Filosofia da Praxis

Filosofia da Praxis Adolfo Sánchez Vázquez




Resenhas - Filosofia da Praxis


1 encontrados | exibindo 1 a 1


Lista de Livros 14/09/2020

Lista de Livros: Filosofia da Práxis, de Adolfo Sánchez Vázquez
Parte I:

“Com Marx, o problema da práxis como atividade humana transformadora da natureza e da sociedade passa para o primeiro plano. A filosofia se torna consciência, fundamento teórico e seu instrumento.

A relação entre teoria e práxis é para Marx teórica e prática; prática, na medida em que a teoria, como guia da ação, molda a atividade do homem, particularmente a atividade revolucionária; teórica, na medida em que esta relação é consciente.”
*
Mais do blog Lista de Livros em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2020/07/filosofia-da-praxis-parte-i-adolfo.html


XXXXXXXXXXXXXXXXXX

Parte II:

“Por consciência de classe entende-se, afirma Lenin, a consciência da oposição inconciliável entre os interesses da classe trabalhadora e do regime político e social existente.”
*
“Na medida em que a atividade do sujeito é uma atividade prática, o determinante nela é seu produto, isto é, o que fica objetivado ou materializado como fruto dessa atividade. Em suma, o que interessa em uma atividade prática, que só pode ser considerada como tal na medida em que o sujeito se objetiva, é o resultado da ação. Se existe certa inadequação entre o ponto de partida (intenção originária) e o ponto de chegada (produto) e, como vimos anteriormente, não pode deixar de existir, sobretudo em uma práxis criadora — o que conta, acima de tudo, não é o produto original ou o nível de realização em que esse se encontra, ou se encontrava, no decorrer do processo prático, mas, sim, seu resultado. Ao afirmar isso, não queremos dizer que o subjetivo não conte, ou que possamos considerar o produto como objeto em si e não como atividade objetivada de um sujeito. Em contraposição ao que uma concepção condutivista ou objetivista da práxis poderia sustentar, o subjetivo importa, mas apenas em unidade indissolúvel com o objetivo, ou seja, como intenção tornada objeto, já realizada. Na esfera da práxis, as intenções não plasmadas — por melhores que sejam — não contam. Contam, em compensação, o produto realizado pelo trabalhador e não o produto ideal que surgiu previamente em sua consciência; a obra de arte realizada e não o esboço que serviu de ponto de partida para sua criação; a revolução realizada, cumprida, e não as imagens revolucionárias que não puderam ser plasmadas, seja porque em razão de seu próprio utopismo estavam condenadas a nunca se realizar, seja porque as vicissitudes do processo prático obrigaram a modificá-las ou abandoná-las etc.”
*
Mais em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2020/07/filosofia-da-praxis-parte-ii-adolfo.html

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Parte III:

“A racionalidade do processo histórico, isto é, da história da práxis humana, é universal. Não há sociedades nem mudanças ou substituição de umas por outras que não tenham razão de ser, isto é, que não obedeçam a certa legalidade. Essa racionalidade abrange, portanto, desde as chamadas sociedades primitivas até as sociedades atuais. Não há sociedades privilegiadas por sua racionalidade. Do ponto de vista de sua estrutura e da necessidade de sua mudança ou substituição, todas são igualmente racionais. No entanto, falou-se e ainda se fala da irracionalidade de uma sociedade estranha ou anterior; os gregos antigos, por exemplo, julgavam assim outros povos ao qualificá-los de “bárbaros”; os iluministas do século 18 faziam algo semelhante com a Idade Média; o capitalismo foi julgado algumas vezes como uma sociedade irracional ou de uma racionalidade limitada; os jovens hegelianos justificavam sua crítica da sociedade alemã de seu tempo pela necessidade de destruir — com a razão humana — seus elementos irracionais etc. Em todos os casos, o conceito de irracionalidade aplicado a uma determinada sociedade, a uma etapa de seu desenvolvimento ou a sua mudança ou substituição, carece de valor científico, e sua existência só se explica pela função ideológica que pode cumprir na justificação da existência de uma determinada ordem social, ou na luta para transformar ou acelerar a transformação de uma determinada estrutura social.”
*
Mais em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2020/07/filosofia-da-praxis-parte-iii-adolfo.html

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Parte IV:

“O marxismo se apresenta para nós, em primeiro lugar, como uma crítica do existente por meio da qual se expressa nossa inconformidade com o mundo social que nos rodeia. A crítica dessa realidade presente promove a busca de uma alternativa social na qual os males sociais denunciados pela crítica encontrem uma solução, ou seja, a crítica remete a um projeto de transformação da realidade presente que se caracteriza, em relação a este presente injusto, como um projeto de emancipação ou libertação. Assim, crítica e projeto se encontram estreitamente entrelaçados. Mas o projeto não é só uma ideia ou ideal; implica, sim, um desejo, uma aspiração a realizá-lo. Desse modo, para que esse projeto não seja um simples sonho, desejo ou utopia pura, é necessário conhecer a realidade que deve ser transformada, as possibilidades que essa realidade oferece para isso, e deve-se conhecer também qual é o sujeito ou os sujeitos que podem realizar essa mudança, assim como os meios e caminhos adequados para essa realização.

Assim, portanto, se a crítica leva ao projeto, a realização deste último exige conhecimento. O conhecimento não garante em si que o que se deseja se realize — pois essa realização não é inevitável — , mas não se pode prescindir dele para que a prática que se coloca em jogo com isso não seja uma simples aventura.”
*
Mais do blog Lista de Livros em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com/2020/07/filosofia-da-praxis-parte-iv-adolfo.html
camila 21/09/2020minha estante
Parabéns! Pelo seu Blog, e pelo compartilhamento de suas idéias.


Lista de Livros 21/09/2020minha estante
Valeu, tamo junto!




1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR