Resenhas - Os Sete Maridos de Evelyn Hugo

Kristine Albuquerque 26/01/2020

"Eles são só maridos. A Evelyn Hugo sou eu."
Eu queria muito fazer uma resenha com spoilers para tentar expressar o que senti todas as vezes em que gritei e chorei durante essa leitura. Mas não vou, porque preciso fazer parte da panfletagem que existe na internet desde o lançamento e dizer/repetir aqui que você PRECISA LER este livro o quanto antes!!! Faça este favor a si mesmx.

Não sei se vou conseguir superar Evelyn Hugo algum dia. De verdade. Que delícia é encontrar uma narrativa que nos faça devorar as páginas sem nem perceber e que nos transporte para perto dos personagens de tal maneira que sintamos saudades depois do fim. Que delícia é encontrar uma escrita tão afetiva e viva, sendo espelho onde podemos nos identificar e ao mesmo tempo uma brisa forte capaz de desfazer bolhas de indiferença, ignorância e apatia.

Quantos homens não são aplaudidos todos os dias por dedicarem sua vida à carreira profissional, priorizando apenas esta parte de sua vida? E quantas mulheres não são menosprezadas por fazerem a mesma coisa? Quanto de suas vidas elas precisaram negar no passado (pessoal e histórico) para terem alguma mínima chance de ter as mesmas oportunidades que eles teriam com pouco ou nenhum esforço?

Esse é apenas um dos fios que conduzem a narrativa de Taylor, tão rica que é impossível definir em apenas um tema ou gênero. A decisão de intercalar o relato biográfico da Evelyn com trechos de jornais e revistas, cartas e mensagens de texto torna tudo ainda mais real (e olha que eu sempre reclamo dessas transcrições quando são exageradas, mas aqui está na medida certa e funcionou muito bem). A ambientação em Hollywood é impecável, e é impossível não querer assistir todos os filmes da Evelyn ao terminar a leitura. Além disso, a representatividade lgbtq+ é uma das mais lindas que já vi.

Com uma escrita fascinante e personagens tão reais e cativantes, é impossível não querer dar mil estrelas para este livro. Evelyn é ousada, sincera, autêntica e não se importa com o que as pessoas falam dela. Pelo menos até então, quando decide contar a sua verdade para o mundo - e ela tem um motivo para isto. Por vezes vista como egoísta, e não negando que o seja, ela deixa a mensagem: não julgue as trajetórias de vida das pessoas; você não sabe o que elas passaram, o que sacrificaram, pelo que precisaram lutar e resistir.

Ana 02/11/2021

Queria poder desler pra ler de novo
O livro que de tão bom, não achei que conseguiria escrever uma resenha à altura e me deu ressaca criativa pra produção de resenhas!!!!!!!!

Eu já gritei aos 4 cantos da internet, como vocês já viram, que esse livro foi um meteoro na minha vida hehe Não só por ter me surpreendido por ser um romance, que é um gênero que eu nunca leio, mas porque ele é EXCEPCIONAL.

Evelyn Hugo é uma famosa, imponente, premiada, rica atriz da atmosfera hollywoodiana do século passado. O livro começa quando, no alto dos seus 80 anos, Evelyn decide convidar Monique Grant, uma jornalista iniciante, para a oportunidade da sua vida disfarçada de uma entrevista.

É tão difícil pra mim falar sobre esse livro, porque ele tem tantos fatores incríveis que dá vontade de falar de tudo. Vocês podem imaginar que o que instiga a leitura são duas coisas: os maridos de Evelyn e o que ela quer com Monique. Só que isso é só um minúsculo pedaço do quanto esse livro vai te envolver.

Serão 388 páginas de uma história de amor, sofrimento, alegria, mentiras, INVENÇOES PRA MÍDIA, recortes de jornais, que eu te garanto que vai dar vontade de ler o livro em um dia só.

Evelyn é uma mulher apaixonante e também uma péssima pessoa em alguns momentos, seu jeito de contar sua historia me inspirou muitas vezes, mas em outras me deu vontade de xingá-la. Mas uma coisa ninguém pode negar: a bicha é inteligente demais e tem visão.

Moral da história: esse livro se tornou um dos meus favoritos e me dá vontade de ler de novo todas as vezes que eu penso nele. Aproveitem esse titulo, vale MUITO a pena!!!!

xzsatur.no 12/10/2024

?Porque eles são apenas maridos. ? Evelyn Hugo sou eu.?
?A lenda do cinema e sensação dos anos 1960, Evelyn Hugo, acaba de anunciar que vai leiloar doze de seus mais memoráveis vestidos na Christie?s a fim de arrecadar fundos para pesquisas de combate ao câncer de mama. Aos setenta e nove anos, Hugo é considerada há décadas uma personificação do glamour e da elegância. Conhecida pelo estilo ao mesmo tempo sensual e recatado, muitos de seus looks mais famosos são vistos como ícones da moda e da história de Hollywood.?

?Os Sete Maridos de Evelyn Hugo?, de Taylor Jenkins Reid, é uma das raras obras promovidas no TikTok, especialmente no BookTok, que realmente se destaca pela sua qualidade. Em um cenário saturado de livros prolixos e apelativos, que frequentemente carecem de profundidade e são escritos por autores problemáticos, é surpreendente descobrir uma joia como esta. Publicado originalmente em junho de 2017, este romance não apenas captura a essência da fama, do amor e dos sacrifícios que as pessoas fazem para alcançar seus objetivos, mas também oferece uma narrativa rica e envolvente. Para mim, foi uma grata surpresa encontrar um livro promovido nessas plataformas que realmente proporciona uma experiência literária memorável e impactante.

O enredo é centrado em Monique Grant, uma jornalista de pouca relevância, que é convidada por Evelyn Hugo, uma das mais icônicas estrelas de Hollywood, para escrever sua biografia. O grande mistério gira em torno de por que Evelyn escolheu Monique para esta tarefa tão pessoal. À medida que a narrativa se desenvolve, Evelyn revela detalhes de sua vida e de seus sete casamentos, cada um com seu próprio peso e significado na trajetória da estrela. A estrutura do livro alterna entre o presente, com Monique, e o passado de Evelyn, enquanto ela relembra suas conquistas, fracassos, amores e sacrifícios. Essa alternância, quando bem feita, mantém o leitor preso à história. No entanto, é aqui que entra minha crítica inicial: a presença de Monique, especialmente no começo do livro, é simplesmente arrastada. Sua participação enfraquece a narrativa, tornando o início do livro uma verdadeira prova de paciência para o leitor.

Sinceramente, Monique é uma das personagens mais mal desenvolvidas que já encontrei em um livro com essa repercussão. Durante minha releitura, percebi o quanto eu detestava as partes em que ela aparecia. Não quero soar excessivamente crítica, mas sua falta de presença na história é gritante, o que é imperdoável considerando que o grande plot twist do livro envolve justamente Monique. Para uma personagem central em uma reviravolta importante, ela deveria ser muito mais interessante e bem trabalhada. Em vez disso, Monique é apagada, desinteressante e, francamente, entediante ao ponto de o leitor se perguntar por que ela está ali.

Quando o tal plot twist finalmente ocorre, ele perde força justamente porque Monique, como personagem, não faz jus ao papel que deveria desempenhar. Isso torna o impacto da revelação mais fraco e me faz lembrar do péssimo desenvolvimento que a autora deu a ela. Não me leve a mal, eu amo este livro, mas aqui Taylor Jenkins Reid realmente pecou. Monique acaba sendo uma pedra no sapato em uma narrativa que, fora isso, poderia ser muito mais fluida.

?Quando ela disse meu nome, me senti enlevada de alegria e amor. Estava explodindo de felicidade por ela. E então fiz uma coisa sem nenhum sentido. Eu dei um beijo na televisão. Dei um beijo naquele belo rosto em preto e branco. Eu ouvi um estalo antes de registrar a dor. E, enquanto Celia acenava para a plateia e descia do palco, percebi que tinha lascado um dente. Mas nem me importei. Estava muito feliz. Empolgada demais para dar os parabéns para ela e demonstrar todo o meu orgulho.?

Por outro lado, Evelyn Hugo é uma personagem fantástica e o verdadeiro coração do livro. Ela é complexa, ambiciosa, manipuladora e, ao mesmo tempo, vulnerável. Sua ascensão ao estrelato e suas escolhas, muitas vezes controversas, são exploradas com uma honestidade brutal que faz dela uma personagem impossível de ignorar. Ao longo de seus sete casamentos, Evelyn constrói uma carreira brilhante, mas também paga um preço alto em sua vida pessoal, especialmente quando se trata de seu verdadeiro amor, Celia St. James.

A relação entre Evelyn e Celia é o núcleo emocional do livro. O romance delas é cheio de altos e baixos, marcado por pressões externas ? particularmente a necessidade de esconder sua sexualidade em uma época de grande preconceito. Aqui, Reid acerta em cheio, criando uma história de amor tão real quanto trágica. É a complexidade dessas duas personagens que sustenta a narrativa e faz com que o leitor continue investido, apesar dos momentos enfadonhos proporcionados por Monique.

?Ernie Diaz?: Ernie é o primeiro marido de Evelyn, casando-se com ela quando ainda era muito jovem, mais por conveniência do que por amor. Representa uma saída da pobreza de Hell?s Kitchen, seu bairro natal, e uma porta de entrada para o glamour de Hollywood. No entanto, o casamento com Ernie é breve e desprovido de qualquer profundidade emocional. Ele se torna um trampolim que Evelyn usa para alcançar seus objetivos, abandonando-o assim que as oportunidades na indústria cinematográfica começam a surgir. A relação com Ernie é uma ilustração da frieza com que Evelyn aborda o amor, tratando-o como um meio para um fim, sem olhar para trás.

?Don Adler?: O segundo marido de Evelyn, Don Adler, é um ator renomado e parte de uma dinastia de Hollywood. À primeira vista, ele parece ser o parceiro ideal, trazendo ainda mais brilho para a carreira em ascensão de Evelyn. Contudo, por trás da fachada glamourosa, Don se revela abusivo e controlador. Ele simboliza o lado obscuro da fama, mostrando a Evelyn que o custo de seu sucesso pode ser mais alto do que ela imaginava. O relacionamento abusivo com Don se torna um dos traumas mais significativos da vida de Evelyn, retratando a dura realidade que muitas mulheres enfrentam ao buscar reconhecimento em um ambiente dominado por homens.

?Don me puxou para mais perto e cochichou no meu ouvido: ?Imagine eu e você. Esta cidade vai ser nossa?. Com dois meses de casamento, ele começou a me bater.?

?Mick Riva?: Mick, um famoso cantor, é o terceiro marido de Evelyn, e o casamento deles é mais uma jogada publicitária do que uma união sincera. Em um ato impulsivo e amplamente coberto pela mídia, eles se casam em Las Vegas, mas o relacionamento dura apenas um dia. Mick representa a superficialidade de Hollywood e a disposição de Evelyn em manipular a opinião pública para moldar sua própria narrativa. Essa união efêmera evidencia a habilidade de Evelyn em usar os tabloides a seu favor, transformando sua vida pessoal em um espetáculo. O casamento relâmpago é um reflexo da falta de autenticidade que permeia sua vida, mostrando como a fama pode ser uma ilusão passageira.

?Rex North?: Rex North, um colega ator, é o quarto marido de Evelyn, e o casamento entre eles é uma estratégia calculada. Este relacionamento é puramente pragmático, visando impulsionar as carreiras de ambos. Diferente de suas relações anteriores, não envolve emoções intensas ou conflitos dolorosos; é uma união consensual que termina de forma amistosa e sem grandes repercussões emocionais. Esse casamento exemplifica a natureza transacional dos relacionamentos de Evelyn, onde os vínculos são muitas vezes reduzidos a meros contratos profissionais, evidenciando a forma como a indústria pode desumanizar os relacionamentos.

?Harry Cameron?: Harry Cameron, o quinto marido, é o relacionamento mais profundo e significativo que Evelyn tem fora de Celia St. James. Ele é seu melhor amigo, confidente e o único homem que Evelyn realmente ama, embora de maneira platônica. O casamento deles é uma fachada para esconder suas verdadeiras orientações sexuais do público, permitindo que ambos criem uma vida juntos repleta de segurança emocional. Harry representa o amor genuíno que não precisa ser romântico para ser verdadeiro, e sua amizade inabalável se torna uma das âncoras que sustentam Evelyn durante seus momentos mais desafiadores. Este relacionamento destaca a complexidade das interações humanas, onde amor e amizade podem se entrelaçar de maneiras inesperadas.

?Max Girard?: O sexto marido de Evelyn, Max Girard, é um cineasta francês que idolatra não a mulher real, mas a imagem que ela projeta como estrela de cinema. Este relacionamento se revela uma ilusão de amor, pois Max nunca consegue enxergar além da persona pública que Evelyn criou. Para ele, ela é mais um troféu, uma musa cinematográfica que alimenta suas ambições artísticas. O casamento rapidamente se dissolve quando Evelyn percebe que está sendo tratada como uma personagem, e não como a mulher que realmente é. Max serve como um exemplo do vazio que pode surgir quando alguém se apaixona pela ideia de uma pessoa, em vez de se conectar com sua verdadeira essência.

?Robert Jamison?: Robert, o sétimo e último marido, é irmão de Celia St. James, o grande amor da vida de Evelyn. Este casamento é mais uma conveniência do que uma expressão de paixão, funcionando como um acordo que permite que Evelyn e Celia vivam juntas sem levantar suspeitas. Robert é uma figura tranquila e compreensiva, que aceita seu papel de apoiador na vida de Evelyn, priorizando sua felicidade em relação às convenções sociais. Esse casamento simboliza o sacrifício e a aceitação na vida de Evelyn, encerrando seu ciclo matrimonial com uma nota de cumplicidade e paz. É uma resolução que reflete a complexidade de seus relacionamentos e as escolhas que ela fez ao longo de sua vida.

Cada um dos sete maridos de Evelyn não é apenas uma figura coadjuvante em sua trajetória, mas sim um reflexo de diferentes fases e estratégias na vida da estrela. Seus casamentos, longe de serem meras histórias de amor ou fracassos passionais, operam como engrenagens meticulosamente planejadas que Evelyn manipula para alcançar seus ambiciosos objetivos. Através de cada união, desvelamos uma nova faceta de sua personalidade, à medida que sua ambição e resiliência são testadas em cenários desafiadores. Cada marido revela aspectos distintos de Evelyn e suas complexas motivações, revelando não apenas suas fraquezas, mas também sua astúcia e determinação. Embora tenha se casado sete vezes, o verdadeiro amor de Evelyn nunca foi nenhum dos homens, mas sim Celia St. James, a única que sempre permaneceu em seu coração e cujas sombras moldaram sua jornada pessoal.

?O marido dela estava ao lado de Harry, ora essa. E todos nós sabíamos o que éramos. Dois homens que dormiam juntos. Casados com duas mulheres que dormiam juntas. Éramos quatro farsantes.?

Celia St. James é, sem dúvida, a personagem mais impactante na vida de Evelyn Hugo. Embora seus casamentos tenham sido cruciais para sua vida pública e sua ascensão como estrela, é o relacionamento secreto com Celia que verdadeiramente molda sua vida pessoal. Celia e Evelyn são almas gêmeas, unidas por um amor intenso e profundo, mas seu romance é complicado pelas exigências da fama, as pressões da carreira de Evelyn e as normas sociais restritivas da época. Ao longo dos anos, elas enfrentam uma série de obstáculos, desde as expectativas do público até as dificuldades em equilibrar suas ambições e identidades individuais.

O amor de Evelyn por Celia é o núcleo emocional da narrativa, onde cada desentendimento, separação e reconciliação revela a profundidade de seus sentimentos. A conexão entre elas é inegável e palpável, conferindo à história uma intensidade única. O clímax de sua relação, marcado por tragédias, é simultaneamente doloroso e poeticamente belo, culminando na morte de Celia e na forma como Evelyn enfrenta o luto. Esses momentos são alguns dos mais comoventes do livro, evidenciando a vulnerabilidade da protagonista.

A relação entre Evelyn e Celia também aborda temas como identidade, sacrifício e a luta por aceitação, demonstrando que, apesar de todo seu poder na indústria cinematográfica, Evelyn estava aprisionada em um mundo que não a permitia amar livremente. Essa dualidade ? a Evelyn pública, deslumbrante e ambiciosa, e a Evelyn privada, carregando o peso de sua verdadeira identidade ? é um dos grandes triunfos da narrativa, ressaltando a complexidade de seu caráter e as escolhas dolorosas que teve que fazer ao longo da vida.

Reid faz um excelente trabalho ao abordar temas como identidade, sexualidade, fama e o custo do sucesso. Evelyn, uma mulher birracial que precisou esconder suas raízes latinas para ser aceita em Hollywood, nos faz refletir sobre as concessões que as pessoas fazem para alcançar o estrelato. Além disso, o livro traz uma crítica sutil, mas poderosa, ao papel que a beleza e a juventude desempenham na vida de mulheres na indústria do entretenimento. À medida que Evelyn envelhece, ela se vê confrontada com o fato de que sua aparência sempre foi sua maior moeda de troca, o que levanta questões sobre o valor que a sociedade coloca na beleza feminina.

Quando fiz a releitura de ?Os Sete Maridos de Evelyn Hugo? recentemente, confesso que fiquei receosa de me desapontar. Nossos gostos e a forma como lemos evoluem com o tempo, e temia que o encanto da minha primeira leitura tivesse se dissipado. Embora a nota que inicialmente atribuí ao livro, cinco estrelas, tenha diminuído para quatro, essa mudança não foi negativa. Na verdade, ela me permitiu identificar aspectos que poderiam ser aprimorados na obra, sem, no entanto, comprometer o impacto geral da narrativa. Mesmo com essa nova avaliação, minha releitura apenas reforçou o fato de que ?Os Sete Maridos de Evelyn Hugo? continua sendo um dos meus livros favoritos.

Além disso, outro ponto que merece atenção é o uso de aspas para delimitar os diálogos. Embora possa parecer um detalhe menor, essa escolha realmente quebra o ritmo da leitura em alguns momentos. A utilização de travessões seria uma opção mais fluida, proporcionando uma experiência de leitura mais natural. A decisão de Reid de optar por um formato que torna os diálogos um pouco mais difíceis de seguir, especialmente em um livro com tantos personagens interagindo, pode frustrar leitores que buscam um envolvimento mais imediato na história.

?Evelyn, sou apaixonada por você desde 1958. Posso nem sempre ter mostrado, posso ter deixado outras coisas atrapalharem nosso amor, mas sei que te amei por todo esse tempo. E que nunca deixei de te amar. E que nunca vou deixar.?

isabelli 29/08/2023

Porque eles são só maridos. A Evelyn Hugo sou eu.
Só fui me dar conta que Evelyn Hugo não existiu de verdade quando eu pesquisei os filmes sobre os filmes dela. Existe algo nesse livro que faz você se sentir como se estivesse lendo o relato de uma estrela de Hollywood que realmente existiu e eu me envolvi totalmente nela.

"Não tenho a mínima obrigação de fazer sentido para você."

Essa leitura foi literalmente incrível e eu finalmente conheci a loirinha mais famosa de Hollywood! Amei explorar a vida incrível (e imperfeita) de Evelyn Hugo. O formato não convencional e a escrita da autora foram pontos realmente positivos.

Taylor Jenkins Read, mais uma vez, foi capaz de trazer um senso de realismo para a história. Ela criou personagens complexos e profundos, cada um com seu próprio plano de fundo. Cada momento parecia tão real, tão tangível. Quando cheguei ao fim, foi difícil deixar ir, difícil retornar a um mundo onde Evelyn Hugo não pisou.

"Quando surge uma oportunidade para mudar sua vida, esteja pronta para fazer o que for preciso. O mundo não dá nada de graça para ninguém, só tira de você."

Quando comecei isso, pensei que iria viver um romance fofo e fofoqueiro ambientado na era dourada de Hollywood, mas isso acabou sendo muito mais. No fundo, é um retrato brutal e honesto do amor em todas as suas diferentes formas. Mostra não apenas a alegria da paixão, mas também seus sacrifícios e tristezas. Acho que nunca chorei tanto lendo um livro.

Evelyn é a alma dessa história, ela brilha tanto que é impossível parar de ler. Fiquei impressionada com sua complexidade e honestidade. Às vezes, a história parecia tão real e humana que eu tinha que parar e recuperar o fôlego se não quisesse começar a chorar de novo.

A loirinha não era perfeita. Na verdade, suas falhas e inúmeras ações questionáveis a tornam humana, e é fácil se relacionar com sua história e torcer por ela.

"Todo mundo que eu amei já morreu. Não tenho mais ninguém a quem proteger. Ninguém mais por quem mentir, a não ser por mim mesma. As pessoas sempre acompanharam de perto os detalhes mais intricados da minha falsa história de vida. Mas não é... Eu não... Quero que elas conheçam a verdadeira história. Quem eu sou de verdade."

Escrito sob pontos de vista alternativos, o livro também trouxe um pouco da perspectiva da Monique ao entrevistar Evelyn. Foi muito lindo ver seu crescimento ao longo da história e não vou mentir que chorei horrores quando Evelyn finalmente revelou o grande porquê dela ter chamado a Monique para redigir sua história. Nunca iria imaginar esse plot twist.

"Desconfie de homens que precisam muito provar alguma coisa."

HARRY, eu chorei demais por você. Nunca vou me cansar de falar que você é o meu personagem favorito dessa história (me desculpa Evelyn). Eu passei o tempo todo com vontade de entrar nesse livro e te proteger de todo mal. Infelizmente não consegui e chorei até soluçar por isso.

"Amar não é errado, querida. Não é", respondi. "As pessoas é que estão erradas."

O amor exige sacrifícios e Evelyn e Celia nos mostraram isso. Connor, Harry... Cada personagem desse livro nos ensinou uma lição diferente. Nunca vou me esquecer dessa história e de todas as maneiras como ela me afetou. Tenho que acrescentar que não gostei muito da Celia, mas vida que segue.

A senhora Jenkins Reid finalmente pode ser considerada uma das minhas autoras favoritas. Essa biografia fictícia me conquistou de inúmeras formas e recomendo esse livro pra qualquer pessoa interessada em ficção histórica com um romance espetacular.

"Não tivemos tempo o bastante."

Santrog 10/05/2023

Esse livro me destruiu, e pode destruir você também.
Como pode Evelyn Hugo ser apenas um personagem fictício? Taylor tem, com a maior certeza do mundo, o jeito para escrever livros e criar personagens com tanta profundidade e verdade, que nos faz realmente duvidar se é apenas ficção. Esse livro simplesmente acabou comigo, não esperava que fosse chorar e sofrer tanto com o livro.

Logo no começo já somos impactados pela magnitude da fama de Evelyn Hugo, (uma atriz e sex symbol dos anos 50) em apenas 20 páginas a escritora coloca a personagem em um patamar elevadíssimo, instigando a curiosidade do leitor em realmente conhecer a tal estrela hollywoodiana.

Monique é uma jornalista escolhida a dedo pela própria Evelyn para escrever seu artigo na revista em que trabalha, mas quando a jornalista chega, vê que os planos que a estrela tinham para ela eram outros, sendo assim Monique se torna a responsável por nos conduzir ao longo de toda a vida escandalosa da atriz.

Acompanhamos muito mais do que apenas a história dos sete casamentos da Evelyn, estamos sentados na primeira cadeira enquanto a sua vida é contada, desde a infância com seus medos e sonhos até o último dia de sua vida. Todos os motivos por trás de cada casamento, de cada escândalo, cada sofrimento e decisões erradas tomadas ao longo de sua vida nos leva a uma única resposta: O amor, o amor que ela sentia pelo seu melhor amigo, pela sua filha e pela a sua única grande paixão.

A protagonista é Evelyn Hugo, Monique é apenas uma personagem que nos guia e apesar dela ser crucial para o plot twist ela não é a protagonista. A construção da protagonista é algo incrível, a acompanhamos quando era uma menina inocente até o momento em que vira mulher e começa a entender como as coisas funcionam no meio artístico, onde ela passa a manipular a imprensa e todos ao seu redor.

Eu estou completamente impactada por esse livro, todos os sentimentos vividos pela personagem, todas as perdas que foram apresentadas, e não digo apenas das românticas, mas também a perda do reconhecimento de seu trabalho, como o próprio oscar que foi tirado de suas mãos pela hipocrisia da academia, do seu divórcio que jogou todo seu esforço no lixo apenas por que e seu ex-marido, que era um bosta por sinal, ter se sentido insultado e também da liberdade de poder viver sendo quem era.

Os sentimentos que são descritos no livro são bem complexos, porque na verdade nada é simples. O amor não é só amor e o ódio não é só ódio, as coisas são muito mais do que isso. Se o leitor se permitir e se abrir para a narrativa sem preconceitos, ele acabará imerso na história de Evelyn, sendo levado a esses sentimentos e quando terminar a leitura, ficará impactado com a reflexão que o livro propõe, eu fiquei impactada, eu chorei e sofri apenas porque me coloquei em seu lugar.

Esse livro entrou para meus favoritos, Taylor novamente conseguiu criar a ilusão que sua personagem existiu, e isso é algo de se admirar. No final minha opinião sobre Evelyn é que ela fez muitas escolhas questionáveis, mas que ela tinha todo o direito de fazer e outras cem por cento erradas que não tinha o direito de fazer, mas apesar de tudo, todos amamos Evelyn Hugo

geo.formosa 14/02/2024

Os holofotes combinam com você.
O que falar de Evelyn Hugo? O que falar deste livro a não ser derramar elogios??
Evelyn conseguiu mostrar humanidade ao decorrer da história, o engraçado é que até no final eu não conseguia sentir raiva, eu só consigui chorar! O enredo me prendeu e me tocou de uma maneira INEXPLICÁVEL, e realmente me fez ficar apaixonada por Evelyn Hugo também, algo completamente inevitável.
Minha vontade e respirar fundo e abrir o livro novamente e ler tudo de novo, ler como se fosse a primeira vez mas infelizmente isso é impossível.
É um livro que eu busco críticas e não consigo achar, os personagens são bem desenvolvidos, não tem enrolação, a escrita é muito gostosa, a história cativa você do início ao fim.
Um livro maravilhoso que quem puder ter a chance de ler, por favor, leia!
Realmente uma mulher grande, e chega até ser inacreditável que Evelyn não existe, mas sei que se existisse seria alguém IMPOSSÍVEL de se esquecer, e eu também morreria para ver os 3s de seios que aparecem no filme.

Bookster Pedro Pacifico 20/07/2022

Os sete maridos de Evelyn Hugo, de Taylor Jenkins Reid
Com mais de 1 milhão de exemplares vendidos no mundo todo, o livro foi escolhido por vocês! Apesar de muitos elogios, também recebi várias mensagens de leitores que acharam puro “hype” ou sem qualquer valor literário. Mas, e aí?

Inicialmente, vale dizer que esse argumento de “valor literário” é polêmico e passa por questões mais delicadas sobre o propósito e a “elitização” da leitura. Eu não gosto de analisar os livros dessa forma e busco sempre compartilhar a minha experiência de leitura.

A sinopse não tinha me atraído muito. Evelyn Hugo, uma estrela de Hollywood da década de 60, decide contar a história de sua vida quando está aposentada e próxima dos 80 anos… Mas a situação não é tão simples quanto parece. Primeiro, porque Evelyn teve uma vida bastante agitada, colecionando 7 casamentos. Em segundo lugar, a estrela de Hollywood exige que sua história seja contada apenas para uma jovem jornalista, Monique Grant. Não há nenhuma relação aparente entre as duas e isso já cria um ar de mistério.

Confesso que nas primeiras 20 páginas fiquei bem preocupado com o que viria pela frente. Achei um começo bem sem graça e com uma linguagem mais adolescente. No entanto, a construção da história começou a tomar um rumo interessante e, a partir dos 30%, fisguei a isca jogada pela autora. É uma obra “page turner”, que você quer saber o que vai acontecer e fica difícil de parar.

Além disso, a autora aborda temáticas importantes, sobretudo em relação à comunidade LGBTQIA+ e à discriminação racial. Achei que seria um livro clichê sobre o universo de Hollywood e dos famosos, mas não foi isso que encontrei. São muitos diálogos que preenchem a obra e, apesar de isso ajudar na fluidez, acabou prejudicando um pouco a construção dos personagens. A própria Evelyn e seu amigo Harry foram os personagens com que mais me conectei. Também esperava mais do final!

Enfim, não é o tipo de narrativa que mais gosto, mas a experiência foi gostosa e li o livro em poucos dias. Uma ótima opção dica para quem está querendo criar o hábito: leitura rápida e fácil, com temas interessantes.

Nota 7,5/10


site: http://instagram.com/book.ster

swftgone 30/12/2023

Os Sete Maridos De Evelyn Hugo
Comecei esse livro com muitas expectativas por conta do hype e todas foram atendidas. O livro é muito bem escrito e conta a história de Evelyn, uma mulher que passou por cima de tudo e todos para conseguir o que queria, a personagem é muito humana, você consegue sentir todos os sentimentos que ela passa do primeiro ao último marido, tem muitas questões importantes envolvidas no livro como bissexualidade, abuso mental e físico, relacionamentos abusivos e etc e acho que todas elas foram tratadas da forma que deveriam. Apesar de ter um romance no livro achei ele muito conturbado e acabei não me apegando muito, mas a Célia e a Evelyn são personagens incríveis individualmente assim como tantos outros presentes no livro. Na minha opinião o único ponto negativo é o desenvolvimento da Monique e tudo o que interliga ela e a Evelyn. Porém são pontos superficiais que para mim não fizeram diferença, pois, o livro em si é muito bem construído, é um dos meus favoritos da vida e levo a Evelyn sempre como uma inspiração do quanto podemos ser fortes e resilientes.

lxpadsf 20/01/2024

Existe uma vida antes e depois de ler esse livro
Não consigo colocar em palavras tudo que senti lendo esse livro, mas o que posso dizer é que ele realmente muda vidas, é uma leitura para quem tem coração forte e gosta de ser pego desprevenido algumas vezes, pelo título parece ser só mais um livro fútil de romances inacabados e conflitos, mas assim que você abre ele você percebe que é muito mais que apenas romance, é uma história sobre a vida, sobre pessoas reais e sentimentos reais, sobre se arrepender mesmo que seja tarde demais e sobre aproveitar a vida mesmo quando parece não ter mais tempo. Esse com certeza vai ser um dos livros que vou levar pra vida e nunca vou esquecer, se você gosta de uma leitura mais profunda que vai te arrancar algumas -muitas- lágrimas e que te faça refletir bastante depois, esse livro é pra você.

Let 05/07/2021

MELHOR LIVRO QUE JÁ LI EM ANOS!
Genial! Simplesmente genial! A forma como a vida da Monique e da Evelyn estão conectadas. O motivo da Evelyn ter escolhido a Monique pra escrever sua biografia! A forma como a Evelyn conta a história dela e aborda sua bissexualidade!

O livro é pesado, bem pesado! Não recomendo pra menores de 16 anos. Mas sem dúvidas é um livro que você não supera depois que lê!

A Evelyn passa por MUITA coisa tentando conquistar a fama e narra tudo em detalhes, sem esconder nada da gente! Mas o que mais me tocou é o amor que ela sente pela Celia! E a forma como ela vai criando uma família em meio a todo o caos da vida dela!

Só no final do livro entendemos pq ela fez tudo que fez. E você pode tentar odiar a Evelyn, mas não consegue, pq você entende o passado e os traumas dela!

Não sei o que mais dizer além de: MELHOR LIVRO QUE JÁ LI! Eu nunca vou superar!

Alice09 21/05/2024

É uma obra-prima, um dos melhores que já li na vida. Daria 4.9 estrelas só pq acho q Monique poderia ficar mais caladinha e deixar só Evelyn contando tudo!!!!

Rosalba Moreira 03/01/2022

Surpreendente
Quando vi o título desse livro achei que seria uma história melosa sobre romances frustrados de uma mulher. Nem teria vontade de lê-lo, na verdade. Mas vi que ele estava muito bem avaliado no skoob e resolvi me aventurar nessa leitura. E foi a melhor escolha que fiz.

O livro conseguiu me prender do início ao fim, sempre me deixando com vontade de ler mais um pouco para ver logo cada desdobramento. E o melhor: fui surpreendida diversas vezes. Não é clichê. Não é historinha besta de romances. O livro traz mensagens e reflexões. Nos cativa, nos revolta, nos entristece.

Enfim, é uma leitura maravilhosa. Recomendo demais e devo dizer que esse livro entrou para minha lista de favoritos.

Isaac 22/12/2020

Dramático, sensível, real.
Eu queria ler um clichê, um livro fácil, de leitura fluída, envolvente. Os sete maridos de Evelyn Hugo é tudo isso, menos um clichê.
Trata de assuntos importantes e que não se espera de forma alguma ao ler a sinopse.
Evelyn Hugo parece disposta a fazer de tudo pela fama. Ela quer conquistar Hollywood, mesmo que para isso tenha que se casar uma ou sete vezes.
Evelyn está prestes a expor a história da sua ascensão hollywoodiana (e muito mais) em uma biografia que, por algum motivo, quer que seja escrita pela jornalista Monique Grant.
Parece um drama, meio suspense... não sei, mas a escrita é envolvente demais e as personagens cativantes. Eu fiquei preso à história e perplexo com cada revelação.

hop3rs 11/01/2023

Achei a história dela parecida com a da Ju?. Chegou num momento do livro que caramba, só pauleira HAJAHAJ enrolei tanto pra ler, mas o bicho é bom mesmo. Confesso que demorei pra me conectar com os personagens, comecei a achar eles bem chatos, mas isso é a magia da construção do personagem. Gostei bastante da leitura

bibis 30/12/2021

nunca vou ser capaz de descrever o quanto eu amei esse livro ou o quão maravilhoso ele é, mas vou tentar escrever um pouco sobre o que eu achei aqui.

a escrita é simplesmente perfeita; é inteligente, fácil e prende demais, não tenho nenhuma queixa sobre isso, nada. ?perfeita?

os personagens são muito bem construídos. a Evelyn nem se fala, acho que 90% dos que leram terminaram esquecendo que ela não existiu de verdade (eu sou um deles). é tão complexo e bem montado que chega a ser sinistro KSKSK

virou um dos melhores livros que já li, talvez o melhor, simplesmente apaixonada por cada página.

chorei umas três vezes ou mais, nem sei. melhor forma de desidratar e ter motivo de ir pra terapia, obrigada.

(apenas lembrando que tudo que eu falei é minha opinião e meu gosto