Lucíola

Lucíola José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Lucíola


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Marcio 05/09/2017

Surpreso
Para quem conhece a obra de José de Alencar apenas pelas páginas de O Guarani ou de Iracema, vai ficar impressionado ao ler esse livro. Bem mais profundo em termos de conflitos, quase realista, e ainda muito franco e direto com o tema abordado (prostituição) levando-se em conta a época.

Se não fosse a linguagem melosa em alguns pontos, seria melhor.
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Isa 28/07/2017

Lucíola
Comprei o livro porque eu tive que apresentá-lo em uma aula de literatura. A obra conta a história de Lúcia, uma dama da noite que fez o que fez para dar uma vida digna a sua irmã caçula. Também retrata a história de Paulo, um rapaz que vai ao Rio de Janeiro e acaba se apaixonando pela cortesã antes mesmo de saber que ela era uma.
Um livro fantástico que retrata a vida de uma cortesã, de como ela é vista na sociedade e como pode acabar com a reputação de terceiros caso se envolva emocionalmente com ela. Paulo se apaixona por alguém que quer amá-lo, mas sabe dos riscos que poderia ter e trazer para ele. Um casal que vive em constante tensão, difícil de admitir os sentimentos.
Narrativa super descritiva, cheia de detalhes minunciosamente descritos. Não sou chegada a narrativas super descritivas, porque acabo me perdendo. Entretanto não deixa de ser uma bela obra.
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Valério 20/06/2017

Lucíola - Nas raias da loucura
Não me recordo de outro livro que tenha tão bem expressado uma paixão, um amor tão ensandecido como o livro Lucíola.
O desespero, os enganos causados pela loucura do querer, do desejar. A redenção, a obsessão, a entrega completa a um outro ser.
Desvario incontrolável, cegueira que leva do amor ao ódio, em um pulo resvalando para atos impensados de variadas consequências.
Lucíola é um livro emocionalmente denso. A paixão avassaladoras, muito recorrente em adolescentes, mas que ocasionalmente ataca marmanjos e balzaquianas impiedosamente, embora com menor frequência.
Uma história de entrega em uma situação delicadíssima. Uma garota de programa do Rio de Janeiro em 1.855. E um estudante recém chegado à corte. Um enlace fulminante com consequências previsíveis. Ou nem tanto.
Inicia-se uma relação conturbada como não poderia deixar de ser. E aos poucos vamos desvendando Lucíola. A grande personagem da história, que vai se desnudando ao leitor à medida em que a leitura avança. Leitura que causa grande ansiedade, aflição.
Ao fim do livro, temos outros olhos para os personagens, para a história em si, com o coração aquebrantado, maleável.
Lucíola, como seu nome remetendo à Lucífer no início, se nos afigura como Maria, ao final.
Se há motivos para a alteração patronímica, melhor ler o livro, para que eu não estrague no leitor todo o prazer que tive lendo esta grandiosíssima obra, apesar de seu diminuto texto.
Apaixonado por este livro como poucos me deixaram.
Walkí­ria Silva 20/06/2017minha estante
Amo. Deu vontade de reler, li ainda na adolescência, mas lembro que me arrebatou. Recordo-me de muitas emoções ao ler essa linda e triste obra.


Pedróviz 27/02/2022minha estante
Obrigado pela ótima resenha! Vou providenciar o livro.




@zurcenila 18/05/2017

Lucíola - José de Alencar
Acho que é perceptível que gosto dos romances de José de Alencar, rs.. Mas esse é bem especial!
Paulo (que é quem nos conta esta história), chega ao Rio de Janeiro e logo conhece e se envolve por Lúcia, uma cortesã. Lúcia fascina por seu jeito inocente... tendendo a pureza... Apaixonam-se... mas ela é uma prostituta e isso o perturba achando q está envolvida com outros homens.. da mesma forma ela acha que ele tem outras...
Enfim, há assuntos polêmicos para aquela época, que são mitos até hoje, sobre o tipo de "mulher pra casar", preconceitos de gênero, o comum jargão "o que vão pensar"... etc...
Mas o desfecho.... ah, o desfecho só lendo...!
Recomendo!
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R...... 25/04/2017

Um dos primeiros romances do Alencar, ambientado na sociedade carioca da metade do século 19. Acredito que a inspiração tenha sido um retrato de época, mostrando um falso glamour e devassidão na classe elitizada.
O romantismo imperava (em devaneios, arroubos da paixão, com entregas desmedidas ou fantasiosas), mas o autor não conduziu a história nessa visão. A busca foi de revelação e libertação ao que era vivenciado em um meio glamouroso. Lúcia era uma cortesã bonita, jovem, aclamada e reverenciada nesse contexto, mas sua verdadeira identidade trouxe percepção de um glamour construído em devassidão, exploração, hipocrisia, luxúria e interesses egoístas, compreendidos por sua história de vida. Havia algo sórdido, não específico à ela, mas no que tinha também naquela glamourosa sociedade e seus distintos cavalheiros.
Isso é o essencial para mim e a história se desenrola com ela e Paulo tentando se libertar de tudo isso. Seja em conceitos pessoais ou alheios, relacionados à preconceito.
Parece um livro atípico ao autor e ao momento literário, ocorrendo citações e oposição à algumas consagradas obras românticas, sendo a principal "A Dama das Camélias" (no capítulo XV), que é ridicularizada em seus arroubos e devaneios. Claro, por se ter ciência de algo além do glamour e superficialidade da paixão em primeiro plano.
Não é uma trama cheia de desdobramentos ou ações, sendo fundamentalmente caracterizada pela visão sobre um contexto.
De minha parte, gostei do livro e essa foi uma releitura.
Ah! Acho a capa da edição que li (Martin Claret - 2009) muito bonita e oportuna na descrição que Alencar faz de Lúcia no capítulo IV (o trecho entre os parágrafos "O rosto cândido e diáfano..." e "...Saí alucinado!"). Ah, se soubesse elogiar assim...
Samara 26/04/2017minha estante
Esse está entre as minhas obras preferidas de Alencar


R...... 26/04/2017minha estante
Entre os urbanos, gosto do Diva.


Samara 26/04/2017minha estante
Ainda não li, quero ler todos dele


R...... 27/04/2017minha estante
Taí! Vou embalar meu ano de leitura também nessa meta, que é um repeteco para me despedir de alguns livros.


Samara 27/04/2017minha estante
Eita, você não perde tempo, mas ler é sempre maravilhoso kk




thatscm 28/03/2017

Um dos melhores!
Um romance histórico que marcou a minha vida, de verdade. A história é tão bem feita, e cada detalhe tem importância significativa dentro da trama. Confesso que fiquei relutante para lê-lo apesar de ser José de Alencar, mas não me arrependo e quero muito reler. Tive momentos de risadas, tão altas que precisava me conter; outros momentos foram tão românticos que quis um Paulo na minha vida. Também tive momentos melancólicos e no final, solucei como se tivesse perdido um pedaço de mim. Sempre que algum amigo me pergunta sobre literatura brasileira, indico e provavelmente sempre indicarei Lucíola, a cortesã que me conquistou com sua doçura e também força. Bravo, apenas bravo!
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Paula.Oliveira 06/03/2017

Todos merecem amar tb
Ótima visão e descrição da sociedade da época!
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Nelson Franco 31/12/2016

A absolvição de um anjo caído.
Admito que o Romantismo nunca foi uma de minhas escolas literárias prediletas. Nosso relacionamento consiste de altos e baixos, surpresas e decepções. Apesar disso, "Lucíola" conquistou o seu lugar entre tais pontos altos e, consequentemente, um lugar especial em minha estante.
No entanto, tal destaque pessoal entre os títulos da escola romântica não é uma surpresa para aqueles que conhecem o meu gosto literário, afinal, "Lucíola" localiza-se em plena transição dos românticos para a escola realista, pela qual possuo profunda estima. Se, por um lado, essa obra alencariana possui uma história ambientada em locais familiares ao grande público, narrada como uma confissão e a qual tem um relacionamento amoroso como tema central, também é munida de um forte criticismo.
Tal crítica se dá pela inversão de papéis ocorrida entre Lúcia e a elite carioca. À medida que a imagem de cortesã devassa e gananciosa é desconstruída gradualmente pelo fluxo narrativo, o leitor é capaz de reconhecer em Lúcia um caráter e uma integridade inestimáveis. Em contrapartida, a obra desvela toda a arrogância, crueldade e hipocrisia das altas rodas sociais do Rio de Janeiro, revelando-as em decadência ética.
Esse processo de desconstrução e reconstrução da imagem das personagens é oferecido à contemplação pelo processo de aproximação e apaixonamento de Paulo e Lúcia, o que faz completo sentido se lembrarmos que a história nos é apresentada sob a perspectiva do recifense. Recém-chegado na capital fluminense, ao jovem são logo apresentadas as convicções de uma elite perfeita e de uma cortesã inescrupulosa, mas, ao longo de sua imersão na vida social da cidade, ele percebe que tais ideias se mostram falsas. Ou seja, apenas através da experiência e de sua atenção às relações sociais locais, Paulo foi capaz de discernir os boatos da realidade. Não seria essa uma reafirmação do provérbio popular de que não se deve julgar um livro pela capa?
Por fim, cumprindo o seu papel como obra romântica, "Lucíola" guia sua protagonista à absolvição por virtude de seus sentimentos genuínos por Paulo, responsável por lhe dar a chance de demonstrar o seu verdadeiro caráter, libertando-a da malevolência daqueles que a cercavam e a julgavam ironicamente como um exemplo de degradação moral.

"Ah! Esquecia que uma mulher como eu não se pertence; é uma coisa pública, um carro da praça, que não pode recusar quem chega. Esses objetos, esse luxo, que comprei muito caro também, porque me custaram vergonha e humilhação, nada disso é meu. Se quisesse dá-los, roubaria aos meus amantes presentes e futuros; aquele que os aceitasse seria meu cúmplice. Esqueci que, para ter o direito de vender o meu corpo, perdi a liberdade de dá-lo a quem me aprouver! O mundo é lógico! Aplaudia-me se reduzisse à miséria a família de algum libertino; era justo que pateasse se eu tivesse a loucura de arruinar-me, e por um homem pobre. Enquanto abrir a mão para receber o salário, contando os meus beijos pelo número das notas do banco, ou medindo o fogo das minhas carícias pelo peso do ouro; enquanto ostentar a impudência da cortesã e fizer timbre da minha infâmia, um homem honesto pode rolar-se nos meus braços sem que a mais leve nódoa manche a sua honra; mas se pedir-lhe que me aceite, se lhe suplicar a esmola de um pouco de afeição, oh! Então o meu contato será como a lepra para a sua dignidade e a sua reputação. Todo o homem honesto deve repelir-me!"
- Maria da Glória/ Lúcia. Páginas 68 e 69.
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Daniel 28/11/2016

Lucíola E O Prenúncio Realista
A obra Lucíola se enquadra nos chamados romances urbanos de Alencar, onde o cotidiano e os costumes de uma sociedade burguesa são relatados. Na literatura desse momento, a figura principal do Romantismo deixa de ser o índio, a natureza, e passa a ser o povo, com suas mazelas e suas virtudes, procurando reafirmar o recente independente país.
O narrador Paulo é também um dos personagens principais. Porém, a obra peculiar de Alencar possui um narrador que não apresenta uma visão crítica em relação aos acontecimentos.A Cortesã é cobiçada pela sua beleza e vive numa sociedade que a julga preconceituosamente, até encontrar Paulo, o único capaz de enxergar além das aparências. Já no primeiro encontro, Lúcia diz que ele a purificou com seu olhar e, a partir das visitas de Paulo, ela se distancia cada vez mais da vida de cortesã e se reaproxima de sua origem, enquanto Maria da Glória. Nessa dualidade de Lúcia, podemos enxergar a dicotomia entre os valores cristãos, de pureza, calma, bondade, e os valores do mundo da libertinagem. A personagem busca a autopiedade e o esquecimento do seu passado, porém não consegue, uma vez que a sociedade não perdoa seus atos. Sendo assim, não existiria alternativa para o desfecho e salvação de Lúcia, a não ser a morte.
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Carolina.Svinna 19/09/2016

Outra mímese perfeita
A obra de arte perfeita para enfatizar a problemática mulher e sexo do século passado.
Recomendo muito!
Lucíola fez-me ter um olhar ainda mais repulsivo contra as injustiças sociais.
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Bruna.Guandalim 09/09/2016

Não sei se é porque eu considero esse o meu debut na vida de leitora, que se iniciou aos 11 anos de idade, mas esse livro consegue me tirar lágrimas até hoje.

A leitura pode ser enfadonha devido à linguagem rebuscada do autor e às vezes até devido à demora para narrar os fatos, mas eu recomendo fortemente que vocês vençam esse tédio e mergulhem no livro, que é muito sensível, delicado e emocionante!
Tenho certeza que ao final da leitura, todos estarão em lágrimas, se não, extremamente comovidos com a história de amor de Paulo e Lúcia e à procura de sua Lúcia para amar também!
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