de suas artimanhas, que buscam destruí-lo antes que ele destrua a própria sociedade. Nesse sentido, um dos maiores méritos do romance é a capacidade de tratar de certas ansiedades sociais que permeavam a Inglaterra vitoriana, como imigração, as novas doenças, mudanças tecnológicas, papéis de gênero e o medo coletivo da degeneração da nação. Tudo isso é trabalhado de modo implícito na prosa de Stoker, afinal, se formos meramente numa perspectiva diegética, é apenas um romance gótico do embate entre amor e morte de perseguição à um vampiro. Porém, embora essa visão também é funcional e válida, creio que o valor mimético é algo tão enriquecedor quanto.

Desse modo, Conde Drácula é a personificação dos maiores medos vitorianos. É um estrangeiro, que regozija-se em honradez de suas origens "primitivas", aos olhos britânicos, sendo uma herança de uma época medieval há muito superada pela marcha da mudança, afinal, o período que Stoker escreve sua personagem é uma época de mudanças fulcrais na configuração política, social, tecnológica, habitacional e artística na Europa e no mundo. Raramente vemos Drácula executando 'de facto' suas ações, na verdade, só temos contato direto com sua figura no início da obra, em seu castelo na Transilvânia, e em esparsas aparições, como no zoológico ou no quarto de Mina, até o seu final. Pouco sabemos do personagem para além daquilo que escutamos em seu castelo no início, e se não houver uma pesquisa fora do livro sobre a inspiração de Bram Stoker no voivoda da Valáquia, Vlad, o Empalador, pouco dá para se abstrair de sua personagem. Porém, isso pouco importa. Afinal, o próprio Stoker sequer visitou a Transilvânia para escrever seu livro, pois, passou a maior parte do tempo em Whitby — que também se faz presente na trama quando Mina, Lucy e a mãe de Lucy vão para lá — estudando as superstições dos povos do leste europeu e a própria história para criar o cenário, mas pouco se ateve à um destrinchamento minucioso dos locais, porque Drácula é um mito criado através de mitos. Assim, ele é um personagem mais importante que o próprio livro que o divulgou. Não que a narrativa epistolar de Bram Stoker não possua brilho ou valor — irei comentá-la em breve —, mas é fato que a figura do Conde é tão monstruosamente sedutora e bem escrita que nem mesmo as páginas conseguem contê-lo. Ele é onipresente na narrativa, não como personagem, mas como símbolo. Ele é a névoa, o morcego, os lobos, ele controla a mente de Renfield, perverte as mulheres espalhando veneno em seu sangue — o que serve de representação para doenças como sífilis que estavam em surto na época — e causa terror em todos. É por isso que não há como negar que é uma personagem fantástica.

Um outro ponto que é excelente em Drácula é a escrita. A prosa de Stoker é um deleite, sendo realmente surpreendente o quanto, em um romance tão longo, consegue manter o leitor cativado e angustiado com tudo aquilo. Embora não haja uma linguagem característica ou um texto com elementos denotativos que explicitem a personagem que acompanhamos, o autor trabalha tão bem em sua licença poética de colocar os diálogos e informações extras em documentos que eram para ser 'curtos' ou pessoais, como as anotações do Dr. Seward ou o Diário de Mina, respectivamente, que conseguimos enxergar as personagens no próprio texto. As primeiras cenas estão entre as coisas mais marcantes que já li. O cárcere de Jonathan Harker oprime e é decadente. Definhamos junto à personagem, mesmo que ainda carregue uma esperança cristã em seu peito, afinal, esse também é um embate do bem contra o mal. O que segue após isso é uma espécie de interlúdio na narrativa, aonde conhecemos mais das personagens, como Mina, Lucy, Quincey, Seward e Arthur até o momento que Drácula desembarca do Deméter e morde o pescoço de Lucy. O ritmo fica mais lento e menos interessante nesse período, mas em compensação, com a chegada de Van Helsing para auxiliar Lucy, a trama retorna aos eixos. O que se segue até o fim é exploração do mais profundo decadentismo e cansaço do ser humano. Para caçar Drácula eles quebram instituições, como a propriedade privada, assim como ele também as quebra, como a pureza da mulher inglesa. Eles lutam contra o desejo carnal e a perversão para não cair na morbidez das musas do Conde. Cansam-se à cada página, em especial Jonathan, mas nunca perdem a esperança, em especial por causa de Mina, que assume a figura de uma mulher mariana e nunca permite que os homens se deixem por abater, ela lhes dá força mesmo que a sua já esteja esgotada. É quase como um embate entre a dita castidade cristão e erudição da sociedade britânica contra a devassidão pagã e obscurantismo do Conde, aonde o elo entre esses mundos são, justamente, as mulheres que tanto podem purificar, quanto condenar o homem que fraqueja em seus desejos, não é à toa que as principais figuras do elenco são masculinos. Nesse aspecto, são personagens interessantes, assim como a narrativa, gosto do desfecho, embora ache apressado, mas é inegável que os dois 'interlúdios' da trama — um durante a estadia Whitby e o outro após a morte de Lucy — deixam a desejar no que se refere à envolvimento. No mais, Drácula é um romance fantástico, envolvente e hipnótico do início ao fim e mesmo com uma conclusão anticlimática e com esses truncamentos na narrativa, ainda desenvolve-se como uma obra extraordinária.

Considerações por fora...
Personagens: em sua maioria ótimos e interessantes de se acompanhar, mesmo que mantenham-se bem definidos e com poucas nuances. Jonathan Harker é um ótimo protagonista, com um desenvolvimento tímido, mas visível ao final, sendo ele essencial para o desenrolar da trama, mesmo que perca seu protagonismo no meio do livro. Mina Harker dispensa comentários, é meiga, gentil, e de coração imenso, mas, como Van Helsing disse, é também alguém esperta, corajosa e inspira não somente as personagens, mas também o leitor pela sua dedicação com a missão e de sua resiliência ao suportar sua 'mácula'. Arthur Goldaming não possui muita relevância além de seu romance com Lucy, então não me cativou muito, o mesmo se assemelha com Quincey Morris que faz o papel do 'cara durão' preparado para tudo, mas, diferentemente do Lorde Goldaming, ele possui mais relevância e mais participação ativa devido sua personalidade combativa e, querendo ou não, seu desfecho torna-o mais marcante. Abraham Van Helsing e John Seward são os meus personagens favoritos aqui. Atuam como herói e ajudante, sempre a disposição do grupo, sendo Van Helsing a voz da sabedoria e sensatez — mesmo com seu jeito estranho e seu humor tragicômico — e Dr. Seward aquele que sempre oferece uma resposta às indagações de seu mestre. Adorava as partes dos dois conversando ou de Seward descrevendo Renfield.

Nota: 90/100
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Isabelly.Mariano 18/03/2024

Vampiro de terror é melhor que vampiro romantizado
Eu sempre detestei qualquer história que tivesse vampiro, que coisa mais chata, não sei qual a tara que as pessoas tem nisso. Mas ai eu li o verdadeiro vampiro, Dracula, e amei.
O desenvolver da história é muito bom e te cativa, os arcos da Lucy te dão muita curiosidade e os do Ranfield faz você querer chegar logo ao final para descobrir qual a ligação.
A falta de uma estrela é porque no final começa a ficar repetitivo, é uma busca incessante para pouco embate.
De qualquer forma, entendo porque é uma febre e merece todo o reconhecimento.
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