Eutífron

Eutífron Platão




Resenhas - Eutífron


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Felipe 16/08/2021

Sócrates, igualmente irritante e sábio.
Em um dos diálogos aporéticos de Platão, vemos Sócrates, prestes a enfrentar seu julgamento, encontrando Eutífron, que ia acusar o pai de assassinato (ação que na época poderia ser mais grave e desonrosa que o próprio assassinato).

Sócrates questiona "Diga, então, o que você diz que é o piedoso e o ímpio?" e Eutífron procura estabelecer uma relação entre o que supostamente seria piedoso/certo e aquilo caro aos deuses.
Sócrates segue, da maneira mais debochada que Platão fazia, apontando os furos no discurso de Eutífron. Desde o impulso de conceituar algo através de exemplos à incerta certeza que Eutífron teria do que realmente seria caro aos deuses.

A conversa flui pelos conceitos de certo, errado, piedoso, ímpio, justo, injusto, amor e ódio, e o dilema de "Então, a piedade é amada pelos deuses porque é piedade, ou é piedade porque é amada pelos deuses?"

Assim termina em aporia. Sócrates aponta as falhas no discurso do companheiro mas também não nos oferece uma resposta.
Levando em consideração o anacronismo, visto que atualmente a questão do assassinato e de justiça são completamente diferentes, temos um provocativo diálogo no qual, através da figura de Sócrates, lembramos como temos tantas falsas certezas quando deveríamos reconhecer a própria ignorância.
Giulian.Mendes 07/02/2024minha estante
Acabei de ler, a sua resenha trouxe maior profundidade para a minha compreensão




daniela!! 29/08/2024

??????.??
Eutífron foi o diálogo do Sócrates mais aleatório que eu li até agora. Não que isso seja ruim, achei a discussão bem interessante e aplicável até os dias de hoje, o que me surpreendeu pq é um diálogo sobre as opiniões dos deuses gregos. A lógica do pensamento foi muito boa, e foi divertido de acompanhar a maiêutica, mesmo que eles não tenham chegado a uma conclusão precisa.
Recomendo! ;)
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Felipe1067 27/04/2022

Andando em espirais
Em mais um diálogo sem conclusão, neste Sócrates discute com o religioso Eutífron sobre o que é e o que não é santidade, ou atos pios e ímpios.
Eutífron falha em conseguir dar uma resposta objetiva à pergunta "o que é o sagrado?", mas nunca se anda verdadeiramente em círculos quando o interlocutor é Sócrates, deixando para o leitor a tarefa de chegar (ou não) a uma conclusão.
Felipe1067 28/04/2022minha estante
A decisão de Platão de, neste diálogo, não chegar a uma conclusão é genial. Ao discutir os motivos da acusação (e posterior condenação e execução) de Sócrates, caso chegasse a um consenso Platão iria necessariamente cair em um de 2 casos: ou iria confirmar a acusação e portanto invalidar todo o discurso socrático, ou iria invalidar o sistema judicial ateniense e com isso Platão provavelmente teria o mesmo destino do mestre




Cirineu.Nunes 30/03/2024

Em Busca da Piedade: Reflexões no Diálogo ?Eutífron??
Platão nos apresenta um diálogo intrigante entre Sócrates e Eutífron, que se encontram casualmente do lado de fora do tribunal em Atenas. O cenário é tenso: Sócrates enfrenta acusações de corromper a juventude e impiedade, enquanto Eutífron processa seu próprio pai por assassinato.

A palavra-chave aqui é piedade. O que é ser piedoso? Eutífron oferece cinco definições, mas Sócrates, sempre o questionador incansável, não está satisfeito. Ele desafia cada definição, desvendando camadas de significado. Afinal, a piedade é apenas seguir rituais religiosos ou também envolve uma virtude moral mais ampla?

O diálogo não nos dá uma resposta definitiva. Eutífron sai apressadamente, deixando a pergunta pairando no ar. Mas talvez seja essa a magia dos diálogos socráticos: eles nos fazem pensar, refletir e questionar nossas próprias convicções.

Então, se você busca uma leitura que desafie sua mente e aguce sua curiosidade, mergulhe em ?Eutífron?. Quem sabe você também não saia com mais perguntas do que respostas? ??
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AnaLuVL / @anarilhando 19/03/2020

História Interessante, mas mais cansativo
Este livro li logo depois de Laques, do mesmo autor. Foi uma experiência muito Interessante ler duas obras seguidas de mesma autoria e comparar escritas e as personagens.

A escrita de Platão é bastante densa gramaticalmente, mas nem tanto no vocabulário, o que não atrapalha tanto no entendimento. O desafio é mais seguir a lógica e raciocínio, do que entender a palavra utilizada.

Neste livro, em oposição à Laques, Platão destaca apensar dois personagens: Sócrates e Eutífron. Ambos em uma situação jurídica.

A partir daí, começa a refletir sobre diversos assuntos, dentre eles e principalmente a piedade, indo em seguida para o que significa o amor dos deuses, o cuidar, e assim indo.

Mais uma vez, como é de praxe pelo visto, o autor declara seu amor por Sócrates através da voz do outro personagem em alguns momentos (mas bem menos do que em Laques) e, além disso, há o momento da "grande brisa" de Sócrates diante dos argumentos levantados.

E neste livro, com mais humor, o desfecho diante dessa "viagem" no raciocínio de Sócrates é bastante Interessante. Aqui, o autor apresenta um lado de Sócrates ainda não presente em Laques, provavelmente pela falta de amadurecimento.

Indico a leitura deste livro, acredito ser indispensável ele alguns clássicos.
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Bryan Damon 02/03/2023

O que é o piedoso?
Sócrates leva Eutífron, em seus questionamentos, a chegar a uma definição do que é o piedoso e como ele se opõe ao ímpio. Embora seja inconclusivo, todo diálogo é bastante interessante.

No final chega-se a um empasse onde se começa a andar em círculos para alcançar a definição correta. Ao meu ver, é porquê não há realmente uma conclusão concreta para isso. Mas, embora o contexto da época fosse diferente do atual, consigo ver boa parte desse diálogo se encaixando em um contexto atual.
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Jack 30/04/2020

Diálogos de Platão
Recomendo fortemente a leitura dos diálogos de Platão, é necessário a todos que desejam se aprofundar na filosofia.
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Eu. 04/02/2023

Apologia de Sócrates
Nos diálogos, tive uma impressão de um Sócrates um tanto quanto "sofista", com ótima oratória e capacidade persuasiva/discursiva , entretanto era um discurso autocentrado e irrisório.

Ao ler Eutífron e a apologia de Sócrates tudo foi por água abaixo , era de uma convicção e de uma confiança tão forte no seu julgamento , que era implícita a sua bondade e piedade.
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Leo 27/07/2024

Eutifron
Eutifron deseja denunciar seu pai pela morte de um empregado. Platão começa a questioná-lo sobre a piedade, porém o diálogo é interrompido. Uma pena não ter um maior desenvolvimento.
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s4fensound 09/10/2024

Li este para complementar uma fala num trabalho de história e cheguei à seguinte conclusão: se eu fosse eutifron, também largaria sócrates falando sozinho.
o livro traz um diálogo muito interessante, juro, mas tive que me segurar muito para não rolar os olhos a cada página que lia.
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Anezio 27/09/2023

Como tudo começou...
Uma ação é piedosa porque os deuses a amam ou os deuses amam uma ação porque ela é piedosa?

Ou seja, Platão basicamente é o cara que começou com a máxima 'Tostines vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?'
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jonasbrother16 10/05/2023

Ler este livro me fez pensar que talvez o maior problema filosófico que Sócrates tentava resolver não era propriamente definir coisas específicas como "Amor", "Justiça", "Beleza", e no caso deste livro, a "Piedade". Talvez o maior problema seja, na realidade, como definir alguma coisa.

Esta é a constante em todos os livros protagonizados por Sócrates que li até agora. Basicamente, uma demanda é feita ("defina x"), uma resposta é dada ("x é isto"), e depois explica-se porque esta definição dada não é adequada, e em geral explica-se também o que uma definição deve ser ou conter.

É talvez a melhor maneira de ler todos estes livros de Platão onde não se chega em lugar algum -- as famosas "aporias". Porque afinal, já estamos falando do que interessa: como definir as coisas? Isto certamente Sócrates sabe.
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Dayane.Persil 02/11/2024

Primeira leitura de Platão, já sabia que não teria uma "resposta" mas o final foi tão abrupto que confesso que achei que estava com um livro faltando páginas kkkkkkkk
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Carol 10/03/2022

Diálogo socrático
Eutífron é um dos 4 diálogos de Platão que abordam o julgamento de Sócrates: Eutífron, Apologia de Sócrates, Críton e Fédon. Sendo cada diálogo responsável por abordar uma etapa do processo.

No primeiro, ocorre um diálogo entre Eutífron e Sócrates acerca da Piedade, uma vez que Sócrates estava sendo acusado por impiedade e Eutífron era um suposto sábio no tema. O texto desenrola ao estilo dos textos socráticos, onde Sócrates inicialmente se coloca em uma posição hierarquicamente inferior ao seu interlocutor, fazendo perguntas e o induzindo a entrar em contradição, até que fique clara a sua falta de conhecimento acerca do tema. O texto ao fim termina sem nenhuma resposta para o que seria a piedade.

Nesse texto, as perguntas são feitas buscando entender os conceitos: o que seria a piedade? qual seria a feição da piedade que faz todas as ações piedosas serem piedosas? Em uma parte do diálogo Eutífron responde a pergunta do que seria a piedade para ele "o que é do apreço dos deuses é piedoso, e o que não é do apreço, ímpio" e obtém a seguinte resposta de Sócrates: "Será que o piedoso - porque é piedoso é apreciado pelos deuses, ou porque é apreciado é piedoso?". Sendo cada um dos argumentos de Eurítron refutado, o diálogo termina em aporia.

Leitura recomendadíssima para quem gosta de filosofia.
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