No jardim do Ogro

No jardim do Ogro Leïla Slimani




Resenhas - No jardim do ogro


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Nathalie.Murcia 11/05/2019

Sufocante
Recém lançado, e escrito pela franco-marroquina Leila Slimani, a mesma autora de "Canção Ninar". A temática abordada é sufocante e intensa: a ninfomania de uma bela jornalista parisiense, na casa dos 30 anos, anoréxica e com propensão ao alcoolismo, mãe de um filho pequeno (Lucien), e casada com um renomado médico (Richard). Por meio de um relato intimista e lascivo, nos deparamos com os constantes embates que Adèle trava contra seu irrefreável desejo sexual, o qual, após saciado, a alça a sentimentos paradoxais de repugnância e êxtase, dia após dia. No entanto, essa vida secreta, instrumentalizada por um telefone celular branco, é disfarçada com calculado esmero, sem deixar vestígios, e é mascarada pela aura de respeitabilidade que sua vida aparente irradia. A protagonista, portanto, se digladia física e emocionalmente para manter essa duplicidade, pois não encontra satisfação nas suas obrigações tediosas de esposa, jornalista e mãe, desempenhadas de forma mecânica, assim como o próprio sexo compulsivo e banalizado, muitas vezes praticado com homens que lhe causam até um certo asco. A autora conseguiu transparecer com acuidade as angústias e vicissitudes que habitam os escaninhos da mente de Adèle, utilizando-se de uma prosa elegante e direta. Recomendo a leitura!
Seguem alguns trechos: "Adèle não tinha glória nem vergonha das suas conquistas. Não mantém um registo de contas, não guarda os nomes e ainda menos as situações. Esquece muito rápido, e é melhor assim. Como poderia se lembrar de tantas peles, tantos odores? Suas obsessões a devoram. Ela não pode fazer nada. Porque requer mentiras, sua vida demanda uma organização extenuante, que ocupa todo seu espírito. Essa busca abolia todas as regras, todos os códigos. Tornava impossível as amizades, as ambições, o uso do tempo. O erotismo envolvia tudo. Mascarava a platitude, a inutilidade das coisas. Dava um relevo às suas tardes".
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Lina DC 20/05/2019

"No jardim do ogro" é uma obra intimista e ao mesmo tempo traz uma crueza única sobre a protagonista do livro, Adèle.

Adèle é uma mulher de 35 anos de idade, jornalista, mãe de um garotinho chamado Lucien e casada com o médico Richard. Quem observa essa família, acredita que tem o retrato perfeito de uma família feliz e amorosa. Mas tudo não passa de um grande engano.

Adèle é uma mulher compulsiva, que tem a necessidade não apenas pelo sexo (apesar de poder ser chamada de ninfomaníaca), mas de uma necessidade avassaladora de ser inesquecível, importante, de ter homens aos seus pés. A protagonista não se satisfaz com a vida financeiramente tranquila e um relacionamento brando. Tudo o que Adèle deseja é ter uma vida ociosa, onde possa ser venerada. Como sua vida não consegue atingir os patamares de grandeza que ela tanto almeja, a protagonista sente esse vazio constante, que preenche com uma vida dupla repleta de sexo casual. É uma pessoa egocêntrica, que não consegue nem mesmo colocar seu filho como prioridade nas situações, muito menos o marido. Todos os enganos, encontros secretos e problemas são decorrência da necessidade de aplacar o próprio ego.

"Ela acha que não é o suficiente. Que essa vida é pequena, comezinha, sem nenhuma envergadura. O dinheiro deles cheia a trabalho, a suor e a longas noites passadas no hospital. Tem o gosto das reprimendas e do mau humor. Não os autoriza ao ócio nem à decadência." (p. 13)

O livro conta exatamente essa jornada da Adèle, os casos, os problemas e todas as mentiras que a protagonista enreda para conseguir aplacar suas necessidades. É uma obra com linguagem direta, um texto bem escrito e personagens caracterizados por suas falhas e obsessões, ou seja, personagens bem humanizados.

"Ela quer ser apenas um objeto no meio de uma horda, ser devorada, chupada, engolida inteira... Quer ser uma boneca no jardim de um ogro." (p. 07)
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Luigi Gaino 03/03/2021

Só leiam
Muito bem escrito, descrições eróticas sob a ótica feminina. Descrição perfeito do pesar de uma mãe que abandona o filho por momentos de compulsão sexual, narrativa perfeita, da para sentir a balada, o som, os lugares....só leia e se deixe levar pelo sofrimento do casal.
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Victor Hugo 26/08/2020

Tipo o filme Ninfomaníaca, mas bom
Respeito demais como livro, apesar de ser melancólico e, vez ou outra, desagradável de ler.
Se a construção da personagem foi bem feita? Não sei. Na edição em inglês, da Penguin, uma entrevista com a autora explica melhor suas escolhas narrativas e me deixa balançado. Aquele funcionou muito melhor em Canção de Ninar, mas respeito como foi feito nesse livro e reconheço seu valor.
Merece ser lido.
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mans 02/03/2023

Um livro fraco de tudo
No começo estava detestando, mas acabei achando apenas fraco. Tem lá seus pontos positivos, como o retrato de uma mulher viciada em sexo, mas acaba afogado em muitos problemas: o desenvolvimento despreocupado da protagonista, o exagero nas frases de efeito, a dificuldade em criar vínculos com o leitor. A todo momento, lembrava de A Pediatra ? outro livro com uma protagonista que não gostamos, mas que tem uma construção muito diferente. No livro brasileiro, não gostamos da protagonista, mas nos importamos. Aqui, só não gostamos.
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Luisa1033 31/12/2021

O que nenhuma nota fará jus
No jardim do ogro é uma leitura intrigante, difícil de definir como boa ou ruim porém, compreensível quanto a posições antagônicas. Adele é uma personagem de difícil identificação e até mesmo empatia. Ela começa apresentando uma angústia, uma solidão, uma falta de controle disfarçada de apatia que é quase impossível o leitor permanecer indiferente; seguindo para uma frieza enojante que torna a personagem quase em repulsiva. No entanto, o que me pareceu é que a autora mostra para o leitor o quanto isso é instigante da mesma forma que visualizar um acidente é. Então, fica o leitor e Richard presos nessa protagonista que não nos da nada e nos intriga de masoquista a ponto de procurar entender sem nunca conseguir.
O final é um ponto a parte. Não entendi. Parece a criação de um ciclo mas a verdade é que não sei.
Um livro interessante que nenhuma nota fará jus pois a impressão que tenho é quanto mais incomodar, e menor o conforto em relação a esse livro melhor foi a absorção do livro.
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Jaque - Achei o Livro 30/07/2019

Desnecessário!
Estou tentando entender à que veio esse livro. Uma leitura cansativa e às vezes confusa sobre a insatisfação pessoal e sexual de Adèle, casada com um médico e mãe de um garoto de 3 anos. Narrativa em terceira pessoa sobre suas traições e amarguras. Achei-a detestável. Amarga, tediosa, vulgar, que não se esforçava para nada.
Foi uma leitura que não me acrescentou, não trouxe nada de diferente pra mim, enfim, uma perda de tempo. O final foi preguiçoso, acabou do nada, mais frustante que todo o resto.

site: https://acheiolivroperdiosono.blogspot.com/2019/07/no-jardim-do-ogro-leila-slimani.html
Patricia 12/08/2019minha estante
Tenho que concordar.




Vivi 27/10/2019

Adéle tinha tudo para ter uma vida perfeita. Casada com um médico, um marido perfeito, tinham un filho.Ela tinha um bom emprego era jornalista. Mas ela não nasceu para ser uma mãe / uma esposa do lar. Tudo ao seu redor ela conseguiu desmoronar.
Ela tinha uma compulsão sexual e alguns outros vícios. Sua maior prisão era esse seu grande segredo. E sua vida tão tediosa sempre a levava querer mais e mais. O romance todo é bem tenso e fica aquela ansiedade do que pode acontecer. No fundo até o próprio marido que é tão perfeito demonstra um certo masoquismo com toda a situação. E o final... cada um fica com o seu.
Sinopse: O aguardado novo livro da autora de Canção de ninar Adèle tem a vida perfeita: é uma jornalista de sucesso em Paris, onde vive com seu marido cirurgião e seu filho pequeno em um lindo apartamento. Mas, debaixo da superfície, ela está entediada com seu trabalho e seu casamento ? e consumida por uma necessidade insaciável de sexo a qualquer custo. Movida menos pelo prazer que pela compulsão, ela organiza seu dia em torno de casos extraconjugais, chegando atrasada ao trabalho e mentindo para o marido, até se enredar definitivamente em sua própria armadilha. No jardim do ogro é um romance visceral sobre um corpo escravizado por seus impulsos, o vício sexual e suas consequências implacáveis.
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Sandra.Pogalski 12/02/2023

Desconfortável e viciante
Li em um final de semana. É um assunto delicado, polêmico, falar de compulsão sexual do ponto de vista de uma mulher, casada, com um filho? é dolorido demais de ler, há partes que causam uma tristeza e desconfortos que nunca senti, vendo as situações que Adele se submete pela doença. Os capítulos são curtos, escrita maravilhosa da autora e por mais desconfortável que seja o tema, a leitura me prendeu demais! Vale muito a experiência dessa autora! Já quero ler Canção de Ninar! Obs: E o Final foi aberto ou não? Me digam.
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Malucas Por Romances 09/12/2019

RESENHA COMPLETA NO BLOG
Esse é o segundo livro que leio da Leïla Slimani, e assim como o anterior, ela já mostra para que veio logo nas primeiras páginas.

Esse livro vai contar a história de Adèle, uma mulher de 37 anos, jornalista, que mora em Paris junto com seu marido Richard que é médico cirurgião e com seu filho pequeno. Aparentemente uma família perfeita, só que Adèle é compulsiva sexual, então tudo que ela vive é uma farsa. Por causa dessa compulsão Adèle organiza seu dia e suas mentira para casos extraconjugais, formando aí uma rede de mentiras que está deixando-a cada vez mais na corda bamba.




De primeiro momento eu não consegui me conectar com Adèle, mesmo sabendo que essa compulsão é uma doença. Me conectar com Adèle demorou um pouco, mas a autora consegue aos poucos nos envolver com os personagens tornando eles mais humanos, e com isso sentir os medos dela e a tristeza. Além de lidar com a compulsão sexual Adèle acaba tendo que lidar também com sua compulsão alimentar, senti que como uma forma de penitência que ela fazia isso, além disso Adèle também mostra as dificuldades que ela tem na maternidade.

"Adèle fez um filho pela mesma razão que se casou. Para pertencer ao mundo e se proteger de qualquer diferença com os outros. Ao se tornar esposa e mãe, ela se cercou de uma aura de respeitabilidade que ninguém pode lhe tirar. Construiu para si um refúgio para as noites de angústia e um recuo confortável para os dias desregrada."

Richard em nenhum momento me encantou, mesmo antes de muitas bombas surgirem, o comportamento dele machista me tirava do sério e é como se eu sentisse que não podia confiar nele. Mas realmente eu acabei o livro sem saber o que sentir por ele, porque ao mesmo tempo que senti empatia e entendi diversos sentimentos dele, muitas atitudes me fizeram ter raiva, então diferente de Adèle que demorei para criar empatia e a autora foi construindo isso, Richard até agora não sei que sentimentos tenho por ele.

No Jardim do Ogro está aí para mostrar as dificuldades da compulsão sexual, que diferente de muitos livros que lemos onde isso é normalizado como algo bom, aqui a autora destrincha a verdade e mostra o quanto isso é difícil para quem lida com a doença e até mesmo para quem convive com a pessoa.



site: http://malucaspor-romances.blogspot.com/2019/12/resenha-no-jardim-do-ogro-leila-slimani.html#axzz67dgB0sBR
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Debs 06/02/2023

Até gostei do livro, mas achei meio morno...

Já tinha lido "Canção de Ninar" da mesma autora na época em que ele estava fazendo muito sucesso e lembro de ter gostado bastante, mas esse apesar de eu ter gostado desse retrato cru dos instintos humanos, senti que faltava um desenvolvimento melhor da história
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Luh 30/06/2021

Quando o "Eu" é insaciável.
Esse livro vai contar a história da Adéle que casa com Richard e mãe de um filho. Adéle é uma mulher que não nega os seus desejos, mesmo que isso possa causar problemas.
Considerado um romance erótico, No Jardim do Ogro é uma obra que permite a discussão sobre libido, desejos, solidão.
No decorrer do livro, seguimos Adéle na sua busca incansável pelo preenchimento de um vazio existencial, onde aparentemente ter a casa perfeita, o marido perfeito e o filho aguardado não é o suficiente, e é através dessa busca implacável que compreendemos que o desejo de Adéle é puramente carnal já que, com algumas lembranças do passado, podemos perceber que este é o estímulo que lhe serve de base para se sentir alguém no mundo.

Um outro ponto que a autora traz e que possibilita o debate é sobre a relação entre mãe e filha. Uma relação conturbada que influenciou o modo como Adéle passou a enxergar e perceber o mundo.
Sobre a escrita, a autora descreve as necessidades, desejos e fantasias de Adéle de forma bastante impactante e isto é uma marca da autora, já que ela também proporciona o impacto com o livro Canção de ninar. A narrativa algumas vezes é cortada bruscamente ou trocada de personagens rapidamente, e eu também acho que isso é intencional. Para mim, se tornou uma representação da mente de Adéle, que está em um ambiente, vivenciando determinado contexto e do nada ela começa a imaginar fazendo sexo com os homens e a ter fantasias sexuais com eles, e isso também acontece de forma inesperada.

Eu gostei, mas não me prendeu muito. É um livro curto, que permite discussões, mas que não irá servir para todos.
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Jéssica Libranumo 16/11/2022

O aguardado novo livro da autora de Canção de ninar Adèle tem a vida perfeita: é uma jornalista de sucesso em Paris, onde vive com seu marido cirurgião e seu filho pequeno em um lindo apartamento. Mas, debaixo da superfície, ela está entediada com seu trabalho e seu casamento ? e consumida por uma necessidade insaciável de sexo a qualquer custo. Movida menos pelo prazer que pela compulsão, ela organiza seu dia em torno de casos extraconjugais, chegando atrasada ao trabalho e mentindo para o marido, até se enredar definitivamente em sua própria armadilha. No jardim do ogro é um romance visceral sobre um corpo escravizado por seus impulsos, o vício sexual e suas consequências implacáveis. ?Escrito em prosa de neutralidade elegante, mas sem nunca deixar de botar o dedo na ferida, No jardim do ogro leva os leitores através do labirinto do desejo em direção a uma compreensão da solidão, do isolamento e da busca pela autenticidade como nosso destino comum.?
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