Origens culturais da Revolução Francesa

Origens culturais da Revolução Francesa Roger Chartier
Roger Chartier




Resenhas - Origens culturais da Revolução Francesa


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NicholasJade 22/05/2022

Entrega o que promete
É um livro bom, com excelentes referências, mas não é um livro para quem espera um resumo ou uma explicação sobre os acontecimentos que antecedem a revolução ou que sintetiza o ocorrido.
As origens culturais da Revolução Francesa justamente questiona se existem mesmo origens a se considerar que tenham moldado a revolução, ou se ela é um evento independente e de completa ruptura.
O ensaio oferece questionamentos pertinentes sobre a verdadeira influência dos eventos que precederam a revolução, e trazem uma visão crítica dos demais estudos feitos sobre o período, possibilitando assim um estudo mais racional e não tão definido pelos demais vieses.
Eu achei proveitoso, apesar de levar o dobro do tempo que imaginei que levaria para ler rs
É um livro que exige concentração, o que fez algumas releituras serem necessárias para sua compreensão.
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Elisabete Bastos @betebooks 28/07/2018

Revolução Francesa - questão imbricada
O livro de Roger Chartier é um ensaio sobre a Revolução Francesa com indagações e origens culturais, que tem um longo fio condutor na monarquia e rompe-se de forma brutal e extremamente violenta.
O autor pontua as ideias do Iluminismo, os livros, que espraiaram o conhecimentos de Rousseau e Voltaire, entre outros, a descristianização, a dessacralização do rei, da monarquia.
A Revolução é uma argamassa complexa de difícil análise, conflitos internos, mostrando a exacerbação da violência contra o rei, a família, entre o seio do revoltosos, com os contrarrevolucionários etc.
O autor aponta:
"evento que constitui, indissoluvelmente, tanto uma emancipação da velha ordem definida e garantida por suas transcendências como uma de voltar contra o Estado, e sua razão de Estado... pág 284
A obra é sociológica e filosófica, para a sua melhor compreensão precisa de embasamento de outros livros sobre o tema.

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Joachin 02/12/2012

A conclusão que se pode tirar do estudo de Chartier sobre as origens
intelectuais da Revolução Francesa é que um evento como esse, explosivo e sanguinário, que rompeu com uma tradição política absolutista construída por séculos, alicerçada pelos sustentáculos da religião e do Estado e que envolveu, de forma geral, todos os seguimentos sociais da França, teve razões complexas e inseridas em um processo de duração histórica mais longa. Desta forma, Chartier lança mais inquietações do que respostas em torno de um tema historiográfico clássico e induz o leitor à reflexão de que os objetos ligados ao campo da história podem ser sempre revisitados, arejados e redescobertos por novos olhares e problemas lançados pelos historiadores para o passado.
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Hugogpd 16/06/2011

Uma visão lucida..
Rever ( revisitar) e reavaliar o passado, principalmente os fatos ditos "marcos" na cultura ocidental, é uma prática muito comum - mas Chartier o faz de maneira brilhante, pois não é somente datas e acontecimentos, é uma abordagem que traz grandes e novas possibilidades, porque a História encantada de uma revolução francesa cheia de ideais (Alguns ainda dizem que eram Norte Americanos, que bobagem!), já esta cansativo, e perdendo a graça...
Recomendo.
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