O Bem-Amado

O Bem-Amado Fabrício Carpinejar
Dias Gomes




Resenhas - O Bem-Amado


187 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


JAlia573 23/02/2024

Leitura rápida!
Lendo mais um paradidático da escola. O livro é pequeno e a leitura foi fluída! Sem muitos comentários sobre o livro kkk
comentários(0)comente



maryszz 15/02/2024

"Vote em um homem sério e ganhe um cemitério"
Que livro bom, foi uma leitura SUPER fluida e rápida, é uma peça muito engraçada, me fez rir em vários momentos!!!
Pra completar ainda tem uma ótima crítica a política brasileira como um todo, retratada da melhor forma (infelizmente) na personagem do Odorico Paraguaçu KKKKKKKKKKK
comentários(0)comente



Vania.Cristina 06/02/2024

Quando os finalmentes justificam os não obstantes
Texto escrito originalmente para o teatro, estreou nos palcos em 1969. Em 1973, o próprio autor fez uma adaptação para a televisão, que veio a se tornar a primeira novela brasileira à cores e a primeira a ser transmitida em toda a América Latina, nos Estados Unidos e na Europa. O sucesso foi estrondoso, tanto de público quanto de crítica. Em 1973, ganhou o prêmio de Melhor Novela concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, e em 1984, ganhou, no México, o Festival Internacional de Televisão.

Vou confessar pra vocês que em 1973 eu era uma criança de 9 anos. Pois é, já estou velha (mas firme e forte aqui). Eu me lembro de assistir a novela com minha mãe. E foi uma experiência de tal forma marcante em mim (e no povo brasileiro) que foi impossível não ver os atores em cena na minha cabeça enquanto, agora, fazia a leitura.

Peguei o livro apenas para dar uma espiadinha antes de dormir, e ele me capturou. Em algumas horas já tinha terminado. E não foi só uma leitura nostálgica, foi engraçada. Fiquei com um sorriso no rosto durante todo o tempo e cheguei a gargalhar no silêncio da madrugada.

A história se passa numa minúscula cidade do litoral baiano, chamada Sucupira. São quinze personagens em cena, mas tudo gira em torno de Odorico, candidato a prefeito da cidade. Ele não é bonito mas tem "um certo magnetismo pessoal", fala palavras difíceis e sua figura "impressiona e convence". Sucupira não tem cemitério, seus mortos têm que ser enterrados nas cidades vizinhas. Vendo aí uma oportunidade, Odorico promete que, se eleito, construirá um cemitério para Sucupira.

O apelo popular de Odorico acaba lhe trazendo a vitória, e ele constrói o cemitério desviando dinheiro da Educação e de outras pastas. A oposição reage dizendo que as prioridades eram outras. Odorico espera ansiosamente o primeiro defundo para a inauguração, com banda e pompa. No entanto, a cidade é tão pequena e tão pacata que, desde que o novo prefeito assumiu, ninguém morre.

Odorico faz de tudo para resolver o problema, até que resolve perdoar e convidar um assassino, que fugiu a muitos anos, a voltar para Sucupira. O célebre Zeca Diabo. Para garantir facilidades, o nomeia delegado.

Gente... sério... é hilário.

Os personagens são todos muito bons, e formam, de um jeito caricato, um microcosmo do Brasil: o jornalista que lamenta que na cidade não tem crime nem desastre, as beatas hipócritas e safadas, o padre que serve aos interesses do poder, o coronel decadente, o artista que é chamado de vagabundo, os funcionários públicos que não recebem, e Odorico, com sua politicagem em prol de si mesmo.

Esse livro não envelheceu nada, Odoricos não faltam nesse Brasil. E como nos lembra Dias Gomes, esse tipo de política não é fruto da democracia, mas da alienação do povo e do oportunismo dos governantes.
Regis2020 12/02/2024minha estante
Que resenha fantástica, Vânia!??
Já assisti a série no Globo play e, realmente, é hilária. Vou colocar na lista para o final do ano, pois a série ainda está vívida na memória.


Vania.Cristina 13/02/2024minha estante
Obrigada, Regis! ? Leia sim. É leitura rápida que recomendo.




Lolo 31/01/2024

Surpreendente!
Por sorte, precisei fazer uma resenha para a prova de literatura sobre esse livro aqui, então vou conseguir usar parte dela para dar minha opinião, hahaha!

O livro ?O Bem Amado?, escrito por Dias Gomes e lançado em 1962, tem como personagem principal Odorico Paguaçu, um político corrupto da cidade de Sucupira que não medirá esforços, e nem respeito aos diretos humanos, para satisfazer seus interesses pessoais. A relação de Odorico com os demais personagens representa uma forte crítica ao sistema político brasileiro, o qual o autor descreve de maneira genial e humorística.

De início, por tratar-se de uma obra do século passado, a primeira ideia era de que o livro abordaria temas ultrapassadas, de forma direta e com uma linguagem complicada para os leitores da geração atual. Entretanto, a mudança de opinião veio logo nas primeiras páginas. Além da escrita excepcional de Dias Gomes, o humor presente na obra torna-a divertida, ao mesmo tempo em que dita diversas hipocrisias políticas.

Dessa forma, ao decorrer da leitura, é difícil entender como uma obra de mais de 50 anos possa representar tantas características do Brasl atual. Odorico, Dirceu, Dulcinéia, Zeca Diabo, Neco e diversos outros personagens foram essenciais, não apenas para a crítica às contradições políticas, mas também para as diversas características humanas como a infidelidade, o egoísmo e outras abordagens morais e éticas de uma sociedade.

Por fim, ?O Bem Amado? é, sem dúvidas, a abra clássica mais atual que existe. As reflexões que o livro trás são essenciais para o desenvolvimento pessoal e para uma abertura na visão de mundo. Por isso, após essa leitura, quero experimentar outras obras clássicas para poder fazer essas relações com o mundo em que vivemos hoje. Recomendo, para todos que, assim como eu, tinham receio de investir nessa obra ;)
comentários(0)comente



Gabriela 27/01/2024

Peça que deu origem a uma das novelas brasileiras de maior sucesso, “O bem-amado” é subversiva, tem um humor ácido e situações que beiram o absurdo, mas que nem por isso deixam de ser verossímeis. É uma crítica aos coronéis e políticos demagogos, que de tudo fazem para conseguir manter seu curral eleitoral, e isso não apenas em cidades de interior, como Sucupira; o Brasil é Sucupira. Qualquer semelhança entre Odorico Paraguaçu, o bem-amado, e algumas figuras de nossa política não é mera coincidência. Não me surpreende que alguns episódios da novela tenham sofrido cortes: as críticas são certeiras.
Para mim é meio chato ler peças, pois o que lemos é mais um roteiro, ficam faltando detalhes narrativos importantes para compor as personagens. Fato é que a peças são escritas para serem encenadas. Fiquei imaginando que, no palco, ela deve ser muito divertida, pois as falas dos personagens são bem “reais”, no sentido de serem fiéis à oralidade. Os bordões de Odorico (“Botando de lado os entretantos e partindo pros finalmentes...”) e seus vícios de linguagem me parecem perfeitos para a dramatização.
comentários(0)comente



Hugo Sales 11/01/2024

Para um novo público
A arte do Eloar casa perfeitamente com o texto de Dias Gomes. Os trabalhos desse escritor são excelentes. Humor ácido, divertido e muito crítico. O uso da linguagem na boca de seus personagens é admirável. Um ótimo álbum. Daqueles pra colecionar.
comentários(0)comente



Victor108 10/01/2024

Uma comédia séria
Esta é uma obra que se lê rápido e com muito prazer. É uma comédia que lhe arranca risos, mas, ao mesmo tempo, uma bela dose de realidade da demagogia da política brasileira. O enredo nos traz uma amostra de comportamentos políticos ao qual a sociedade, ainda hoje, está muito presa, e mostra o quão importante é a imprensa e a crítica. E, mesmo assim, consegue ser uma leitura bastante leve. Recomendo de mais a qualquer pessoa.
comentários(0)comente



sandroquina 07/01/2024

Revertere Ad Locum Tuum
Da série "Livros que Li na Praia". Gente, que livro divertido, eu já tinha começado a ver a novela dos anos 70 mas fiquei muito curiosa pra ler o livro, comprei essa versão bem antiga até num sebo e tava parada até hoje na minha estante, mesmo sendo minúscula KK

Mas daí dei uma chance hoje aproveitando que ia na praia, e acho que o pessoal riu das minhas risadas com o livro ?

É um livro divertidíssimo, super rapidinho de ler, que conta a história de Odorico Paraguaçu e o seu sonho de inaugurar um ? cemitério na sua amada Sucupira. E diga-se de passagem que ele não mede esforços pra alcançar esse objetivo, tá? O livro é muito bacana, muito engraçado e eu amei conhecer a história toda, finalmente.

Mais um clássico da literatura nacional que eu amei de paixão ? 5 estrelinhas com certeza!
comentários(0)comente



Paulo Silas 30/12/2023

"O Bem-Amado" é uma divertida peça de Dias Gomes que aborda a política em seu sentido mais estereotipado possível pelo senso comum (que não destoa muito da realidade), trazendo uma história de forma satírica e acidamente crítica. A figura típica do político canastrão que usa e abusa do seu agir oficial, misturando a atuação política com seus intentos pessoais, para atingir seus objetivos declarados (nunca no todo) é personificada na figura de Odorico, o protagonista da trama que desencadeia uma série de eventos que conduz toda a peça.

Sucupira é uma cidade que elege seu novo prefeito, Odorico Paraguaçu, após ser seduzida pelas promessas de campanha e pelo charme do político que se lança ao desafio de construir um cemitério na e para a comunidade. Assim que eleito, toda a verba pública necessária é direcionada para o cemitério a fim de que a promessa eleitoral fosse cumprida. O problema é que se descobre o local como sendo um elefante branco, já que após a sua construção ninguém mais morre na cidade. Com isso, o prefeito passa a enfrentar um grande problema, pois o cemitério custoso sem mortos passa a ser utilizado como trunfo para a oposição, já que uma verba considerável foi destinada para uma obra inútil. Odorico inicia então a sua empreitada vil para conseguir inaugurar o cemitério que lhe possibilitou conquistar o cargo público, sendo justamente esse o mote da trama.

Ferreira Gullar, no prefácio dessa edição da obra (Coleção Saraiva de Bolso - da editora Saraiva), registra que "O Bem-Amado é um dos textos mais deliciosos escritos por Dias Gomes", sendo a peça "uma farsa sociopolítico-pedagógica". Toda a trama vivenciada por Odorico e os demais personagens (Zeca Diabo, Dirceu, Dulcineia e tantos outros) evidencia muito bem isso - a crítica contra a demagoga, a usurpação pública e os tantos males existentes na política presentes na peça. Tem-se assim uma grande obra brasileira, cuja peça contou com diferentes adaptações para além dos palcos, conquistando um vasto público de leitores, espectadores e telespectadores.


comentários(0)comente



Di3gao 24/12/2023

Procura-se defuntos
O Bem-Amada é uma peça magnífica que explora o cenário político brasileiro dentro de um microcosmo na forma de uma cidadezinha pacata do interior.

"Vote num homem sério e ganhe seu cemitério!"

A trama acompanha Odorico, o prefeito da cidade que prometeu aos cidadãos construir um cemitério em sua campanha política. Porém, após a construção se passou anos e não aconteceu nenhuma morte na cidade e cemitério se tornou inútil. Então, as críticas da oposição se voltam a isso e Odorico se vê obrigado a fazer essa inauguração de qualquer jeito.

"Em política, os finalmentes justificam os não-obstantes"

Ao longo do enredo vemos essa busca incessante e desesperada do prefeito por um defunto e, diante disso, o autor denuncia o jogo sujo que políticos usam para garantir o poder. Para tentar atingir seus objetivos, Odorico manipula as pessoas, abusa de sua autoridade e forja mentiras tudo para causar alguma morte na cidade, além dele também ser corrupto e dar cargos à apenas as pessoas de seu ciclo social. Algo que me chamou bastante atenção foi o fato dele ter construído o cemitério desviando verbas e focar apenas nesse projeto para seu próprio ego enquanto as escolas não tinham dinheiro nem para o material.

"Nada disso. O que mandei buscar foi um fazedor de defuntos"

De modo geral, a história teve uma construção excelente, os fatos se desenrolam de modo natural, a trama política foi bem elaborada, os personagens são carismáticos e caricatos, a narrativa é envolvente e fluída, o humor me tirou várias risadas e as críticas ácidas são muito certeiras. Ademais, a audácia do subtítulo já mostra a posição do autor e a sagacidade dele ao fazer suas críticas, já que o termo "patológica" demonstra que essa "farsa socio-político" elaborada ao longo do livro é uma doença social enraizada em nossa sociedade. Sem contar a conclusão que entregou um final surpreendente e que finalizou da melhor forma possível, usando da ironia que está tão presente nessas páginas.

"Vamos ver quem o especialista vai achar mais louco: o caçador de borboletas ou o caçador de defuntos"

Partindo para os finalmentes, essa peça é uma grande obra que se manteve atual até os dias de hoje e muito necessária, pois ela não só denúncia o comportamento dos governantes citadianos demagogos, como também daqueles políticos estaduais e federais. Recomendo muito!!
comentários(0)comente



Maria1691 17/12/2023

"Entendo... É, já vi alguns..."
O livro/peça é até bom, em alguns momentos com alguns diálogos engraçados até, mas tem um problema que eu já percebi estar presente em todos os livros de roteiro de peça que eu li: o fim é um pouco rápido de mais. A história vai se desenvolvendo é tomando seus rumos, fazendo que, ao chegar no fim, a co conclusão seja um pouco atropelada.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



@thereader2408 07/12/2023

Esta obra entrará para os anais e menstruais de Sucupira e do país...
Dias Gomes (1922) já se destacava como escritor de peças de teatro antes dos 20 anos. Nos anos 40 sua obra "Pé-de-cabra" foi proibida devido a censura feita pelo DIP do governo Getúlio Vargas, alegaram que a peça era de conteúdo marxista. Dias que nunca tinha lido uma linha sequer de Marx se interessou pelo assunto e acabou se filiando ao partido comunista.

Quando publicou "O Bem-Amado" (1962), as peças de Dias Gomes já se caracterizavam como comédia de costumes, teatro de revista e melodramas. As referências do homem são fortes, literatura nacional de primeiríssima qualidade: Jorge Amado, José de Alencar, Augusto dos Anjos, Olavo Bilac, Vicente de Carvalho e Machado de Assis.

O Bem-Amado se encaixa na “segunda fase” de Dias Gomes, que iniciou com O pagador de promessas de 1959. O texto foi encenado no teatro anos depois em 1970, em 1973 virou novela, em 1980 um seriado, em 2010 virou filme e este ano, 2023, vai virar um musical. O livro faz uma crítica perspicaz da política brasileira. Sucupira, a cidade baiana fictícia da trama, é praticamente uma metáfora do Brasil. O protagonista Odorico Paraguaçu é uma caricatura do típico político brasileiro.

Sucupira é uma cidade litorânea do interior, vive da pesca e do turismo, é retratada como uma região carente onde não há muitos recursos. Odorico espertamente vê na morte de um pescador uma oportunidade de fazer campanha política.Odorico sobe então no palanque e propõe a construção de um cemitério se o eleitorado o levar ao cargo de prefeito. “Vote num homem sério e ganhe um cemitério”. Ao se eleger passa seu mandato inteirinho tentando fazer o cemitério funcionar... mas como ninguém morria na cidade, Odorico procurou executar seus planos de inauguração do cemitério a todo custo.

O livro é cheio de humor e crítica social, tem como ponto forte a sátira ás promessas, políticas ineficientes e a troca de favores que teoricamente teriam sido extintos com a ascensão de Getúlio Vargas, mas que na prática nunca mudou. Dias buscou promover uma reflexão crítica sobre as dificuldades dos brasileiros da época e mesmo depois de quase meio século de publicação, o Bem-amado é o perfeito retrato do Brasil atual.

@thereader2408

site: https://www.instagram.com/p/CwqnkQVrMfR/?img_index=1
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Carol 02/11/2023

Foi bem legal
Foi uma leitura obrigatória da escola. e eu achei que ia ser bem chato, mas foi bem legal e divertido na verdade.
gosto bastante de peças teatrais, então essa não ia ser tão diferente
comentários(0)comente



187 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |