Literatura 17/11/2012
O sobrenatural em uma roda de amigos
Eu estava na sexta série quando ouvi pela primeira vez o nome de Pedro Bandeira, na época ele era apenas mais um carrasco que eu deveria ler para uma futura prova de Literatura. Meu professor – que se não foi um Hippie, com toda certeza era um simpatizante do movimento! – fazia questão de nos lembrar a todo o momento do bendito livro a ser lido, às vezes com frases chamativas e que causavam grande impacto entre nós, alunos. Frases como essa: Semana que vem terá prova oral sobre a obra! Não se esqueçam de ler e estudar!
Pânico, olhares amedrontados, fuxicos baixos de maldizer. Quem era o maldito Pedro Bandeira que nós teríamos de ler?
E lá vou eu formar a minha epopeia. Eu nunca fui uma pessoa fácil de lhe dar, pegar emprestado? Jamais! Adoro bibliotecas, mas sempre gostei de ter o livro para mim. Corro para minha mãe – mães, vocês são umas lindas! – e peço com todo amor e carinho com palavras quase angelicais diferindo a seguinte frase: Mãe, escola, livro, preciso comprar, para semana que vem!
Minha mãe dá um salto e ri, em seguida pede ao meu irmão para ir a um sebo comprar o livro que eu precisava. Adendo para minha dramatização: Eu não posso ir ao sebo? Mundo injusto! Só porque fico mais de uma hora me encontrando naquele universo empoeirado! Ok, eu espero ansioso ele trazer meu novo amigo livro.
Meu irmão nunca foi um leitor voraz, muito menos uma pessoa que cuida de livros, quando ele chegou com o meu exemplar de “A Marca de uma Lágrima” eu quase caí de costas! Todo lascado, furado, comido pelas traças e com marcas de umidade! Pobre daquela criança! Só porque estava custando 1,99! - meu irmão é tão “come unha” que se tiver que acenar para alguém ele o faz de mão fechada e durante uns 10 segundos para não desgastar o corpo.
A partir desse momento, começa a minha relação com Pedro Bandeira. Descanse em Paz, meu Amor... (Editora Ática, 103 Páginas) é um livro que se eu tivesse lido por volta dos meus 12 anos de idade eu com toda certeza teria aproveitado mais, eu explico, o universo sobrenatural que Bandeira explora nessa obra é algo que sempre me fascinou, justamente nessa época eu não achava livros com a mesma temática o que sinceramente foi uma pena.
Chega de tanto enrolar, vamos à história.
Veja ela no site:
http://www.literaturadecabeca.com.br/2012/11/resenha-o-sobrenatural-em-uma-roda-de.html