Desorientais

Desorientais Alice Ruiz




Resenhas - Desorientais


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vivic.png 25/07/2022

janela que se abre
o gato não sabe
se vai ou voa

meu namorado me falou pra ler e eu li. leitura rápida mas ainda assim sublime.
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Eduardo 07/05/2011

o amarelo sai do céu
e corre ao vento
outono adentro
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LimaJr 14/11/2023

Ao contrário dos orientais
A poetisa diz no prefácio que "desorientais por que: não existiriam sem as pessoas e toda sua complexidade, ao contrário dos orientais feitos apenas com a simplicidade das coisas". A rigor, não são haicais clássicos, quanto à métrica, uso do kigo etc. Mas primam pela concisão e são repletos de poesia e originalidade. Gostei e recomendo.
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Germano Xavier 05/12/2010

Desorientes
DESORIENTAIS, obra composta por hai-kais da escritora curitibana Alice Ruiz, é um livro que não orienta o leitor a um lugar possível, um livro que desorienta porque não oferece um caminho facilitado tanto para o início quanto para o fim de algo ou alguma coisa. Se tomarmos como ponto de partida o sentimento de alteridade, aquele onde o outro se transfere a outra esfera de sentido, que também pode ser o movimento de um outro de realidade viva para um outro ser de mesma estirpe, a presença deste outro em cada pessoa transforma-se numa necessidade bruta, numa necessidade de reconhecimento, de conhecimento, o que faz com que a palavra da poeta seja mais a lança que consegue perfurar um corpo que propriamente o sangue que porventura brota de uma ferida aberta. Destarte, desorientes são orientes outros que existem dentro de um oriente pessoal recheado por eus, por eles, por elas, por elos, impregnados de um Eros sadio e naturalmente concentrado de desejos, sentimentos, sensações, percepções, impressões, que subsistem a partir de uma praga de vida que também pode vir a ser sinônimo de solução. Alice Ruiz, mulher de poeta, poeta, dona de coisas simples, constrói o seu verso maduro de ser sensível, de ser mulher pura de revoluções insólitas numa das mais mínimas expressões poéticas: o hai-kai. Dentro deste universo mínimo repleto de significâncias, a imagem do vagalume clareia o branco das páginas. O vagalume é um símbolo que marca o desoriente de Alice, como a nos dizer de um tempo de contraste, que existe entre a claridade e o escuro, entre o aceso e o apagado, imprimindo nos olhos do leitor um sentimento de temporalidade feito de instantes, como em:

Primeiro vagalume
Assim começa
O fim do ano

Ou em:

Vagalumes isolados
Por um instante
Luz lado a lado

Ou em:

Apaga a luz
Antes do amanhecer
Um vagalume

O sentimento de passagem também perpassa o todo do corpo do livro, instaurando uma nebulosa ascendente que esconde por vezes as noções de espaço e tempo da obra, como em:

Nuvem de mosquitos
O ar se move
Vento nenhum

A resposta de pronto é dada pelo leitor de maneira que o mesmo conheça na voz que não existe a existência do pleno.

Fim de tarde
Depois do trovão
O silêncio é maior

Alice ainda faz um tratamento com as coisas do amor que ama e que sofre por amar ao final do livro, burla um pouco o estado natural das normalidades incontestes, faz vadiagem com o sentimento de ser, torcendo o pescoço para um estado de “Pensar letras/Sentir palavras/ A alma cheia de dedos”, como se todos os nossos desorientes fossem os potenciais maiores para possíveis reorientes.
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Sancha 19/11/2021

Você deixou tudo a sua cara
Um livro de poesia que é aconchegante para se ler em um dia chuvoso e nublado.
Cheio de amores e rumores, pessoal e impessoal.
Um livro gostoso de se ler.
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Alessandra 29/12/2009

Gostei, os haikais alguns sutis, delicados outros de duplo sentido, alguns para se ler nas entrelinhas. Haikais adaptados a nossa cultura.
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Aguinaldo 05/02/2011

desorientais
Fazia muito tempo que estava planejando ler com calma alguma poesia. Este pequeno livro de hai-kais de Alice Ruiz encontrei por acaso e os acasos devem ser aproveitados. Estes poemas acabaram sendo meu presente de aniversário. Li com calma o dia todo, voltando para um ou outro, sempre com prazer. Os hai-kais são uma forma poética de origem japonesa, onde a objetividade e a síntese são sempre procuradas. Até onde aprendi os poemas tem sempre dezessete fonemas distribuídos em três linhas. É difícil "descrever" um poema deste tipo. Ficamos com uma impressão distinta após cada um deles, leitura que leva segundos, mas que nos leva a pensar por um tempo certamente mais longo. Gostei de poemas que são muito diferentes entre si, poemas do tipo: "dia que termina, nenhuma pressa, ano que começa"; "circuluar, sonho ímpar, acordo par"; folha seca, sobre o travesseiro, acorda borboleta"; "o relógio marca, 48 horas sem te ver, sei lá quantas para te esquecer" A primeira edição deste livro é de 1996. Li uma quarta edição, ainda da Iluminuras, grande editora que se dedica quase sempre à poesia. Nesta edição temos um prefácio generoso de José Miguel Wisnik, lembrando dos tempos de suas visitas à Curitiba, para ver e conversar com o casal de poetas Paulo Leminski e Alice Ruiz. Leminski escreveu muitos hai-kais e influenciou toda uma geração de poetas brasileiros. Para mim foi um bom dia de leitura. Preciso sim ser mais disciplinado e fazer estas pausas poéticas com mais regularidades. [início 04/03/2009 - fim 04/03/2009]
"Desorientais", Alice Ruiz S, editora Iluminuras (4a. edição) 2008, brochura 14x19, 123 págs. ISBN: 978-85-7321-039-7
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Adriana Scarpin 08/05/2016

Renga da noite
"noite escura
de luz a luz
nenhuma dívida

ontem hoje amanhã
trabalho pra madrugada
noites tardes manhãs

noite no mato
o cheiro de açucena
é nosso lume

noite de verão
escrevendo vento
eu e o vento

noite de verão
vem com a brisa
um cheiro de primavera

noite no escuro
pensando que era barata
matei o vagalume

noite cheia
lua minguante
meu quarto crescente"
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Millena 16/12/2023

Escola
Eu peguei esse livro na biblioteca da minha escola, e eu já esperava que ele não seria tão bom (existe livros ÓTIMOS na biblioteca da minha escola mas são raros) peguei esse aqui mais para passar o tempo mesmo e ñ gostei... na verdade eu odiei.
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