Memórias do mediterrâneo

Memórias do mediterrâneo Fernand Braudel




Resenhas - Memórias do Mediterrâneo


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denilson 01/10/2011

um projeto enganador..
livro extenso, mas muito superficial. hoistórias do Egito, grécia e roma foram contadas em meia dúzia de páginas... Alexandre, o grande, então, não existiu. As ciências e filosofia, praticamente nada, uma perda de tempo....
misael 11/04/2012minha estante
Denilson, obrigado pela sinceridade com a obra. Algumas pessoas não gostam de ouvir verdades sinceramente desagradáveis, particularmente gostei de sua disposição em não vir aqui para falar bem do livro. Muitos aqui não gostam de fechar um livro e pensar "pq comprei esta m...", mas não são capazes de agradecer por um comentário mais áspero. O autor da outra resenha admite que a pré história e a antiguidade não são os fortes do autor do livro, logo é de se esperar que não seja grande coisa, obrigado.


Manuel 05/10/2019minha estante
Sinceridade DEZ, entendimento ZERO: Denilson leu e nada entendeu, nadica de nada do livro. O livro trata de estruturas e de conjunturas, de ritmos temporais mais longos e lentos. E tem como grande personagem o Mediterrâneo, como indica o titulo. Nele, nos fluxos humanos que o atravessam, temos o protagonista desta historia.
Perdoe-me, Denilson, mas vc patinou no assoalho do livro e nada mais. Acostumado ao Fusquinha (que tem as suas virtudes) encabulou-se diante de uma Ferrari.
E exagerou na sua verve biliosa, seja por estar olhando para o outro lado, seja por ver a sua expectativa desatendida. Pra ficarmos no exemplo da alegada inexistência de Alexandre, o Grande. De fato, ausentes se acham as suas proezas da narrativa, todavia deve-se reconhecer, Alexandre Magno, se acha muito bem presente naquilo que interessa ao objetivo da obra: os impactos civilizacionais. Assim, as suas iniciativas passam pelo exame do ponto de vista do helenismo, dando inclusive nome a uma secao (O erro de Alexandre, 'o Grande') que abrange as paginas 272 a 279.
Destarte, por ser muito mais adequada, assertiva e certeira, mais vale a resenha do Hugo.
Cada qual no seu cada qual.




Hugo Leite 06/01/2012

Memórias do Mediterrâneo - Pré-História e Antiguidade, de Fernand Braudel
Durante um longo período da sua história, o Mediterrâneo testemunhou o nascimento e posterior declínio de variegadas civilizações que bordejavam nas suas franjas. Navegando pelos vestígios deixados por estes povos, Fernand Braudel reconstitui, em linhas gerais, e pacientemente, as evidências do seu passado. Nesta obra, Braudel, historiador da Longa Duração e verdadeiro cientista dos fluxos temporais, embora não sendo especialista em campos como Pré-História e Antiguidade, apresenta – apoiado por sua conhecida memória enciclopédica e amor por este mar que lhe consumiu décadas de estudo – uma rica síntese das diversas civilizações, culturas e etnias, com suas crenças e tradições diversas, que floresceram à montante e à jusante do Mar Interior.
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Manuel 05/10/2019

Uma síntese incomparável
Braudel é um autor criterioso e produz uma síntese incomparável para o seu propósito, abordar o Mediterrâneo como espaço-mundo, tema no qual se tornou um especialista e realizou um trabalho pioneiro ao inaugurar uma nova abordagem e um novo campo de estudos a partir de sua tese de doutorado "O Mediterrâneo e o mundo mediterrâneo na época de Filipe II".
Temática atualíssima quando se considera a globalização, em "Memórias do Mediterrâneo" Braudel nos descortina o extraordinário processo de mundialização ocorrido na Antiguidade, do qual nos resultou o alfabeto e a cidade-Estado clássica (a "pólis").
Escrito em fins dos anos 1960, o comprometimento subsequente do projeto editorial do qual fazia parte este título (idas e vindas narradas de modo sucinto no preâmbulo do livro) impediu que viesse a lume durante a vida de Braudel, embora algo do ali projetado tenha aparecido resumidamente na obra "O Espaço e a História no Mediterrâneo" publicado entre nós pela Martins Fontes.
Enfim, treze anos após a morte, em 1998, é publicada a edição original (traduzida pela Terramar em 2001), não sem antes uma cuidadosa revisão, necessária face os avanços da pesquisa, da qual participaram os arqueólogos Jean Guilaine, especialista em Pré-História recente e Proto-História, e Pierre Rouillard, especialista em História Antiga, que prefaciaram e redigiram a obra.
Hoje os estudos sobre o Mediterrâneo, no período aqui coberto por Braudel, desbravaram novas fronteiras e reviram a forma de análise de antigos fenômenos, introduzindo perspectivas não presentes neste texto de Braudel, mas sem esmorecer a importância da síntese por ele alcançada, ainda útil e atual.
Manuel 05/10/2019minha estante
Acima se diz "que prefaciaram e redigiram a obra", leia-se "que prefaciaram e redigiram notas para a obra."




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