AnaLuVL / @anarilhando 19/03/2020História Interessante, mas mais cansativoEste livro li logo depois de Laques, do mesmo autor. Foi uma experiência muito Interessante ler duas obras seguidas de mesma autoria e comparar escritas e as personagens.
A escrita de Platão é bastante densa gramaticalmente, mas nem tanto no vocabulário, o que não atrapalha tanto no entendimento. O desafio é mais seguir a lógica e raciocínio, do que entender a palavra utilizada.
Neste livro, em oposição à Laques, Platão destaca apensar dois personagens: Sócrates e Eutífron. Ambos em uma situação jurídica.
A partir daí, começa a refletir sobre diversos assuntos, dentre eles e principalmente a piedade, indo em seguida para o que significa o amor dos deuses, o cuidar, e assim indo.
Mais uma vez, como é de praxe pelo visto, o autor declara seu amor por Sócrates através da voz do outro personagem em alguns momentos (mas bem menos do que em Laques) e, além disso, há o momento da "grande brisa" de Sócrates diante dos argumentos levantados.
E neste livro, com mais humor, o desfecho diante dessa "viagem" no raciocínio de Sócrates é bastante Interessante. Aqui, o autor apresenta um lado de Sócrates ainda não presente em Laques, provavelmente pela falta de amadurecimento.
Indico a leitura deste livro, acredito ser indispensável ele alguns clássicos.