spoiler visualizarDu Boffo 16/11/2024
O que fica na história é o que você fez, não o que quase fez, não o que pensou em fazer
Comecei a ler esse livro um pouco confuso, talvez pelo número de personagens e por ainda não conseguir diferenciar quem era quem no decorrer da entrevista. Mas a cada página lida, a história ia me prendendo mais e mais.
Amei a forma como tudo foi contado, em meio a tantas polêmicas, o uso excessivo de drogas e de álcool. Os personagens relataram as suas experiências da forma mais natural possível. Acho que isso foi o que tornou tudo tão intenso e verdadeiro.
Eu amo que essa autora consegue pegar algo fictício e, literalmente, enganar seus leitores. Eu me senti como um fã da banda, apaixonado por rock 'n' roll, doido por um autógrafo e louco para curtir um show. Amei que as letras das músicas também foram inseridas, tornando o processo literário ainda mais imersivo.
Em meio aos embates de Daisy e Billy, a tensão amorosa era evidente. Gostei que eles respeitaram a Camila, porque a coitada sofreu muito nas mãos do Billy no passado.
O ultimato da Camila para a Daisy foi certeiro. Afinal de contas, ela tinha que proteger a sua família.
Fiquei chocado com a decisão da Karen em abortar o seu filho e não ter dado escolhas para o Graham, mas entendi o seu lado como mulher independente e de não querer abrir mão do seu sonho com a música. Mas senti que faltou um bom diálogo entre os dois aqui.
Fiquei triste com a morte de Teddy, pois Billy tinha uma grande inspiração no seu amigo, o que também contribuiu com o término da banda.
O último show de 12 de Julho de 1979 foi louco. Um mais revoltado que o outro no palco.
Mas o que mais me chocou foi a Julia, primeira filha de Billy e Camila, como entrevistadora da biografia da banda. A mulher ouviu todas as histórias alucinantes do pai, sendo que sua mãe já estava morta em decorrência do lúpus.
Ainda bem que Billy, aparentemente, foi um bom marido para Camila durante os últimos anos ??