viihast 11/05/2024
Somos espíritos eternos!
Um excelente livro para quem deseja conhecer mais a fundo o Espiritismo
Richard Simonetti aborda no primeiro livro da trilogia de "Quem tem medo?" assuntos relacionados com a morte.
Tópicos como aborto, desencarne de criança e/ou diferentes patologias em adultos, desligamento do corpo e suicídio, são muito bem elucidativos neste livro.
O autor é muito esclarecedor com esse tema que, como diz o próprio título, causa certo medo e receio. Em determinados momentos do livro, Simonetti adiciona um tom mais humorístico no livro, deixando esse tema que é um assunto pesado, mas leve.
A leitura é extremamente fluida, muito simples e fácil de entender, Simonetti não foge dos temas abordados em cada capítulo, retrata tudo da forma mais simples possível, principalmente assuntos como o perispírito, assunto esse que pode ser complexo mas que é muito bem trabalhado nesse livro.
Ao final de cada capítulo, é possível encontrar uma ilustração que exemplifica o assunto abordado.
Um ótimo livro para quem quer conhecer um pouco da doutrina espírita. Eu diria que a proposta desse livro é simplificar "O Livro dos Espíritos".
Recomendo muito, e já estou bastante ansiosa para as próximas reedições dessa trilogia.
"A Terra é uma oficina de trabalho para os que desenvolvem atividades edificantes, em favor da própria renovação; um hospital para os que corrigem desajustes nascidos de viciações pretéritas; uma prisão, em expiação dolorosa, para os que resgatam débitos relacionados com crimes cometidos em existências anteriores; uma escola para os que já compreendem que a vida não é mero acidente biológico, nem a existência humana uma simples jornada recreativa; mas não é o nosso lar. Este está no plano espiritual, onde podemos viver em plenitude, sem as limitações impostas pelo corpo carnal."
"(...) a fé supera os temores e angústias da grande transição."
"A morte vem colher mais um passageiro para o Além."
"Imperioso, contudo, que mantenhamos a serenidade, cultivando confiança em Deus, não por nós apenas, mas, sobretudo, em benefício daquele que partiu. Mais do que nunca, ele precisa de nossa ajuda."
"O conhecimento reencarnatório nos permite desvendar os intrincados problemas do Destino."
"Estribando-se na lógica e no raciocínio e exaltando a liberdade de consciência, o Espiritismo não condena-esclarece; não ameaça-conscientiza. E, muito mais que revelar o Mal que há no homem, tem por objetivo ajudá-lo a encontrar o Bem."
"Espíritos imaturos, comprometidos com leviandades e inconsequências, somos todos, ou não estaríamos na Terra, planeta de expiação e provas. Pesa sobre nossos ombros o passado delituoso, impondo-nos experiências dolorosas. Nem por isso devemos atravessar a existência cultivando complexos de culpa."
"(...) quando pensamos intensamente naqueles que partiram, é como se os evocássemos, trazendo-os até nós."
"Não somos proprietários de nosso corpo. Usamo-lo em caráter precário, como alguém que alugasse um automóvel para longa viagem. Há um programa a ser observado, incluindo roteiro, percurso, duração, manutenção. Se abusamos dele, acelerando-o com indisciplinas e tensões, envenenando-o com vícios, esquecendo os lubrificantes do otimismo e do bom ânimo, fatalmente nos veremos às voltas com graves problemas mecânicos. Além de interromper a viagem, prejudicando o que fora planejado, seremos chamados a prestar contas dos danos provocados num veículo que não é nosso."
"Céu ou Inferno não são locais geográficos. Existem na intimidade de cada um, em decorrência de nossas ações."
"A fim de evitarmos tais prejuízos, é imperioso que aprendamos a conviver com a morte, aceitando-a como experiência evolutiva própria do mundo em que vivemos e que, provavelmente, antes que ela nos venha buscar, levará, dentro de muitos anos ou de alguns dias, um ser amado."
"Quando cultivamos o ideal, assumindo a condição de filhos de Deus, criados à Sua imagem e semelhança, desenvolvendo nossas potencialidades criadoras, tornamo-nos mais capazes de amar, relacionamo-nos melhor com os familiares, estreitamos laços de afinidade, mas o desprendimento marcará nossas efusões afetivas, permitindo-nos manter o equilíbrio e a serenidade quando a morte vier buscar alguém de nosso círculo íntimo"
"Espíritos eternos, transitoriamente encarcerados na carne, não podemos esquecer que nossa morada definitiva, legítima, situa-se no Plano Espiritual, onde ampliaremos nossos estágios na medida que superarmos os imperativos de encarnação em mundos densos como a Terra, onde as dificuldades e limitações existentes funcionam como lixas necessárias a desbastar nossas imperfeições mais grosseiras."
"Somos Espíritos eternos! Já existíamos antes do berço e continuaremos a existir após o túmulo! É preciso viver em função dessa realidade, superando mesquinhas ilusões a fim de que, livres e firmes, busquemos os valores inalienáveis da virtude e do conhecimento, nosso passaporte."
"Difícil definir quando seremos convocados para o Além. A morte é como um ladrão. Ninguém sabe como, quando e aonde virá. O ideal é estarmos sempre preparados, vivendo cada dia como se fosse o último, aproveitando integralmente o tempo que nos resta, no esforço disciplinado e produtivo de quem oferece o melhor de si mesmo em favor da edificação humana."