Contos Essenciais

Contos Essenciais Machado de Assis




Resenhas - Contos Essenciais


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Naty__ 02/02/2020

Incrível!
Quando soube do lançamento deste livro eu estava bem afoita para recebê-lo. Só quem conhece a escrita do Machado de Assis poderia se sentir tão emocionado ao ter em mãos quase 700 páginas da literatura machadiana.

Nesta edição, por ser um convite à leitura, a editora procurou colher amostras representativas nas coletâneas de contos organizadas em vida pelo autor. Além disso, incluíram-se contos publicados em periódicos, mas que não chegaram a compor livros enquanto Machado viveu. Sendo um autor de estatura universal, muito do que Machado de Assis escreveu pode nos levar à reflexão, se não estabelecer incômodos, por nos vermos parcialmente representados nas ações, justas ou questionáveis, de suas personagens.

Hoje a resenha vai ser totalmente diferente do que estou acostumada. Não falarei do livro em si, pois falar dele é falar do óbvio. É um conjunto de contos para deixar o leitor admirado com cada detalhe. Escolher um conto para falar seria covardia, pois vários merecem atenção. Então, resta-me falar sobre Machado de Assis e, com isso, incentivá-los a conhecer essa edição maravilhosa.

Falar sobre Machado de Assis é falar sobre a literatura brasileira da forma mais doce possível. Quem foi Machado? Acredito que você pode não gostar ou apenas não ter embarcado numa literatura brasileira, mas com certeza já ouviu falar de “Dom Casmurro” e aquele grande dilema: Capitu traiu ou não traiu Bentinho?

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no dia 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro. Ele foi tanta coisa, que, na verdade, continua sendo em muitos de nossos corações. Machado era poeta, cronista, romancista, contista, dramaturgo, jornalista, folhetinista, crítico literário e mais… Um dos fundadores da ABL (Academia Brasileira de Letras) e o primeiro presidente. Como se essa dignidade toda fosse pouca, ele deu nome a um dos principais prêmios literários nacionais.

Quando estudávamos o que víamos nos livros de literatura? Uma foto de Machado de Assis como se ele fosse branco. Fomos enganados durante décadas e descobrimos que ele era negro, inclusive algumas editoras se uniram para publicar edições, e até mesmo fazer figurinhas, com a sua cor de pele natural, para colar em cima dos livros que o pintavam como branco. Um trabalho digníssimo, por sinal.

Machado era de uma família de classe baixa, descendente de escravizados libertos. Seu pai era pintor de paredes e sua mãe era uma lavadeira. Sem condições, ele vivia como agregado numa família de senadores do Império. Teve uma infância difícil. Para se sustentar, vendia doces em frente a alguns colégios.

O escritor sofria de epilepsia, porém, foi o câncer o responsável por tirar-lhe a vida em 1908. Uma grande perda à literatura brasileira.

Sobre a edição:
O livro possui 55 contos divididos em 8 partes, por ano de publicação: Contos fluminenses, 1870; Histórias da meia-noite, 1873; Papéis avulsos, 1882; Histórias sem data, 1884; Várias histórias, 1896; Páginas recolhidas, 1899; Relíquias de casa velha, 1906; e Contos esparsos, que não possui data.

A edição é em capa dura, fosca, e as letras do nome do autor são coloridas com detalhes como se fossem adesivos. Na lombada encontramos os nomes de todos os contos e o corte do livro é todo em lilás. Um detalhe que não sei se é defeito ou se foi proposital, já que vi muita gente comentando, são as numerações das páginas cortadas, elas não aparecem inteiras. Parece que foi erro da gráfica, mas pode ter sido um detalhe na diagramação, vai saber.

A guarda da capa quanto da contracapa são amarelas, bem fluorescente, e temos uma fita de cetim azulada para marcar a página. O trabalho estético é muito bonito. Uma ótima edição para colocar na estante. Vale a pena comprar para presentear também.

site: http://www.revelandosentimentos.com.br/2019/12/resenha-contos-essenciais.html
Luh 04/02/2020minha estante
Oi, Naty
Que orgulho saber um pouco mais sobre um autor tão versátil e talentoso, e que podemos chamar de nosso, essa obra deve ser uma ótima oportunidade para conhecer a escrita do autor.
Beijos


Angela Cunha 06/03/2020minha estante
Eu ainda consigo ficar triste quando vejo alguém dizer que não ama literatura nacional. Quer prova de amor maior que essa? Machado? Tá, éramos obrigados a ler obras assim na fase escolar, mas sei lá, com o tempo e o amor aos livros florescendo, a gente se pega de vez em sempre, indo atrás dos grandes nomes da nossa literatura.
Eu amo contos, eu amo Machado de Assis e amo nossa literatura!
Deu um quentinho só de ler essa resenha.
Beijo


Deise.Kiefer 23/03/2020minha estante
Ooi ainda vejo pessoas falando que não gostam de literatura nacional, eu costumo ler bastante até mesmo pq na escola eram leituras obrigatórias e foi aí que comecei a pegar gostosa coisa.
Gostei da sua resenha e acredito que vale a pena ler e conhecer o autor beijos


Michelle 26/07/2020minha estante
Preciso!!! adoro Machado


Nathane6 29/08/2020minha estante
Esperando o meu chegar! ?


Naty__ 01/09/2020minha estante
Eeeeba




Vitor Hugo 30/03/2021

Vivendo por um mês no Rio de Janeiro do Segundo Reinado

O que dizer de Machado de Assis? Gênio! Gênio! Gênio! Neste último mês viajei por esta coletânea de 55 contos (quase 700 páginas) na companhia de seus personagens pelas ruas da Corte, em busca de um ministério, de uma nomeação, de um matrimônio, dos olhares de uma bela e indecifrável dama. Confesso que li em diferentes e até inusitadas ocasiões, como, por exemplo, secando a louça de casa com o livro ao lado, demorando-me nos pratos, copos, talheres etc. Por vezes o conto tocava-me tanto que tinha que relê-lo em voz alta, proporcionando pequenos saraus para minha esposa e minha filha de nove anos (o que ocorreu, por exemplo, com o conto magistral "Um esqueleto"). Agora bate aquela típica pontada de tristeza ao se acabar uma grande obra literária. Despeço-me do narrador que emergia e imergia na narrativa, alertando o caro leitor. Despeço-me do Rio de Janeiro e arredores do Século XIX, com seus tipos e costumes característicos, mas levando-os sempre na imaginação. Por fim, uma alusão à edição: muito bonita, caprichada, desde o projeto gráfico até às úteis notas de rodapé. Enfim, o que dizer de Machado de Assis? Gênio! Gênio! Gênio!
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bobbie 11/04/2020

É brasileiro? Leitura essencial.
Nenhum brasileiro deveria deixar de ler Machado de Assis. Este belíssimo tomo reúne 55 contos do maior escritor que o Brasil já viu. A narrativa machadiana é riquíssima, e o escritor passeia com segurança e maestria pela História Antiga, contemporânea ao seu século, mitologias, fantasias, o Fantástico, e em meio a riquíssimas referências e linguagem primorosa (nem assim difícil de ser entendida), o grande escritor versa sobre as hipocrisias da sociedade de sua época, as mazelas dos casamentos arranjados e por conveniência, moralidade, política, a desigualdade entre os gêneros (sim), enfim, uma miríade de temas, todos muito bem trabalhados em prosa de estética sem falhas. Curioso é lembrar que Machado nasceu em uma família pobre; ler obras como esta é de encher o coração de orgulho.
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Everton.Paulo 13/09/2024

A essência do Machado
Livro lindo, capa linda, corte lindo, diagramação perfeita, e curadoria de contos impecável. Machado de Assis! O que falar? Acho que não há contista como ele.
Histórias do cotidiano, de política, de suspense, de comédia. Ele conta tudo com maestria. É como se a gente sentasse aos seus pés, numa varanda daquelas casas enormes do interior, e ficasse contemplando o Bruxo enquanto ele narrava suas histórias.
O livro tem o título de contos essenciais e faz jus a isso.
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Nathane6 03/02/2024

Leiam Machado de Assis.
Seleção de contos de Machado de Assis feita pela Martin Claret. Particularmente acho a Seleção do John Gledson melhor. Há contos excelentes aqui, os últimos nem tanto. Mas recomendo qualquer obra do Machado. É sempre uma leitura enriquecedora.
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Laudiceia.Penafort 08/06/2024

Quanto mais leio Machado, mais certeza tenho de que ele é o escritor que melhor representa a literatura brasileira! Ler seus contos essenciais é fazer uma viagem pelo Rio de Janeiro dos tempos pós independência, quando esta cidade era considerada a capital do Brasil. Leitura fascinante!
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Manu 23/01/2024

Simplesmente machado de assis
De fato o machado eh um melhor cronista do q romancista. todos os contos são incríveis, apesar de muitos serem mto densos. os finais são sempre surpreendentes que nos fazem refletir o conto de outra maneira.
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